O Aviso de Dobby
Então gente... nem sabemos como pedir desculpas, dessa vez a coisa saiu do controle.
Esse capítulo era da Gabbs! Então briguem com ela!
Mentira, mentira temos é que apoiá-la, pois nossa autora está estudando muuuito e está realmente sem tempo. A Bia também, e eu... Nossa! Ensino médio é outro coisa :/
Bem, espero não termos perdido muitos leitores, e realmente, poooor favooooor nos desculpem :x ok?
Boa leitura!
(Gi)
PS da Biaa: Capítulo dedicado a Kathy Test!
Reviews (Biaa respondendo ok?) :
Clenery Aingremont~~ Hey, desculpe mesmo a demora. Normalmente, levamos cerca de 15 dias para postar o cap, mas é que nesse a coisa complicou um pouco... Sobre a Dorcas e o Remus... Eu gosto da Dorcas... Mas isso não quer dizer que eles vão terminar juntos, ok? Na realidade, não decidimos isso ainda... E, ahn, existem fics sem a Dorcas desse gênero... Só não dou o link agora pq eu me esqueci quais são elas, mas depois eu passo, certo? Beijos.
Annabeth73~~ Oi! Obrigada! Adora Ginarry? Então, vai gostar desse capítulo e odiar ao mesmo tempo! Não posso falar mais nada...
Bella Pooty Diggory~~ Hi again! Obrigada! E, sério, desculpe pela demora! Pelo menos, não desistimos da fic! Espero que goste desse capítulo!
Arthur Lacerda~~ DESCULPE! Sério, essa demora toda não é normal, mas é que foi uma época que nem Gaby e nem Gi podia escrever, e eu estava sem conseguir fazer algo que preste! Boa leitura!
- Então, quem lê?
- Eu! – disse Lissy.
Josh passou o livro para a irmã.
O aviso de Dobby
Os do presente sentiram uma dor no coração ao lembrar do pequeno elfo, sempre tão fiel aos seus amigos... E morrera tão injustamente... Fazia pouco tempo.
Outro que morreu para me salvar pensou Harry com amargura.
HARRY CONSEGUIU NÃO GRITAR,
- O que normalmente é considerado normal, sabe?- Lene disse, levantando uma sobrancelha.
mas foi por pouco.
- O que aconteceu de tão terrível assim?
A criaturinha em sua cama tinha orelhas grandes como as de um morcego e olhos esbugalhados e verdes do tamanho de bolas de tênis.
- Linda! – zoou Sirius – Mas, ei, espere. Por que diabos teria um elfo no seu quarto?
- Porque eu sou Harry Potter, claro. Nada normal acontece comigo.
Harry percebeu na mesma hora que era aquilo que o andara observando
- Harry... Harry... Despertando paixão nos elfos por aí?- zoou Lene.
- Faz parte do charme de um Potter. Todo Potter encanta qualquer ser vivo, mágico ou não mágico – disse James, o modesto. Mas quando viu a cara de Gina e Lily, completou – Apesar de só se encantarem com ruivas.
- Acho bom, viu, Potter – falou Lily.
na sebe do jardim àquela manhã.
Harry sorriu diante a lembrança do eterno amigo.
Enquanto se entreolhavam, Harry ouviu a voz de Duda no hall.
- Que não é nada, sexy – falou Sirius.
- Mas você nunca nem a ouviu! – exclamou Do.
- E daí? Não preciso ouvir uma voz para dizer que ela não é sexy.
Todos o encararam, pensando em que psicólogo o interno.
— Posso guardar os seus casacos, Sr. e Sra. Mason?
- Posso guardar seus casacos Sr e Sra Mason? – Disse Sírius imitando Duda com uma voz de idiota.
E sabe o mais incrível? Ficou igual!
A criatura escorregou da cama e fez uma reverência tão exagerada
- Coisa de elfo – resmungou Regulus.
- Monstro não era assim comigo.
- Claro, né Sirius, ele te detestava. Para você, ele fazia somente o necessário.
- Assim me fere, Reg – falou Sirius, fingindo estar magoado.
- Você vai sobreviver.
-... Mas essa dor sempre estará comigo – completou Sirius, fazendo uma cara de "te peguei!". Não no sentido Sirius da coisa.
que seu nariz, comprido e fino, encostou no tapete. Harry reparou que ela vestia uma coisa parecida com uma fronha velha, com fendas para enfiar as pernas e os braços.
- Definitivamente um elfo doméstico! – exclamaram os sangue-puros presentes.
- Acho eles tão fofos! – disse Alice.
- Você acha qualquer criatura mágica fofa, amor! – comentou Frank.
- Não importa! Eles são fofos!
- Os acho estranhos. – comentou Sírius – Se Alice conhecer o Monstro tenho certeza que vai mudar de ideia
- Não ofenda o Monstro! – gritou Mione.
Todos a encararam com cara de 'WTF?'.
- Er... Apenas... Não o ofenda, nunca se sabe tudo que ele já passou...
- É aquela coisa: Todos temos luz e trevas dentro de nós – disse Harry.
- Essa frase me parece familiar... – disse Sírius.
- Porque foi você que disse! – disse Harry.
- Quando? Não lembro...
- Er... Você ainda não disse.
- Mas você disse que eu disse...
- ESQUECE SÍRUS! Continue Lissy, por favor!
E a menina continuou lendo com um sorriso no rosto.
— Ah... Oi — cumprimentou Harry nervoso.
- Grande saudação! – riu Rony.
— Harry Potter! — exclamou a criatura com uma voz esganiçada que Harry teve certeza de que seria ouvida no andar de baixo
- Tecnicamente, se uma voz fosse esganiçada seria mais difícil a ouvir.
- Tecnicamente, Jorge, isso é um tipo de voz. Não a altura dela – Remus falou.
Jorge fez biquinho.
— Há tanto tempo que Dobby quer conhecê-lo, meu senhor... é uma grande honra...
- DE NOVO NÃO! – falaram os gêmeos e mais alguns zoando Harry, que apenas revirou os olhos, já se acostumando com tantas piadas a seu respeito. Afinal, "Era mesmo Harry Potter".
— Ob-obrigado — respondeu Harry, andando encostado à parede
- Quem é que anda SE ENCONSTANDO NA PAREDE?- perguntou Lily com cara "esse não é o meu filho".
- Cul... Ei, dessa vez a culpa não é minha! – disse James.
Harry revirou os olhos, mesmo secretamente rindo.
para se largar na cadeira da escrivaninha, perto de Edwiges, que dormia em sua gaiola espaçosa.
- Ainda prefiro morar em uma casa, obrigado.
Teve vontade de perguntar "Que coisa é você?",
- Isso porque ele não conheceu Sirius – resmungou Lily – Que bom que ele não conheceu Sirius. Ia piorar.
mas achou que poderia parecer muito mal-educado,
- Impressão sua! – ironizou Gina.
- E naquela época nem tinha convivido tanto assim com o Rony... Imagina só – comentou Mione.
- Por que botou meu nome no meio? Eu estou aqui quieto! – comentou o ruivo.
- Eu sei, mas é só pra não perder o costume – a morena deu de ombros.
Todos riram.
e em vez disso perguntou — Quem é você?
- Muito melhor.
— Dobby, meu senhor. Apenas Dobby. Dobby, o elfo doméstico — disse a criatura.
- EU DISSE! – gritou Sírius fazendo mais uma de suas dancinhas estranhas.
- E ninguém discordou.
— Ah... é mesmo? Ah... não quero ser grosseiro nem nada, mas...
-... Vou ser agora... – continuou Neville.
a hora não é muito própria para ter um elfo doméstico no meu quarto.
- Ah, se nós tivéssemos um no nosso quarto... – comentou Fred.
- Não teríamos que arrumar aquilo toda semana. – disse Jorge.
- Mas vocês nem arrumavam! – comentou Rony.
- Claro que arrumávamos! – disseram os gêmeos.
- Jogar toda bagunça para baixo da cama não é considerado arrumação Fred e Jorge – disse Gina.
Os gêmeos fizeram cara de derrotados.
Ouviu-se a risada aguda e falsa de Tia Petúnia na sala.
Lily fez cara de nojo. E não foi a única.
O elfo baixou a cabeça.
— Não que eu não esteja contente de conhecê-lo
Regulus revirou os olhos.
— acrescentou Harry depressa — Mas, ah, tem alguma razão especial para você estar aqui?
- Não, só tava de zoas passeando pelas casas e caí na casa dos parentes trouxas do Menino que Sobreviveu, sabe? – comentou Sírius.
- Dá pra parar de me chamar de lento? – disse Harry.
- Não. – disseram todos.
— Ah, claro, meu senhor — disse Dobby muito sério — Dobby veio dizer ao senhor, meu senhor... é difícil, meu senhor.. Dobby fica se perguntando por onde começar...
- Comece parando de me chamar de senhor – suplicou Harry.
— Sente-se — disse Harry gentilmente, apontando para a cama.
- Oh-oh... péssima ideia de como agir com elfos – comentou Frank.
Para seu horror, o elfo caiu no choro... um choro muito alto.
- Eu disse – falou Frank.
— S-sen-te-se! — chorou — Nunca... nunca na vida...
Harry pensou ter ouvido as vozes no andar de baixo hesitarem.
- Fodeu. Corre cambada.
— Me desculpe — sussurrou — Não quis ofendê-lo nem nada...
- Você só está piorando, Harry.
— Ofender Dobby? — engasgou-se o elfo — Dobby nunca foi convidado a se sentar por um bruxo... como um igual.
Os olhos de Mione faiscaram de raiva.
Harry, tentando ao mesmo tempo fazer o elfo se calar e dar a impressão de consolá-lo,
- Boa sorte com isso.
levou Dobby de volta à cama, onde o elfo se sentou entre soluços, parecendo uma boneca enorme e muito feia.
- HARRY! – repreendeu Hermione.
- Que foi! – assustou-se o moreno.
- Não pense que ele é feio! Nem seja falso!
- Eu lá ia saber o que fazer Mione?! Se meus tios subissem ali iam tirar nosso coro fora!
- Não importa!
- Ok, ok! Desculpa, ai, por favor, me desculpa, perdão, eu imploro! – dizia enquanto passarinhos de papel atacavam o moreno. (aquele feitiço de HP6).
- Agora sabe como me senti? – perguntou o ruivo após a morena desfazer o feitiço.
- Cala boca Rony – murmurou Harry.
Por fim ele conseguiu se controlar
- Aleluia.
e se sentou, os grandes olhos fixos em Harry com uma expressão de aquosa admiração.
- Mais um para o clubinho o Potter é perfeito – zoou Snape.
— Vai ver você nunca encontrou muitos bruxos decentes
- Com certeza – resmungou Hermione.
- Como eu – disse James.
- Ou eu - disse Frank.
- Ou eu – disse Neville.
- Ou nó... Esquece. – disseram os gêmeos e Sírius.
— disse Harry para animá-lo.
Gina sorriu para o namorado. Adorava saber que ele sempre tratava todo mundo bem.
Dobby sacudiu a cabeça.
- Não acho que ele podia dizer isso – disse Regulus com uma voz fria. Não adorava mais a doutrina dos Black, mas achava que eles ainda estavam certos em algumas coisas, mesmo que exagerem um pouco. Por exemplo, ele achava que Monstro deveria ser tratado um pouco melhor, mas isso não queria dizer que ele receberia salário ou alguma coisa assim.
Depois, sem aviso, saltou da cama e começou a bater a cabeça, furiosamente na janela, gritando "Dobby mau! Dobby mau!".
- Dobby legal! Dobby legal! – corrigiu Lene.
- Odeio essa mania que os Elfos têm de se auto-castigarem – comentou Lily triste.
- Eu também! É um absurdo que isso ainda aconteça hoje em dia... Com tantas le... Digo, com tanta modernidade e evolução, haha, século vinte, né gente?
E voltou a ler rapidamente.
— Não... que é que está fazendo? — Harry sibilou, levantando-se depressa para puxar Dobby de volta para a cama.
- Essa frase soou estranha – Sirius disse, erguendo uma sobrancelha.
- Sirius, por favor. DOBBY É UM ELFO E EU TINHA 12 ANOS! ERA UMA CRIANÇA! – gritou Harry, corado.
- Você não é mais uma criança, Harry? – perguntou Sirius.
- Não – respondeu Harry confuso.
- Então, quer dizer que você já faz coisas de adultos?
- Sim – respondeu ainda confuso.
- Então, já ficou com a Gina? – falou e baixou a voz - E se duvidar alguém antes dela...
- Puxou a mim, filho.
- EU NÃO PRECISO VER TRÊS CARAS DISCUTINDO SE O NAMORADO DA MINHA IRMÃ... JÁ, VOCÊS SABEM, ESPECIALMENTE SE ELE FEZ ISSO COM ELA! – gritou Rony e os irmãos os apoiaram.
- EU NÃO... AH, VOCÊS SABEM. E ESSE ASSUNTO ACABA POR AQUI, OK?- disse Harry lançando um olhar ameaçador a todos.
- Certo, calma – falou James e cochichou para Sirius – Que sociedade estressada.
Edwiges acordara com um pio particularmente alto
- Claro, ela ia acordar com um pio baixo?- disse Josh com sarcasmo.
e batia as asas assustada contra as grades da gaiola.
Alice fez uma careta, com pena da coruja.
— Dobby teve que se castigar, meu senhor
Regulus estava entediado. Ler sobre um elfo doméstico não era legal.
— disse o elfo, que ficara ligeiramente vesgo — Dobby quase falou mal da própria família, meu senhor...
- E quem é a sua família? – todos, menos o Trio de Ouro, perguntaram.
— Sua família?
- Não. Um elefante.
— A família de bruxos a que Dobby serve, meu senhor... Dobby é um elfo doméstico, obrigado a servir a uma casa e a uma família para sempre...
- Ao menos que seja libertado... – comentou Remus.
Nem Regulus podia fingir que isso não era cruel.
— E eles sabem que você está aqui? — perguntou Harry curioso.
- Claro, e até mandaram flores de presente – ironizou Alex.
Dobby estremeceu.
— Ah, não senhor, não... Dobby terá que se castigar com a maior severidade por ter vindo vê-lo, meu senhor.
Hermione fez uma careta. Isso era simplesmente desumano!
Dobby terá que prender as orelhas na porta do forno por causa disto.
- É uma punição severa, mesmo para um elfo – falou James, franzindo o cenho.
Se eles vierem, a saber, meu senhor...
- NÃO! – gritaram a maioria.
- Se Dobby fizer isso, eu faço isso no Harry – disse Ali, que AMA animais.
- Eu? Mas por quê?
- Por que é culpa tua.
- Mas ele foi lá porque quis!
-Mas a culpa é tua, Harry! Quieto!
Harry olhou para todos em busca de ajuda, mas Frank murmurou: TPM. Harry estava cansado de aturar tantas mulheres juntas por tanto tempo.
— Mas eles não vão reparar se você prender as orelhas na porta do forno?
Snape estava curioso para saber isso também. Ele certamente notaria se tivesse um elfo quando um deles estivesse machucado. Assim, sempre notaria quando eles fizesse algo errado e eles teriam que lhe contar.
- Dependendo da família é capaz de ajudar a machucar – resmungou Lissy.
— Dobby duvida meu senhor. Dobby está sempre tendo que se castigar por alguma coisa, meu senhor.
- Isso quer dizer que ele é um mau elfo – falou Regulus.
- Não, isso quer dizer que a família que ele serve é severa demais – contradisse Harry.
Eles nem ligam para Dobby, meu senhor. Às vezes me lembram de cumprir uns castigos a mais...
- Escrotos!
- Como assim?- Dorcas perguntou confusa.
— Por que você não vai embora?
Vários riram.
- Ah! Harry e sua inocência, ou ignorância para o mundo bruxo na idade... – comentou Jorge.
- Desculpa nascer ok? Minha vida é muito complicada poxa! Eu tenho um raio na testa! Vou mal em poções, não consegui passar em História da Magia... A vida é muito complicada, e... E... – dizia Harry fingindo um drama, enquanto vários riram.
Outros concluíram que convivência acaba com as pessoas. Exemplo? Harry, marotos e gêmeos. É.
Foge?
- VIDA LOKA, MANO! – gritou Sirius. (N/Bia: Ok, não resisti colocar com K).
— Um elfo doméstico tem que ser libertado, meu senhor.
- Isso sim é doentio – falou Rony.
E a família nunca vai libertar Dobby... Dobby vai servir à família até morrer,
As garotas da sala fizeram uma careta, assim como os meninos, menos Snape.
- Ou não. – disse Harry, sorrindo orgulhoso. Junto com Hermione e Rony.
meu senhor...
Harry ficou olhando.
— E eu achei que era ruim continuar aqui mais quatro semanas.
- Sempre existe alguém com um problema pior que o nosso – refletiu Harry.
- E isso vem do cara que era destinado a lutar contra Voldemort desde um ano de idade – falou Hermione, como sempre, admirada com o bom caráter do amigo.
Isto faz os Dursley parecerem quase humanos.
- Repare no 'quase' – disse Josh.
- Verdade. Mas continuam não sendo.
E ninguém pode ajudá-lo? Eu não posso?
Todos reviraram os olhos diante da mania de sempre querer ajudar os outros que Harry tinha, e ainda tem.
O moreno apenas deu de ombros.
Regulus encarou Harry curioso. O menino era especial. Ele era verdadeiramente bom.
Quase imediatamente Harry desejou não ter falado.
Alice encarou Harry com raiva.
Dobby desmanchou-se outra vez em guinchos de gratidão.
- De novo? Tá ficando repetitivo.
— Por favor — Harry sussurrou nervoso — Por favor, fique quieto. Se os Dursley ouvirem alguma coisa, se souberem que você esta aqui...
- Vamos dizer que é melhor evitar isso – falou Lily.
— Harry Potter pergunta se pode ajudar Dobby... Dobby ouviu falar de sua grandeza, senhor, mas de sua bondade Dobby nunca soube...
- A bondade deveria ser bem mais valorizada que a grandeza. Na verdade, deveria ser mais valorizada que qualquer coisa – falou Alex.
Harry, que estava sentindo o rosto ficar decididamente quente, disse:
- Oh, Harryzinho tá coradinho de novo – falou Fred, apertando as bochechas de Harry.
- Sai pra lá!- rosnou Harry.
— Seja o que for que você ouviu sobre a minha grandeza é tudo bobagem.
- Não. Não é – falou Gina, encarando um namorado com um olhar de "entenda isso de uma vez!".
Não sou sequer o primeiro da minha série em Hogwarts;
- Isso não significa nada – disse humildemente Hermione, e ela sabia das verdades das suas palavras.
Hermione, sim, ela...
Mione sorriu.
Mas se calou depressa, porque pensar em Mione doía.
Hermione estava triste. Triste por saber que tudo que Harry mais precisava naquele verão era o apoio deles e – mesmo não sendo culpa dela – ela não pode dar o seu apoio a ele. Nem Rony pode.
— Harry Potter é humilde e modesto
- Isso eu sou – por fim, admitiu Harry, antes que todos começassem a gritar para convencê-lo disso .
— disse Dobby, reverente, as órbitas dos olhos brilhando — Harry Potter não fala de sua vitória sobre Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado...
- Quando eu era bebê, eu nem sabia o que estava fazendo. Quem merece elogios assim é Lily e James – falou o moreno de óculos.
— Voldemort?
- E é agora que Dobby surta.
Dobby cobriu as orelhas com as mãos e gemeu.
— Não fale o nome dele, senhor! Não fale o nome dele!
- Não disse.
— Desculpe — disse Harry depressa
- Você pede desculpa por tudo Potter? – Snape perguntou, sem acusar. Só confuso.
Harry deu de ombros.
— Sei que muita gente não gosta de falar. Meu amigo Rony...
E calou-se outra vez. Pensar em Rony também doía.
- Desculpa, companheiro.
- Se eu tivesse algo para lhe desculpar, eu desculpava. Mas não foi sua culpa Rony – falou Harry sinceramente.
Dobby curvou-se em direção a Harry, seus olhos redondos parecendo fatais.
Todo mundo olhou para Harry com uma cara de "o que?".
- Síndrome de perseguição, Potter? – falou Snape, erguendo uma sobrancelha.
— Dobby ouviu falar
- Lá vem a fofoca – falou Sirius.
— comentou com voz rouca — Que Harry Potter encontrou o Lorde das Trevas pela segunda vez, faz pouco tempo... que Harry Potter escapou novamente.
- O pior é que isso é verdade.
Harry confirmou com a cabeça e os olhos de Dobby, de repente, brilharam de lágrimas.
Harry sorriu triste. Estava com saudade de Dobby, o melhor elfo doméstico que ele já tinha conhecido.
— Ah, meu senhor — exclamou, secando o rosto com a ponta da fronha suja que usava — Harry Potter é valente e audacioso!
-... E isso ninguém pode negar... – cantaram os gêmeos.
Já enfrentou tantos perigos!
- E irá enfrentar piores – falou Gina, tremendo.
- Calma, Gi. Eu estou aqui. Para você – falou Harry abraçando a namorada e sussurrou – Quando eu partir e você perder as esperanças de que estou vivo, lembre-se que eu não vou estar morto. Eu não posso morrer. Porque eu não aguentaria ficar sem você. Então, mesmo que pareça que o mal está ganhando, eu vou sempre me erguer. Porque eu tenho motivo para lutar. Tenho um porto-seguro... que é você, Gi. Apenas de te ter, eu já me sinto a pessoa mais forte do mundo. Porque você, Ginevra, completou a minha vida. E agora que ela está completa, eu não vou deixar você partir.
Gina sentiu as lágrimas caindo livremente pelo seu rosto.
- E, você, Harry Potter, precisa saber que eu não quero que você seja o herói de todo mundo. Eu quero que você apenas volte vivo ao fim de tudo. Por favor, lembre-se que às vezes perdemos pessoas importantes, mas que isso foi por um motivo. E que perderemos muitas outras se simplesmente deixarmos de lutar. Se desistirmos de viver. Pode ser até que alguns nem notemos, pois vamos ter perdido a chance de conhecê-las. Quando sentir que a dor está insuportável, grite, chore, suma por um tempo. Mas no outro dia, volte. Volte para nós. Volte para a vida. Volte para mim.
Harry começou a chorar também.
- Eu prometo, Gi. Eu vou voltar para você. Mas... me prometa... que eu se eu... quebrar essa promessa que eu acabei de fazer, você não me odiar. E se eu morrer, por favor, continue sua vida como você mesma me mandou fazer. Viva ela. Se case. Não se deixe abater. Não passe o tempo todo se lembrando de mim, e se lembrar, por favor, que não seja para chorar. Que seja para sorrir e dizer "Eu já conheci esse cara. Ele era legal." Por favor, Gi, me prometa. Por favor.
- Eu prometo, Harry. E eu nunca te odiaria.
Gina sorriu fracamente e puxou o namorado para um beijo. Eles se beijavam calmamente, como se estivessem apenas selando as promessas, mas ainda sim com um pouco de desespero. Desespero de talvez não ter mais muito tempo um com o outro.
Lily Evans observava a cena com lágrimas nos olhos. Aquele era seu filho, e agora melhor amigo também, fazendo declarações para a namorada com medo de ter perde-la, seja ela morrendo ou ele. Não parecia que aquele era um medo recente e Lily tentou imaginar viver sempre com a perspectiva de perder James. Claro que no fundo, ela sempre existia, mas com Harry e Gina era diferente. James não era alvo dos Comensais, até por ser puro-sangue, e estava protegido - esse ano – dentro dos portões de Hogwarts, assim como ela. Mas Harry era alvo dos Comensais e do próprio Voldemort. Não tinha uma pessoa no mundo mágico que não soubesse o seu nome e, contudo ele precisava se esconder, sem poder contar com a ajuda de ninguém fora dos seus dois melhores amigos – Rony e Hermione – e não arriscaria de maneira alguma a vida da namorada. Porém, isso o fazia se sentir solitário de uma maneira que Lily jamais poderia imaginar. E, é claro, havia a dor por precisar arriscar a vida de Rony e Hermione. Lily podia sentir em cada palavra que ele falava, uma culpa escondida. Mesmo que fosse uma coisa necessária e que provavelmente ajudaria a todos, Harry ainda sentia culpa. E pela primeira vez, Lily viu que o complexo de herói de que eles tanto brincavam, realmente atrapalhava a vida de Harry.
James Potter sentiu pela primeira vez a verdadeira dor. Uma dor que o fazia cambalear e sua visão tremeluzir, pois de tão forte que foi o impacto psicólogo, seu corpo parou de funcionar da maneira totalmente correta. Como em um colapso. Para James, a cena que ele vira agora pouco era a coisa mais bela de uma maneira totalmente triste. Uma beleza sombria. James se deu conta que amar na guerra sempre seria assim, uma coisa extraordinária, muito diferente do amor que normalmente se vê. O amor na guerra era como um ponto de apoio, uma pessoa com quem você poderia ser você mesmo. Porém, enquanto você se deita ao lado de quem gosta no final do dia, sorrindo por ter compartilhado mais um dia junto a ela (incrível!), tem medo de que amanhã quando acorde a chame e ela não responda nunca mais. Tem medo de que será a última vez que vê seus olhos com vida. Isso era completamente assustador. Porém, o outro lado era que normalmente poucos "amores falsos" sobreviviam à guerra. Pois é nessa hora que aprendemos a parar para refletir sobre as palavras de cada um. É nessa hora que percebemos quem são os verdadeiros amigos. Quem ficará na sua vida e quem o deixará.
James podia entender claramente o medo do filho. Perder Lily seria... imaginável. Seria como se o céu de repente passasse a ser verde. Seria como se as estrelas sumissem e deixassem para ele somente um céu escuro e frio. Seria como perder um membro. Seria como perder os seus pais. Seria como se a vida tivesse lhe dado um tapa na cara. Seria como querer parar de viver. E perceber que, para o seu filho, a hora de dizer adeus à pessoa que ama talvez esteja muito próxima o quebrou. Porque James sabia que mesmo se Harry perdesse Gina, ele se forçaria a continuar em frente. Em não pensar sobre a dor. Até a guerra acabar. E se ele ganhasse a guerra, ficaria louco. Por ter matado. Por não ter mais quem mais amava. Por não suportar a dor. Por receber cumprimentos felizes dizendo que ganhou a guerra, quando não conseguiu salvar o que mais importava para ele. E Harry se culparia. E tudo que James menos queria era que seu filho morresse ou endoidasse.
Uma coisa que James não teria como saber completamente é que Harry Potterjá estava habituado a perdas. Mas não acostumado. Harry Potter tentaria ser erguer novamente, mas talvez não conseguisse mais.
Remus Lupin jamais admitiria que sentiu umas das maiores dores da sua vida ao observar essa cena. Mas era a verdade. Às vezes, era preciso sentir uma dor muito grande vendo a dor de uma pessoa para perceber que você realmente gosta dela. E Remus estava vendo pela primeira vez, o quanto realmente gostava de Harry e - o que mais o surpreendeu – de Gina. Nunca imaginou que sentia uma afeição tão grande com a menina que ocupava um lugar tão grande no coração do seu afilhado (postiço). Mas agora via que sim, tinha se afeiçoado a Gina. Ela era uma garota de personalidade forte que conquistava a todos com seu jeito sincero, que não ligava para futilidades, mas que se importava de uma forma quase impossível de se descrever com aqueles que eram parte da sua família, incluindo seus amigos. Era inteligente, apesar de não gostar de viver atrás dos livros, como Remus ás vezes fazias (e no fundo ele sabia que só não fazia isso o tempo todo por conta dos Marotos). De certa forma, era o par perfeito para Harry. Tudo que Harry precisava nesse momento era de alguém que o entendesse e que não somente acatasse ordens, que refletisse pelo que vale a pena morrer e pelo que não vale. E Gina era isso.
É claro que Remus também se sentia triste por Harry. Remus sabia que mesmo que Harry não fosse filho de James, e se ele tivesse alguma chance de conhecê-lo, ele iria adorar Harry. Não porque ele é bom em Quadribol ou DCAT. Não. Mas pelo seu coração. Harry Potter tinha um dos corações mais puros que Remus já tinha visto. Não que o garoto fosse um santo ou que nunca gritasse. Mas suas ações eram baseadas em motivos encantadores. O garoto não era perfeito e nem tentava ser. Harry só queria conseguir manter todos a salvo e, mesmo que isso o colasse em perigo, ele faria. Porque ele aguentaria receber o ódio daquela pessoa. O que ele não aguentaria seria ver essa pessoa sofrendo por – de alguma forma – ser próxima a ele. Harry sofreu muito na vida. Mas ele soube usar essa dor para o bem. E era isso que Remus admirava o garoto. Era nisso que os dois eram parecidos. Os dois tentavam fazer que tudo desse certo no final.
Para Sirius Black, aquela foi a cena mais triste que vira na vida, porque, de uma maneira torta e esquisita, lembrava-lhe de que poderia ter feito isso com Regulus, quando saiu de casa. Poderia ter se despedido. Poderia ter dado uma chance a Regulus. Mas não o fez. E agora via um casal de amigos tentando proteger um ao outro. Tentando se apoiar. Tentando encontrar forças para sobreviver. Tentando nunca mais se separar. Tentando se manter unidos enquanto uma tempestade silenciosa esta pairando sobre a cabeça deles e sabendo que cada segundo passado é mais um segundo que a tempestade avança. Sirius sabia que a melhor coisa que ele fez, foi partir de casa. Mas ali era diferente. Harry e Gina não podiam simplesmente se sentar e assistir enquanto as pessoas morriam. Harry Potter era um ícone para a comunidade bruxa e portanto não poderia ficar parado. Pelo menos, Sirius teve essa escolha. A guerra só começou a aparecer mesmo no sétimo ano deles. Mas para Harry não. Harry sempre teve que conviver com alguma ação da guerra, direta ou indiretamente. Ele não sabia como era viver sem dor. E talvez isso era o pior de tudo. Pela maneira que Harry agia, era a primeira vez que o menino encontrava o amor (do tipo paixão) e mesmo Sirius nunca tendo encontrado um amor assim (que ele soubesse conscientemente ao menos), sabia que se Gina sofresse com alguma coisa acabaria Harry. E o menino de ouro finalmente seria só um boneco, como os Comensais queriam. E isso somente aumentava a certeza que Sirius tinha de que tentariam acabar com Gina. E nem mesmo o Maroto queria ver isso, se acontecesse. Para Sirius Black, nunca deveríamos ter que dizer adeus a pessoas que amamos. Não deveríamos vir sob essa ameaça da morte. Se a pessoa que amamos partir, qual seria o sentido de continuar aqui, lutando?
Para Hermione Granger, ver seu melhor amigo e a namorada dele tentando desesperadamente prometer um ao outro que tentariam viver foi demais. Lágrimas reprimidas durante o último ano caíram. Pensar em perde um dos dois era insuportável. Eles eram como a família dela. Harry era como um irmão que ela nunca teve e ela seria eternamente grata por ele ter suportado todas as brigas dela com o Rony. Harry era uma parte dela. Assim como Rony. Harry e Rony foram os primeiros amigos dela. Harry foi quem mais sofreu dos três, mas mesmo assim sempre manteve seu caráter intacto. Foi Harry que lhe ajudou a perceber que gostava de Rony. Harry era a alma do trio. Harry era insubstituível para Mione. Gina não era como uma irmã, mas era a melhor amiga da morena. Gina era a quem Hermione recorria para pedir ajuda quando o assunto era de garotas. Era com ela que Hermione fofocava. Era com ela que ria mais. Era com Gina que Hermione percebia – de certo modo – o que seria ter uma vida normal, sem aventuras.
Para Hermione, aquela cena foi causada pelas coisas mais injustas que tinha visto. Foi baseada na guerra. Agora Hermione não estava simplesmente triste. Ela queria justiça. Ela faria a justiça acontecer. Porque o tempo de simplesmente chorar acabou há muito tempo para a morena.
Para Rony Weasley ao presenciar a cena, a felicidade era algo muito distante, como em um sonho. Não suportava ver a sua irmãzinha e o seu melhor amigo sofrendo, com medo de perder um ao outro, por causa da guerra. Harry não merecia isso, mas justiça seja feita, ele merecia ter ido uma vida sem um terço dos desastres, das perdas, dos acidentes, que aconteceram. E mesmo assim, elas aconteceram com ele. E pouco a pouco, Harry Potter ia quebrando e precisando se remendado. O maior medo de Rony é que chegasse a um ponto em que Harry não pudesse ser remendado. Contundo, Rony não podia evitar as desgraças que aconteciam na vida de Harry. Ninguém podia, exceto os Comensais e Voldemort. Rony sabia, assim como a namorada, que eles precisariam lutar para a justiça acontecer. Que Harry precisaria do apoio deles se Gina morresse, porém Rony também sabia que se a irmãzinha dele morresse, ele não conseguiria dar esse apoio. Porque Gina era a garotinha. A menina. A fofa. A criativa. A garota forte. Gina precisava ser protegida pelos seus irmãos (ou ao menos Rony pensava). Era algo natural. E se ela morresse ou ao menos se machucasse seriamente, Rony sabia que eles teriam falhado. Não tinham conseguido serem irmãos suficientemente bons. Rony não ia aguentar acordar todo dia sem ter a irmã em casa, sabendo que algum Comensal tinha a matado. Por isso tudo, Gina e Harry não podiam morrer.
Neville Longbottom chorou. Gina fora a sua primeira amiga e Harry sempre o tratou bem, mesmo eles só tendo se aproximado realmente no quinto ano. Então, ele sentia muita pena deles. Pena porque eles demoraram a ficarem juntos e agora podiam ter somente pouco tempo para aproveitarem juntos. Não era o que Neville queria para os amigos. Não. Ele queria que os amigos fossem felizes e seria muito difícil se um não tive mais ao outro, por causa da guerra. Neville não era muito bom em entender os seus sentimentos, mas até ele sabia o que estava sentindo agora: Dor. Neville prometeu a si mesmo ajudar os amigos - se ele próprio estivesse vivo, afinal Neville sabia que podia morrer a qualquer instante nessa guerra. Todos sabiam. Essa certeza estava sempre lá, depois da invasão do Ministério. Mas ninguém podia fazer nada. Nada.
Para Jorge e Fred, a cena que eles estavam vendo era simplesmente de partir o coração. Ela demonstrava o desespero causado pela guerra. A falta de esperança. A última tentativa de permanecer juntos enquanto o resto do mundo desaba. Porque eles sabiam que Harry e Gina estavam simplesmente ignorando a guerra enquanto liam o primeiro livro. Mas não se tem como fugir dela para sempre. Não se tem como fingir que está tudo bem. Não se tem como ter esperança. Não tem como não surtar. Não tem como ficar meio desequilibrado com a guerra. Isso até eles sabiam; Jorge e Fred só ignoravam isso e tentavam animar a todos do melhor jeito possível. Porque não podiam deixar aqueles que amavam entrar em depressão.
Mas agora nem eles conseguiriam esconder a tristeza ao observar a cena da sua irmã sofrendo junto ao cara que eles amavam como um irmão.
Dorcas Meadwes podia não ser inteligente, mas isso não queria dizer que ela não era sensível e no instante que viu a cena se sentiu mal. Mal porque isso deveria ser uma cena privativa do casal, mal porque não tinha ninguém a quem se apegar, mal por ter pensado isso, mal por Gina, mal por Harry, mal por querer simplesmente deixar o mundo nas mãos de outras pessoas que não fossem eles. Porque ela sabia que todos ali teriam um papel importante no mundo bruxo. Para alguns, feito ela, ainda faltava descobrir qual.
Marlene McKinnon sorriu tristemente ao observar a cena. É verdade que Ginevra não gostava muito dela, mas Lene gostava muito de Gina. Ela admirava o espírito forte da garota e sua capacidade de manter o que era dela, de preservar um amor. Ela admirava o amor que irradiava de Gina. Ela também admirava Harry. Simplesmente por ser quem ele é. Não é Harry Potter, mas o filho do seu melhor amigo.
Regulus Black não sentia só dor. Sentia raiva. Raiva da vida. Porque as coisas tinham quer ser assim? Porque não poderia ser tudo simples? Sem guerra, sem violência? Sem problemas?
Regulus não queria ver uma das poucas pessoas que ele se apegou na vida sofrendo. Não. Ele não queria. E Regulus decidiu se vingar dos Comensais. Fazê-los sofrerem tudo que já fizeram as outras pessoas sofrerem e que ficaram impunes no fim. Não tinha pressa, já que esse nunca foi um problema seu. Mas só queria acabar com isso antes de morrer.
Lissy, Alex e John não estavam sentindo a mesma dor que todos os outros. Porque eles ainda tinham esperança. Conseguiam ver um futuro em que nem Harry nem de Gina morressem ao contrário de todos. Eles sabiam do poder que a esperança tinha.
Alice Lusy, emotiva como sempre chorava desesperadamente, mesmo não tendo uma afeição muito grande pelos dois. Ela via no olhar de Neville que eles eram importantes para seu filho e de qualquer jeito nunca quis que o filho da sua melhor amiga sofresse assim. Na realidade, nunca quis que ninguém sofresse assim. Nunca. Alice não conseguia pensar coerentemente, mas mais tarde ela agradeceria por isso, porque sabia que seus pensamentos só trariam mais tristeza e infelicidade.
Frank Longbottom pensava a mesma coisa que a namorada, enquanto gentilmente a deixava apoiada nele, fazendo carinho enquanto ela chora. Frank olhou em volta e percebeu como o ambiente estava triste, os únicos alheios a isso eram Harry e Gina.
Harry e Gina se separaram, cada um com um pequeno sorriso no lábio. Mas logo trataram de ficar abraçados, agradecendo pelo conforto da presença do outro ali.
Percebendo os olhares de todos, Harry deu de ombros.
- Eu acho melhor lermos. O clima aqui tá meio triste – falou Gina, observando a cara de todos.
Lissy logo recomeçou a ler, agradecida pela distração do momento triste.
Mas Dobby veio proteger Harry Potter, alertá-lo,
Harry deu um sorriso triste.
mesmo que ele tenha que prender as orelhas na porta do forno depois...
- Ele é realmente um elfo muito legal – falou Regulus, só para tentar aliviar o clima.
- Era – Harry falou baixinho.
Harry Potter não deve voltar à Hogwarts.
- Hogwarts sem Harry Potter? Isso não faz sentindo – gritou Neville.
- O elfo enlouqueceu de vez – falou Sirius.
- Com certeza – concordaram os outros, ainda tentando voltar para um clima alegre.
Fez-se um silêncio interrompido apenas pelo tinido dos talheres lá embaixo e o reboar distante da voz do Tio Válter.
- Nem me lembro mais como é o silêncio. Por culpa do Black, que a leitura toda fica falando – Lene falou pra provocar.
- Claro, porque você também não fala nada né, Marlene? – Sirius falou.
- Lógico que não. Sou uma pessoa muito tímida – disse fazendo cara de arrogante e jogando o cabelo para trás.
- 'To vendo – falou Gina com sarcasmo – A timidez em pessoa.
- Tá vendo, Black? Ela concorda comigo.
- Já ouviu falar em uma coisa chamada sarcasmo, Marlene?
- Já ouviu falar em uma coisa chamada irritação, Sirius?
- Você quer falar TPM? Porque se quiser alguém ai deve conseg...
- Cala a boca, Sirius! – interrompeu Lene – Eu não to de TPM.
-...uir fazer um chá – terminou.
— Q-quê? — gaguejou Harry
- Harry Potter! Não admito filhos gagos, está me entendendo?
- Claro, James – riu Harry.
— Mas eu tenho que voltar,
Todos concordaram com a cabeça.
o trimestre começa em primeiro de Setembro. É só o que me anima a viver.
Todos deram um sorriso triste para Harry.
Você não sabe o que passo aqui.
- Era para alguém saber – Frank comentou – Como assim, simplesmente deixariam o herói mágico no mundo trouxa, em uma casa de uma pessoa que odeia magia e depois só iriam querer ouvir falar dele, aos seus 11 anos? E ninguém nunca perguntou como foi a sua vida antes, Harry?
- Não.
Frank parecia querer socar alguma coisa.
- Você devia ter falado com algum advogado, Harry. Com certeza, ele acharia um jeito de te tirar daquela casa horrível.
- Agora já passou.
O meu lugar não é aqui.
- Isso é óbvio.
O meu lugar é no seu mundo, em Hogwarts.
Todos acenaram, mesmo Snape.
— Não, não, não — guinchou Dobby, sacudindo a cabeça com tanta força que as orelhas esvoaçaram
- Esse é expressivo!
— Harry Potter deve ficar onde está seguro.
- E quem devia ficar em um lugar inseguro?
Ele é grande demais,
- Te chamou de gordo! – Alex riu.
bom demais, para perder. Se Harry Potter voltar a Hogwarts, vai encontrar um perigo mortal.
Silêncio.
- COMO ASSIM PERIGO MORTAL, HARRY POTTER? – Lily gritou.
- Aí meus tímpanos! – Harry reclamou. Ele recuou ao ver o olhar da mãe. – Err... Nada de spoiler. Dar spoiler é uma prática muito ruim, vamos evitá-la, ok? Os livros vieram em uma ordem cronológica porque deve ser assim... Não podemos mexe-la! Temos que ler tudo, para entendermos tudo... – Harry despejou rapidamente – Lissy! Você pode ler?
- Claro, vou come...
- HARRY POTTER, ME RESPONDA – Lily gritou.
- Começa agora!
— Por quê? – Lissy leu rapidamente, mal respirando.
— perguntou Harry surpreso.
— Há uma trama, Harry Potter. Uma trama para fazer coisas terríveis acontecerem na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts este ano
Um calafrio percorreu a sala.
- Coisas... terríveis? – Dorcas perguntou.
Harry acenou.
— sussurrou Dobby, tomado de repentina tremedeira
Snape revirou os olhos.
— Dobby sabe disso há meses,
- Meses? O que quer que tenha acontecido foi bem planejado... – Alice sussurrou.
meu senhor. Harry Potter não deve se expor ao perigo. Ele é demasiado importante, meu senhor!
Harry sorriu tristemente, lembrando o quanto era importante para o elfo.
— Que coisas terríveis? — perguntou Harry na mesma hora — Quem está planejando essas coisas?
- Aposto que os primeiros acusados vão ser os Sonserinos – sussurrou Regulus para Snape, que acenou.
Dobby fez um barulho engraçado como se engasgasse
Lene franziu a testa.
- Você acha engraçado o barulho de alguém se engasgando?
Harry deu de ombros.
e em seguida bateu com a cabeça na parede num frenesi.
- Aí!
- O que é frenesi? – perguntou Dorcas.
Todos ignoraram a coitada, menos Remus que respondeu a ela, lançando um pequeno sorriso no fim.
— Está bem! — exclamou Harry, agarrando o braço do elfo para fazê-lo parar — Você não pode me dizer, eu compreendo.
- Ainda bem, já estava me questionando o nível da sua sanidade...
- Muito engraçado, Sirius. Olha quem fala.
Mas por que é que você está alertando a mim?
- Porque você é bonito – brincou James – Ou será que é por que você é um menino? – James começou a gritar – Ou será que é por que você é o menino que sobreviveu?- James rolou os olhos.
— um pensamento súbito e desagradável lhe ocorreu — Espere aí, isso não tem nada a ver com Vol... desculpe... com o Você-Sabe-Quem, tem?
Um segundo de silêncio.
- Porra, lê logo Lissy – falou Josh, incomodado.
Você só precisa fazer com a cabeça sim ou não — acrescentou ele depressa quando a cabeça de Dobby voltou a se inclinar de modo preocupante para o lado da parede.
Snape conteve o impulso de revirar os olhos.
— Não... não Ele-que-Não-Deve-Ser-Nomeado, meu senhor.
Todos soltaram um suspiro de alívio, menos aquele que já conheciam a história.
Mas os olhos de Dobby se arregalaram e ele parecia estar tentando dar uma indicação ao garoto.
- Oi?
Mas Harry, no entanto, não entendeu nada.
- Não foi o único.
Dobby sacudiu a cabeça, os olhos mais arregalados que nunca.
Todo mundo (fora os Weasley, Hermione e Harry) tentou entender o elfo, mas ninguém conseguiu.
— Então não consigo pensar quem mais teria uma chance de fazer acontecer coisas terríveis em Hogwarts
- Nem nós.
— disse Harry — Quero dizer, tem o Dumbledore,
- TIO DUMBY! – gritou Sirius.
você sabe quem é Dumbledore, não sabe?
- Claro que sim!
- Calma, ele era um elfo. Eu tinha como advinhar que ele conhecia Dumbledore?
Dobby inclinou a cabeça.
— Alvo Dumbledore é o maior diretor que Hogwarts já teve. Dobby sabe disso, meu senhor, Dobby ouviu dizer que os poderes de Dumbledore se rivalizam com os de Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, no auge de sua força.
- Com certeza – falou Harry. Não tinha dúvidas que Dumbledore era poderoso.
Mas, meu senhor... — a voz de Dobby se transformou em um sussurro urgente — Há poderes que Dumbledore não... poderes que nenhum bruxo decente...
- Usaria?
E antes que Harry pudesse impedi-lo, Dobby saltou da cama, agarrou o abajur da escrivaninha de Harry e começou a se golpear na cabeça, com ganidos de furar os tímpanos.
Alice se levantou e deu um tapa no rosto de Harry.
- AÍ! – ele gritou.
- Você fez o elfo sofrer!
- Eu NÃO tinha como impedir!
- E eu perguntei? Não!
Alice voltou para o seu lugar, deixando Harry de boca aberta.
- TPM – murmurou Frank, de novo.
Fez-se um silêncio repentino no andar de baixo.
- Wow. Isso não é bom.
Dois segundos depois, Harry, com o coração batendo loucamente, ouviu Tio Válter
- DROGA!
entrar no corredor falando:
— Duda deve ter deixado a televisão ligada outra vez, o pestinha!
- Essa não vai colar com os visitantes, ao não ser que eles sejam muito burros!
— Depressa! Dentro do armário! — sibilou Harry, empurrando Dobby, fechando a porta e se atirando na cama bem na hora em que a maçaneta girou.
- E a premiação de cara mais pontual vai para Harry Potter – falou Josh.
— Que... diabo... você... está... fazendo?
- Conversando com um elfo.
— disse Tio Válter por entre os dentes cerrados, o rosto horrivelmente próximo do de Harry — Você acabou de estragar o fecho da minha piada sobre o golfista japonês... mais um ruído e você vai desejar nunca ter nascido, moleque!
- Espera, Lissy, rele o parágrafo.
Ela releu.
- Golfista japonês? Deve ser muito tosca mesmo!
Ele saiu do quarto pisando forte.
- É bom que quebre o piso.
Trêmulo, Harry deixou Dobby sair do armário.
- Essa frase soou estranha, se você me entende – falou Sirius, malicioso.
- Eca, almofadinhas! NÃO PENSE ISSO DO MEU FILHO – gritou James.
— Está vendo como é aqui? — perguntou — Está vendo por que preciso voltar para Hogwarts? É o único lugar onde tenho... acho que tenho amigos.
- É claro que você tem a nós, Harry – disse Hermione abraçando Harry e chamou Rony para o abraço em grupo.
- E a nós – disse Alice, apontando para o resto do grupo.
Harry deu um sorriso calmo.
— Amigos que nem escrevem a Harry Potter? — perguntou Dobby manhoso.
Regulus franziu a testa. Como o elfo sabia?
— Acho que eles estiveram... espere aí — disse Harry amarrando a cara — Como é que você sabe que meus amigos não têm escrito?
Regulus sorriu pela semelhança entre o seu pensamento e o de Harry.
Dobby arrastou os pés.
— Harry Potter não deve se zangar com Dobby. Dobby fez isso para ajudar!
- Não vem coisa boa daí!
— Você andou interceptando minhas cartas?
— Dobby está com elas aqui, meu senhor
Todos arregalaram os olhos (menos os que já sabiam).
— respondeu o elfo. Saindo de fininho do alcance de Harry,
- MELHOR CORRER!
ele puxou um maço grosso de envelopes de dentro da roupa.
- Sabia que teus amigos não iriam deixar de te escrever de maneira alguma, filho – falou Lily.
Harry conseguiu distinguir a letra caprichosa de Mione, os garranchos de Rony e até umas garatujas que pareciam ter vindo do guarda-caças de Hogwarts, Hagrid.
Rony e Mione sorriram.
Dobby piscou ansioso para Harry.
— Harry Potter não deve se zangar... Dobby tinha esperanças... se Harry Potter achasse que os amigos tinham esquecido dele... Harry Potter talvez não quisesse voltar à escola, meu senhor...
- Dobby realmente não queria que você voltasse a escola esse ano – falou Gina – Mas eu até entendo ele.
- Foi bom eu ter ido – falou Harry e depois sussurrou – Assim pude ter ajudar.
Harry não estava ouvindo.
- Compreensível.
Tentou agarrar as cartas, mas Dobby saltou para longe do seu alcance.
- Elfo rápido!
— Harry Potter as receberá meu senhor, se der a Dobby sua palavra de que não vai voltar a Hogwarts. Ah, meu senhor, este é um perigo que o senhor não deve enfrentar! Diga que não vai voltar meu senhor!
- Uma vez que você der a sua palavra para um elfo sobre algo você não pode voltar atrás; como um pacto de sangue – falou Regulus, surpreso com o desespero do elfo.
— Não — respondeu Harry zangado — Entregue-me as cartas dos meus amigos!
— Então Harry Potter não deixa a Dobby outra escolha — disse o elfo triste.
- O que ele vai fazer? – Lily perguntou temerosa.
Antes que Harry pudesse se mexer, Dobby se precipitou para a porta do quarto, abriu-a e correu escada abaixo.
- Harry tá ficando lerdo, hein?
A boca seca, o estômago revirando, Harry saltou atrás dele, tentando não fazer barulho. Pulou os últimos seis degraus, caindo como um gato no tapete da entrada,
- Minerva aprova!
- Essa foi péssima, James – Lene falou.
procurando Dobby por todo lado. Da sala de jantar ele ouviu Tio Válter dizer:
— Conte a Petúnia aquela história engraçada dos encanadores americanos, Sr. Mason. Ela anda doida para ouvir...
- Nem um pouco falsos.
Harry correu pelo corredor em direção à cozinha e sentiu o coração parar.
Suspense.
A obra-prima de Tia Petúnia, aquele pudim coberto de creme e violetas cristalizadas estava flutuando junto ao teto.
Os queixos de todos, menos Harry, caíram.
Em cima de um guarda-louça no canto, encontrava-se agachado Dobby.
— Não — disse Harry quase sem voz — Por favor... eles vão me matar...
- Por favor!
— Harry Potter deve prometer que não vai voltar à escola...
— Dobby... por favor...
— Prometa meu senhor...
— Não posso!
Dobby lançou-lhe um olhar trágico.
- Ele não vai fazer isso mesmo, vai?
— Então Dobby vai fazer isso, meu senhor, pelo bem de Harry Potter.
O pudim caiu no chão com um baque de fazer parar o coração. O creme sujou as janelas e as paredes quando o prato se espatifou. Com um estalido que parecia uma chicotada, Dobby desapareceu.
- Se ferrou.
- Mas deve ter sido engraçado – acrescentou Gina.
Ouviram-se gritos vindos da sala de jantar e Tio Válter irrompeu pela cozinha onde encontrou Harry, paralisado de choque, coberto com o pudim de Tia Petúnia da cabeça aos pés.
Lily apoiou a cabeça no ombro do namorado, temendo pelo filho.
A princípio, pareceu que o Tio Válter ia conseguir explicar a coisa toda.
- Duvido!
("É o nosso sobrinho... muito perturbado...
- PERTUBADO SÃO VOCÊS! – Lily e James gritaram.
ver estranhos o perturba, então nós o mantemos no primeiro andar"). Ele tangeu os Mason, muito chocados, de volta à sala de jantar, prometeu a Harry que ia chicoteá-lo e deixá-lo quase morto
- NÃO OUSE! – rosnou Remus.
- Ele fez isso? Harry?
Harry não respondeu.
quando os Mason fossem embora, e lhe entregou um esfregão.
Tia Petúnia desencavou um sorvete do congelador e Harry, ainda tremendo, começou a limpar a cozinha com o esfregão.
Os olhos de Gina faiscaram de raiva.
Tio Válter talvez ainda tivesse conseguido fechar o negócio, se não fosse pela coruja.
- Oh.
Tia Petúnia estava oferecendo uma caixa de bombons de hortelã,
- ECA!
depois do jantar, quando uma enorme coruja mergulhou pela janela da sala de jantar, deixou cair uma carta na cabeça da Sra. Mason
- Que coruja perdida! Não sabia nem para quem era pra dar a carta!- Aly reclamou.
e tornou a sair. A Sra. Mason berrou como uma alma penada e saiu porta afora gritando que havia doidos lá dentro. O Sr. Mason se demorou o suficiente para dizer aos Dursley que sua mulher tinha um medo mortal de pássaros de qualquer tipo e tamanho, e para perguntar se aquilo era a ideia que faziam de uma brincadeira.
- Que povo dramático... – falou Lily e todos a encararam – Ok, eu também sou dramática.
Harry ficou na cozinha, segurando o esfregão à procura de apoio, quando Tio Válter avançou para ele, um brilho demoníaco nos olhinhos miúdos.
— Leia isto!
- Boa coisa não deve ser...
— sibilou malignamente, sacudindo a carta que a coruja entregara — Vamos... leia isso!
Harry apanhou a carta. Não continha votos de feliz aniversário.
- Quem foi o mal educado que mandou a carta?
Prezado Sr. Potter,
Fomos informados que um feitiço de levitação foi usado esta noite em seu local de residência às 9:12h. Como o senhor sabe, bruxos de menor idade não tem permissão para fazer feitiços fora da escola e, a continuar esta prática, o senhor poderá ser expulso da referida escola (Decreto para Restrição Racional da Prática de Bruxaria por Menores, 1875, parágrafo C).
Gostaríamos também de lembrar-lhe que qualquer atividade mágica que possa chamar a atenção da comunidade não-mágica (trouxa) é uma infração grave, conforme seção 13 do Estatuto de Sigilo da Confederação Internacional de Bruxos.
Boas férias!
Mafalda Hopkirk
Escritório de Controle do Uso Indevido de Magia
Ministério da Magia
- O injusto é que, como as autoridades só sabem o local do feitiço, e não quem realiza, os nascidos trouxas ou alguém que more em um ambiente trouxa, não podem fazer magia e os que moram na comunidade mágica podem – reclamou Lily.
- Espera, como assim? Eu posso fazer mágica?- perguntaram os Weasleys. O resto da sala revirou os olhos.
- Sim, a única coisa que impede vocês é Molly.
- Ah, deixa pra lá, eu nem queria fazer mágica em casa mesmo quando
era pequeno, sabe? – desistiram.
Harry ergueu os olhos da carta e engoliu em seco.
- Reze, mini-pongs, reze – falou Sirius.
— Você não nos disse que não tinha permissão de usar mágica fora da escola — disse Tio Válter, um brilho demente dançando nos olhos — Esqueceu-se de mencionar... vai ver lhe escapou...
- Err... Vai ver que foi isso mesmo... Nem me lembrei... – Harry se fez de santinho na leitura.
O tio veio avançando para Harry como um grande buldogue, os dentes arreganhados.
- Será que ele finalmente admitiu seu parentesco com essa raça?
— Muito bem, tenho novidades para você, seu moleque... vou prendê-lo...
- ISSO... ISSO DEVE SER CRIME! – gritaram todos ultrajados, mesmo Snape.
E a lista de azarações voltou a vida. Agora contando com uma ajudinha de Lissy, Josh e Alex.
você nunca mais vai voltar para aquela escola... nunca... e se tentar se soltar por mágica, eles é que vão expulsá-lo!
- SEU FILHO DA PUTA! – gritaram Lily, Lene, Dorcas, Alice, Frank, Sirius, Remus, James, Neville, Rony, Hermione e Gina.
E dando risadas como um maníaco, arrastou Harry para o quarto.
- Eu disse que esse cara precisa ir para um psiquiatra – falou Sirius.
- Não era psicólogo?
- Ah, sei mais não – resmungou Sirius.
Tio Válter não faltou com sua palavra.
Rosnados.
Na manhã seguinte, ele pagou um homem para instalar grades na janela de Harry. Ele mesmo instalou a portinhola na porta do quarto, para que, três vezes por dia, eles pudessem empurrar pequenas quantidades de comida para dentro.
- Vão se fuder e larguem Harry! – gritou Gina.
Soltavam Harry de manhã e de noite para usar o banheiro. A exceção disso, ele permanecia preso no quarto, dia e noite.
- Acho que se alguém perguntar, Harry pode responder como é ser um prisioneiro – falou Fred.
Três dias depois, os Dursley continuavam a não dar sinais de compadecimento, e Harry não via nenhuma saída para sua situação.
Lily lançou um olhar triste para Harry.
Deitava-se na cama observando o sol se pôr por trás das grades da janela e se perguntava, infeliz, o que ia lhe acontecer. De que adiantava se libertar do quarto por meio de mágica se Hogwarts o expulsaria por isso? Contudo, a vida na Rua dos Alfeneiros atingira seu ponto crítico.
- E antes já não era bom – resmungou Harry.
Agora que os Dursley sabiam que não iam acordar transformados em morcegos comedores de frutas, Harry perdera sua única arma.
- Merda!
Dobby talvez o tivesse salvo dos horríveis acontecimentos em Hogwarts, mas do jeito que as coisas caminhavam, ele provavelmente ia morrer de fome.
- Agora entendemos completamente sua desnutrição – falou Hermione e se já não tivesse chorado hoje e esgotado as lágrimas, estaria chorando agora.
A portinhola bateu e a mão da Tia Petúnia surgiu empurrando uma tigela de sopa em lata para dentro do quarto. Harry, cujas entranhas doíam de tanta fome, saltou da cama e apanhou-a.
Fome é um dos piores estados que a pessoa pode estar, pensou Harry, era uma dor que era bem diferente das outras, não sabia explicar, mas de alguma forma era que agoniava mais.
A sopa estava gelada, mas ele bebeu metade de um gole só. Depois, atravessou o quarto até a gaiola de Edwiges e empurrou as verduras moles do fundo da tigela para a bandeja vazia da coruja.
- Oh, Harry – Aly lhe abraçou – Sinto muito por ter te batido há pouco tempo. Você é um fofo! Sua atitude agora foi linda... Dar comida a coruja mesmo quando está morrendo de fome.
Ela sacudiu as penas e lhe lançou um olhar de profundo nojo.
- Edwiges é exigente – explicou Harry.
— Não adianta empinar o bico para a comida: isto é só o que temos — disse Harry sério. Ele repôs a tigela vazia ao lado da portinhola e se deitou na cama, sentindo-se mais faminto do que estivera antes da sopa.
Gina chorou fraquinho, imaginando a dor que o namorado tinha sentindo por causa da família dele! Não, aquilo não era a família dele! Eram estúpidos!
Supondo que continuasse vivo dali a quatro semanas, o que aconteceria se não se apresentasse em Hogwarts? Mandariam alguém para saber por que ele não voltara?
- Claro que sim!
Conseguiriam obrigar os Dursley a soltá-lo?
- SIM!
O quarto foi escurecendo.
- VOCÊ DESMAIOU?
- Ahn... Não que eu sabia?
- Ah, tá, foi mau, filho.
Exausto, com a barriga roncando, a cabeça girando com a mesma pergunta irrespondível, Harry mergulhou num sono agitado.
- Seus sonhos sempre são agitados!
Sonhou que estava sendo exibido num zoológico, com uma etiqueta presa à gaiola em que se lia: BRUXO MENOR DE IDADE. As pessoas o observavam por trás das grades, faminto e fraco, deitado numa cama de palha. Ele viu o rosto de Dobby na multidão e gritou pedindo ajuda, mas Dobby respondeu: "Harry Potter está seguro aí, meu senhor!" e desapareceu. Então os Dursley apareceram e sacudiram as grades da gaiola, rindo-se dele.
- Isso não foi um sonho. Foi um pesadelo.
- Até os sonhos de Harry tem a positividade dele – ironizou Remus.
— Parem — murmurou Harry enquanto o barulho das grades martelava em sua cabeça dolorida — Me deixem em paz... parem com isso... estou tentando dormir...
- De onde vem esse barulho... – Regulus perguntou.
Ele abriu os olhos. O luar
Remus fez uma careta.
entrava pelas grades da janela. E alguém o espiava pelas grades: alguém de rosto sardento, cabelos vermelhos e nariz comprido.
- Aposto que é um Weasley – riu Sirius.
Rony Weasley
- Eu!
se achava do lado de fora da janela de Harry.
- Você não tinha um quarto no primeiro andar?
- Sim.
- Então, como...?
- Vamos ler!
- Graças a Deus, alguém apareceu para falar com você! Ou para lhe salvar!
Nota de Biaa:
Olá, pessoas que querem me matar! Eu estava com saudades de vocês! Desculpem mesmo a demora... Juro que tentamos ao máximo evitar demorar!
Bem, eu não vou mentir e dizer que eu estava muito mais ocupada que o normal – claro que eu tava ocupada, mas não nada extraordinário. Então, vocês perguntam, por que eu demorei tanto? Simples, não estava... muito... err... digamos... feliz... com a minha vida. Nada do tipo: ah, eu vou me suicidar, não. Mas não estava me animando com nada... então, para mim não estava fácil escrever. Principalmente uma fic que é principalmente humor que nem LHP, como vocês viram nesse cap. Tem um bocado de drama, né?
Mas, enfim, gostaram do capítulo? Criticas (por favor, sejam sinceros, eu acho que perdi um pouquinho do jeito de LHP, então preciso de ajuda)? Sugestões. Aceitamos qualquer coisa, ok?
Ah, sim, sobre o próximo capítulo... ele vai sair... logo! Já está quase pronto! Falta uma página só! Então, relaxem!
Por último, mandem pergunta para os personagens de LHP. E... alguém sabe criar uma sala de bate-papo tipo o da UOL?
Comentários (3)
=( Você não posta desde Fevereiro. Estava sentindo saudades!
2013-06-06Por Deus garota, obrigado por postar! Você tem ideia do que é passar a aula inteira pensando em como vai ser a fic? Eu adorei o cap e que bom que o próximo vem logo porque esta com toda certeza é a minha fic preferida porque a gente pode ler Harry Potter junto com os personagens comentando sobre a história! Amei! Posta logo e eu queria saber por que vocês não botam a Luna no meio? Sei lá, ia ser tão fofinho a Alice ver o seu filho apaixonado! Aguardando ansiosa pelo próximo cap e fica triste não, é só um dia ruim e não uma vida ruim.
2013-06-06Apesar da demora, o cáp tá lindo, e eu quase que choro. Não demore tanto!!!!!! Please! Essa é uma das minhas fics favoritas (E olha que eu já li mais de 200 fics) Beijos, e continuem assim.
2013-06-05