Capítulo VII



Ódio. Esse era o único sentimento capaz de brotar entre um Malfoy e um Weasley. Duas famílias tão tradicionais no mundo bruxo que estavam fadadas a se detestarem. Ninguém saberia dizer como, quando ou porque essa rixa surgiu, as pessoas apenas sabiam que ela existia. E que nada poderia alterar aquela situação.


Pelo menos era nisso que Ron Weasley acreditava até aquela noite, onde todos os seus conceitos caíram por terra. Ele sempre havia fantasiado um romance entre sua filha e Lorcan Scamander, mas Rose pareceu não compactuar de suas opiniões e, não satisfeita com a pressão, arranjou um namorado. Mas não era um namorado qualquer, não. Rose Weasley decidiu chocar a família inteira assumindo um namoro – muito mal explicado, em sua opinião – com Scorpius Malfoy, filho de seu maior desafeto pessoal da escola.


E aquilo o fez se arrepender de imediato por ter tentado forçar sua filha a dar uma chance a Lorcan. Porque sim, ele sabia que havia alguma coisa de estranho naquele namoro repentino. Ele só não sabia o que era.


Controlou-se o jantar inteiro, por respeito a sua filha – e porque o soco que dera no garoto já tinha o feito se sentir melhor –. E não se importava nenhum um pouco com o fato de sua família ter adorado o garoto. Não. Scorpius Malfoy carregava um sobrenome que falava muito por si só e que não demonstrava ser muito digno de confiança. E foi por essa razão Ron Weasley decidiu que manteria a vigilância acirrada para cima dele.


O Malfoy gostava de sua garotinha? Pois bem, teria que provar a ele primeiro.


Cerca de cinco minutos depois de ver o casal sair pela porta da sala, Ron soltou o ar dos pulmões e se adiantou como um balaço desgovernado em direção a janela. Sentiu náuseas ao ver as mãos pegajosas do Malfoy em cima de sua filha nos jardins escuros da Toca.


– Hugo. – Ele chamou o filho. – Mande sua irmã entrar. – Ele ordenou.


O Weasley mais novo – que aparentemente estava com dificuldades para desgrudar os seus lábios da boca de Lysander – resmungou. Não iria fazer um papel ridículo daqueles. Rose já era grandinha o suficiente para ter um namorado sem ser importunada pelo irmão mais novo.


– Deixa ela pai. – Hugo falou. – Eles demoraram tempo demais para se acertar.


Ron Weasley o olhou de forma interrogadora.


– O que quer dizer com isso? – Indagou.


– Estou querendo dizer que eles demoraram sete anos para ficarem juntos e não vou ser eu quem vai estragar a felicidade alheia. – Ele explicou, fazendo com que Hermione sentisse uma pontada de orgulho do filho menor. – Eles enlouqueceram todo mundo em Hogwarts com seus gritos e desavenças. E eu acredito que esse namoro foi a melhor coisa que poderia ter acontecido para os dois e para a minha sanidade. – Completou sendo apoiado por Roxanne, Dominique, Lucy e Fred.


Mas apesar do surto de coragem, Hugo se encolheu nos braços de Lysander ao sentir o olhar estreito e ameaçador do pai sobre ele. Porém, esqueceu-se de seu pai ao desviar sua atenção para outro lugar, mais precisamente para o outro extremo da sala, onde sua prima, Lilian Luna Potter, estava discutindo ferrenhamente com Anthony Zabine – algo tão natural quanto suco de abóbora no café da manhã.


Mas o que lhe prendeu à cena não foi a discussão em si, mas sim o que estava prestes a se desencadear diante de seus olhos. Um pouco atrás dos dois, seu tio George enfeitiçava um visgo, o levando na direção de Lilian e Zabine.


– Hey! Olhem só, um visgo! – George, tentando aparentar seriedade, mas sem sucesso. – Sabem o que um casal embaixo de um visgo no natal devem fazer, não sabem? – Ele perguntou.


Lilian imediatamente sentiu as bochechas corarem apenas ao imaginar tal situação. Completamente envergonhada, desviou seu olhar de Anthony e acabou encarando o pai, mas o olhar que Harry Potter lhe lançava era muito estranho. Ele parecia estar se divertindo com aquela situação. Incomodada, lançou o olhar para outro ponto da sala, fazendo com que seus olhos se demorassem em Hugo, que observava a cena extremamente atento, mas sem esboçar nenhuma emoção.


Será que ele sentiria alguma coisa se ela resolvesse beijar o Zabine? Será que ele sentiria um pouco de ciúmes? Arregalou os olhos em espanto consigo mesma. Não. Definitivamente beijar Anthony Zabine não era uma opção.


Mas o Zabine não parecia compartilhar da mesma opinião que ela. Um sorriso sacana se abriu nos lábios do garoto ao ver que Lilian e Hugo se encaravam de uma forma, no mínimo, suspeita. Sem pensar muito nas conseqüências, ele a puxou pelo braço, colando seus corpos. Seu sorriso se alargou ainda mais ao ver os olhos de Lilian faiscarem em sua direção. Adorava vê-la irritada.


– Mas que diabos você acha que vai... – O protesto dela foi interrompido bruscamente pela boca de Anthony.


E Lilian nada fez além de se render. Não viu as gargalhadas incrédulas de seu tio George e nem o levantar de sobrancelhas curioso de Harry. Não ouviu os suspiros de sua mãe e, muito menos, as piadas nojentas e sem graça dos seus irmãos. Ela apenas correspondeu, e com um entusiasmo que até Anthony Zabine se surpreendeu.


Estava perdida em emoções e algum lugar da sua mente implorava para que ela interrompesse aquela loucura. Porém, ela estava gostando do beijo – algo que ela não admitiria nem sob tortura.


Estava completamente entregue e sem reação, assim como Anthony, que não conseguia entender o porquê de estar beijando a Potter. E de estar gostando da sensação. Porém, a magia do momento acabou e a razão voltou a eles quando ouviram o barulho de alguma coisa quebrando. Afastaram-se abruptamente, procurando pela origem do som.


– Hey, Hugo! – Ouviram a voz de Lysander. – Aonde você vai? – Ela perguntou, sem esconder a indignação e o olhar de repulsa na direção da Potter.


O olhar de Lilian mais uma vez encontrou o de Hugo, que naquele momento a encarava em um misto de raiva e confusão. Se perguntassem a ele o que aconteceu, ele não saberia dizer. Apenas sabia que a imagem de Lilian beijando outro cara não era nada agradável, e fora por isso que ele resolveu se ausentar da sala de forma silenciosa.


Mas era claro que isso era uma missão impossível, visto que era filho de Ronald Weasley. Foi ao se levantar para ir à cozinha – ou a qualquer lugar em que não precisasse encarar aquela situação – que ele acabou derrubando um vaso da mesa de centro, fazendo com que o beijo de Lilian e Zabine cessasse e com que todos voltassem a sua atenção para ele.


Lilian, por sua vez, sentiu a razão voltando a si mesma. Desviou os olhos de Hugo e encarou o Zabine, furiosa.


– Você é o ser mais irritante e idiota que eu tive o desprazer de conhecer! – Ela gritou, avançando em direção ao garoto lhe dando tapas e socos.


– Hey, vai com calma baixinha! – Anthony falou entre risos, enquanto tentava se desviar das agressões dela.


– Baixinha é a senhora sua avó! – Ela disse. – Porque me beijou, seu babaca?! – Ela gritou a pergunta. – Eu odeio você Anthony Zabine! – Cuspiu.


O Zabine apenas ergueu as sobrancelhas, em um gesto que sabia que iria irritá-la profundamente. Sem temer a vida, ele soltou o comentário irônico.


– Não parecia que me odiava há alguns minutos. – Sorriu sarcástico. – Sabe, você parecia realmente satisfeita enquanto me beijava.


Lilian sentiu o sangue ferver nas veias e, movida pela raiva e pelo desespero por Hugo tê-la visto com outro, tirou a varinha das vestes e apontou para o garoto.


– É melhor você correr imbessil!


Anthony arregalou os olhos, visivelmente perturbado.


– Você não faria isso, Lilizinha.


A Potter estreitou os olhos na direção dele e balançou a varinha, ameaçando um feitiço e fazendo com que Anthony se abaixasse.


– Acredite, eu não vou me importar em levar uma advertência por fazer magia fora da escola, se isso for para desfigurar a sua cara! – Ela bradou.


O Zabine encarou a ruiva a sua frente e, percebendo que ela não estava para brincadeiras, correu em direção à porta.


– Boa noite família do Albus! – Ele gritou, enquanto saia pela porta com Lilian no seu encalço. – SOCOOOORROO! Ela vai me matar! Saiam da frente! – Gritava, enquanto descia a pequena colina em direção à Rose e Scorpius.


Sabia que tinha interrompido o clima entre os dois, mas quem se importa quando a sua vida está em jogo? Sob as ameaças de Lilian, ele chegou ofegante ao lado dos amigos. Estava se preparando para aparatar quando Rose Weasley o encarou, visivelmente incomodada:


– Mas que diabos você fez a ela, Zabine? – Rose perguntou, fazendo com que Anthony estremecesse.


Lilian estava a poucos metros deles e possuía uma expressão ameaçadora demais em sua opinião. Rapidamente lançou seu melhor sorriso irônico a Rose e respondeu.


– Só segui uma tradição de Natal. Eu a beijei.


Rose Weasley abriu a boca diversas vezes e, ao notar que ela havia atingido a situação – e que Lilian Potter estava há menos de dois metros dele. – Ele aparatou sem ouvir respostas.


Anthony Zabine havia beijado Lilian Potter. E não poderia estar mais feliz por tê-la feita sair do sério mais uma vez.


 


**


 


– EU ODEIO ANTHONY ZABINE! – Lilian socou o travesseiro mais uma vez. – Fala sério, Rose! Esse garoto irá morrer, é só eu o encontrar.


Rose Weasley apenas revirou os olhos impaciente. Já passava das duas horas da manhã, e Lilian não parava de falar sobre o beijo roubado – ou nem tão roubado assim – de Anthony. Elas estavam no quarto de Rose, já que Gina Potter, depois de muita insistência das duas, autorizou a filha a dormir na casa da prima.


Bem, fazia mais de uma hora que elas haviam chegado da casa da avó, e Lilian parecia incapaz de calar a boca. E, na opinião de Rose, de esquecer os lábios de um certo moreno. O que importa, é que a Weasley estava tentando contar os recentes acontecimentos a prima há, aproximadamente, meia hora, mas sem ter espaço para isso, já que Lilian parecia perturbada demais enquanto repetia e repetia o fato de Hugo tê-la visto beijando outro cara.


– O que o Hugo deve estar pensando de mim? – Ela repetia essa pergunta incessantemente.


– Lilian, por favor cale a boca. – Rose pediu, controlando seu tom de voz.


A Weasley massageou as têmporas, sentindo uma forte enxaqueca. Como se não bastassem seus problemas com o Malfoy, Lilian não parecia disposta a ouvi-la.


– Eu não vou calar a boca. – Lilian devolveu ofendida. – E sabe por quê? Porque Anthony Zabine é um idiota, e porque seu irmão me viu beijando esse idiota. – Ela explicou. – Gente! Hugo deve estar pensando que eu estava fazendo ciúmes pra ele! O que eu vou fazer?


– Lilian, o Hugo nem sabe que você gosta dele. – Rose observou, fazendo com que Lilian abrisse a boca diversas vezes, e desistisse de falar.


Rose Weasley soltou a respiração assim que Lilian pareceu ter perdido a voz. Quem sabe agora, ela tivesse a oportunidade de contar o que aconteceu entre Scorpius e ela, enquanto Lilian era beijada “forçadamente” dentro da casa da avó.


– Acabou? – Rose perguntou levemente entediada. – ótimo, será que agora eu posso contar o que aconteceu entre o Malfoy e eu, ou você ficará me interrompendo com essa história de “O Zabine me beijou, o que eu faço?”?


Lilian sentou-se ao lado da prima visivelmente interessada. Estava tão preocupada com os pensamentos de Hugo em relação a ela que se esqueceu de perguntar à prima como havia sido a despedida com o Malfoy.


– E aí? – Lilian pediu curiosa. – Já está apaixonada por ele?


Rose Weasley a encarou pensando de que hospício a sua prima poderia ter fugido. Ela não se apaixonaria pelo Malfoy, definitivamente, não daria o gostinho da vitória a ele, porque obviamente o objetivo do garoto ficou bastante claro ao final daquela noite. Scorpius Malfoy não se contentaria apenas com os 300 Galeões, ele a queria aos pés dele como um troféu para exibir aos amigos. E ela não deixaria aquilo acontecer.


– É obvio que não Lilian. – Rose respondeu. – Mas ele me beijou. – Vendo o olhar animado da prima ela completou. – Não foi nada demais Lilian, foi apenas um selinho.


– E porque seria? – Lilian perguntou se fazendo de desentendida. – Não era esse o acordo? – Comprimiu a boca em um meio sorriso.


– Se você está insinuando que eu preferiria que ele tivesse colocado aquela língua gosmenta para dentro da minha boca, esqueça. – Rose comentou de mal humor. – A única coisa que tem me incomodado é o fato de Scorpius ser completamente irritante! – Ela bradou. – Você acredita que ele me disse que eu ainda vou implorar por um beijo dele? – Ela perguntou, completamente incrédula. – A lábia dele pode enganar todos, menos a mim. – Ela falou. – Eu não vou me apaixonar por Scorpius Malfoy, não importa o quanto ele tente.


Lilian respirou fundo e tentou esconder o sorriso. Pelo menos o Malfoy parecia ser mais esperto que sua prima.


– Você está com medo. – Sentenciou.


–Sim, eu estou com medo. – Rose disse. – mas com medo de ir para Azkaban por cometer um assassinato!


Lilian revirou os olhos. E as pessoas ainda diziam que ela era a dramática.


– É melhor você dormir, não vou expor meus pontos de vista para você ridicularizá-los mais uma vez. – Lilian comentou enquanto se deitava no colchonete ao lado da cama da prima.


– É, você tem razão. – Rose disse enquanto se cobria. – Amanhã será um longo dia, ainda mais se levarmos em conta que eu tenho um jantar na mansão Malfoy. – Completou, incapaz de conter o desânimo na voz.


Lilian nem se deu ao trabalho de responder. Rose já tinha sido alertada, agora, não havia mais nada que pudesse fazer. Era apenas esperar para ver como aquela história iria acabar.


E quanto a Rose Weasley, ela apenas fechou os olhos. Uma boa noite de sono seria o suficiente para colocar a cabeça no lugar e para convencer a sua mente traiçoeira de que aquele beijo não havia significado nada. E que as palavras do Malfoy não a tinham afetado.


Pelo menos era isso o que ela esperava.


 


**


Não conseguia fechar os olhos, ou sequer tirar um cochilo. Sua mente estava funcionando rápido demais e os pensamentos vinham em cascata, como se quisessem o enlouquecer. Passava das três horas da manhã, e Scorpius Malfoy ainda não tinha conseguido dormir. Sua mente vagava e o coração acelerava de uma forma estranha cada vez que ele se lembrava de Rose Weasley.


Sempre que fechava os olhos, sua mente o fazia se lembrar da sensação de ter os lábios quentes da Weasley grudados em sua boca. Aquela garota era completamente irritante, mas havia algo nela que o deixava curioso. Rose Weasley emanava mistério, e ele, como bom aventureiro que era, se sentia tentado a descobrir o que era.


300 Galeões eram uma boa quantia para o trabalho que vinha desempenhando, mas ter a Weasley aos seus pés seria como uma espécie de bônus. Será que ela se importaria caso ele resolvesse jogar um pouquinho? Ele acreditava que não.


**


Ela conseguia ouvir o sono suave de sua prima na cama ao lado e sentiu uma pontinha de inveja. Tudo o que ela queria era dormir para tentar esquecer aquele dia estranho e irritante, mas a razão a torturava.


Scorpius Malfoy não valia o ar que respirava, ela deveria ter imaginado que ele iria tentar algo a mais, além dos 300 Galeões. Mas o que fazer quando já se está no olho do furacão? Rose sabia que a única opção que restava era resistir, ela só não sabia como.


Ela queria acreditar que tudo o que viveu naquela noite confusa e maluca era apenas parte do acordo. Tudo o que Rose Weasley queria era poder ter certeza de que seu mundo voltaria ao normal quando aquela farsa terminasse. Mas, de uma forma assustadora, ela sabia que não aconteceria.


Rose não conseguia acreditar que aquele ridículo toque de lábios trouxe toda aquela confusão para a sua cabeça. Por um breve instante, ela desejou que o Malfoy aprofundasse o beijo, desejou se entregar àquele turbilhão de sentimentos que a assombravam e fazia seu estômago dar saltos, como se incomodas borboletas voassem dentro dele.


Mas que droga! Sua mente bradava. Era só o Malfoy, tentava se convencer. Aquilo era totalmente errado e insano, ela o conhecia há exatos sete anos e nunca havia sentido nada além de raiva e repulsa por ele. Sentia prazer em gritar com ele, mas acreditava que era só isso.


Scorpius Malfoy não era o modelo de garoto para ela. Ele era tudo aquilo que Rose sempre negou. Definitivamente, não permitiria se apaixonar por ele.


 


**


Continuava rolando na cama, de um lado a outro, sem conseguir relaxar. A cada vez que fechava os olhos, sua mente lhe pregava a mesma peça. Scorpius Malfoy não conseguia parar de pensar em Rose Weasley, e cada vez que se lembrava dela, sentia seu estômago se agitar.


Acabou se lembrando de um comentário de sua mãe que, uma vez, lhe disse que a sensação de estar apaixonado era semelhante a ter borboletas brincando em seu estômago. Paralisou. Não, definitivamente não podia deixar aquilo acontecer. Ele era um bom sonserino, sabia separar negócios da vida pessoal muito bem. Ele não iria se apaixonar pela garota mais sem sal que ele conhecia.


Aquilo era totalmente estranho e vergonhoso para ele. Sempre detestou aquela garota, a única coisa que sentiu por ela nesses sete anos foi raiva. Sentia-se bem em vê-la irritada, e era apenas isso.


Rose Weasley não correspondia aos seus padrões. Ela era tudo aquilo que ele sempre negou. Definitivamente, não se permitira se apaixonar por ela.


 


**


Passava das quatro horas da manhã quando Rose Weasley e Scorpius Malfoy conseguiram pegar no sono. O que eles não faziam nem idéia, é que haviam adormecido com a mesma certeza e o mesmo objetivo: Aquelas malditas borboletas precisavam morrer.


Só que mais uma vez eles se esqueceram de que algumas coisas acontecem porque precisam acontecer. Quando vidas estão cruzadas, raramente se consegue escapar dos caminhos que já foram traçados. Ambos estavam determinados a não se apaixonarem, mas o destino costumava ser impiedoso com as questões do coração.

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