Capítulo 04



N/A: Quero agradecer de coração a todos vocês que acompanhavam a fic e que estão retomando-a junto comigo. Significa muito pra mim!!! Desta vez ela vai até o final com certeza !!!




Capítulo 4

 


Quando o Expresso de Hogwarts parou na estação de Hogsmeade, Harry pode ouvir aquela voz familiar de Hagrid, chamando os alunos do primeiro ano, para a tradicional travessia pelo lago.


-Olá Harry! -Gritou o meio gigante.


Harry apenas fez um sinal positivo e seguiu com seus amigos para as carruagens que os levariam para o castelo. Ao se aproximar pôde ver o imponente castelo de Hogwarts.


-Bem vindo ao lar! -disse Rony.


-Agora mais do que nunca, Hogwarts é meu verdadeiro lar! -Respondeu Harry.


Rony e Hermione apenas se entreolharam, intrigados pela frase do amigo.


-Chegamos! -Disse Mione.


Ao entrar no salão principal, Harry avistou Lupin à mesa dos professores, e não pode deixar de acenar para o amigo com muita satisfação.


-Que ótimo, que o Lupin voltou, dizia Mione, pelo menos teremos um professor decente de DCAT esse ano.


-E por falta de sorte o Seboso continua por aqui, disse Harry.


-É mesmo, seria muita sorte se ele tivesse sido comido por um trasgo e não voltasse mais. -Disse Rony.


Os três riram e enquanto passavam pela mesa da grifinória, Harry notou que todos o sempre acontecia porém desta vez além de olhar estavam apontando pra ele e cochichando.


-Que tanto eles falam e apontam pra mim? Isso ta me incomodando.- Disse o moreno.


-É que você, mais um vez está chamando atenção.- Disse Mione.


-O que você quer dizer Hermione? -perguntou o moreno.


-Esqueceu que carrega no peito, o distintivo de capitão da equipe de quadribol?


-Completamente! -disse Harry, que ainda se sentia nas nuvens por ter sido escolhido.


-Depois dizem que eu é que sou tapado! -Disse Rony.


-Engraçadinho! -Respondeu Harry rindo.


Os três amigos sentaram e pouco tempo depois a professora McGonagall entrou seguida pelos assustados alunos do primeiro ano. O chapéu seletor cantou uma nova canção e quando a último aluno foi selecionado para Lufa-Lufa, Dumbledore se levantou e pronunciou:


-Bem vindos a Hogwarts! Antes de nos deliciarmos com nosso maravilhoso banquete, temos alguns avisos: A Floresta Negra é proibida a todos os estudantes; O Sr. Filtch pediu para lembrar-lhes que a lista de artefatos proibidos está em sua sala. E por último e mais importante, não podemos ignorar a volta de Lord Voldemort, ao dizer o nome do Lord das Trevas, um grande murmúrio percorreu todo o salão. Tempos difíceis estão chegando, pois Voldemort é traiçoeiro e possui muitas armas para conseguir seus objetivos. Por isso, é de extrema importância que fiquemos unidos e vigilantes.


Ao dizer a última palavra o olhar do diretor encontrou-se com o de Harry por alguns segundos.


-Bem agora que todos os avisos foram dados, que se inicie o banquete!


-Até que enfim! Eu já estava morrendo do fome, disse Rony.


-Certas coisas nunca mudam!- Disse Gina se ajeitando perto dos garotos.


Harry e Mione riram, enquanto Rony estava mais vermelho que seus cabelos.


-Oi Harry, não te vi desde que embarcamos.- disse a ruiva.


-É mesmo.- respondeu ele secamente, continuando a comer.


Gina sentindo a frieza do amigo, decidiu mudar de assunto, pois sabia que algo de errado estava acontecendo com o garoto.


-Então, capitão, já pensou em quando vão ser os testes para a equipe?


Harry abriu um sorriso que fez a ruiva se derreter por dentro.


-Ainda não, Gi!


"Meu Merlin, eu nunca a chamei de Gi, controle-se Potter"


-Primeiro tenho que conversar com a McGonagall, mas assim que eu marcar, você vai ser a primeira a saber, certo?


-Que honra, espero que eu me saia bem no teste.- disse Gina.


-Impossível você não se sair bem em alguma coisa.- disse o moreno olhando nos olhos da garota que corou violentamente.


O restante do jantar transcorreu normalmente com Hermione brigando com Rony, que estava falando de boca cheia. Quando as últimas sobremesas desapareceram , os quatro seguiram para a torre da grifinória.


Quando iam saindo do salão principal, foram cercados por Malfoy, Crabbe e Goyle.


-Então o Potter é o novo capitão da Grifinória! -zombou Draco, -Vai ser fácil vencê-los...


-Vai sonhando Malfoy, disse Harry reparando que Malfoy também era capitão do time da Sonserina.-Sua alegria vai terminar em nosso primeiro jogo.


-Isso é o que vamos ver Potter, disse Draco saindo com seus comparsas.


-Esse ano o campeonato entre as casas vai ser mais acirrado, dizia Dino Thomas que estava chegando e abraçando Gina. Harry por sua vez tentava se controlar internamente.-Todos sabem da rivalidade entre Grifinória e Sonserina. Mas nunca a rivalidade entre dois capitães foi tanta.


Quando chegaram ao salão comunal, Dino, Rony, Mione e Gina ficaram no salão, Harry, porém foi direto para o dormitório dizendo que estava com um pouco de dor de cabeça e iria dormir.


Chegou lá, foi ao banheiro tomar uma ducha, voltou para o quarto vestindo apenas a calça do pijama. Largou-se na cama e estava quase adormecendo quando ouviu batidinhas na janela, olhou e era sua coruja Edwiges. O garoto foi até a janela e abriu deixando-a entrar.


-Oi garota.- disse Harry. fazendo carinhos na coruja. O que traz aí? -Dizia enquanto tirava um pequeno pedaço de pergaminho que estava amarrado à perna, deixando-a livre para voltar ao corujal.


Fechou a janela e voltou para sua cama e fechou as cortinas para poder ler sem ser incomodado. Ao abrir o pergaminho, leu:


Harry,


Espero você amanhã antes das aulas em meu escritório antes das aulas. PS.: gosto de sapos de chocolate


Cordialmente


Alvo Dumbledore


Como Harry não queria que seus amigos soubessem, pegou sua varinha e com um simples feitiço fez desaparecer o pergaminho. Deitou em sua cama pensando na conversa que teria com o diretor no dia seguinte, mas, logo depois seus pensamentos foram mais uma vez voltaram para a caçula Weasley e decidiu tentar destruir esse sentimento que cresce a cada dia dentro de si e sem perceber adormeceu.




O dia nem bem amanheceu e Harry Potter já estava de pé. Fez sua higiene pessoal, se vestiu, pegou suas coisas e foi para o escritório do diretor.


Caminhou admirando o belo castelo que ainda estava vazio e quando se deu conta já estava de frente para a gárgula.


-Sapos de chocolate!


A gárgula pulou para o lado, revelando a escada que leva ao escritório do diretor. Harry nem precisou bater na imponente porta de carvalho, pois a mesma estava aberta com Dumbledore à frente exibindo um largo sorriso.


-Bom dia Harry!-disse o diretor, fazendo um gesto para que o garoto entrasse.


-Bom dia, senhor- disse Harry ao entrar na sala.


Os quadros dos antigos diretores o olhavam com censura e Harry percebeu isso. Sentiu-se constrangido, pois a última vez em que estivera ali, quebrara grande parte dos objetos do diretor.


-Sente-se.- pediu Dumbledore, após conjurar uma confortável cadeira.


Harry sentou e ficou olhando para o diretor que começou a falar.


-Você sabe porque lhe chamei aqui, Harry?


-Não, senhor.


-Temos alguns assuntos pendentes. Estive conversando com o professor Lupin e ele concordou em ministrar aulas de oclumência, mas também de defesa avançada, depois ele combinará com você o melhor horário.


Harry não pode deixar de exibir um largo sorriso. Estava livre do Seboso Snape.


-Vejo que gostou- disse Dumbledore- Quando você estiver com progressos significativos, passará também a ter algumas aulas comigo.


"Nossa! Vou ter aulas com Alvo Dumbledore!"- pensava Harry.


-Quero que entenda Harry, o quanto isto é importante.


-Sim, professor. Eu sei e vou me esforçar ao máximo. -Respondeu o garoto.


-Mais uma coisa, Harry. Você tem direito de ficar com os aposentos e algumas coisas que foram dele. Estão a sua disposição.


-Obrigada. Mas eu não quero chamar mais atenção por causa disso. Não que eu não me sinta feliz por saber disso, mas prefiro que mais ninguém saiba , pelo menos por enquanto.


-Claro, Harry, como você quiser. Mas lembre-se do que eu já lhe disse antes. Seus amigos precisam saber de tudo, não lhe fará bem carregar um fardo desse sozinho. -disse Dumbledore.


-Não quero que mais pessoas que eu amo, morram por estar ao meu lado. Posso ir?


-Claro, mas lembre-se, isolar não é a solução meu caro.


-Obrigado, com licença.- e saiu em direção ao salão principal.


Enquanto isso, no salão comunal da Grifinória...


-Gente, ele tá ficando estranho de novo! -dizia Rony- Ontem, quando eu subi ele já estava dormindo e quando acordei ele já tinha saído.


-O Harry está estranho desde que voltamos, acho que faço uma ideia do que está acontecendo.- disse Mione.


-Essa constante mudança de humor dele, já está me fazendo perder a paciência.


-Tenha calma Rony, dizia Gina, acredito que o Harry está assim, por causa daquela conversa que ele teve com Dumbledore, mas logo passará e você Ronald, como melhor amigo dele deveria entender, afinal ele atura a quase seis anos as suas brigas com a Mione.


Rony nem teve palavras para responder a irmã que simplesmente virou-se e saiu em direção ao buraco do retrato.


-Vocês vão ficar parados aí? -disse a ruiva para o casal, que estava atônito-Vamos tomar café, ou vocês preferem chegar atrasados no primeiro dia de aula?


E foram os três para o salão principal. Chegando lá encontraram Harry à mesa da Grifinória tomando café.


-Bom dia, Harry! -disse Mione.


-Bom dia! -foi só o que respondeu.


-Onde você estava? Porque não nos esperou? -perguntou Rony.


-Perdi o sono e resolvi dar uma volta, respondeu Harry, ocultado sua conversa com Dumbledore.


-Tem certeza que não está nos escondendo nada? -pergunta Gina.


-Claro que não, Gina! A propósito tenho boas notícias pra você. Os testes para o time serão no final do mês, estive conversando com a Minerva, quando ela distribuiu os horários.


-Que ótimo! Estou ansiosa, para fazer o teste.


-Eu não lhe prometi que assim que soubesse sobre os testes, você seria a primeira a ser informada?


Gina nem conseguiu responder, pois foi interrompida por Hermione que não acreditava ter perdido a entrega dos horários.


-Calma, Mione! -disse Harry- Eu peguei os horários pra você e pro Rony e é claro que eu não me esqueceria de você Gina!


A ruiva ficou novamente corada, Hermione e Rony se entreolharam mais uma vez intrigados pela atitude do moreno que ao lado de Gina ficava de ótimo humor!


-Que bom, disse Rony olhando o horário, teremos a sexta feira livre para descansar.


-Somos alunos de Niem's Ronald, esse tempo livre vai ser para darmos conta das tarefas extras. -disse Mione.


-Você não se cansa de estudar, Mione? -disse Rony deixando escapulir algumas migalhas de pão da boca.


E mais uma vez eles estavam começando uma daquelas brigas intermináveis, quando Gina subitamente agarrou o braço de Harry e o puxou para fora do salão. O "casal brigão" assim como algumas pessoas do salão olhavam espantadas. Harry também não entendeu nada até que a ruiva falou:


-Harry, lembra do nosso plano?


-Que plano? -Pensou um pouco e respondeu- Ah, de juntar aqueles dois? - claro mas como faremos isso Gi?


"Oh Merlim, chamei ela de Gi, de novo".


-Acabei de ter uma ideia- disse a ruiva -Toda vez que eles começarem a brigar, nós o deixaremos sozinhos.


-Ótima ideia! Mas agora vamos terminar o café.


Gina estava quase explodindo de felicidade, pois, por duas vezes Harry a chamava de Gi, de um modo muito carinhoso.


"Controla-se Gina Weasley" -pensava.


Quando estavam chegando à mesa da grifinória, foram interrompidos por uma chuva de gritos.


-O QUE SIGNIFICA ISSO, GINA WEASLEY? EU TE ESPERANDO NO SALÃO COMUNAL E VOCÊ AÍ DE MÃOS DADAS COM O POTTER?


-Dino, você está com ciúmes do Harry? Ele é meu amigo. -respondeu a ruiva, com muita raiva, mas na verdade tinha se esquecido do namorado.


-TÁ QUERENDO TIRAR UMA CASQUINHA, POTTER? ESQUECE! ELA JÁ TE ESQUECEU A MUITO TEMPO, ELA É MINHA NAMORADA AGORA!


Todo o salão principal estava parado olhando aquela cena, que era na realidade estranha mesmo, pois Gina Weasley e Harry Potter nunca foram grandes amigos e voltaram das férias bem mais grudados do que o normal. Rony e Hermione estavam vindo em direção deles para acalmar a situação, pois afinal eles são monitores, mas eles mal sabiam o que estava por vir.


-Dino, em primeiro lugar eu não lhe devo satisfações, em segundo lugar -a raiva dele começa a crescer- Gina não é uma qualquer e nunca se portou como uma, e você como namorado deveria acreditar nela! -disse Harry.


-Era só o que me faltava, você me dar lição de moral, depois de andar de mãos dadas, e ficar cheio de segredinhos com ela, coisa que nem eu faço, Potter, disse Dino.


-Eu a conheço a muito tempo Dino. Ela assim como Rony o restante dos Weasley e Hermione, são muito importantes pra mim, são a minha família. A família que eu nunca tive, mas você não sabe o que é isso né. -dizia Harry, cujo tom de voz começava a se eleva... PORQUE VOCÊ SEMPRE TEVE A SUA FAMÍLIA NÃO É, THOMAS? A SUA FAMÍLIA NÃO FOI MORTA POR VOLDEMORT QUANDO VOCÊ TINHA POUCO MAIS DE UM ANO! VOCÊ NÃO VEM SENDO CAÇADO COMO UM CACHORRO POR ESSE DOIDO QUE MATA TODAS AS PESSOAS QUE VOCÊ AMA!


Apenas Harry não percebeu o quanto de magia ele estava liberando, parecia que a muito tempo essas palavras estavam entaladas na sua garganta. Até mesmo alguns professores olhavam espantados a cena pois nunca tinham visto uma áurea tão poderosa. Mas Gina também percebeu a áurea vermelha, a diferente daquela que emanou do moreno no hospital, porém desta vez mais forte.


Depois de dizer aquelas palavras, Harry tomou consciência do que estava acontecendo e saiu do salão principal indo em direção a sala de DCAT, onde teria sua primeira aula do dia, enquanto passava pelos corredores ouvia barulho de objetos caindo e vidros se quebrando.


-O que foi isso?


É o que várias pessoas no salão principal se perguntavam, mas apenas algumas pessoas ali, sabiam o que realmente estava acontecendo com o menino-que-sobreviveu.




Como Harry chegou à sala de DCAT, nem ele mesmo soube dizer. Mas durante o caminho, pensava em como tinha se descontrolado, a última vez que fizera magia involuntária tão forte, foi quando inflou Tia Guida, por ela falar mal de seus pais. Sentia-se esgotado, mas outros pensamentos também passavam pela cabeça do menino-que-sobreviveu.


"Ótimo Potter! Mostre seus sentimentos, quem sabe assim Voldemort mata o resto das pessoas que você ama!" "Assim fica mais fácil pra ele te matar, idiota...""Tenho que me afastar, mas como?"-Ele pensava


Foi o primeiro a chegar na sala de Lupin. Entrou sem nem mesmo olhar para o professor, sentou-se no fundo da sala, pois não queria chamar mais a atenção, nem conversar com ninguém depois do "show" no salão principal. Aquele conhecido vazio começou a invadir novamente seu ser.


Quando Rony e Hermione chegaram na sala junto com os outros, o moreno estava absorto em seus pensamentos que nem percebeu os amigos ao lado dele brigando novamente.


-Harry. -Disse Rony incerto da reação do amigo. – Você não acha que já está na hora de se abrir conosco?Afinal somos seus amigos!


Harry nem teve tempo para responder, o que ele agradeceu imensamente a Merlim, pois Lupin acabara de iniciar a aula.


-Bom dia, turma! É muito bom estar de volta. -Disse o professor.


Os alunos estavam exitados com a possibilidade de terem aulas de DCAT de verdade, pois a lembrança da sapa velha estava límpida em suas memórias.


-Devido aos acontecimentos, primeiro faremos uma revisão teórica, sobre as maldições imperdoáveis e depois começaremos com defesas um pouco mais avançadas, como o patrono, que repele os dementadores.


Os murmúrios pela sala foram muitos, os alunos tinham visto as maldições imperdoáveis com o falso Moody e quanto ao patrono poucos bruxos conseguiam conjurar um patrono sólido. Muitos lembravam dos rumores de que Harry Potter podia conjurar um patrono sólido desde seu terceiro ano. A maioria achava que era mentira, principalmente, os sonserinos, mas os membros da AD, já tinham visto o patrono do garoto.


Somente o corpo de Harry estava presente na sala de aula, pois sua mente vagava sabe-se Merlim por onde. Apenas voltou a si quando ouviu a voz de Hermione, ao que parecia respondendo a Lupin alguma coisa sobre um patrono, dizendo que já tinha inclusive visto um bruxo menor de idade conjurar um patrono sólido.


-E este bruxo está entre nós! -Dizia Mione.


"Ah não, ela não pode estar falando de mim, não pode estar chamando mais atenção pra mim, não, isso não"- pensava Harry.


-Sei de quem está falando, Srta Granger, este é um feito excepcional, para um bruxo que ainda está desenvolvendo seus poderes. Até para um bruxo adulto é muito difícil, nem todos conseguem conjurar um patrono.


Um sorriso passou pelo rosto do professor.


Harry já estava tentando se esconder atrás de um livro, quando Lupin o chamou a frente da turma para uma demonstração. O garoto levantou de sua cadeira lançando um olhar de "você me paga, Mione".


O moreno se concentrou tentando buscar uma lembrança feliz em sua mente, mas o que veio a seguir foi o rosto dela, aqueles olhos, o sorriso, a atenção que ela dispensava a ele quando estava com ele, abriu os olhos que recaíram sobre o namorado dela, e pensando na briga mais cedo, exclamou:


-EXPECTO PATRONUM!


E um cervo prateado saiu da ponta da varinha do menino-que-sobreviveu, mas este patrono estava diferente, mais brilhante e muito mais sólido, do que aquele que conjurara para salvar Sírius no terceiro ano.


-Muito bem Harry! -Exclamou Lupin- Vinte pontos para grifinória. –Disse, dispensando a classe.


-Harry, espere um momento, preciso falar com você. -Disse o professor.


O garoto fez sinal para os amigos não o esperarem e seguiu para mesa do professor, que logo lhe disse:


-Creio que Dumbledore já falou com você sobre suas aulas de oclumência e defesa, não?


O garoto apenas fez um sinal positivo com a cabeça, e Lupin continuou.


-Teremos de iniciá-las o quanto antes. Você treinará comigo todas as sextas após o jantar e às quartas teremos aulas de defesa mais avançada. Mas tem outro assunto que eu gostaria de falar com você.


-Qual? -Perguntou o garoto inutilmente, pois já desconfiava da resposta.


-Você está com algum problema? -Perguntou Lupin.


-Além de ser perseguido por Voldemort desde 1 ano de idade, como se fosse um cachorro, não.


-Harry, eu não estou falando de Voldemort e até entendo que você se sinta assim, mas estou me referindo a tudo que aconteceu com você durante as suas férias desde o ataque até a sua recuperação junto com os Weasley, e até mesmo suas "explosões" no salão principal.


-Não está acontecendo nada. -Apressou-se a dizer, mas não convenceu o professor.


Lupin deu um pequeno sorriso e disse:


- A cada dia que passa você fica mais parecido com o Thiago. Sabe Harry, seu pai também fazia de tudo para defender a Lily, mesmo antes de começarem a namorar. Ele era apaixonado por ela, se tornaram grandes amigos como você e a Gina! Não precisa me olhar com essa cara de espanto, não! -Riu o professor, os Potter's não conseguem disfarçar o que sentem. -Quero que saiba que quando quiser conversar, pode me procurar.


-Obrigado Lupin.- Respondeu o garoto, com muita vontade de desabafar com o amigo do seu pai e agora seu também, mas resolveu deixar pra depois.


-Pode ir Harry, senão você vai se atrasar para a próxima aula.


Harry saiu da sala em direção as masmorras onde teria aula dupla de poções com o morcegão do Snape. Quando estava se aproximando percebeu que Rony e Mione pararam de falar, o que indicou que estavam falando dele, mas resolveu deixar pra lá.


-E aí, cara! O que o Lupin queria com você? -Perguntou Rony.


-Nada demais. -Respondeu o moreno.


Nem puderam conversar mais, pois o ranhoso logo chegou de mal humor, como sempre, e os três amigos tiveram que enfrentar a pior aula do dia.


Continua...

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Comentários (1)

  • Kaos StoneHange

    Foi uma promessa oque você disse ali no começo do cap? "Desta vez ela vai até o final com certeza !!!"

    2013-02-20
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