Dé jàvu
CAPÍTULO IV
D
jàvuKristyn olhava boquiaberta para a estranha visita, e antes que pudesse esboçar qualquer resposta, a professora ficou subitamente rígida, os olhos desfocados e a boca afrouxara. Ela começou a falar com voz alta e rouca.
- Até que enfim voltamos a nos encontrar...
- Quem é você? - perguntou Kristyn, espantada.
- Devia saber que não perceberia... - os olhos dela começaram a girar, e ela produziu uns sons roucos, que parecia um suspiro impaciente - Essa mulher louca e seus chiliques! - em seu transe, a professora voltou-se para o espelho, de onde Ana observava a cena com curiosidade - Ana, por favor, venha aqui dar um jeito nisso.
Ela riu, encantada e divertida, sumindo do espelho. Pouco depois, saía da lareira, encaminhando-se para a professora.
- Eu não acredito!!! - exclamou, lançando-se num abraço animado, enquanto Kristyn continuava olhando-as, confusa. Logo em seguida afastou-se, olhando para a professora, com um sorriso - E então, melhor agora?
- Ana, será que dava para me explicar o que está acontecendo aqui? - interrompeu Kristyn impaciente, os braços cruzados sobre o peito.
A professora voltou-se para ela, mas sua postura mudara novamente. Ela agora assumira um ar confiante, superior, e quando falou, foi com uma voz conhecida, que há muito tempo Kristyn não ouvia.
- Trate de se acalmar, Kris, temos muito o que conversar, e pouco tempo para isso.
Kristyn arregalou os olhos, o queixo literalmente caído.
- Sebastian?!!
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- Quem é filho do Sirius? - perguntou uma espantada Gina, que acabava de entrar pelo retrato da Mulher Gorda.
- Onde você esteve até agora? - perguntou Rony, desconfiado da aparência desmazelada da irmã.
- Não é da sua conta. - respondeu rapidamente, não conseguindo evitar que seu rosto se tingisse de vermelho, e virando-se para Harry - E então?
- Wezen Deveraux. - respondeu sucintamente, fazendo a garota arregalar os olhos. Antes que ela tivesse tempo de dizer algo, o retrato se abriu novamente, e dessa vez foi Alex quem entrou, com sua costumeira exuberância.
- Olá, pessoal, o que é isso? Uma festinha particular? - perguntou, malicioso, lançando um olhar insinuante para os dois casais - Gina, minha querida, estou desiludido: você me trocou pelo Potter?
- Pára de dizer asneiras, seu palhaço, e dá o fora! - rosnou Rony, olhando feio para o rapaz, que não pareceu nem um pouco intimidado.
- Tão gentil!... - debochou o loiro, encaminhando-se para o dormitório masculino - Mas, como eu não gosto de ser empata, vou deixar os pombinhos a sós.
Quando tiveram certeza de que podiam falar despreocupadamente, voltaram a discussão sobre Deveraux.
- Isso não faz sentido, Harry! - Hermione tentava argumentar com o amigo, que parecia uma fera enjaulada, andando de um lado para o outro - Sirius não pode ser pai dele! Deve ser uma coincidência eles serem tão parecidos...
- Faz todo o sentido, Mione! - retrucou animado, as idéias girando em sua mente - Você diz isso porque não viu Sirius como eu vi, nessa mesma idade que o Deveraux. E eu te digo, eles não são parecidos: são idênticos! A não ser pelos olhos. Ele deve tê-los herdado da mãe.
- O que quer dizer com isso? Está achando que a professora Donovan é mãe dele?!
- E quem mais? Nós já sabemos que eles tiveram um envolvimento no passado.
- Não, Harry. - retrucou Hermione - O que nós sabemos é que existe uma Donovan que "mexe" com o Sirius. Dumbledore não disse que eles tiveram alguma coisa.
- E isso não está óbvio?
- Bom, uma coisa não se pode negar: - comentou Rony, divertido - O velho Almofadinhas tem muito bom gosto!
- Rony, não é hora para brincadeiras!
- E quem está brincando? - protestou o amigo - A mulher pode ser louca, mas também é linda!
- Se o Sirius estivesse aqui, ele ficaria louco! - retrucou Harry - Porque eu tenho certeza de que ele não sabia que tinha um filho.
- Um, não, Harry, esqueceu da gêmea dele?
- É verdade, Mione! Se ele é filho do Sirius, a tal Adhara também é!
- Se, não, Rony, eles são filhos do Sirius!
- Harry, não vamos nos precipitar. - Hermione tentou acalmar o amigo - Precisamos de mais informações para chegarmos a alguma conclusão.
- Você quer mais informações? – retrucou, olhando pela janela - Tudo bem, então. Sei exatamente por onde começar a obtê-las. - virou-se para os amigos, que o olhavam em expectativa - Hagrid!
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Infelizmente, Hagrid estava fora aquela semana (assuntos da Ordem, eles supunham), e eles teriam que aguardar a sua volta para poder tentar obter alguma informação sobre o suposto romance de Sirius com a professora Donovan. Enquanto isso eles se voltaram cada qual para seus assuntos.
- Uau, Gina! - exclamou Hermione, ante o relato da amiga sobre o ataque da noite anterior - E você não sabe quem foi?
- Não faço a menor idéia, Mione. - Gina suspirou, desanimada, enquanto passava geleia em sua torrada. Naquela manhã Hermione não se sentara com Harry e Rony, já que queria conversar com a amiga sobre o beijo que Rony lhe dera. - Já quebrei a cabeça tentando desvendar esse mistério, mas não cheguei a nenhuma conclusão.
- Bom, - começou Hermione, com a expressão que sempre fazia quando avaliava algum fato, parecendo ter várias engrenagens girando em sua mente - segundo a mitologia, Eros era o deus do amor, que todas as noites raptava a princesa Psique, levando-a para seu castelo, onde a amava até o dia raiar. Porém, Psique não podia descobrir sua identidade, pios caso isso acontecesse, eles teriam que se separar.
- Isso quer dizer que se eu descobrir quem é esse rapaz, nós não poderemos nos envolver? - perguntou Gina, intrigada.
- É uma hipótese. Se bem que pode ser apenas uma tentativa de criar uma atmosfera de romance e mistério. - Mione deu de ombros.
- Isso não nos deixa mais perto de descobrir quem é esse atacante.
- É verdade. Mas se for alguém da Grifinória, você só tem três opções: Harry, Wezen Deveraux ou Alex Martin. Apenas eles estavam fora da Torre ontem nesse horário.
- E se for alguém de outra casa?
- Nós temos que começar por algum lugar, Gina, por isso vamos nos restringir a esses três por enquanto. - decidiu Mione, com ar de detetive, fazendo Gina rir.
- Tudo bem, mas acho que podemos descartar o Harry. Não faz o estilo dele.
- Não sei, não. Ele estava muito estranho quando chegou a Torre ontem.
Gina voltou o olhar na direção do rapaz que durante tanto tempo ocupara seus sonhos. "Será?"
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Harry estava se divertindo muito naquela manhã. Provocar o amigo sobre os acontecimentos da noite anterior, e ver sua reação, era realmente engraçado.
- Vamos, Ron, admita: você a beijou de novo, não foi?
- Harry, me faça um favor, sim? - retrucou o outro, impaciente - Vá caçar gnomos! Que aporrinhação! - cansado das provocações do amigo, resolveu inverter o jogo - Sabe, eu acho que você está precisando melhorar sua vida amorosa, talvez assim deixe a minha em paz.
- Até parece! Quem ouve pensa que você tem uma vida cheia de romance! - rebateu, irônico.
- Melhor que a sua, que se resume a um beijo "molhado" e um encontro desastroso com aquela chorona!
Harry deu de ombros. Sabia que o amigo estava certo, e não se aborrecia com aquilo.
- Ei, mas mudando de assunto... - Rony acenou a cabeça na direção dos Deveraux, sentados na outra ponta da mesa - A filha do Sirius é uma tremenda gata! Você podia investir ali, e assim, além de seu padrinho, ele seria o seu sogro! - brincou, divertido.
Harry riu com o amigo, os olhos avaliando o misterioso trio. Tinha que admitir que a garota era muito bonita, mas seus olhos foram atraídos para a prima dela, Rhea. Para Harry, ela era uma verdadeira visão. Enquanto a admirava, uma dúvida bailava em sua mente: se os outros dois eram filhos do Sirius, quem seriam os pais dela?
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Quando a noite chegou, eles repararam que havia luz na cabana de Hagrid, o que significava que o amigo estava de volta. Imediatamente eles saíram do castelo, indo encontrá-lo.
- Ora, eu não podia ter um comitê de boas vindas melhor que esse! - exclamou Hagrid, satisfeito, fazendo-os entrar.
Quando todos estavam acomodados, tomando o chá que o amigo lhes oferecera, este ficou repentinamente sério.
- E como vão as coisas, Harry? - perguntou, como quem não quer nada.
- Tudo bem. Verdade. - confirmou, ante o olhar desconfiado do amigo - A revolta pela perda do Sirius já passou. Ficou só mesmo a saudade.
- Esse é um dos motivos que nos trouxe aqui, Hagrid. - completou Mione, rápida - Além de querer te ver, é claro.
Hagrid pareceu confuso, e foi Rony quem explicou.
- É que o Harry queria saber mais sobre o padrinho, e nós achamos que você podia contar algumas histórias sobre ele.
O rosto de Hagrid se abriu num sorriso, e ele imediatamente começou a contar várias coisas sobre a época em que os Marotos estiveram em Hogwarts.
- Eles eram terríveis, não é? - comentou Mione, quando o amigo fez uma pausa para pegar mais chá - Mas sabe o que eu acho estranho, Hagrid? O pai do Harry namorava a mãe dele, e o Sirius, que todo mundo diz que era tão bonito, não tinha uma namorada também?
Hagrid riu.
- Ah, o Sirius era um tremendo conquistador, tinha várias namoradas. Mas é claro que, um dia, uma o pegou de jeito. Aliás, vocês a conhecem.
- Mesmo? - Harry inclinou-se para frente, interessado - E quem foi?
- Sua nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. Ah, era muito divertido ver as confusões que o Sirius fazia para conquistá-la. - o rosto de Hagrid assumiu um ar saudosista ao recordar as cenas do passado - No fim, ela o deixou de joelhos, na frente de toda a escola.
Os três estavam de queixo caído com aquelas revelações. Nenhum deles conseguia imaginar Sirius de joelhos por ninguém.
- Eles namoraram durante muitos anos. Ela foi a dama de honra de sua mãe, Harry. - aquilo foi outra surpresa.
- E por que eles nunca se casaram, Hagrid? Porque Sirius foi para Azkaban? - perguntou Mione, intrigada.
- Eles estavam de casamento marcado - aliás, seria um casamento duplo, a prima dela iria casar com o Remo. Mas, faltando duas semanas para o casamento, elas sumiram. Desapareceram sem deixar pistas. Os dois ficaram num estado de dar dó. - ele balançou a cabeça, com pesar.
Depois disso Hagrid mudou de assunto, passando a falar sobre as criaturas que pretendia mostrar aos alunos aquele ano, sem perceber que os três respondiam automaticamente, enquanto pensavam sobre o que o amigo revelara.
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- Eu não vou me deixar levar, eu não vou...
Gina seguia entoando baixinho a mesma frase, como se fosse um mantra. Tinha lutado contra si mesma durante muito tempo, mas a curiosidade levou a melhor, e por isso lá estava ela, fazendo o mesmo caminho da noite anterior. Curiosidade. Nada além disso.
Aconteceu da mesma forma, e apesar de estar preparada dessa vez, ainda assim não conseguiu descobrir seu atacante. Ou ele era o homem mais rápido do mundo, ou era invisível.
Mais uma vez ela se encontrava prensada contra a parede, sentindo o corpo másculo contra o seu, e o cheiro almiscarado inebriando seus sentidos. Pelo menos uma certeza ela tinha: ele cheirava muito bem!
- Ei, calma aí, garotão! - ela desviou o rosto antes que ele pudesse beijá-la, empurrando-o com as duas mãos. Ele não se moveu um milímetro sequer. - Eu não vim aqui pra isso!
Ele soltou um risinho rouco, debochado, enquanto passava a beijar seu pescoço, fazendo com que arrepios percorressem sua espinha. Certo, se ele queria jogar pesado, ela ia mostrar que não seria fácil assim.
- O quê? Acha que estou brincando? - perguntou, a voz soando arrogante e entediada - Pensa que é tão bom assim, é?
Ela quase pôde sentir a expressão dele mudar, tornando-se irônica, a sobrancelha provavelmente estaria erguida de modo sarcástico. Era estranho saber tudo aquilo, e não saber quem ele era, sequer como ele era.
- Só vim aqui hoje porque fiquei curiosa. - continuou, no mesmo tom - Quem é você, e o que quer comigo?
Ele deu outro risinho, enquanto acariciava seu corpo de maneira sugestiva.
- Óbvio, não é? - ela mesma respondeu, debochada, segurando as mãos atrevidas e impedindo que continuassem o caminho que seguiam - Mas pode esquecer! Eu não estou aqui pra ser o divertimento de nenhum engraçadinho metido a conquistador! Sabe, minha amiga acha que você pode ser o Harry. - outra risada debochada - É, eu também acho que não. Não é o estilo dele. Por que esse mistério todo, hein? O que você tem a esconder? Por que... - ele bufou, impaciente, agarrando seu rosto com ambas as mãos, enquanto a beijava com sofreguidão. A despeito de si mesma, e de tudo que havia decidido, Gina não resistiu e retribuiu com paixão, entregando-se totalmente ao momento.
Mais uma vez ela foi lançada num redemoinho de sensações, perdendo-se totalmente no sabor dos lábios dele, e nas carícias que ele lhe fazia. Suspirou profundamente quando ele voltou a beijar seu pescoço de modo lento e sensual, ao mesmo tempo em que acariciava sua perna, e a erguia, fazendo-a envolvê-lo, e permitindo que ele se aproximasse ainda mais, de um modo muito mais íntimo. Gina só voltou a si quando sentiu que ele abria os botões de sua blusa. Aliás, quando ele já estava no terceiro botão.
Ela o empurrou tão de repente que ele não teve tempo de reagir. Nem de evitar o tapa que ela acertou em seu rosto.
- Isso é pra você aprender, seu... seu... seu!
Com isso ela saiu correndo da sala, nem sequer lembrando de tentar descobrir quem ele era. E ele ficou lá, parado sozinho na escuridão da sala, esfregando o rosto onde ela o atingira, um sorriso deliciado no rosto.
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No domingo eles deixaram as investigações de lado por um motivo de força maior: o primeiro treino de quadribol da temporada. Eles tinham um time novo, e apesar de Harry considerar que todos estavam a altura do antigo, que fora campeão há três anos, seria preciso muito treino para chegarem ao mesmo entrosamento.
- Bom... hã... - ele estava tendo dificuldade para começar a primeira preleção como capitão da Grifinória, tendo o time a observá-lo em expectativa. Não tinha o mesmo dom que Olívio e Angelina. Decidiu ser direto - Olha, gente, não vamos perder tempo com conversas, ok? Temos muito trabalho a fazer, por isso, vamos logo para o campo.
Katie, Gina e Rony, acostumados as longas preleções anteriores, respiraram aliviados, enquanto os outros três novatos apenas concordaram, e foram para o campo, iniciando o treino.
Harry mantinha um olho no pomo e outro no time. Teve que admitir que eles eram muito bons. Os novatos, para alegria do resto do time, voavam em modelos Nimbus 2001, e a técnica e o talento que demonstravam eram invejáveis. Alex e Nicky não deixavam nenhum balaço se aproximar dos companheiros, suas rebatidas eram impressionantes. Já Sammy voava de uma forma incrível, formando um trio espetacular com Gina e Katie, que ele já sabia serem fabulosas. Rony perdera a inibição que o atrapalhara em suas primeiras partidas, e agora não deixava a goles passar. Se mantivessem aquele nível, não havia como perderem a Taça aquele ano.
Estavam treinando há mais de uma hora quando Harry notou que o time da Sonserina se aproximava do campo. Ele gritou, ordenando o fim do treino, e desceu, se preparando para o confronto com o novo capitão dos adversários.
- Dê o fora, Potter. - ordenou Malfoy, com sua voz arrastada.
- Eu não ouvi o por favor, Malfoy. Cadê sua educação? - retrucou Rony, que juntara-se ao amigo, assim como o resto do time. Os dois times estavam agora frente a frente, encarando-se com hostilidade.
- Não se meta, Weasley. - sibilou o loiro, olhando-o com desprezo - Nem você, nem ninguém da sua família pode falar algo sobre educação. Bando de pobretões desclassificados! - ele estendeu o olhar de desdém para Gina, que estava ao lado do irmão. Ela apenas ergueu o queixo, devolvendo o olhar, e lembrando-o de que ela o derrubara no último semestre.
- Em primeiro, lugar, riqueza não é sinônimo de educação, nem de classe.- retrucou Hermione, que estivera assistindo ao treino, e acabava de se juntar a eles - Em segundo, alguém que tem um pai como o seu, que está na cadeia pelos motivos que ele está, não tem moral para falar da família de ninguém, Malfoy!
Draco ficou extremamente irritado, isso se percebia pela rigidez de seu rosto, que se tingiu de vermelho, e pelas chispas que voavam de seus olhos frios.
- Era só o que me faltava! Ser ofendido por uma sujeitinha de sangue ruim! - ele repetiu a ofensa que lançara ali mesmo, quatro anos antes, quando Harry e Hermione nem sabiam o que aquilo queria dizer. Mas o desfecho dessa vez foi bem diferente.
Antes que Harry ou Rony pudesse esboçar qualquer reação, Draco estava desabando no chão, levado a nocaute por um poderoso soco... De Sammy!
Crabbe e Goyle avançaram em direção à garota, mas pararam ao ver que Alex e Nicky se posicionavam ao lado dela, os bastões erguidos ameaçadoramente. Eles tinham visto os dois treinando, e sabiam que eles poderiam causar um grande estrago. Além disso, os outros grifinórios já tinham sacado suas varinhas, e as apontavam diretamente para eles.
- Que pena... - debochou Sammy, olhando para os sonserinos com desdém - Parece que terão que adiar seu treino. Afinal, seu capitão não está em condições, não é? Coitadinho, é tão frágil!
Ela deu as costas aos adversários, seguindo com o resto do time para o vestiário.
- Hã, Sammy... - Hermione chamou. A outra se voltou, esperando - Por que você fez isso?
- Aquilo que ele disse foi uma ofensa muito grave, Hermione. - começou a outra, séria - Ainda mais para uma bruxa de primeira, como você. - Hermione corou ante o elogio, fazendo Sammy sorrir, divertida. - Não é porque nossas opiniões divergem em alguns assuntos, que signifique que eu não gosto de você. Eu admiro muito o seu esforço pelos elfos, só não concordo com o método. E eu nunca ficaria parada, vendo esse idiota te ofender. Não é da minha natureza. - concluiu com um dar de ombros.
- Bem, o que posso dizer? Obrigada. - Hermione estendeu a mão para a garota, que a apertou com prazer, selando a paz entre as duas, e, talvez, o início de uma nova amizade.
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Com tudo o que Hagrid lhes contara, até Hermione teve que concordar que provavelmente Harry estava certo. Mas, assim mesmo, eles teriam que investigar mais para saber toda a verdade. Decidiram que a partir do dia seguinte – já que tinham descoberto que ela passaria o fim de semana fora – começariam a vigiar a professora Donovan. Mas o dia seguinte trouxe uma surpresa que os fez esquecer momentaneamente aquela história.
Estavam conversando sobre isso, quando o correio matinal chegou, deixando o Profeta Diário diante de Hermione. Enquanto a amiga pegava o jornal, Harry e Rony continuaram a conversar, até que ela soltou um gritinho, chamando a atenção dos dois, que se inclinaram para ver o que tinha causado aquela reação.
"FUGA EM MASSA DE AZKABAN!", dizia a manchete em letras garrafais. Harry sentiu uma sensação de dé jàvu. Era a mesma manchete de alguns meses atrás, com a diferença de que, na época, ninguém acreditava que Voldemort estava de volta. Dessa vez, a fuga fora dos Comensais presos no Ministério na noite em que Sirius sumira atrás do véu. A notícia provavelmente aumentaria ainda mais a onda de histeria que assolava a comunidade bruxa.
- O Malfoy vai ficar mais insuportável que de costume. - comentou Rony, irritado - Aposto que vai ficar se pavoneando pela escola, provocando, dizendo que era óbvio que o pai não ficaria preso muito tempo.
- É verdade. - respondeu Harry, irônico - O Malfoy não vai perder tempo em nos aborrecer com isso. Aliás, não sei como ele não está aqui, exibindo-se para a escola toda. - comentou, olhando para a mesa da Sonserina, onde o lugar em que o loiro costumava sentar se encontrava vazio.
- Ele não vai fazer isso. - retrucou Hermione, pálida, lendo as matérias nas páginas internas do periódico.
- Deixa de ser boba, Mione, é claro que vai. Você acha que ele aprendeu alguma coisa com essa prisão? Ele continua sendo o mesmo idiota de sempre, e...
- Ele não vai fazer isso... - repetiu Hermione, levantando os olhos do jornal e encarando os amigos - porque está no funeral do pai. Lúcio Malfoy foi morto na noite passada.
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N/A:Gente, queria avisar vcs que a Tonks lançou um concurso lá no tpc da Tríade, no fórum animagos. Quem tiver interesse, dá uma confirida, ok? Espero que tenham gostado do cap., não deixem de me dizer, por favor! Bjaum!
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