Inimigo Próximo



N/A: Alo alo, ainda tem alguém aí? hehe. Mérlin, desculpe por toda essa demora gente! Mas sabem como é... Faculdade, muitas coisas acontecendo, e eu tinha perdido o sentido dessa fic. Só agora que tudo voltou ao normal que tive tempo de reler a primeira temporada e a segunda para poder continuá-la. Espero que me perdoem, e que se as leitoras lindas que acompanhavam antes ainda estiverem por aí, por favor, se manifestem. Haha <3









Depois de uma semana tentando aguentar a presença de Ângela dentro de sua própria casa, Hermione se sentia exausta. Não exausta fisicamente, mas sim psicologicamente. Passava noites acordada tentando pensar em um jeito de desmascarar Ângela na frente de todos, sem que seus filhos corram risco de vida.
Passava horas do dia tentando tratá-la bem, para que não desconfiasse de nada, apesar de ser como uma bomba relógio e estar preparada para que Hermione contasse toda a verdade a qualquer momento. Hermione estava se saindo bem em fingir estar com medo de Ângela, e tratá-la bem para que ninguém desconfiasse.
- Está tudo bem? – Rony perguntou entrando no quarto. Hermione parou de olhar pela janela e sorriu para ele.
- Está sim.
- Tenho achado você meio distante esses dias.
- Só fico preocupada com Mia... A próxima prova já é amanhã.
- Mas eu estarei lá para ajudá-la, não se preocupe.
- Tenho medo que você não chegue a tempo Rony... Esses torneios são perigosos.
- Amor, Mia se mostrou uma forte campeã. Não ficaria surpreso se ela ganhasse esse torneio.
- Eu sei disso Rony, mas nós sabemos muito bem que qualquer pessoa pode se machucar nesse torneio, mesmo sendo tão boa.
- Eu sei... – Ele a puxou para um abraço. – Mas fica tranquila, eu não vou deixar que nada de ruim aconteça com ela.


***


Mia terminou o seu almoço e correu para a sala comunal. Enquanto passava pelos corredores, vários colegas lhe cumprimentavam e desejavam boa sorte na próxima prova. Mia nunca tinha se sentido tão bem. Finalmente sentia-se uma pessoa forte.
- Acredita que até os alunos da Sonserina estão me desejando boa sorte? - Ela sentou-se ao lado de Ted.
- Bem, você é uma heroína agora não é? - Ele sorriu. - Está preparada para a próxima prova?
- E como! Ganhei mais coragem. Não estou tão tensa como antes.
- Ótimo... Por que você sabe que as provas ficarão mais difíceis não é? Tudo o que você enfrentou dessa vez, vai ter coisa muito, muito pior.
- Eu sei disso Ted. Mas depois dessa prova eu percebi que estou pronta para qualquer coisa. Que sou mais forte do que imagino.
- Isso sem dúvidas. Mas é que... bem...
- O que foi?
- Eu... Meio que fico preocupado com você. - Seus cabelos ficaram azuis. - Muito preocupado.
- Não precisa Ted. - Ela sorriu, se aproximando. - Eu ficarei bem. Você não confia na minha capacidade?
- Claro que confio. Mas bem, as pessoas se machucam nessa prova e... Er...
- E você tem medo de ficar sem mim. - Ela disse divertida e o azul do cabelo dele se clareou. - Sabe a parte ruim de ser metamorfomago?
- Qual é?
- É que eu sei exatamente quando você fica com vergonha ou assustado.
- É... É horrível. - Ele abaixou a cabeça. - Mas você não é tão diferente. Seus olhos ficam mais azuis quando você está feliz. - Ele voltou a olhá-la nos olhos. - E quando está com vergonha, seu rosto fica muito corado.
- Você repara bastante nas pessoas.
- Não, só em você.
O cabelo dele não mudou. Continuou o mesmo tom de azul-claro.
- Afinal o que essa cor significa? - Ela passou a mão no cabelo dele, rindo. - Nunca havia visto você com ela.
- Qual cor?
- Está um azul... Muito claro... Parece até com... Os meus olhos. - O coração dela disparou.
- Não sei... Ele nunca havia ficado dessa cor antes. - Ele passou a mão nos próprios cabelos. - Deve ser algo que eu nunca senti antes.
- Como o que?
Ele não respondeu. Não conseguia dizer. Mia sabia que não precisava que ele dissesse nada. Os olhos de ambos se fecharam, e eles se aproximaram. Começavam a sentir a respiração um do outro, e o coração dos dois batia disparado em sincronia. Quando estavam prestes a sentir os lábios um do outro, ouviram passos se aproximando. Os dois se separaram rapidamente e os cabelos de Ted foram para um tom vermelho-escuro.
- Gente! - Nina entrou eufórica na sala.
- O que é? - Mia perguntou tentando não demonstrar toda sua indignação com a colega.
- Ouvi Narumi conversando com Yan. Vocês não vão acreditar qual será a próxima prova!


***


- Hermione, eu... - Peter parou de falar quando viu Hermione escorada em seu braço, deitada com a cabeça sobre a mesa. - Hermione? - Ele se aproximou. - Está tudo bem?
Hermione pulou em sua cadeira e olhou assustada para os lados.
- Oh Mérlin, desculpe Peter. - Ela passou a mão em seu rosto. - Eu devo ter cochilado enquanto lia os relatórios. Eu... Mérlin... Que vergonha.
- Não se preocupe. - Ele pegou um copo de água e entregou para ela. - Não dormiu a noite?
- Não muito bem. Já tem alguns dias.
- Está acontecendo alguma coisa?
- Não.
- Tem certeza?
Ela o encarou. Peter havia confiado em Hermione para guardar o seu segredo. Ela talvez devesse confiar nele. Afinal, ela precisaria da ajuda de alguém que não tivesse nenhuma ligação com sua família.
- Peter... O que você faria se sua família estivesse correndo perigo e você não pudesse fazer nada para ajudar?
- Mérlin, Hermione. Por que está dizendo isso? Eu não sei... Acho que... Tentaria me arriscar.
- Mas e se você se arriscasse e colocasse tudo a perder? Como conviveria com a culpa?
- Poxa, realmente não sei. Nunca parei para pensar nisso. Mas por que está me contando isso?
- Porque... Há uma pessoa na minha casa, e essa pessoa é mais perigosa do que eu poderia imaginar. Meus filhos estão correndo perigo. Rony também. Mas eu não posso fazer nada. Se não o perigo aumentará.
- O que está acontecendo Hermione? - Perguntou preocupado. - Quem está fazendo isso?
Ela olhou para a porta de seu escritório fechada, e então apontou sua varinha para ela.
- Feitiço abafador. - Ela disse antes que ele perguntasse o que ela tinha feito. - Bem, lembra-se que mencionei que eu e Ron havíamos abrigado uma moça em nossa casa, a Ângela?
- Sim, você mencionou ela algumas vezes. O que tem ela?
- Bem, ela não é quem aparenta ser. Foi ela que me envenenou.
- Hermione! - Exclamou assustado. - Mas isso é grave! Gravíssimo! Você não pode deixá-la ficar em sua casa. Ela poderia ter te matado e...
- Ela não quer me matar. Ela já poderia ter feito isso.
- Mas e as crianças...?
- Ela também não quer fazer mal a eles. Pelo menos não de verdade.
- Então qual é o problema?
- Ela quer tomar o meu lugar. Por algum motivo que eu ainda desconheço. Ela quer fazer parte da minha família. Quer ser a mãe dos meus filhos e... A esposa de Ron.
- Por que ela iria querer isso? Quero dizer... Vocês pesquisaram a ficha dela. Não há nenhum problema. Ela é apenas filha de camponeses.
- Eu também não sei porque ela está fazendo tudo isso, mas enquanto finjo ter medo dela eu preciso descobrir. E preciso de alguém para me ajudar.
- Eu ajudo. Você já faz muito por mim, Hermione. E eu e minha esposa nem sabemos como agradecer. E é o mínimo que posso fazer por você.
- Obrigada Peter. - Hermione sorriu. - Eu preciso de alguém ao meu lado agora. Não posso contar isso para Ron, porque se ela descobrir, eu nem sei o que pode acontecer.
- Não se preocupe. Nós vamos descobrir o que ela quer e acabaremos com isso logo. Sua família estará segura, e você também.


***
Rony desceu as escadas com o profeta diário em suas mãos. A casa estava silenciosa. Ele olhou para a sala de jantar e para a cozinha. Não havia ninguém. Ouviu gargalhadas vindas do jardim, e então foi até a varanda para ver o que estavam aprontando.
Ângela brincava com os três, e todos pareciam animados. Ele notou que ela havia criado um laço com as crianças, e que os tratava muito bem. As crianças a adoravam. Lembrou-se de quando Hermione sentiu ciúmes dela e criou em sua mente a ideia de que ela queria roubar o seu lugar. Rony não acreditava naquilo. Ângela era uma pessoa carente, que precisava de um pouco de atenção. No início ele ficava com medo de ter feito a coisa errada em deixá-la ficar em sua casa, mas agora sabia que havia feito a escolha certa. Ou ao menos ele pensava nisso.
- Papai! - Rose gritou animada do jardim.
Rony acenou para eles e sentou-se no banco na varanda. Observou seus filhos darem gargalhadas enquanto brincavam juntos. Ele não tinha palavras para demonstrar como era feliz com seus filhos. Eram todos crianças maravilhosas e muito bem criadas, do jeito que ele e seus irmãos sempre foram. Rony sentia muito orgulho deles.
- Ufa. Acho que preciso de um descanso. - Ângela disse respirando ofegante. - Essas crianças nunca cansam. - Ela riu e sentou-se ao lado de Rony.
- Puxaram o meu lado da família. - Rony também riu.
- Eles realmente se parecem muito com você.
- Ah mas não se engane. Eles também tem muito da Hermione.
Os dois olharam para as crianças e ficaram alguns segundos em silêncio.
- Sabe Rony... Eu não tenho palavras para agradecer tudo o que você tem feito por mim. Vocês todos, quero dizer. Ha muito tempo eu não me divirto assim. - Disse sincera.
- Estamos felizes por você se sentir em casa. - Rony olhou para ela.
- Eu... Bem... Acho que me acostumei a ficar com vocês. Mas acho que preciso ir embora...
- Embora? Por que?
- Bom, ser babá deles é ótimo, mas creio que preciso de algo a mais. Um emprego de verdade, e uma casa que seja minha.
- Ângela, essa casa também é sua. E nós gostamos de ter você como babá dos nossos filhos.
- Eu também adoro ser babá deles, mas bem... não é isso que eu esperava de mim. Entende? Eu preciso ser algo mais. Preciso de algo mais. Um emprego... Uma família que seja realmente minha. Um ótimo marido, e filhos perfeitos... Como vocês...
Rony ficou alguns segundos em silêncio. Estava tão pensativo que nem ao menos notou o que Ângela tinha acabado de dizer.
- Eu vou te ajudar. - Ele sorriu para ela. - Você não vai precisar sair dessa casa, e terá um emprego que merece. Pode ficar aqui até achar... bem... Alguém.
- Mesmo?
- Sim.
- Papai vem brincar com a gente! - Rose gritou do jardim.
- Não se preocupe. - Ele se levantou olhando para ela. Ela sorriu em agradecimento e então ele correu em direção ao jardim.
- “Ótimo. Está funcionando! Ele já tem sua confiança! Só falta o resto...Logo Hermione irá se afastar, e seus poderes diminuirão... E então você ficará livre.”
Angela suspirou e seu sorriso sumiu. Ela não sabia se queria continuar com aquilo. Estava realmente criando um laço com aquela família, e não queria que ela fosse destruída daquele jeito. Mas talvez ela pudesse sim tomar o lugar de Hermione, e talvez eles seriam tão felizes quanto estavam.


***


- Dragões! Dragões! - Mia falava pela quinta vez.
- Argh! Fale de outra coisa, Mia. Tem duas horas seguidas que você só sabe falar de dragões. - Victorie reclamou.
- Mas é inacreditável que vou lutar contra dragões! - Exclamou animada. - Dragões são fascinantes!
- Por que ao invés de ficar falando sobre dragões, você não fala sobre o baile? - Victorie disse sorrindo. - Adivinha quem me convidou?
- Quem?
- Nate Colleman!
- Não brinca!
- Sério! - Ela sorriu animada. - Ele é tão... Ah... - Ela suspirou olhando para o garoto moreno do outro lado da biblioteca. - Alguém já te convidou?
- Não que eu saiba. Não estou preocupada com o baile... Eu estou ansiosa para a prova de amanhã.
- Mas você sabe que os campeões têm que fazer a dança inicial. Você precisa de um par.
- Eu arrumo um! Não é possível que ninguém convidará uma campeã.
Victorie riu e então abaixou a cabeça.
- O que foi?
- Nada... É que você está tão certa de que alguém irá te convidar que talvez fique desapontada se isso não acontecer.
- Está dizendo que não sou bonita o suficiente para alguém me convidar? - Perguntou nervosa.
- Não é isso... Mas é que... Bem... Todos conhecem seu pai. Alguns tem medo de se aproximar de você.
- E o que meu pai tem a ver com isso?
- Oras... Seu pai é o pai mais ciumento que conheço. Nem o meu chega a ser assim.
- Ninguém tem medo do meu pai.
- Certo. - Victorie sorriu.
- Fique sabendo que até amanhã antes da prova eu terei um par! - Mia se levantou com raiva e saiu da biblioteca batendo os pés. Ted, que estudava do outro lado com dois colegas, se levantou no mesmo instante.


***


- O que? Você quer colocar Ângela para ajudar Hermione? - Harry perguntou perplexo. - Mas que ideia foi essa Rony?
- Bem, ela disse que queria um emprego, e então eu pensei nisso.
- Você está louco? Elas se matariam lá dentro! E além do mais, Peter já é encarregado de ajudar Hermione.
- Hermione mesmo já disse que era coisa da cabeça dela. Elas já se resolveram. E sobre o Peter... Bem... Eu prefiro que ele ajude Hermione de uma sala mais longe, se possível.
- Argh, outra vez com esse ciúmes?
- Não é ciumes. É apenas... Intuição e proteção.
- Não sei não Rony, acho que Hermione não concordaria.
- Concordar com o que? - Hermione apareceu na sala, trazendo uma bandeja de panquecas, junto com Gina.
- É... Sabe amor... - Rony se levantou e foi até ela. - É que eu pensei que, já que a barriga está começando a crescer e você está ficando mais cansada... Que talvez precisasse de mais uma pessoa para te ajudar com os relatórios.
- Mas eu estou ótima. - Ela acariciou sua barriga. - Estamos bem. Fiz alguns exames essa semana e não poderíamos estar melhores.
- Eu sei disso. E estou muito feliz com isso. Mas, bem... Não gostaria de mais uma pessoa te ajudando?
- Bem, não seria de má ideia. Mas por que pergunta isso? Peter e eu estamos conseguindo tomar conta de tudo...
- É, eu sei.
- Então?
- Eu estava pensando... Ângela poderia te ajudar com os relatórios.
- O QUE?
Gina se assustou com o grito de Hermione e quase deixou a jarra de suco cair.
- Ela poderia te ajudar em casa, se precisasse.
- Qual é o seu problema? - Hermione perguntou nervosa. - Por que acha que ela poderia me ajudar?
- Por que ela não poderia?
- Então além de aturá-la na minha casa eu teria que aturar no trabalho também?
- Aturar? Hermione por que está falando isso? Angela é uma ótima pessoa, e você mesmo disse outro dia.
- Não estou dizendo que não é. Mas isso não significa que eu tenha que passar o tempo inteiro com ela.
- Por que está falando desse jeito? O que está acontecendo?
Hermione suspirou.
- Amor, vamos lá em cima chamar as crianças para o almoço? - Gina perguntou sorrindo para Harry. Os dois subiram as escadas, deixando os dois sozinhos.
- O que está acontecendo com você?
- Nada. Eu só não quero que ela me ajude. Já está de bom tamanho ela cuidar das crianças.
- Eu pensei que você quisesse mais alguém para te ajudar.
- É mas não preciso. Peter consegue fazer isso.
- Não quero que ele passe tanto tempo com você.
- Eu já disse que está tudo sob controle. Aumentei as doses das poções e ele está ótimo. Melhor do que nunca. Não precisa ter medo de nada.
- Você sabe como essas coisas são inesperadas. A poção pode não funcionar mais a qualquer momento.
- Não está bom eu ter que voltar todos os dias antes de anoitecer? Ter que levar vários relatórios para casa porque você não quer que eu fique com ele a noite no Ministério?
- Sim, está ótimo assim. Por isso quero que alguém te ajude! E ninguém melhor do que Ângela, já que ela já está na nossa casa.
Hermione fechou os olhos e então suspirou. Lembrou-se da conversa que teve com Peter naquela manhã, e talvez o melhor jeito de descobrir quem Ângela realmente era, seria aproximar-se dela.
- Está bem Rony. Ela pode me ajudar. Mas apenas em casa, está bem?
- Certo. - Rony sorriu e a beijou. - Vou contar a novidade para ela. Ela vai adorar.
- Sim. E como. - Hermione respondeu desapontada.


***


- Mia? - Um rapaz alto entrou no salão comunal. - Tudo bem?
- Ah... Olá Rodolfo. - Ela fechou o livro que estava lendo. - Tudo bem, e com você?
- Tudo bem também. Soube que a prova de amanhã vai ser com dragões.
- É, parece que todos sabem. McGonagall tirou pontos da Narumi por contar.
- Eu soube. - Ele sorriu. - Então... Está sabendo do baile, não é?
- Estou sim.
- E você já tem um par?
- Hum... Ainda não. Estou tão preocupada com a prova de amanhã que não tive tempo para pensar nisso.
- Ah. Pensei que Ted já teria te convidado. Vocês são tão próximos.
- É... Por algum motivo ele ainda não convidou. - Ela suspirou triste. - Eu estava esperando por isso.
- E por que você não o convida?
- Eu? Convidá-lo? Não mesmo. Se ele quiser, ele que me convide.
- Isso é da época dos nossos pais. Agora ninguém liga se for a mulher que convida o homem.
- Mas eu ligo. Eu não quero participar do meu primeiro baile convidando um garoto. Ele tinha que fazer algo especial por mim, e logo depois me convidar.
- Ah... Certo... - Ele sorriu. - Bem, vou nessa então.
- Espera. Por que perguntou isso?
- Eu estava pensando em te convidar... Mas parece que você já está esperando o convite de outro.
- Desculpe. - Ela sorriu envergonhada. - Bem... Talvez se ele não me convidar até amanhã, eu possa ir com você.
- É... Bem... Sim. Pode ser. Preciso ir. Até mais.
Ele saiu apressado da sala e Mia ficou confusa. Voltou a abrir o seu livro, mas antes de começar a lê-lo percebeu uma coisa: Rodolfo era da Grifinória. Não tinha como saber a senha da sala comunal da Lufa Lufa.


***


Hermione terminou de juntar os brinquedos espalhados pelo chão de sua sala, e então sentou-se cansada no sofá. Olhou para os porta-retratos em sua estante. Sua família sempre foi unida, e ela sempre teve orgulho disso. Não poderia deixar que alguém atrapalhasse a felicidade deles.
- Ainda está acordada?
Ela se levantou assustada, olhando para Ângela.
- Desculpe, não quis assustá-la.
- É muita audácia sua dirigir a palavra a mim quando estamos sozinhas, não acha? - Hermione disse calmamente.
- Olha, eu só queria pedir desculpas pelo que fiz outro dia.
- Sei... - Hermione riu ironicamente.
- É sério.
- Não seja sínica, Ângela. Nós duas sabemos que isso não combina com você.
- Acredite se quiser, Hermione. Eu estou muito feliz por ajudar você com o trabalho, e não queria que ficasse um clima pesado entre a gente. - Ela sorriu. - Bom, vou dormir. Boa noite, Hermione.
Hermione não respondeu. Percebeu que ela era mais perigosa do que ela imaginava. Seu extinto materno não falhava.


 

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Comentários (2)

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