O Vampiro do Sótão
Os últimos dias de férias de Alvo estavam sendo bem divertidos. Naquele momento, ele estava fazendo uma coisa nem tão divertida assim: desgnomizando o jardim. Puxou uma criatura pequena, que tinha a cabeça parecia a uma batata, pelos pés e girou com toda força, jogando o gnominho para bem longe. O coração de Alvo deu um aperto. Sabia que não morreria e que no máximo ficaria meio tonto, mas mesmo assim era apenas um filhote... Perguntou-se o porquê de estar fazendo isso se os gnomos sempre conseguiam voltar.
Sentiu uma mão fria em seu ombro.
- Al, vovó já preparou o almoço. Deixe esses dois... – se referia aos que Alvo ainda não tinha jogado. – Para depois.
O menino de doze anos completados acompanhou Rosa até a mesa enorme localizada no centro da cozinha. Molly, a prima de Alvo, estava lá sentada em uma cadeira, ao lado de Lúcia, que longe dos objetos e das comidas que usava para suas brincadeiras parecia até uma boa menina. No outro canto estavam Freddie, o primogênito de tio Jorge que ia para Hogwarts aquele ano, Roxanne, sua irmã caçula que tinha a idade de Lílian e Hugo, que estavam sentados um em frente dela, outra do lado.
Lúcia também ia para Hogwats junto a Freddie, assim como Dominique, que ainda não tinha se juntado a eles. Freddie, enquanto não ia para o colégio de magia, estudava em um colégio trouxa, para gente não mágica. Ele era muito bom em matérias como matemática e inglês, o que fazia os primos o chamarem de cdf. E como estava sempre com um livro na mão, não hesitavam em chama-lo de nerd. Bem parecido nesse ponto a Rosa, que estava já sentada por perto.
Dominique chegou na cozinha e sentou-se em frente a mesa, seus cabelos curtos e cacheados, além de muito louros. Rosa tivera que dar o braço a torcer, pois no ano anterior ela dissera para a prima não cortá-los: sua prima ficou muito bonita com eles assim.
- Onde está Tiago?- perguntou Lúcia. – Estou esperando ele aparecer para cobrar pelas bala incha-peito que ele pegou escondido.
- Na última vez que o vi conversava com Vitória na sala. – respondeu Dominique ao seu lado.
- Meus queridos. – disse vovó Molly, de mesmo nome que a neta. – Podem começar a comer sem eles. Alvo faça um favor para mim, pegue o Pó de Flú no sótão.
O moreno estremeceu. Ir ao sótão significava encontrar o Vampiro do Sótão. Mas não queria desobedecer a avó, por isso levantou-se e subiu. No último andar encontrou uma escada que levava ao seu destino. Ao pisar no último degrau, Alvo subiu e adentrou o local. Estava muito escuro até que Alvo, procurando com os dedos a lâmpada já que não podia utilizar magia fora da escola, acendeu-a. Deparou-se com uma figura pálida muito próxima a ele, de caninos afiados e expressão ameaçadora. Engoliu seco. Aquele vampiro não era como Drácula. Era impertinente, ranzinza, perigoso a qualquer inimigo de vovó Weasley, mas não era de grande ameaça para Alvo. Mesmo assim, ele sentia certo medo, pois sabia muito bem o que um vampiro era capaz de fazer. E mais: agora que estava ali, frente a frente com ele, sentia que as palavras não lhe saíam.
- Você é débil mental ou mudo? – perguntou o vampiro depois de um tempo sem resposta, levemente irritado.
- N-não. – Alvo gaguejou, mas logo recuperou a fala. – Só vim pegar um pouco de Pó de Flú.
Mas o vampiro não parecia estar mais escutando. Seus lábios se abriram e seu olhar estava profundamente distante.
Três herdeiros restantes,
Um digno de utilizar a peça de Slytherin,
Acharão o que lhe convinha,
Mas um deles é perigoso e trará o caos,
É assassino e controlador,
E trará todo mal.
Os outros usarão suas qualidades
Para que os danos não sejam permanentes.
Alvo prendeu a respiração assustado. De repente, o vampiro pareceu voltar a si.
- O que veio fazer aqui? – perguntou, demonstrando que não estava ouvindo a última parte do que Alvo lhe disse.
- Vim buscar uma coisa.
Alvo procurou o saquinho com o pó pelo sótão, sendo seguido pelo olhar desconfiado do vampiro. Achou-o e saiu do local, descendo em direção da mesa onde todos estavam.
- Demorou querido. – comentou sua avó enquanto ele se sentava e começava se servir. Mas no que Alvo estava concentrado realmente não era a comida e sim nas palavras misteriosa que ouvira poucos instantes atrás. Três herdeiros e um merecedor de uma peça? Se o merecedor iria utilizar tal peça de Slytherin, os outros deviam ser descendentes dos outros fundadores de Hogwarts e poderiam usar a peça deles. E continuou raciocinando: as quatro peças formavam com certeza algo quando juntas. Talvez um talismã? Alvo resolveu deixar isso para mais tarde e começou a se concentrar na refeição.
Comentários (1)
adorei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!to doida pra saber o resto dessa historia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
2013-04-02