Protologo
''Como minha vida mudou tanto?'' Pensei tristemente mesmo já sabendo a resposta.
Suspirei melancolicamente.
As imagens daquele maldito dia voltaram a minha mente. Queria chorar mas com que lágrimas? Já não tinha mais forças e nem lágrimas para chorar. Tudo tinha se esgotado.
Imediatamente olhei para meu pulso direito, encarando a cicatriz que levaria comigo por toda minha vida.
“Sangue-Ruim”
A cicatriz que marcou como brasa a minha alma para sempre dolorosamente e fazia a minha pele arder como mil sois.
A dor apoderou-se de mim por completo. Não pela marca no meu pulso e sim pela perda ''deles'' que marcou em brasas o meu coração fazendo assim nascer, a meu ver, uma cicatriz irreparável. Pior que a cicatriz no meu pulso. Pior que vários Cruciatus. Pior que tudo o que já senti.
Choraminguei de dor e desmaiei, fraca demais para lutar contra deixei a escuridão me levar
****
Olhei melancolicamente a sala de estar, relembrando todos os bons momentos vividos neste lugar.
Suspirei ainda melancólica. Fechei meus olhos tentando –inutilmente devo dizer –apagar toda a dor e as lembranças ruins da minha mente e do meu coração.
''Impossível'' Pensei sentindo as lembranças voltarem a tona. Fazendo o meu coração já dolorido se apertar.
Uma lágrima solitária e dolorida caiu de meus olhos castanhos expressando toda a dor que sinto por aqueles que me foram tirados brutalmente levando parte do meu coração, fazendo-o sangrar e criando uma cicatriz incurável. Suspirei mais uma vez
– Adeus velha casa - Murmurei, sem forças para aguentar isso tudo. Peguei minhas malas e sai pela porta da frente para nunca mais voltar.
Aparatei.
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