gotta be 3 and 4
Capítulo Três: “Apenas Uma Frase Pode Mudar Tudo”.
- Neeson! – Nina gritou pulando em “alguém” quando chegaram na porta do restaurante.
- Neeson! – o “alguém” gritou imitando a garota abraçando-a e logo depois a girando no ar.
- Você é um mala, mas eu senti sua falta! – Nina dava soquinhos no braço do irmão enquanto falava.
- Também te amo maninha. Cadê a mamã... - Daniel parou de falar quando olhou para uma garota que assistia a “cena” dos irmãos com um sorriso nos lábios. – Então você é a garota do telefone? – ele disse se aproximando da garota.
- Acho que sim – ela dizia sentindo suas bochechas arderem. - Me desculpe, sério. Eu não sabia que era você ao telefone.
- Eu tô brincando. Não precisa ficar vermelha. Mas eu posso me apresentar direito?
- Eu não tô vermelha - ela riu. - Acho que só um pouquinho... É mesmo, apresente-se! – a garota disse tentando disfarçar o nervosismo e a euforia por estar ali com o “cara do wallpaper” de seu computador no Brasil.
- Hey, sou Daniel Neeson e é um prazer conhecê-la, bela dama – o garoto disse fazendo uma reverência e assim arrancando gargalhadas das duas garotas.
- Sou rhanna Penalva e o prazer é todo meu, gentil cavalheiro – rhanna disse rindo e estendendo a mão para o garoto beijá-la.
- Nossa, esse cavalheiro super educado é o meu filho? Ou estou tendo visões? – a Sra. Neeson chegou fazendo graça (ela estava falando ao celular dentro do carro) ao ver o filho beijando a mão derhanna.
- MAMÃE!
- Daniel, isso foi meio gay – Nina disse provocando o irmão.
- Fica quieta, pirralha. Mãe, que saudade! Dá um abraço – ele dizia com um enorme sorriso indo abraçar a mãe.
- Ah meu bebê! Também senti muita saudade de você!
- Cadê o resto do pessoal? – Nina pergunta vendo a mãe se soltar do irmão.
- Já estão lá dentro. Vocês demoraram.
- Por que será que a gente demorou, né Dona Nina? – rhanna faz cara de pensativa fazendo a Sra. Neeson rir.
- Culpe os TEUS sapatos, amiga, eles são lindos demais, eu demoro pra escolher apenas um. Se pudesse eu sairia com um pé de cada - rhanna gargalhou.
- Pode sair, ué! O que te impede? – rhanna ri da amiga enquanto os quatro entravam no restaurante.
- É mesmo, eu deveria ter vindo com um pé de scarpin rosa e o outro de bota branca.
- Você não faria isso, faria? – Daniel pergunta olhando assustado para a irmã.
- OLÁ GAROTAS LINDAS! – Rupert gritou ao avistar as quatro pessoas se aproximando da mesa, não dando a Nina a chance de responder o que o irmão lhe perguntara.
- Ah, obrigado por me chamar de garota, Rupert – Daniel fala sorrindo e se sentando ao lado de Tom.
- E Rupert, pára de gritar, meu amor! –Emma, garota que rhanna sabia ser namorada dele, pois os tinha visto em uma revista, chamou-lhe a tenção fazendo os presentes rirem.
- Oi Rupert! – a Sra. Neeson e Nina disseram juntas. – E galera, essa é a rhanna, nossa hóspede.
- Ah, o Daniel já tinha falado dela. Oi rhanna! – Robert disse acenando para a garota que apenas sorria não acreditando estar ali.
- Oi todo mundo! – ela disse sorrindo e olhando para cada um na mesa, recebendo acenos e sorrisos de todos. Todos se apresentaram (como se fosse preciso, ela conhecia todos): os outros três McGuys, Demetria, namorada de Tom,Emma, namorada de Rupert e Kristen, a namorada do Robert. Os familiares dos outros garotos não puderam comparecer.
rhanna se divertiu muito no jantar, os garotos eram tão engraçados (ou até mais) quanto ela assistia nos vídeos, as namoradas eram super simpáticas, todos trataram rhanna super bem, como se ela fizesse parte do grupo.
- Tudo bem, filho, eu faço o sacrifício de te deixar dormir em casa essa noite – a Sra. Neeson fazia graça ao pedido do filho de passar a noite na casa da família. Segundo ele estava cansado para dirigir até seu apartamento – Seu bobo, eu já disse que não é porque você tem seu apartamento a NOSSA casa deixou de ser sua.
- Obrigado, mãe. Vamos indo, mulheres da minha vida? – Daniel disse abraçando a mãe e Nina, uma de cada lado, mas rapidamente olha para rhanna e diz: - agora você também é uma delas, vem. – e “espremeu” Nina de modo que rhanna ficasse abraçada à irmã, então a garota pôde sentir a mão de Daniel em suas costas.
- Gostei!
- AAAH! Que susto, Daniel! – a garota se vira rapidamente para a porta de seu quarto. Daniel riu.
- Desculpe-me, rhanna, não fiz por mal – disse encostado na parede do próprio quarto, que ficava em frente ao da garota.
- Sem problemas. Pode entrar se quiser.
- Obrigado – ele disse e se sentou na cama da garota.
- Você disse alguma coisa antes de me dar um susto, o que foi? – ela pergunta ficando de costas para o computador, tentando tampar a tela, tinha uma janela do MSN aberta.
- Eu disse que gostei.
- Gostou do quê?
- Da cor da porta do teu quarto.
- Ah, obrigada.
- E de você.
- Quê?!
- Eu gostei de você. Você é diferente das outras amigas da minha irmã, elas são escandalosas e infantis. Tudo bem vocês são novinhas e talz, mas você não fala como uma garota da tua idade.
- Ahn, é... Obrigada, eu acho.
- Por que “eu acho”?
- Porque pelo jeito você tem algum problema com a nossa idade.
- Só acho vocês novinhas, já disse.
- Ah ok, e eu também gostei de você – ela disse quando ouviu Nina chamando por seu nome. – Eu já volto, fique à vontade, finja que a casa é sua – disse rindo, fazendo-o rir também.
- Ok. – ele viu rhanna sair correndo para ver o que Nina queria. Então ele viu alguém “chamando a atenção” de rhanna no MSN, a curiosidade falou mais alto então ele se aproximou do computador. Definitivamente ela estava conversando com alguém do Brasil, porque ele não entendeu NADA do que estava escrito, exceto uma frase...
- Voltei! Daniel? – rhanna voltou correndo – Tudo bem?
- Tudo sim, eu tava olhando esse arranhão aqui na impressora – ele disfarçou. – O que a Nina queria?
- Ah sua irmã é doida, ela quase botou fogo na cozinha tentando fazer pipoca de microondas, acredita? – ela disse rindo, sentando–se na cadeira.
- É ela não é totalmente normal mesmo – disse um pouco estranho enquanto caminhava até a porta.
- Hey! Você tá legal?
- Tô sim, porque não estaria? Boa noite, criança – ele sai do quarto.
- Ok, boa noite – ela respondeu tentando disfarçar a tristeza que sentiu ao ouvi-lo dizer “criança”, ela não soube o porquê, mas sentiu algo diferente naquela palavra: decepção.
- Ah, eu vou parar de pensar bobagens e vou matar a saudade do povo nem que seja por MSN – a garota falou sozinha voltando a atenção para o computador, que havia sido esquecido desde a “aparição” de Daniel em seu quarto.
- Ah que saco! A Jé saiu. Eu devo ter demorado muito pra respondê-la... Só ela pra me fazer escrever isso sobre o cara mais lindo e simpático que já vi na vida. Mas foi interessante descobrir que eu até dificuldade para escrever algo do tipo sobre ele. Porque eu acho e sinto totalmente o oposto – rhanna ria enquanto desligava o computador e deitava em sua cama.
Daniel não conseguia dormir pensando naquela frase, “será que é verdade? Que seja, se ela quer assim...” o garoto pensava. E rhanna também não conseguia dormir, pois ainda sorria lembrando do desafio que a amiga brasileira fez. Os dois demoraram um bom tempo a pegar no sono, pensando de jeitos diferentes sobre a mesma frase: “OMG I REALLY HATE Daniel Neeson!!!”
Capítulo Quatro: “Qual é o teu problema?”.
- FINALMENTE SÁBADO! – Nina chegou à cozinha gritando de felicidade. A Sra. Neeson e rhanna conversavam enquanto tomavam café.
- Ô escandalosa, seu irmão ainda tá dormindo, então fala baixo – rhanna fala rindo da cara da amiga.
- Ih, ele chegou ontem à noite e vocês já estão com essa frescura toda por ele? – Nina fazia careta.
- Eu não disse nada! – Sra. Neeson fala colocando as mãos para cima em sinal de inocência.
- Obrigada Tia, por me deixar sozinha na história! - rhanna fazia bico.
- Desculpe Rhanninha , mas eu PRECISO mimar igualmente esses dois, senão tem briga – Sra. Neeson falava e acariciava os cabelos da filha.
- Isso mesmo mãe! Eu sou ciumenta! – Nina fazia bico.
- Eu também sou ciumento, então pode fazer carinho em mim também mãe – Daniel disse descendo as escadas. Após um “Bom Dia” geral, ele deu um beijo na bochecha da mãe, outro em Nina e quando se aproximou de rhanna:
- Oi pirralha – disse acenando.
- É... Oi – rhanna gaguejou não entendendo o motivo de Daniel tê-la tratado assim tão friamente, ele parecia ser tão carinhoso.
- O que nós vamos fazer hoje? – Nina pergunta olhando para rhanna.
- Nós? Você prometeu à Cath que iria acompanhá-la no encontro dela com o Edward, lembra? – a garota responde rindo da cara de incrédula da garota.
- EU TINHA ESQUECIDO! Ninguém merece isso. Por que eu fui concordar em ser vela nesse encontro heim? – Nina faz drama e apóia a cabeça nas mãos em sinal de desespero.
- Vela? Pelo o que eu ouvi a Catherine dizendo, um tal da Billy vai ser seu acompanhante – Sra. Neeson entra na conversa, e Daniel apenas olhava as três falando sem parar.
- É mesmo. E eu acho melhor você ir logo, porque nós todos sabemos sobre o teu problema em escolher sapatos, e você precisa ir ajudar a Cath a escolher uma roupa. Qual o problema de vocês? Você e os sapatos e a Catherine com calças - rhanna ria das caretas da amiga.
- Minha mãe está de prova que eu não tinha problemas com sapatos até você chegar. Que culpa tenho eu se seus sapatos são apaixonantes? É melhor eu ir escolher um deles logo – Nina diz esquecendo da “tristeza” por ter prometido à amiga que iria ao encontro duplo, e sai correndo para escolher sua roupa, e o sapato, claro.
- Essa minha filha - a Sra. Neeson riu. - Eu também tenho que ir andando... Fiquei de passar o dia com a Natalie, nós vamos a um SPA. Mas e vocês dois? O que vão fazer? – a Sra. Neeson ia dizendo enquanto tirava as xícaras de Daniel e Nina, vendo rhanna ajudá-la.
- Ah Tia, eu tenho que terminar o trabalho de álgebra II. Tenho sérios problemas com essa matéria – rhanna fazia caretas ao falar da matéria que tanto odiava.
- E eu quero matar as saudades da casa, do meu antigo quarto, de ficar sem fazer nada e principalmente de não ter fãs tirando minhas calças – Daniel diz fazendo cara de aterrorizado por lembrar das fãs taradas.
- Compreendo, filho. Eu já estou indo. rhanna minha linda, cuide desses dois por mim ta? Avise para a Nina não chegar muito tarde e pra me ligar se precisar. E Daniel, não faça nada que possa assustar ou traumatizar a rhanna okay? – a Sra. Neeson faz cara de brava para o filho.
- Eu mãezinha? Relaxa, eu cuido da nanica – ele falava lançando olhares estranhos para rhanna.
- Okay então. Estou indo. Juízo. Não voltarei muito tarde. Amo vocês – a senhora ia dizendo enquanto pegava sua bolsa, e dando um beijo na testa de Daniel que ainda estava sentado, e beijando a bochecha de rhanna – TCHAU FILHA – ela gritou e logo depois ouviu Nina devolver-lhe o tchau.
Como sempre Nina saiu atrasada para a casa de Cath, e mais uma vez precisou da ajuda de rhanna para escolher o sapato ideal. A amiga, por sua vez, OBRIGOU Nina a usar uma sandália alaranjada que combinava perfeitamente com a minissaia branca com detalhes ferrugem e a blusa bege de Nina.
Daniel ficou a manhã inteira assistindo tv, rhanna que estava em seu quarto tentando fazer seu livro de memórias, apenas escutava as gargalhadas do garoto vindas da sala.
- Penalva! – ela ouviu Daniel gritando.
- Oi? – ela fala depois de uns segundos chegando à sala.
- Eu tô com fome, você prefere comida italiana ou McDonald’s? Ah já sei, pra você só pode ser papinha! – ele dizia sem olhar para a garota, sua voz tinha um tom de deboche.
- Daniel, eu não tô te entendendo! O que eu fiz pra você me tratar assim? – sua vontade era gritar com ele, chorar de raiva. Mas essa não era a personalidade da garota, e ele nem fazia idéia de como doía ver seu ídolo falando do jeito que ele estava com ela.
- Eu tô te tratando como eu trataria uma estranha, ou melhor, como eu trato meus primos de três aninhos de idade – ele ainda não olhava diretamente para ela.
- Que eu sou uma estranha pra você, tudo bem. Mas me tratar como criança? Por que você tá fazendo isso heim? Eu não perguntei nada antes, porque eu pensei que fosse o seu jeito, mas eu percebi que é só comigo que você é assim. Você me acha uma intrusa, é isso? Acha que eu sou mais uma fã tarada que tá esperando o momento ideal pra te agarrar? Ou então que eu sou de uma quadrilha e vou assaltar e depois matar vocês? É isso? – ela tentava se manter calma, mas estava sendo quase impossível vendo que ele ouvia tudo atentamente, mas não a olhava nos olhos.
- Eu não penso nada disso – ele disse calmamente.
- Então, por favor, me fala o que eu fiz de errado! – ela estava prestes a chorar
- Você não fez nada de errado, Penalva – ele falou virando para a tv.
- QUAL É O TEU PROBLEMA? Hein Neeson? Cara, primeiro você me trata super bem, me faz sentir que a única pessoa que faltava me “aceitar” nessa família tinha gostado de mim e depois começa a falar desse jeito frio comigo! Eu realmente não entendo o que eu te fiz – ela falava rapidamente, Daniel pode perceber que as mãos da garota estavam tremendo.
- AGORA VOCÊ É A VÍTIMA? – ele levantou em um pulo e encarou os olhos da garota – Você é quem se fez de boazinha quando me conhece, super simpática, daí quando eu começo a gostar de você... Ah deixa pra lá! – disse um pouco mais calmo por ver a tristeza nos olhos da linda garota parada em sua frente.
- DO QUE VOCÊ TÁ FALANDO, PELO AMOR DE DEUS? TERMINA O QUE VOCÊ COMEÇOU A FALAR. DROGA! – nesse momento ela sentiu uma lágrima escorrer por seu rosto.
- Não finge que você não fez, ou melhor, que não escreveu nada que possa ter me feito mudar.
- Escrever? Como assim? Você é doido? Eu não escr... – ela levou as mãos á boca, assustada. – Oh meu Deus, você leu aquilo? Era brincadeira, Daniel, eu juro – ela falava rapidamente olhando no fundo dos olhos azuis do garoto.
- Hahaha, faça-me rir, Penalva. Brincadeira? Odiar alguém não é brincadeira.
- Eu juro eu não queria escrever aquilo...
- MAS ESCREVEU!
- Mas eu escrevi brincando, merda! Se você não percebeu estava tudo em português e só aquela frase em inglês, por que você acha que eu fiz assim?
- Sei lá, você é maluca. Quer saber? Pra mim já chega, isso não faz diferença.
- Okay então. ESPERA! Que falta de educação ler AS MINHAS MENSAGENS! – ela desistiu de se desculpar, por algum motivo ela estava com vontade de brigar com ele.
- MAS O COMPUTADOR É MEU PIRRALHA!
- OLHA COMO FALA COMIGO NEESON!
- EU FALO DO JEITO QUE EU QUISER! EU ESTOU NA MINHA CASA! – ele berrava se aproximando de rhanna, ele não sabia explicar o porquê de ler que ela o odiava tinha mexido tanto assim com ele.
- É, você tem toda a razão. Desculpe-me por gritar e peço que me perdoe ou pelo menos esqueça o que você leu, porque sinceramente não era o que eu queria escrever ou o que eu sentia – a garota disse quase num sussurro, estava prestes a chorar. rhanna não era de chorar, mas aquela frase “... estou na minha casa...” machucou a garota, naquele momento ela só queria voltar para o Brasil e nunca mais ver ou ouvir falar sobre Daniel Neeson.
Ele ficou sem reação por alguns segundos, vendo pequenas lágrimas escorrendo pelo rosto da garota e conseguiu ver que ela falava a verdade, e num momento de loucura a abraçou. rhanna ficou estática ao sentir Daniel a abraçar, se na noite anterior ao sentir somente a mão dele em suas costas ela já tinha se sentido nas nuvens, imagine a sensação dela nesse momento? A garota não se moveu, não correspondeu ao abraço, ela simplesmente o sentia acariciar-lhe os cabelos e por fim sussurrar:
- Desculpa, eu não devia ter gritado, não faz nem 24 horas que a gente se conhece, não podemos começar uma ‘relação’ assim. E eu acredito em você, se você diz que era só uma brincadeira, tudo bem.
- Sério? – ela finalmente reage, perguntando em um sussurro tão baixinho que Daniel quase não escutou.
- Claro! Se você me odiasse não estaria aqui se derretendo toda por um simples abraço meu – ele diz em um misto de brincadeira e provocação.
- O QUÊ? – rhanna o empurrou para longe – VOCÊ É UM IDIOTA NEESON! – ela diz e se afasta indo em direção à escada.
- Também te adoro, linda! – ele diz cínico. – E à propósito, vou pedir comida italiana! – informa a decisão à garota que já estava no andar de cima.
- Como eu pude ser fã, ou melhor, adorar um babaca desse tipo? Ai que ódio! – rhanna falava sozinha (em português para Daniel não entender) em seu quarto. – Retardado. Quem ele pensa que é? Só porque é lindo, famoso, toca na melhor banda do mundo e tem um sorriso maravilhoso ele acha que já pode me tratar assim? Me derretendo pelo abraço dele! Ele só pode ser doido! Ele nem me conhece e já é cínico assim comigo? E por culpa dele eu não quero mais escrever meu livro de memórias! Eu tô com ódio desse computador! OMG! Eu chorei na frente dele! EU QUERO MORRER! Eu NUNCA choro na frente de ninguém, mas não, eu tinha que ser uma anta e chorar justo na frente dele. Ele deve achar que eu sou uma fraca, bobona que chora por tudo.
Daniel estava deitado no sofá esperando a comida chegar. Tinha um sorriso bobo no rosto, ela realmente não o odiava, e amou vê-la baixar a guarda, ela até chorou! Mas uma coisa ele não podia negar: ela conseguia tirá-lo do sério. Ele podia ouvir algumas palavras que ela gritava no andar de cima, e tinha certeza de que ela falava sozinha em português. A comida chegou e ele gritou avisandorhanna.
- Que merda! Por que eu tenho que estar com tanta fome? Agora eu preciso ir lá embaixo. Dai-me paciência. Eu não vou brigar com ele. Eu vou fingir que ele não existe. Eu vou me controlar para não responder nada do que ele diga – ela ia falando baixinho em português até chegar na cozinha e se deparar com Daniel olhando para ela e sorrindo.
- Mania de falar sozinha? Eu faço isso às vezes – ele falava com ela como se nada tivesse acontecido. rhanna nem olhou pra ele, foi até o armário e pegou um prato, mas tinha um problema: a comida estava bem em frente a Daniel.
- Com licença – ela disse simplesmente puxando o refratário para perto de si.
- Não!
- Como assim ‘não’?
- Não, eu não dou licença para você, Penalva.
- Neeson, você é maluco? A gente nem se conhece direito, mas isso não impediu que nós tivéssemos um super briga, daí agora você vem e finge que nada aconteceu e que somos amiguinhos? – ela não podia acreditar na cara de inocente que ele fazia.
- Ah nanica, você fica tão lindinha quando tá brava, sabia? – ele disse se aproximando dela.
- Mudou a tática, foi? Agora vai tentar me seduzir? Lembre que sua mãe pediu para não me assustar ou traumatizar – ela falou ironicamente.
- Tática? Que tática? Não tem tática nenhuma, nanica – ele havia conseguido ‘prender’ rhanna de costas para a pia e de frente para si próprio.
- PÁRA DE ME CHAMAR DE NANICA! – ela gritou no rosto dele, tentando sair daquela ‘posição’.
- Tá nervosinha, é? – ele falava sério enquanto colocava as mãos, uma de cada lado do corpo de rhanna apoiadas na pia. Ele não sabia explicar, mas a vontade de provocar a garota era maior que a razão.
- Neeson, me deixa sair! – ela suplicou, rhanna não conseguia entender por que ele estava fazendo isso com ela.
- Pedágio!
- Quê?!
- Eu disse que você vai ter que pagar o pedágio pra sair daqui.
- Vai se ferrar, garoto!
- Eu posso ficar aqui o dia todo.
- Neeson vai se fu... – ela não pode terminar de falar, Daniel havia lhe dado um selinho, mas ele se afasta rapidamente.
- Foi mal, esqueci que pedofilia é crime – ele diz com um sorriso nos lábios.
- IDIOTA! – rhanna ficou possessa de raiva e num impulso deu uma joelhada entre as pernas de Daniel.
- AHHHHHHHHH! PENALVA! QUAL O TEU PROBLEMA, GAROTA? – ele gemeu de dor, vendo a garota sair sorridente da cozinha levando seu prato de comida.
- Agora estamos quites!
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