O pior pesadelo
Olá! Bom encontrá-los de novo por aqui.
As coisas estão mudando, percebo uma ventania se aproximando... Bem, este capítulo tem um título que jpa diz tudo, então vocês nem precisam ler, pulem para o proximo! hehehehe Brincadeirinha. Espero que gostem do capítulo.
Bia e Luiza, fiéis companheiras de estrada. Amei os comentários e espero não decepcioná-las. Ainda estou cuidadosamente pensando como serão os encontros desses meninos, Regulus ainda tem alguns meses para ser oficialmente convocado por Lord Voldemort (se bem que só no capítulo que segue já passaram três! Então só temos mais dois meses...) O que será que ele vai fazer até lá? *música de suspense* Este capítulo responde algumas de suas questões. Então, até a proxima semana! Beijos!
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137. O pior pesadelo
- Para mim é óbvio que tem que ser você, Severus.
Severus sorriu, orgulhoso.
- Por que, Black?
- Por que você é um bom Oclumente. Você sabe, Dumbledore poderia...
- É, eu sei... Foi por isso que você foi escolhido?
- Não. Eles não sabem sobre minhas habilidades. Fui escolhido por ser da família Black. Ao que parece, o Lord das Trevas preza muito minha prima, o marido e até mesmo Lucius Malfoy, que casou-se ano passado com minha outra prima, Narcissa... A respeito da Oclumencia... Como já havíamos conversado sobre isso antes, acho que quanto menos gente souber sobre nossas habilidades, mais domínio sobre elas nós teremos...
- Concordo... Olhe, tem ratos aqui... – disse Severus, apontando para um canto onde um rato marrom se escondia. Mal teve tempo de terminar de falar e Regulus já havia apontado sua varinha:
- Avada Kedavra!
O jato de luz verde que saiu da ponta de sua varinha deixou ambos os garotos encantados.
- Na mosca.
- É, esse já era. – riu Regulus.
- Não sabia que você sabia a maldição da morte.
- Foi a primeira vez... Minha prima, Bellatrix, orientou que treinasse em baratas, ratos, aranhas... Nada fofo ou que pudesse ser estimação de alguém. Para não chamar atenção, entende?
- Sim – respondeu Snape, os olhos vidrados ainda parados sobre o rato morto no canto da pequena saleta à direita do relógio da torre.
A sala era mal-iluminada, estava bastante empoeirada e tinha muitas teias de aranha por lá.
- Parece que aranhas é o que não falta para treinarmos... – disse Severus, apertando os olhos a procura de um ser desavisado, a varinha em punho.
Regulus abaixou a varinha de Severus.
- Acho melhor agora não, Severus. Ou teremos que justificar a alta concentração de magia fora da classe. Ouvi dizer que até isso está sendo monitorado...
- Você acha possível?
- Não sei... Na dúvida, melhor não lançarmos um feitiço logo após o outro.
- É... Alguma notícia externa?
- Não, ainda não. Mas acho que não vai demorar. Minha prima tem escrito para mim com uma certa regularidade, coisas banais. Sabe, para despistar.
- E como você sabe que não são as cartas codificadas?
- Eu tenho testado todas elas quando estou sozinho. Por enquanto, nada ainda.
Uma aranha enorme descia por sua teia num canto próximo à porta. Severus olhou para Regulus.
- Vá em frente. – encorajou o amigo.
- Avada Kedavra!
O jato de luz verde cortou o ar e atingiu a aranha, que ficou pendurada na teia, inerte. Severus se aproximou e cutucou a aranha com a ponta da varinha. Ela estava encolhida e balançou na teia.
- Morreu mesmo. – disse Severus. – Impressionante, um minuto atrás ela descia na teia, agora não serve para mais nada. Você também sentiu um formigamento nos dedos ao lançar a maldição?
- Eu senti qualquer coisa esquisita. Não sei o que é... Não é uma sensação boa.
Severus encarou Regulus nos olhos e concordou, silenciosamente.
*
Dois meses se passaram e tudo parecía ter mudado no mundo bruxo. Era óbvio para quem quisesse perceber que Voldemort estaba cada vez mais poderoso. O sumiço de pessoas era um evento diario e havia rumores de que até mesmo gigantes estavam sendo vistos com mais regularidade fora de seus refúgios habituais. Não se sabe dizer se fora por conta do insistentes comentários sobre o assunto publicados no Pasquim, que o próprio Ministro da Magia em pessoa havia recomendado que não se pronunciasse o nome de Voldemort – ele dizia que era uma forma de demonstrar desprezo pelo terror e pânico que algumas pessoas tentavam espalhar na comunidade.
Com o avançar do domínio de Voldemort sobre o mundo bruxo, os estudantes de Hogwarts estavam forçando uns aos outros para que se assumissem sua posição frente à guerra – embora esta continuava ainda sem ser oficialmente declarada. Os alunos da Sonserina, quase em sua totalidade, mostravam-se a favor da “limpeza” que Voldemort estava provocando e comemoravam a morte ou o sumiço de cada bruxo pró-trouxa anunciada no jornal. Enquanto os alunos das outras casas se mostravam – também com raras exceções – inclinados a apoiar a resistência e se opor a todo tipo de violência.
Dumbledore, assim como os outros professores, embora não conseguisse disfarçar sua posição contrária a Voldemort, havia proibido todo e qualquer ato preconceituoso em relação a opinião dos alunos, sendo ela qualquer que fosse e havia liberado o debate como forma de promover a conscientização de todos. Aquilo era motivo de piada entre os alunos da Sonserina, que se deliciavam em fazer os colegas de outras casas entrarem em contradição sempre que o Decreto de Segregação da Magia era mencionado.
Alguns, como Avery e Mulciber, não conseguiam conter a língua e sempre que podiam afirmavam para quem quisesse ouvir, que tudo o que mais queriam era se tornar Comensais da Morte e ousaram até mesmo entrar num jogo de Quadribol contra a Grifinória usando máscaras negras – o que fora duramente repreendido por Madame Hooch e o Diretor da escola – que chegaram a adiar o jogo.
Regulus era, neste sentido, muito mais discreto. Uma vez que durante o episódio no campo de Quadribol ele fora o primeiro a reprimir os colegas, todos os outros alunos do “clube” haviam dado uma prensa nele, acusando-o de traição. Habilmente, ele disse aos companheiros de Casa que havia decidido não expor-se, para não chamar a atenção de Dumbledore, uma vez que era o mensageiro.
“Vocês imaginam o que seria de nós se ele me forçasse a tomar Veritasserum?”
Os outros garotos não tiveram como contra-argumentar, o que era uma situação bastante confortável para ele, uma vez que Alice era uma fervorosa defensora da luta contra Voldemort. Ela não percebia, mas ele sempre dava um jeito de mudar de assunto toda a vez que ela se mostrava disposta a discutir política.
A necessidade de se encontrarem às escondidas era algo que o incomodava bastante, mas ele sabia que seus companheiros de casa não aprovavam um relacionamento entre Lufa-lufa e Sonserina, então não poderia ser diferente. E diariamente ele dava um jeito de encontrar Alice, mesmo que somente o tempo suficiente para lhe dar um beijo de boa noite.
Regulus estava bastante inquieto aquele final de tarde. Finalmente teria um tempo a mais para ficar com Alice, mas não conseguia se livrar da companhia de Amifidel. Ele já tinha tentado de tudo para ver se o amigo desistia de espera-lo e nada: o amigo esperou pacientemente ele tirar dúvidas fictícias com a professora McGonagall; então ele havia espalhado “acidentalmente” todo seu material escolar pelo chão da sala e, apesar de ser muito habilidoso com o feitiço convocatório, optou por engatinhar pela sala e juntar todo com as próprias mãos, sem pressa alguma – mas Ami não se abalou, até juntou algumas coisas para ajuda-lo. Sem alternativas, Regulus sorriu amarelo para Ami e agradeceu a pena que o amigo lhe entregava. Já não havia mais nada para juntar e àquela altura até mesmo McGonagall olhava para ele com um óbvia interrogação no cenho franzido. Antes que despertasse ainda mais a curiosidade alheia, ele levantou-se.
- Vamos?
Eles caminhavam pelo corredor do terceiro andar em direção às escadas, assim que se afastaram uns três metros da porta da sala de McGinagall, Ami perguntou:
- Você ouviu o que Dumbledore disse durante o jantar de ontem?
- Claro que ouvi, Ami! Eu estava do seu lado!
- Bem, perguntei porque você não comentou nada... Achei que nem tivesse ouvido. E depois saiu do Salão Principal e sumiu, nem disse onde ia, chegou no dormitório era quase meia noite...
Era verdade, ele havia saído do jantar às pressas pois estava atrasado para encontrar com Alice. Ele sabia que se tivesse comentado com Amifidel sobre a sugestão de Dumbledore de que formassem clubes de duelos para acalmar os nervos iria ficar ainda mais atrasado.
- Ami, você está parecendo uma namorada traída. Desde quando preciso lhe dar satisfações? Se você quer saber, estou cumprindo mais uma detenção. É isso. Algo chato e tedioso.
- Pensei que sua detenção com Filch tivesse acabado...
- Ah, não. Ele me ama. Ou ama me ver trabalhar. Se suspiro mais alto ele já acha que é motivo para detenção... Sabe o que eu acho? De alguma forma querem me manter sob vigilância...
- Quem?
Regulus apontou com a cabeça para um grupo de professores que conversava mais à frente. McGonagall estava com eles. Regulus franziu a testa: como ela havia chegado lá sem passar por eles? Mistérios de Hogwarts... Amifidel arregalou os olhos e sussurrou:
- Então é melhor sermos discretos... Você acha que vai dar certo o nosso clube de duelos, sem que termos tido nenhum encontro oficial com ... bem, você sabe. Eles haviam dito que escolheriam um líder para a gente.
- Vai dar certo, sim. Não precisamos de ninguém para nos ensinar por enquanto. E só precisamos observar e aprender a prever os sinais do inimigo, saber nos defender acima de tudo.
- Mas Reg, você acha mesmo que vão nos chamar? Eu completo quinze anos semana que vem e nem os que já têm quinze há tempos foram chamados ainda...
- Sim, vão chamar. Você lembra o que eu disse? Bella pediu só mais duas semanas.
Ao chegar à escada, Regulus olhou para a escada que subia e então para Amifidel, que já começara a descer os degraus.
- Ami, você se incomodaria de levar meu material para as masmorras? Eu preciso ir para minha detenção, quero ver se consigo estar livre até a hora do jantar. Tenho a impressão de que Slughorn vai conversar com a gente sobre as regras do clube de duelos esta noite. Não quero perder isso.
- Eu levo, claro.
- Obrigado.
Uma vez livre do amigo, Regulus subiu as escadas apressado. Eles haviam combinado de se encontrar no corredor do quinto andar. Ele chegou ao topo da escada do quinto andar e começou a caminhar para a esquerda, onde deveria encontrar Alice, quando escutou a voz de sua doce Alice conversando com uma amiga:
- É muito simples: basta dizer a ele “eu sou nascida-trouxa e tenho orgulho da bruxa que me tornei”.
Aquelas palavras ecoaram na cabeça de Regulus e ele mal conseguiu permanecer em pé. O choque fora tão grande que ele, pela primeira vez, não conseguiu honrar sua palavra e correu para a sala comunal da Sonserina rapidamente, deixando Alice esperando por ele por mais de uma hora até se cansar.
A sala comunal estava lotada de colegas que aguardavam o horário do jantar jogando conversa fora dispersos em pequenos grupos por toda a sala. A entrada do galante apanhador chamou a atenção de todos, mas ele, sem olhar para ninguém, correu para seu dormitório e se jogou em sua cama, apertando o travesseiro contra o rosto para sufocar seu sentimento. Teria que fazer alguma coisa, lembrou de sua avó chorando como se tivesse sido apunhalada quando Andrômeda se casou com Ted Tonks, de sua mãe queimando o nome da sobrinha na tapeçaria com a árvore genealógica da família e de Sirius o desafiando a pensar: ‘e se fosse com você?’. Nunca seria com ele, ele não permitiria.
Naquela noite Regulus não foi ao salão principal jantar, não ouviu de Slughorn a respeito do clube de duelos: nada mais importava.
Comentários (1)
AHhahaha, só estou rindo da cara do Reg, acho que isso vai levá-lo a morte. Foi um baque na cara dele, acho que agora ele vai ver com outros olhos o que é feito pelo Lord
2015-10-20