Quidditch
Weasley andava de cabeça baixa, desde os acontecimentos da noite de Halloween.
Harry, Draco e Hermione tinham obtido os melhores resultados nos primeiros exames, mas Harry destacara-se a Poções e Defesa Contra as Artes das Trevas, enquanto Draco conseguira superar Granger no exame de Transfiguração, para desgosto dos Gryffindor e orgulho dos Slytherin.
Daphne, por outro lado, era incorrigível. Harry nunca a vira estudar. Segundo, Pansy, ela folheava o livro da disciplina na véspera de um teste, enquanto estava deitada na cama. E a verdade é que a morena tinha boas notas, mesmo por entre trabalhos feitos à pressa, e zero de preocupação escolar.
Daphne gostava de ler pela noite adentro, deitada num dos sofás junto à lareira; de jogar xadrez; de pregar partidas aos professores, de envolver-se em duelos com outros estudantes; de arrastar os rapazes em excursões nocturnas e explorar os mistérios do castelo, de quebrar as regras só pela adrenalina de quebrar as regras; de saber as histórias e os segredos das pessoas à sua volta…
Com Daphne tudo sabia a loucura e descontracção, e Harry adorava isso. Além disto, a morena empenhava-se em acumular informação sobre Nicolas Flamel, já que era a única probabilidade a que tinham conseguido chegar.
- Harry…- Ela murmurou, quando ambos estavam sentados na última fila da aula de Defesa. Ela ficara em segundo no exame, porque Daphne gostava de duelar, e duelar exigia aprender feitiços. Ela e Harry já tinham avançado para o livro do segundo ano – Hoje, fui à Sala de Professores, porque o Flitwick disse-me para ir lá buscar o livro que me esqueci na aula dele ontem. E encontrei o Snape, com uma mordidela enorme na perna. Eu disse que aquele coxear era estranho!...
- Achas que foi o…
- O BTA? Claro que sim. – Daphne confirmou com um aceno de cabeça. BTA era sigla para Besta do Terceiro Andar. – Ele está assim desde o Halloween…Aposto que ele deixou o cão entrar, para se escapulir até ao terceiro andar…sem que ninguém notasse a ausência dele.
- O Snape era um Devorador da Morte. Ele só não foi para Azkaban graças à protecção do Dumbledore. Achas que arriscaria essa protecção por o que quer que estivesse escondido no alçapão? – Harry perguntou.
- Depende do que estiver debaixo do alçapão. – Daphne murmurou.
Novembro chegou, e trouxe contigo as primeiras neves e o início da Temporada de Quidditch. O jogo de abertura foi Gryffindor contra Slytherin.
- Johnson, Spinnet, Bell, Weasley, Weasley e Robbiiiins…- Anunciou Lee Jordan. – E aqui vêm os Slytherin – Bletchley, Flint, Pucey, Montague, Derrick, Bole e Potteeer.
Os olhos de Harry caíram imediatamente sobre a sua concorrência, Zac Robbins, o seeker dos Gryffindor.
Lee Jordan fazia publicidade barata aos Gryffindor e afundava os Slytherin em críticas. Harry odiava o ódio que toda a escola parecia ter à sua equipa. O jogo seria claramente um jogo decidido ao nível dos seekers, uma vez que ambas as equipas eram muito equilibradas.
E Jordan parecia sabê-lo também, e como Gryffindor que era passou o jogo inteiro a chamar a Harry de exibicionista cicatrizado, sempre que ele realizava uma simples manobra, ou arriscava mais numa descida.
O pior foi quando Harry perdeu o controlo da vassoura, que parecia querer mandá-lo ao chão e Jordan começou a gritar que Harry achava que bastava fazer birra para a snitch vir ter com ele.
Entretanto na bancada, Draco, Daphne e Blaise começavam a ficar preocupados.
- Alguma ideia do que está a acontecer? – Blaise perguntou. – Parece que ele perdeu o controlo da vassoura…
- Até parece que nunca o viste voar, Blas. – Draco respondeu. – O Harry não perderia o controlo da vassoura, nem mesmo que estivesse alguém a amaldiçoá-lo.
Nesse momento, o cérebro de Daphne aceitou a ideia da maldição, mesmo sabendo que Draco dissera por dizer, e virou os seus binóculos para os Professores. Imediatamente, focou em Snape, por ainda suspeitar que ele deixara o Troll entrar, e viu o Professor a mover os lábios, sem pestanejar, olhando fixamente para Harry.
- O Snape está a amaldiçoá-lo. – Disse para os outros dois, subitamente. E entregou os binóculos a Draco.
- O quê? O Snape? – Draco gritou. – Ainda não ultrapassaste as suspeitas do BTA?
- BTA? – Perguntou Zabini. Daphne desaparecera na multidão.
- Acredita, longa história. – Draco suspirou, enquanto observava os Professores com os binóculos. E viu algo que Daphne não notara: Quirrell, também, movia os lábios e não pestanejava.
- Longa história com vocês os três significa problemas. - Millie suspirou.
Harry recuperou o controlo da vassoura, e iniciou uma descida. Daphne incendiara o manto de Snape, e quebrara o contacto visual. Zac Robbins estava a perseguir a snitch. Cedo, estavam lado a lado, precipitando-se na direcção do chão. Depois, Zac decidiu que a vitória dos Gryffindor não valia o risco, olhou para Harry e viu aproximar-se do chão, afastando-se.
Harry deixou-se continuar. Pôs-se de pé na vassoura, quando chegou junto ao solo. E capturou a snitch, sentiu os dedos fecharem-se em volta do aro de metal, e voltou a subir, sentindo-se imensamente feliz. Madam Hooch apitou: a vitória era de Slytherin.
Harry agarrou no bastão de Derrick, e mandou uma bludger contra o microfone de Jordan, para choque de McGonagall, mas ele estava demasiado longe para ser repreendido. Os Slytherin riram-se.
A celebração prolongou-se pela noite adentro, e só parou quando Snape apareceu na Sala Comum às 3h da manhã e lhes disse que retirava 50 pontos por cada pessoa que estivesse fora da cama a partir daquele momento. Correram todos para as camas.
E, na sala comum, Harry ouviu as novidades de Daphne e Draco, E concluíram que um dos professores, Snape ou Quirrell, tentara amaldiçoar a vassoura, enquanto outro o protegera.
- Ou trabalhavam em conjunto. – Sugeriu Daphne.
- Duvido. – Disseram Harry e Draco, ao mesmo tempo.
Comentários (1)
Nossa! O que foi essa morte do Troll???? DEMAIS!!! HahahahhahahahahahahQuero ver como o Harry vai tratar o Quirrell =S
2013-03-07