Capitulo 2
Todos os personagens, lugares e demais são de autoria da escritora Britânica JK Rowling.
Capitulo 2.
Eu escuto minhas amigas chegando. Não, elas não são discretas.
Deus, como eu estava com saudades.
Mau esperei elas fecharem a porta da cabine para me jogar em seus pescoços com um forte abraço. Nessas férias apenas nos falamos por cartas, pois não quis deixar meu pai sozinho e ir novamente para casa de Alice, assim como fazemos todos os anos. Este era era diferente para nós e quis passar o maior tempo que pude com ele.
Marlene está linda como sempre. Seus cabelos loiros, longos e sedosos, seus olhos de um azul intenso que deixavam qualquer garoto desta escola louco por ela. Marlene tinha o corpo perfeito, o que eu sempre achei um pouco injusto com nós, meras mortais.
Alice sempre foi mais discreta, tanto na aparência quanto nas atitudes. Alice gostava de deixar seu cabelo castanho bem curto, pois dizia que seu namorado Frank gostava deles assim. Pobre Alice,está chateada este ano, pois Frank formou o 7º ano no ano passado, e bem... ela esta sozinha agora.
- Lily que saudades!Elas disseram em coro quando me viram.
Eu estava feliz, me sentia completa ao lado delas. Arrumo minhas coisas sobre o maleiro e sento me no banco para começar a escutar as novidades das minhas amigas.
Alguém está batendo na porta.
Vejo Marlene e Alice se entreolharem, então eu me levanto e a abro.
- Oi! – disse uma voz familiar parada à porta – Como foram as férias de vocês? Poderia me sentar aqui? O resto do trem esta cheio.
Era Maria. Ela estava um ano abaixo de nós, era da Grifinória também. Tínhamos trocado algumas palavras no quinto ano, mas nunca nutrimos uma amizade uma pela outra, não por eu não gostar dela, mal a conheço na verdade, mas ela e minhas amiga tem um certa amizade.
- Ora, claro que pode Maria! Tem espaço para todas nós aqui. – Disse Alice educada.
Maria é alta e tem os cabelos na altura dos ombros cheios de cachos. Lindos! Porque os meus cachos não ficam tão lindos assim? Preciso lembrar de perguntar a ela o que ela faz.
- Minhas férias também foram ótimas! Viajamos para França sabe? OH, que país maravilhoso. Vocês tem que conhecer. Principalmente pelos rapazes, são tão fofos! – eu ouvi Maria detalhar toda suas férias para minhas amigas que estavam incrivelmente interessadas em suas historias.
MERLIN! Me esqueci completamente que sou monitora chefe e deveria estar no vagão dos monitores! Lily Evans, como você pode ser tão burra?
- Lily, você está bem? Está pálida. – Disse Marlene me encarando
- Lene, esqueci da monitoria!
Meus olhos denunciaram meu desespero. Eu nem lembrei de olhar o relógio. Sai correndo deixando minhas amigas e muitos chocolates para trás. Amo chocolates, ainda mais aqueles que tem menta e são picantes. Ah, são perfeitos e eu estou irritada por abandona-los.
Saio correndo pelos corredores esbarrando em alguns alunos. Eles gritam algo, mas eu não consigo entender o que é. Apesar do meu estado catastrófico, eu seguro a maçaneta, respiro fundo e passo a mão apressadamente em meu cabelo.
Entro na cabine, assim com nos últimos anos. Continuava linda e confortável como sempre. Eu balanço junto com o movimento brusco do trem e me sento ao lado do casal de monitores da Grifinória para não cair.
- Há quanto tempo vocês estão aqui? – pergunto ao casal de amigos que conversavam animadamente. O rapaz se vira e sorri para mim.
- Deve ter uns 10 minutos. Mas os outros não chegaram, chegamos adiantados.
Caminho ao redor da cabine em círculos, ansiosa para saber que será o monitor chefe junto comigo. Espero com todas as minhas forças que seja o Robbie da Corvinal. Nossa! como ele é bonito.
- O monitor chefe já chegou? – eu pergunto a eles ansiosa.
- Não senhorita Evans – responde a meninas. Gostei da sua educação – ele ainda não chegou.
Pouco a pouco a cabine vai enchendo com os monitores de todas as casas, até os últimos chegarem, os dois da Sonserina. Típico.
- Ora, então a Evans é nossa monitora chefe, que previsível! – disse a monitora da Sonserina olhando para mim com desdém. Senti que estava ficando vermelha de raiva.
- Me desculpe – me virei para ela – mas que é você?
- Morgan Macnair.
- Macnair, pode me fazer o favor de se sentar e manter-se calada por favor?
Não sei porque disse aquilo. Não queria enfrentar a garota, mas, quem era ela para me julgar? Eu nem mesmo a conhecia! Tudo bem, talvez eu possa ter sido um pouco rude. Pelo olhar que ela me lançou eu tive certeza que tinha sido rude. Mas ela não questionou e se sentou. Isso é bom, é bom saber que tenho algo que posso controlar.
Infelizmente meu humor já tinha se esvaído. Eu tenho este defeito, ficar mau humorada rapidamente.
Por que eu tinha que lidar sozinha com aqueles monitores? Alguma coisa estava errada. O monitor chefe estava atrasado. Que tipo de responsabilidades eu podia esperar de um monitor chefe que nem mesmo cumpre seus horários? Meu coração disparou. Essa era a resposta, só podia ser isso! O monitor chefe seria... um Sonserino!
Não! Isso seria a morte. Dumbledore não faria isso, afinal, ele ama Hogwarts, não é mesmo?
Tomo uma decisão, vou atrás dele. Nem que eu o tenha que buscar no inferno! E sim, o professor Dumbledore ficará sabendo disso.
Saio apressadamente em direção à porta – onde ela vai? – escuto os monitores cochicharem entre si. Finjo que não escuto e saio correndo.
Que merda de parede é essa aqui?! Penso assim que dou de cara em algo duro que lança o meu corpo para trás, e graças a porta da cabine eu não estou estirada no chão uma hora dessas.
- Me perdoe, eu não vi você – Droga,era um garoto.
Ele também parecia ter se machucado, pois estava passando as mãos parte de traz da cabeça. Meus olhos vão de encontro aos seus cabelos castanho escuro, completamente desarrumado, espalhado em todas as direções em sua cabeça. Não estava curto, mas também não estava longo.
Que cabelo lindo!
- Lily, você está bem?
Tudo bem ele saber meu nome. Todos nesta escola sabem meu nome e nem sei porque, mas eu não conheço praticamente ninguém devido minha anti-socialidade. Meus olhos encontram os olhos dele, e Deus, são lindos. Seus olhos são castanho claro bem vivo com uma pequena tonalidade verde.
- A reunião dos monitores já começou?
Sinceramente? O que isso é da conta dele? Escuto ele tossir discretamente para chamar minha atenção.
OH-MEU-DEUS! NÃO! NÃO! NÃO!
Estou pasma. Não consigo responder, não consigo mexer meus músculos! Ótimo, era só o que me faltava, alguém me azarar pelas costas! Mas que diabos esta acontecendo comigo? Eu não reconheci James Potter! E que merda... de beleza é essa? Afinal, não faz tanto tempo assim que eu não o vejo, faz? Não, isso não faz sentido nenhum! Ele não tem o cabelo bonito, seus olhos são completamente inexpressivos e ele é irritante!
- Evans?! Você poderia me deixar entrar... err, no compartimento dos monitores?
- Me desculpe Potter – Disse eu me afastado para deixar ele passar. Desculpa? Desculpa? Em que universo paralelo eu pediria desculpa para James Potter?
Ele sorri, mas não se mexe. Ao contrario disso, fica me encarando com aquele sorriso estupido no rosto. Nunca tinha percebido como seus dentes são adoráveis. Brancos e alinhados.
- O que você esta fazendo aqui Potter? – pergunto cruzando os braços. A reunião dos monitores definitivamente não era da conta dele.
- O mesmo que você Lily, eu sou Moni-
- Não, não pode ser! – eu o cortei, não querendo ouvir suas palavras. Ele parece entender minha revolta e então faz a pior coisa do mundo, faz algo que nem em meus piores pesadelos eu teria imaginado.
Ele tira o distintivo de monitor chefe. Meu mundo acabou!
Não seria o bonitão da Corvinal...
Não era o Sonserino idiota! Era pior, muito pior.
O sorriso dele se abriu. Porque ele tinha que fazer isso? Esse sorriso... ele não tem o direito de sorrir dessa maneira na minha frente. Ele se inclina para abrir a maçaneta quase me pressionando contra a parede. Ele abra a porta e entra. Eu sinto seu perfume.
É delicioso. E ele fica empreguinado no ar... tenho que sair daqui agora!
Ele volta, ainda segurando a maçaneta – e então monitora chefe, você não vem? – ele pergunta com um sorriso tímido e fica me encarando.
Meu coração esta disparado e eu torço para que ele não consiga escutar. As batidas estão cada vez mais rápidas e sinto que ele vai sair pela minha boca.
Patético. Eu sou tão patética!
Eu entro. Ele me espera entrar para então fechar a porta. Ele esta atrás de mim, posso sentir o calor do seu corpo se aproximando a cada passo que eu dou.
Então eu paro. Um pensamento vem a minha cabeça de repente: vou ter que conviver com Potter durante um ano inteiro!
Meu coração aperta cada vez mais e meu estomago dá um nó, e sinto meu sangue parar de circular em minhas veias. Eu me viro e encontro seus olhos preocupados me encarando.
- Potter, eu acho que estou passando mal.
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