TÃO PARECIDO COM SEU PAI.



CAPÍTULO 8:



TÃO PARECIDO COM SEU PAI



As primeiras aulas na manhã seguinte foram com Lupin, que ensinava os alunos há várias semanas como se proteger dos feitiços estuporantes. Já no fim da aula, o professor chegou-se à carteira de Harry e disse baixo para que só ele escutasse:



- Me aguarde no fim da aula, Harry. Vou acompanhá-lo até a sala do diretor.



Harry despediu-se de Rony e Mione, e seguiu o professor em silêncio pelos corredores até a sala de Dumbledore, onde, para sua surpresa, já se encontravam Snape, MacGonagall e Moody.



- Boa tarde Harry! Entre e sente-se por favor. - Convidou o diretor indicando uma cadeira bem à sua frente.



Harry sentou-se e encarou o velho mestre, sem esconder sua curiosidade.



- Você Harry, é provavelmente quem tem mais direito a saber o que Voldemort esteja tramando. Então, vamos passar-lhe o que sabemos e peço que preste muita atenção, pois são notícias preocupantes. Fontes da Ordem descobriram que Voldemort tem procurado, por toda a Europa, por um artefato mágico muito antigo e de grande poder. Encontrar esse objeto é uma das prioridades absolutas dele agora. Exatamente qual objeto é este e o que ele faz, infelizmente ainda não sabemos.



Snape moveu-se incomodado, e Harry desconfiou que as “fontes” eram ele.



- A outra prioridade envolve você Harry.



Harry esperou, já sentindo o estômago contrair-se de apreensão e revolta.



- Comensais da morte tem sido vistos com freqüência, nos arredores da casa dos Granger e da Toca, Harry. É claro que os Weasley e os pais de Hermione estão sendo protegidos ininterruptamente, mas mesmo assim, o perigo é real. Achamos que Voldemort esteja esperando uma oportunidade de por as mãos em alguém muito próximo a você.



Seus medos eram fundados, agora não só seus amigos mas também suas famílias estavam em perigo. Só por que o conheciam...A conhecida raiva queimou-lhe as entranhas.



- Como eu disse Harry, estamos cuidando deles. Você deve se preocupar com sua própria segurança e de seus colegas. Para ajudá-lo nisso foi que trouxemos Alastor de volta. Ele irá vigiar você e seus amigos de perto para que não aconteça...



- VIGIAR! ESTOU SENDO VIGIADO???? VOCÊS NÃO DEVERIAM ESTAR LÁ FORA CAÇANDO ESSE MALDITO ?



- Harry, por favor...



- NÃO! MEUS AMIGOS PODEM MORRER E VOCÊS FICAM SENTADOS, ESPERANDO VOLDEMORT MATAR ALGUÉM PRA DAÍ FAZER ALGUMA COISA!



- Potter! Sussurrou MacGonagall assombrada.



- OU ENTÃO ESTÃO ESPERANDO QUE ELE VENHA ATÉ MIM, NÃO É? VAMOS NOS AGARRAR NA MALDITA PROFECIA E DEIXAR O PROBLEMA PARA O POTTER!!!!!



- Agora fique quieto e escute moleque! -Interrompeu Snape. - Todos os professores estão colaborando, protegendo a sua turma, e Moody veio especialmente pra ficar de olho no heroizinho, pra que VOCÊ não se meta em encrencas...



- EU DISPENSO A SUA AJUDA SNAPE! EU NÃO CONFIO EM VOCÊ! É CAPAZ DE FAZER O SERVIÇO SUJO PARA VOLDEMORT...



Harry sabia que não era assim, mas a raiva falou mais alto e ele saiu, batendo a porta da sala do diretor de Hogwarts. Dumbledore e Lupin chegaram a levantar-se para ir atrás, mas surpreendendo a todos, foi Moody que dirigiu-se a saída.



- Deixe comigo, Dumbledore. Eu falo com ele.



== * ==



Olho Tonto achou Harry sentado no gramado do campo de quadribol. Sentou-se pesadamente na arquibancada próxima e disparou:



- Eu conheci muito bem seu pai, Potter.



Harry não respondeu.



- Um bom homem, ele era. Muito corajoso, muito inteligente. Não gostava de regras, mas sabia quando devia segui-las.



Silêncio.



- Porém, se fosse para proteger os amigos, sua mãe e principalmente você...



Agora ele tinha a atenção do garoto.



- Seu pai não hesitaria em pedir e aceitar ajuda até de Snape. Pense nisso Potter. Sei que gosta que o achem parecido com ele, então seja um pouco mais. Aceite ajuda para enfrentar os problemas e use essa sua raiva contra quem a merece. Ah, e está na hora de contar aos dois Weasley e a Granger sobre a profecia. Agora ela envolve a eles também.



Enxugou a testa com um lenço, levantou-se com dificuldade e mancou com sua garra até o castelo, enquanto Harry remoía sua vergonha.









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