Capítulo
1º Capítulo:
Eu? Angel Moore... Ou talvez não!
Angel POV:
Acordo, abri os meus olhos e fiquei encarando o teto branco por um bom tempo.
Sento-me na cama e olho à volta, vejo as cores cinzentas e monótonas do Dormitório 4 Feminino do Orfanato de Santa Clara, em Londres. Hoje é o meu aniversário de 11 anos, ma vai ser um dia exactamente como os outros. Não recebo presentes, a única que se lembra dos meus anos é a minha melhor amiga, e ela, foi adotada há quase um mês. Sinto muita falta dela.
As funcionárias, as professoras, as enfermeiras ou as animadoras nunca se lembram e eu já desisti de lhes dizer.
Este é um orfanato diferente de todos os outros. O principal indício disso é que não podemos ir à escola pública, temos aulas no Orfanato até.
Vou ao banheiro do dormitório e tomo um duche rápido. Seco o cabelo com a toalha e escovo-o.
Volto para o dormitório, onde todas as minhas colegas ainda dormem.
Sento-me na cama e abro o gavetão onde estão as minhas roupas, em baixo da cama, e tiro o costumeiro uniforme cinzento. Este inclui uma camisa branca, uma gravata preta, uma saia cinzenta, umas meias brancas até aos joelhos com 3 listas cinzentas no topo. Calço o sapato, também preto. Prendo os meus cabelos negros num puxo.
Sinto uma coisa presa no botão da camisa.
Olho.
É o medalhão que foi deixado comigo, quando a minha família me deixou aqui, na altura eu nem tinha um ano.
É um medalhão de ouro e tem gravadas as iniciais A.P.B…
O A, eu deduzo que seja de Angel, mas o P e o B, eu não entendo! O sobrenome é Moore, quer dizer, foi esse que as professoras me deram, já que não sabiam o verdadeiro.
Volto a colocar o medalhão dentro da camisa.
Tomo cuidado para não acordar as minhas colegas de quarto e desço as escadas até ao refeitório. A cozinheira coloca um pacotinho de leite, um pãozinho e uma maçã no meu tabuleiro. Levo-o para uma mesa vazia e como o café da manhã em lentamente.
Abandono o refeitório e vou para os jardins.
Então, ouço alguém gritar atrás de mim:
— Angel! Ei, Angel! - viro-me.
Vejo Erica Midd, uma garota de 6 anos que é muito isolada e sozinha. A única que fala com ela sou eu.
— Sim, Erica? - pergunto docemente, me virando.
— Chegou uma carta para ti, a professora Clara está pedindo para ires ao seu escritório. - diz a menina.
— Oh, droga, o que será agora?! Bem, mesmo assim, obrigada Erica! - falo e dou-lhe um dos meus raros sorrisos radiantes.
Ando calmamente até ao escritório da professora Clara. Bato à porta.
— Entre. - diz ela.
Abro a porta e entro.
— Professora, Erica disse-me que me chamou - digo cordialmente.
— Sim, Angel. Chegou uma carta para ti - ela diz, e em cima da mesa vejo um envelope.
O envelope é grosso e parece pesado. Feito de um pergaminho amarelado e endereçado com tinta verde-esmeralda. Não tem selo.
Pego no envelope, e quando o viro, vejo um lacre de cera púrpura com um brasão, um Leão, uma Águia, um Texugo e uma Cobra circulando uma grande letra "H".
Está endereçado a:
Angel Moore,
Dormitório 4 Feminino,
Orfanato de Santa Clara,
Londres.
Abro o envelope e retiro a carta.
ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA HOGWARTS
Director: Alvo Dumbledore
(Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos).
Prezada Sr.ª Moore,
Temos o prazer de informar que a senhora tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários. O ano lectivo começa em 1º de Setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de Julho, no mais tardar.
Atenciosamente,
Minerva McGonnagall.
Directora Substituta.
O meu coração dá um pulo. Vários sentimentos passam por mim ao mesmo tempo. Esperança. Curiosidade. Dúvida. Raiva.
É óbvio que é apenas uma brincadeira estúpida.
— Então, Angel? - pergunta a professora.
— Não é nada importante, professora. Se me dá licença - digo e saio do escritório.
Subo ao dormitório e guardo a carta no gavetão das minhas roupas.
Desço e volto para os jardins. Vejo Erica sentada num banco.
— Olá, olá! - diz a menina eufórica.
— Oi! - digo gentilmente.
Ficamos sentadas a conversar sobre o tempo, sobre os animais dos jardins,…
Então, vamos juntas para o Refeitório, almoçamos, e voltamos para o jardim.
Então uma rapariga vem ter connosco. Jéssica Stanley.
— Então Moore? És tão patética que tens de andar com uma pirralha de 6 anos? - ela ri-se a garota.
— Se atira de um penhasco, Stanley. - me controlo para não lhe dar um soco.
A rapariga acaba por desistir e vai pedras à cabeça dos meninos do primeiro ano. (N/A: Tão imaginando a Nancy Bobofit de Percy Jackson e os Olimpianos? Sim, pronto, é ela. Quem não leu PJO apenas imagine um Duda Dursley na versão feminina.)
O resto da tarde corre normalmente. São cerca de cinco da tarde quando subo ao quarto e acabo cochilando.
**********
— Você não pode entrar, ela… Não! - ouço a voz esganiçada da Professora Cândida, uma das professoras da escola.
— Eu vou entrar e não é uma grande muggle como vocês que me vai impedir! - gritou a voz de uma mulher. - O que vocês fazem às crianças aqui é bárbaro! Se o pai dela soubesse! Vocês são uns monstros.
Se o pai dela soubesse… Se o meu pai soubesse?
Não, não deve ser para mim! Não pode. Sento-me na cama, esfrego os olhos e fico encarando a porta.
As vozes agora estão mais próximas
— Você não pode entrar‼ – gritou mais uma vez a voz super esganiçada da Profª Cândida.
— Ah! Eu vou entrar sim! – disse uma voz feminina furiosa.
— Mas… - gritou a professora.
Agora as vozes estão ainda mais próximas.
Percebo que elas dirigem-se, sim, para este dormitório, que está vazio, tirando eu.
A porta de abre e entra uma mulher alta e bonita, de cabelos ruivos e olhos castanhos.
— Olá, Angel, querida… Eu sou Dorea Potter! - diz ela.
— Olá.. - murmuro timidamente.
— Oh! Angel, não tenhas vergonha. - ela sorri. - Olhe para mim - pede ela docemente, faço o que ela pede e olho nos seus profundos olhos castanhos - Ah! Tu tens os olhos do teu pai, mas és a cara chapada da tua mãe. - ela continua a sorrir.
— Conheceu os meus pais? - pergunto.
— Sim, sim, sim! - ela diz - a tua mãe era minha cunhada. Lianna Potter, é irmã do meu marido, Charles Potter. E o teu pai, Jimmy Black, um grande homem. Ele é meu primo em segundo ou terceiro grau. - ela parece pensativa.
— Então quer dizer que eu tenho família e vocês deixaram-me aqui com estes monstros? - grito.
— Angel, querida, por favor acalma-te. Tinhas logo que herdar o temperamento da tua mãe. Eu vou explicar-te tudo calmamente, mas primeiro peço que me mostre a carta que recebeste esta manhã - pede docemente.
Eu realmente não entendo, o que pode uma brincadeira idiota ter a ver com os meus pais?
Assinto e abaixo-me para abrir o gavetão. Tiro a carta e mostro à mulher.
— Lê em voz alta, por favor - ela pede.
Então eu comecei a ler:
— Temos o prazer de informar que a senhora tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários. O ano lectivo começa em 1º de Setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de Julho, no mais tardar, atenciosamente, Minerva McGonagall, Directora Substituta.– acabo de ler - Mas o que pode uma brincadeira idiota ter a ver com a minha família? - pergunto incerta.
— E se eu te disser que não é uma brincadeira boba? - ela sorri.
— O QUÊ?! - grito e me levanto de imediato.
Ela suspira.
— Se acalme, sente - pede. - Maldito seja o temperamento dos Potter’s - ela murmura - Mas por onde hei eu de começar? - pergunta a si mesma.
— Pelo princípio - eu suspiro e me volto a sentar.
— Pois bem. Os teus pais também eram bruxos…
— Como assim “também”? - falo.
Ela suspira e diz:
— Calma. - eu assinto e ela continua - Lianna Potter e Jimmy Black.
— Então é isso! - falo e mostro-lhe o meu medalhão - A.P.B. Angel Potter Black!
— Você é rápida, menina. - ela sorri e continua - O meu nome de solteira é Dorea Black, sendo que eu e o teu pai somos primos em segundo grau. A tua mãe, Lianna, é irmã do meu marido, Charlus. - ela sorri -Então, eu, Lia, Jim, Charlus e Michel, um amigo nosso, andamos juntos na escola, éramos do mesmo ano e da mesma casa.
— Casa? Mas que casa? - pergunto confusa.
— Hogwarts, a nossa escola, está dividida em quatro casas, Gryffindor, Slytherin, Hufflepuff e Ravenclaw. Nós éramos de Gryffindor, a melhor casa de todas - ela sorriu, os seus olhos pareciam estar noutra Era - Mas juntamente connosco, também andou um bruxo mau na escola, ele era de Slytherin, e quando nós estávamos entrando para o primeiro ano, ele estava entrando para o sétimo… O último. - ela parece estremecer só de pensar -Então, eu e Charlus começámos a namorar exatamente no mesmo dia em que o teu pai, Jimmy e Lianna começaram. - ela volta a sorrir - Teu pai, Charles e Michel eram muito amigos, mas Charles e Michel eram inseparáveis. Eu era a sombra da tua mãe, e ela a minha, nós éramos como irmãs. - ela o sorriso dela é angelical, mas logo ela fica séria - Mas, enquanto nós estávamos na escola, aquele tal bruxo mau, ganhou poder, e tornou-se o bruxo mais temido de todos os tempos. Seu nome é Voldemort. - ela estremece, e eu, mesmo não sabendo do que se trata, estremeço também. A esta palavra, todo o dormitório parece escurecer e ficar mais frio. - Ele mata todos os que se aliam ao lado do bem,… Eu acho que ele estava começando a gostar de matar… - volto a estremecer - Entretanto nós nos formamos e nos tornamos Aurores, que são as pessoas que trabalham no ministério e lutam contra Voldemort e tudo o que estiver envolvido a Magia Negra. - ela está com um semblante carregado, mas logo uma lembrança nova parece invadi-la, porque ela sorri -Eu e Charlus nos casamos, e teus pais também… Eu tive um filho, o meu pequeno James, e logo depois tua mãe te teve. Michel era Medi-Bruxo, e ele ficava em casa tomando conta de ti e de James, enquanto Lia, Jim, eu e Charles íamos em missão com os outros Aurores. - ela volta a ficar com o semblante carregado, e me olha como que pedindo desculpas - Uma noite, quando tu estavas com 5 meses, teus pais tiveram uma discussão muito feia. O teu pai saiu para tomar ar e veio a nossa casa, conversar com Charlus… Acabou passando uma noite em nossa casa. Então Voldemort fez um ataque em Godric’s Hollow, e todos os Aurores foram recrutados, Michel ficou contigo e com James, enquanto nós fomos para Godric’s Hollow. Teus pais não tinham-se visto desde a discussão e ainda estavam meio-zangados… Era noite, estava muito nevoeiro, ninguém conseguia ver nada. Então um seguidor de Voldemort pegou tua mãe. Voldemort estava afim de se divertir, e pegou teu pai, torturou-o na frente da tua mãe. - começo a chorar - Então, ela não aguentou mais, e lançou a maldição de morte contra Voldemort, no mesmo instante que ele lançou a mesma maldição e teu pai caiu morto no chão - lágrimas caiem pelos seus olhos - A maldição de tua mãe não fez nenhum efeito contra Voldemort, mas… Ninguém conseguia ver nada, e todos estavam muito aflitos, e não viram as coisas bem… - ela parece estar sufocando - eles acharam que tinha sido tua mãe a matar o teu pai, por causa da discussão, e como ela estava mesmo ao lado de Voldemort, presa, pensaram que ela era um deles. Só eu e Charles havíamos visto a verdade… Eles prenderam a tua mãe na prisão dos bruxos, ainda hoje ela está lá… - ela soluça. - Eu e Charles tentamos a todo o custo provar que ela era inocente! Mas eram mais de 20 testemunhas que achavam que tinham visto tua mãe matar teu pai… Não conseguimos provar nada. - ela declara tristemente. - Ainda tentamos, nunca deixamos de tentar…
Eu choro, e ela abraça-me.
— Então porque me deixaram aqui, quando eu podia ter ficado com vocês? - pergunto num fio de voz.
— Foi um pedido da tua mãe. Foi a ultima coisa que ela pediu. Foi que não te envolvêssemos na guerra. Nós estávamos no meio de uma guerra. E ainda estamos. Então nós te colocamos aqui, para que você crescesse em paz, até ir para Hogwarts, mas agora você estará segura, em Hogwarts você estará segura, até aprender a se defender sozinha - ela fala docemente.
— Então, meu nome é… Angel Black? - pergunto.
— Quase meio mundo conhece a versão da história errada. Lianna Potter uma comensal? Nunca, mas, poderás ser assediada por pensarem que és filha de uma comensal que matou o próprio marido e o teu pai. Por isso é melhor continuares Angel Moore, até já estás habituada… É mais fácil, é menos um problema. - ela diz.
— Então… E agora? - pergunto.
— Tens duas hipóteses. Ficas aqui, ou vens morar connosco… - responde ela. - tu decides.
— Eu vou viver com vocês, claro. - digo sem pensar duas vezes.
Ela sorri e dá-me um beijo na testa.
— Ok, a história que tu vais contar lá na escola, é a seguinte: Tu és Angel Moore, filha de pais humanos que morreram num acidente de carro quando tinhas uns meses, foste para o Orfanato, e quando recebeste a carta para Hogwarts, Dumbledore, o director, pediu que a minha família te acolhesse. Ok? Nem James pode saber a verdade. - ela diz e eu assinto - não digo que mais tarde não poderás contar aos teus amigos, podes sim, a sinceridade é a coisa mais importante numa relação, seja amizade, ou amor… Mas, só contes se valer a pena, e achares que os teus amigos são mesmo teus amigos. Estamos em guerra, não se deve confiar nas pessoas logo de vista. Espera, observa, e vê se vale a pena. - ela aconselha.
Volto a assentir.
— Anda. - ela sorri - Não sei porque perguntei. A filha de Lianna e Jimmy Black preferindo ficar num Orfanato a ficar com a família? Nossa, como eu sou burra. - eu solto uma gargalhada - Mesmo assim, - ela pisca para mim, tira um graveto do bolso e agita-o - a papelada já está toda tratada.
Na hora entendo o que ela fez, e percebo o que é o tal graveto.
Descemos ao andar dos escritórios e Dorea bate à porta do escritório da Professora Clara.
— Entre - diz a mulher.
E nós entramos.
— Professora, queria tratar do processo de adopção desta garota - disse Dorea.
— Ah! Sim, Senhorita Potter - a professora diz cumprimenta cordialmente. - Já preenchi os papéis, só tem de assinar aqui… O facto de você ser tia dela facilita as coisas, se não tivesse nenhum parentesco demoraria mais tempo. - explica a professora - Angel, vai preparar teu malão.
Eu assinto.
Corri até ao sexto andar e esbarro em Erica.
— Angel - ela chama e eu paro.
Explico-lhe que vou ser adotada e abraço-a.
Ela parece triste.
— Bom para ti - ela tenta sorrir mas é em vão. Abraço-a mais forte e prometo:
— Eu venho visitar-te sempre. É uma promessa.
Ela sorri e eu vou para o dormitório.
Entro. Puxo o malão que está em frente da cama. Abro-o em cima da cama e abro o gavetão. Tenho alguma roupa, que me foi oferecida na troca de presentes que ocorre no Natal, e dois uniformes de verão e dois de inverno. Deixo os uniformes de fora e coloco umas calças jeans e três blusas no malão, coloco também umas allstar velhas.
Aproximo-me da cabeceira, abro uma pequena gaveta e as cartas de Rita, a minha melhor amiga.
Enquanto mexo nas gavetas encontro o medalhão que ela me havia me enviado numa das cartas. Ela foi adotada por uma família rica, e mudou-se para França. No medalhão tem gravadas as frases “Nunca te vou esquecer. Melhor amiga, para sempre‼” em Francês. Coloco o medalhão ao pescoço, por cima daquele que já lá estava antes.
Coloco umas fotografias minhas, de Rita e às vezes Erica juntas, e pronto!
O malão está bem leve… Pudera, eu levo apenas o necessário, de resto não quero nada que me lembre deste lugar enfadonho.
Desço as escadas arrastando o malão.
Lá em baixo, nos jardins, Dorea já me espera.
Quando chego à sua beira ela sorri.
— Vamos? - pergunta.
— Sim, Sra Potter. - respondo.
— Por favor, me chame de Dorea, ou tia, mas senhora não‼ - ela sorri - Sou assim tão velha?
Não respondo mas sorrio.
— Posso chamar você de tia? Afinal, a Dorea é minha tia - pergunto timidamente.
Ela sorri de orelha a orelha.
— Claro que sim, anjo. Deixa, eu levo o teu malão. - ela pega no malão. - O teu malão está muito leve. Que levas nele?
— Não tenho muitas coisas, levo algumas camisas, uns ténis, umas camisas e algumas fotografias e cartas. - respondo.
— Pelos visto não tens muita roupa, hein? Vamos passar por uma loja de roupas muggle para comprar alguma roupa para ti. - ela diz.
— Muggle? - pergunto confusa.
— É como chamamos as pessoas não mágicas - ela explica - humanos.
— Eu não quero incomodar, e com certeza a roupa não vai ser de graça. - eu digo.
— Querida, tu agora fazes parte da família, vou tratar-te como trato o meu filho, é a única coisa que posso fazer para os teus pais, para lhes agradecer pelos 20 anos da nossa amizade - ela diz sorrindo - Dinheiro não é problema. Só terás de me ajudar com o dinheiro muggle, eu não sei trabalhar com ele - ela sorri.
— Sendo assim, ok - eu digo.
Saímos do orfanato e entramos num carro.
— Conduz? - pergunto cética.
— Ahn… - ela parece envergonhada - não muito bem, tive de confundir o instrutor no exame, mas não te preocupes, a magia é maravilhosa, só tenho de lançar um feitiçozinho Supersensorial e está resolvido. - ela sorri.
Ela está certa, não há problemas durante a viagem. Paramos em frente a uma loja.
— Esta é a loja mais cara de Londres! - exclamo. Tem um letreiro lindo que diz “Foulard Rouge”. E por baixo, em letras pequenas, diz “Les plus beaux vêtements sont fabriqués en France” - Roupa francesa? Não é necessário.
— É claro que é. - ela diz - E escolhe à vontade, se não eu mesmo te escolherei. Eu amo roupa muggle, principalmente a francesa. - ela sorri.
Entramos na loja. Escolho a roupa e ajudo Dorea a pagar. Quando vimos embora, trazemos 6 sacos grandes cheios de roupa.
— Mesmo assim, ainda é pouco, logo teremos de repor seu estoque. - diz ela. Olho para ela, mas ela ignora, sorri de canto e diz - Tens um ótimo gosto, anjo.
— Obrigada - respondo em voz baixa.
— Vamos para casa, tu vais adorar o teu primo. E o teu tio. - ela sorri - eles são uns marotos, adoram pregar peças em toda a gente.
— Vamos dar-nos muito bem, sem dúvida. - eu digo sorrindo de canto.
— Oh não, mais um! - ela sorri e depois diz - Também, sendo filha de Jimmy Black e sobrinha de Charlus Potter, não era para menos.
Eu rio. A viajem é cheia de risos e bem rápida.
Paramos em frente a uma casa. Grande, e, sem dúvida, linda. Fica em Londres, num sítio onde não há mais casas, mas é sítio lindo. Tem um enorme jardim, com muitas flores. A casa é linda. Tem dois andares.
Entramos.
— Bem-vinda a casa, Angel - disse ela. - Charlus e James Potter aqui, agora! - ela grita.
Eles descem as escadas passando um por cima do outro para ver quem chega primeiro. Charlus fez uma rasteira a James, James atirou-se nas costas de Charlus, acabando por chegar ao mesmo tempo.
— Olá eu sou Charles/James - dizem ao mesmo tempo.
— Ei! Deixa-me falar! - dizem novamente ao mesmo tempo.
— Para de me imitar! - falam de novo.
— Eu? Imitar-te? - perguntam os dois de novo, um para o outro.
Sarah revira os olhos, enquanto eu rio.
— Parem os dois agora! - ela diz num tom de voz elevado.
Eles se entreolham e dizem juntos:
— Tá, parei!
Eu continuo a rir.
Charlus aproxima-se de mim e abraça, então, fala-me ao ouvi:
—Tu és uma fotocópia de Lianna em pessoa, mas tens os olhos do teu pai. Estás em casa, não te esqueças disso.
Ele e Dorea vão para uma divisão deixando-me sozinha com James.
— Sou James, o mais gostoso, inteligente, perfeito, lindo - diz e eu rolo os olhos.
Ele sorri.
— Ouve, eu não sou burro, não fui com a história dos meus pais. Tu não és filha de muggles, isso eu sei! És demasiado parecida com a minha mãe e com o meu pai para o ser. Bem, talvez minha prima? - ele brinca - Não precisas de dizer, se não quiseres. Mas se quiseres, eu estou aqui. - ele diz sério, eu assenti, ele é simpático - Bem-vinda à nossa humilde casa.
— Humilde?? - pergunto cética.
— É, sempre quis dizer isso, mas realmente não dá mesmo - ele diz sorrindo. - Anda, vou-te mostrar a casa.
A casa é linda, simplesmente perfeita.
Voltamos a descer.
— Bem, acho melhor descansares, amanhã vamos à Diagon-Al, comprar as coisas para Hogwarts. - ele diz.
Subo ao meu quarto e fico pensando. Como a minha vida deu uma volta de 180 graus com apenas umas palavras?
Eu? Sou bruxa e meu nome é Angel Moore… Ou talvez não.
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Notas da Autora: Olá, olá! Espero que tenham gostado, e só posto o próximo quando tiver pelo menos 3 comentários! Ah, sim, só avisando, a fanfic está sendo postada também no Nyah e no FFbr, ok? Não é plágio, mas se por acaso a virem ser postada em mais algum lugar, peço que me avisem, é tudo.
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