Estranho ou Normal?



N/A: Fico tão triste por não sabermos o que aconteceu antes de Harry ir para Hogwarts que a única alternativa que tenho é tentar, eu mesma, descrever o que poderia ter acontecido.

____


- Estranho...


 


Essa era a palavra que fazia parte de sua vida desde que se entendera por gente. Tudo a sua volta era estranho. Tudo o que se relacionava a sua vida era estranho. Tudo o que lhe envolvia era estranho... Não suportava mais ser tão estranha.


Mas, infelizmente, era isto o que era... Era sua sina.


Olhava com seus pequenos, porem aguçados, olhos cor de chocolate do pai para a mãe. Contava seus quase onze anos e não sabia o que pensar. Mais uma vez aquelas coisas estranhas estavam acontecendo... Seu pai viu. Se dependesse dela, continuaria em segredo... A verdade é que temia, tinha um medo fora do normal do que poderia ter.


Por vezes se imaginava com uma doença grave... Sabia que a mãe tinha problemas para engravidar e ela nasceu quando eles já não tinham esperanças... Sabia que a mãe tinha, por fim, tomado muitos remédios e feito muitos tratamentos para que ela nascesse, e temia... E como temia ter sido afetada por esses remédios e ser anormal.


Anormal.


Sim, essa seria uma boa palavra para defini-la.


Enquanto os seus pais discutiam o que poderiam fazer com ela a seguir, ela recordava de como tudo sempre fora difícil para ela... de como era tratada como uma aberração na escola e de como sempre se sentiu triste por não ter amigos.


Não, nunca tivera amigos.


Aos oito anos seus pais foram chamados na escola onde estudava e fazia seu primário.


A acusação? Ter feito o garoto mais forte da escola chorar como uma menininha e correr como um desesperado pelos corredores da escola.


Um garoto, o Paul, lhe chamara de dentuça novamente, e, além disso, lhe chamou de cabelo de bucha e sabe-tudo irritante... Como aquilo lhe magoava.


Sempre gostou de leitura, era bem verdade, sempre adorou estudar e estar à frente dos demais, mesmo que seus pais falassem que não precisava ser sempre assim, mas esta era a verdade, gostava dos livros, eles não lhe insultavam e através deles, ela conseguia ter amigos, imaginários, é verdade, mas amigos que estavam com ela, independente de ser dentuça ou... uma sabe-tudo irritante.


O caso é que o Paul estava lhe enchendo a paciência como sempre e ela o ignorava, aparentemente, como lhe dissera a sua mãe... Mas o garoto não gostou... Tomou-lhe o livro da mão devido à falta de atenção da garota e depois de rasgar a capa e algumas páginas, o jogou numa poça de água que havia mais a sua frente.


Ela chorou.


Chorou porque adorava aquele livro. Já o tinha lido inúmeras vezes e seria capaz de narrar todas as falas de todos os personagens se assim fosse necessário. Era Peter Pan. Ganhara aquele livro no seu aniversário de sete anos, de sua avó...


Ela faleceu três dias depois inesperadamente, e aquela era a lembrança mais feliz que ela guardava da senhora de cabelos anelados e prateados pela idade...


Sentiu as grossas lágrimas que ela tentava conter deslizando por sua face enquanto observava o estado em que o livro ficara. Ao fundo, muito longe de si, ela ouvia a gargalhada extremamente satisfeita de Paul... E seu coração doía...


Então ela se concentrou e, do nada, o garoto irritante parou de gargalhar. O livro que jazia na poça d’água começou a flutuar. O garoto observava tudo de boca aberta e ela apenas contemplava o que acontecia. As páginas que haviam sido brutalmente rasgadas voltavam calmamente para o livro e a água que o empoçara começou a secar.


As lágrimas dela também secaram...


Em seu rosto havia um sorriso. Um sorriso ainda mais satisfeito quando o livro pousou como novo em suas mãos. Respirou aliviada, por fim, e ao virar-se, assustou com a cara assustada de Paul.


 


- Monstro... - ele falou muito alto ainda temeroso - Você é um monstro. Socorro...


 


E assim ele se foi. Correu assustado pelos corredores de volta para o pátio onde estavam os demais. Ela apenas sentou-se no banco que estivera antes, abriu o livro e continuou a sua leitura. Aquilo já havia acontecido antes, pensou, não com o livro, mas com outras situações... Ponderou o fato de realmente ser um monstro.


E por isso seus pais foram chamados e após uma longa conversa que envolveu tentar controlar seus poderes e mudar de escola, ela resolveu não mudar. Faltava apenas dois anos para concluir o primário, e certamente, ela sabia, pior que garotos irritantes que lhes dão apelidos, são garotos irritantes que lhes dão apelidos e são desconhecidos. Ao menos esses ela já conhecia.


Aos nove anos, depois de colocar fogo e apagá-lo na cozinha, seus pais resolveram leva-la a um psicólogo. Ela não saberia explicar o que aconteceu. Olhou para as chamas sobre o fogão e elas, do nada, aumentaram desproporcionalmente e queimaram parte do teto e da parede... Em seguida, o fogo acabou e a parede e o teto estavam como novos novamente. Sua mãe olhava tudo assustada... Estranha... Esta era a palavra.


O fato é que o tal psicólogo não conseguiu muita coisa. Falou que ela sofria de um mal chamado telecinésia ou parapsicologia, que teria de examiná-la, fazer testes e estudos sobre ela para definir, em fim, o que poderia ser.


Seus pais, evidentemente, não permitiram. Sua bonequinha jamais passaria por coisas do tipo e nunca seria tratada como um experimento científico. Era estranho, novamente esta palavra, o que ela fazia, esse poder que estava desenvolvendo, mas o amor a ajudaria a superar, e com calma e atenção, talvez ela pudesse aprender a controlar essa habilidade.


E agora estava ali, no auge de seus quase onze anos, faltava uma semana agora, esperando o que o seu pai lhe diria a seguir. Ficou furiosa por saber que continuaria os estudos de nível médio na mesma irritante escola onde fizera o primário. 

Seus pais explicaram que, devido ao seu histórico escolar estranho, sim, estranho pelas coisas que ela fazia mover, ou por coisas que flutuavam até ela, ou como as maquinetas queimavam quando ela se aproximava, ou de como uma professora foi atingida por uma chuva de gizes quando ela se irritou, nenhuma outra escola quis aceita-la, mesmo com suas notas e comportamento exemplares. A verdade é que as pessoas achavam que ela tinha algum tipo de transtorno, alguma doença e tentavam, como conseguiam, se manter o mais longe possível.


Em resposta, ela não conseguiu se controlar. Explodiu a TV, o micro-ondas e a geladeira de uma única vez. Não quisera fazer aquilo, era bem verdade, mas não sabia como tinha feito. Seu pai estava em casa naquele momento, sua mãe tomava banho e surgiu na sala ensaboada enrolada em uma toalha. Ele a olhava triste, e ela sentia-se envergonhada.


 


- Desculpe, papai... Eu posso tentar consertar tudo e...


- Não quero que conserte nada, minha princesa - o homem falava em um tom carinhoso - Mas você realmente precisa aprender a controlar os seus poderes.


- Mas como eu faço?


- Eu não sei. Estamos tentando te ajudar da forma que podemos Hermione, mas você precisa se esforçar mais...


- Vocês deviam ter me deixado com aquele psicólogo louco. Assim ele teria aberto o meu cérebro e quem sabe teria conseguido fazer isso tudo parar.


- Você só precisa aprender a se controlar, meu amor. E tudo vai se resolver.


- Tenho as minhas dúvidas quanto a se resolver papai.


- Claro que vai. Você vai ver.


- Duvido muito. Nunca encontrei nada relacionado ao que eu tenho nos livros ou na internet. É como se eu pertencesse a outro mundo... Não faço parte desse mundo papai, eu sei - os olhos dela demonstravam sua angústia - e eu queria, de verdade que um dia, viessem me buscar, assim eu pararia de irritar e envergonhar vocês e pararia de ser chamada de estranha. Não seria mais uma dentuça sabe-tudo irritante, e sim, apenas uma garota normal nesse mundo onde eu não seria anormal


- Hermione...


- Se me der licença papai, gostaria de ir me deitar.


- Claro, pode ir.


 


Então Hermione se levantou. Andou tristonha e cabisbaixa em direção à escadaria. Subiu degrau após degrau, passando pela mãe sem ao menos fita-la e rumou para seu esconderijo. Seu quarto.


Fechou a porta atrás de si e caminhou até a cama, sentando-se em seguida. Contemplou maquinalmente o papel de parece cor de terra com delicadas flores e borboletas e se perguntou se existia mais crianças pelo mundo como ela.


Como gostaria de conhecê-los...


Como gostaria que, realmente, este outro mundo existisse e ela pudesse ir morar lá. Sentiria saudades dos pais, é verdade, mas poderia voltar sempre que pudesse para visita-los. Queria fazer parte de um mundo onde ela não fosse estranha.


E assim, ela dormiu. Nem ao menos retirou o short e camiseta que usava. Deitou-se sobre o colchão e após idealizar um mundo anormal onde ela seria normal, dormiu. Sonhou que era feliz... Que tinha amigos e que ela não era mais a garota estranha... Ela sorria...



...
 


- Hermione - ouviu a voz da mãe após bater a porta. Fechou o livro que lia antes de responder.


- Pode entrar mamãe.


- Oi minha querida - a mulher falou ainda na porta - Temos visitas, e é para você.


- Para mim? - Hermione estranhou.


- Sim meu bem, uma senhora chamada Minerva Mcgonagall. Ela quer falar com nós três sobre você e uma escola chamada Hogwarts. Parece que você ganhou uma bolsa - a mulher estava animada.


- Sério? - Hermione sorriu.


- Sim. Aprece-se.


- Já vou descer - Hermione moveu-se apressada e feliz sobre a cama com a possibilidade de ir para uma nova escola parando no meio do quarto em seguida - Escola Hogwarts? - pensou em voz alta - Não me lembro de ter mandado nada para essa escola... E hoje é domingo. Não é dia de visitas escolares... Mas é melhor descer de uma vez.


 


Colocou um casaquinho de algodão sobre a blusinha de alças que usava e depois de passar a mão sobre os cabelos, tentando inutilmente abaixá-los, ela desceu as escadas.


Na sala estava uma senhora muito elegante, alta e esguia, que aparentava ter entre cinquenta ou cinquenta e cinco anos... Lembrava-lhe muito a sua falecida avó... Vestia um vestido preto com um casaco num tom mais claro por cima. Um coque continha os cabelos escuros e sobre a cabeça, um pequeno chapéu. A pele era branca e os olhos apareciam ainda mais verdes do que eram.


 


- Boa tarde - Hermione falou assim que terminou de descer as escadas e a senhora a olhou.


- Olá senhorita Granger - a senhora sorriu. Mesmo que já tivesse certa idade, era uma senhora muito bonita. Parecia muito séria mesmo assim.


- Olá - Hermione respondeu sentando-se entre os pais.


- Eu sou a professora Minerva Mcgonagall, diretora substituta da Escola de Hogwarts.


- Que escola é essa? Nunca ouvi falar. - a garota perguntou.


- Sim. Era bem óbvio que nunca tivesse ouvido falar. Estou aqui representando o professor Alvo Dumbledore, diretor de nossa escola, que infelizmente, precisou se ausentar para visitar um amigo com o qual tem interesses em comum.


“Hogwarts, na verdade, não é como uma escola normal. É uma escola para pessoas diferentes, diferentes e com poderes mágicos, assim como você.”


- O que quer dizer, senhora Mcgonagall? - o pai de Hermione foi mais rápido que ela.


- Eu sei que sua filha tem... Certos poderes que a deixam muito triste, na maioria das vezes, por não saber controla-los, não é verdade? - a senhora fitou a garota que apenas confirmou assentindo com a cabeça - A verdade, senhor e senhora Granger, é que a sua filha é uma bruxa.


- Como é que é? - a mãe da garota assustou-se levantando-se - A senhora vem aqui falar mal da minha filha diante de nós dois?


- Mamãe, por favor - Hermione suplicou e a mãe sentou-se novamente. Era ridículo, mas era uma esperança - Continue senhora Mcgonagall.


- Obrigada sta Granger - a senhora sorriu - Não estou aqui para ofender a sua filha, senhora Granger, apenas estou falando que ela é especial - Hermione sentiu-se bem, finalmente não era chamada de estranha - Hoje em dia existem dois mundos, o mundo bruxo e o mundo trouxa. Essa divisão foi feita em meados do século XV, quando houve algo realizado pelas igrejas trouxas que foi chamado de Caça as Bruxas. Muitos de nós, bruxos, foram mortos naquele período em fogueiras humanas, muitos de nós porém, conseguiram fugir.


- A senhora quer dizer que também é uma bruxa?  Hermione perguntou.


- Sim, senhorita, eu sou. E após essa guerra, o Conselho Bruxo achou melhor que vivêssemos em clandestinidade, tendo em vista que a maioria das pessoas não bruxas, ou como são chamadas em nosso mundo, trouxas, não conseguem aceitar e conviver pacificamente conosco, então, vivemos em nosso próprio mundo, paralelo a este mundo.


- A senhora é louca? - a mãe de Hermione se fez ouvir novamente.


- Não senhora. Existem três tipos de bruxos. Os sague puros, os mestiços e os nascidos trouxas, assim como sua filha. E é muito comum que casais sem nenhuma descendência bruxa tenham filhos bruxos. E nós temos acompanhado você desde que fez seu primeiro aniversário.


- Como assim? - a garota perguntou incrédula.


- Você realizou sua primeira magia aos dezenove meses. Você não se lembra, mas certamente sua mãe lembrará. Você estava em seu berço e após apontar os braços para seu ursinho de pelúcia, ele flutuou até você. Estou enganada senhora Granger?


- Vo... Vocês tem bisbilhotado minha filha? Como? - a mulher perguntou temerosa.


- Na verdade, não temos bisbilhotado. Como ela não nasceu em uma família bruxa, era normal que houvesse dúvidas com o passar do tempo. O Ministério da Magia registra todos os nascidos trouxas e repassam esta lista para nossa escola ano a ano.


- Ministério da Magia? - o pai da menina falou novamente.


- Sim senhor. Precisamos de leis para que tudo ande em ordem. Quando magia é feita fora dos limites bruxos, já que só é permitida magia feitas por maiores de idade ou dentro de Hogwarts, o Ministério identifica aquela magia imediatamente e apartir dai, a criança é acompanhada.


- Então... Eu sou uma bruxa?


- Sim, você é uma bruxa, e é muito habilidosa pelo que temos acompanhado. - a senhora sorriu e Hermione sentiu-se bem.


- E... Existem mais crianças como eu?


- Sim, e muitas... E você as conhecerá.


- Eu sempre achei que fosse uma maldição. Que fosse doente...


- Você não é doente, sta Granger. Você é dotada de poder mágico, e é por isso faz coisas que não consegue explicar e é por isso que as pessoas se afastam de você, porque não sabem como lhe dar com isto. É inteiramente normal que se sinta diferente porque você é. Orgulhe-se porque você é uma bruxa e entenderá em breve o quanto isto é maravilhoso.


- E por que demoraram tanto?


- Porque temos regras sta Granger, e temos que cumpri-las, você deve entender.


- E o que farei em Hogwarts?


- Hogwarts é uma das poucas escolas de Magia que existe atualmente, e poderia dizer com um pouco de orgulho que é a melhor. Temos os melhores professores bruxos de toda a Europa em nossa escola e lá você aprenderá magia, aprenderá a fazer poções... Aprenderá a controlar seus poderes mágicos e fará amigos... Estará entre pessoas com as mesmas e maiores habilidades que as suas... Conviverá com pessoas como você e tenho certeza, fará toda a diferença em nossa escola. Você foi aceita para estudar na melhor escolha de bruxaria deste tempo.


- Ela aprenderá a controlar seus poderes?


- Sim, senhor Granger. A sra Granger aprenderá a controlá-lo e não poderá mais usar magia fora de Hogwarts até completar maior idade. Ela aprenderá como controlar a magia dela.


- E como farei para estudar? Preciso de livros... Como vou fazer magia...? Digo...


- Você receberá uma carta de Hogwarts em breve e nela tudo estará bem explicado.


- E como vou saber que a senhora não esta me enganando? - Hermione perguntou aflita, porém feliz.


- Gostaria de lhe provar.


 


Neste momento a senhora levantou-se e suas roupas mudaram drasticamente. Vestia agora um longo vestido roxo e usava um chapéu pontudo, parecido com os de fantasias de Haloween. Seus pais estavam abismados, mas Hermione sentia-se assustadoramente tranquila, afinal.


 


- Tive autorização para levá-los ao nosso mundo. Como a sra Granger fará parte dele, é bom que a família conheça tudo a nosso respeito. Geralmente os trouxas não conseguem ver a magia porque tem os olhos fechados para isto, mas a partir de agora, tenho certeza que tudo será diferente para vocês. Me acompanhem por favor.


 


Hermione e os pais seguiram a senhora em silêncio ate o quintal da casa. Não tinha nada de anormal ali, aos olhos dos três, mas Minerva continuou andando até a parede que dava para o jardim vizinho.


 


- Vejam. Essa é a nossa entrada.


- Senhora... Isso é a parede - a mãe de Hermione falou.


- Sim, sim, eu sei. Mas como disse, tive permissão para lhes mostrar o nosso mundo.


 


A mulher virou-se novamente. Retirou uma coisa que parecia uma varinha de condão de dentro das vestes e deu leves toques na parede. De repente, do nada e sem ao menos ruir, os tijolos desapareceram um a um, tirando gritos baixos e exclamativos dos três que a observavam.


Era uma passagem, e através dela havia outro mundo, pessoas que vestiam-se como à senhora Mcgonagall... Uma grande cidade dentro da parede e Hermione foi a primeira a vencer o medo. Após juntar-se a senhora chamou por seus pais, que lhes dando as mãos, atravessaram aquela parede para um mundo onde, finalmente, Hermione seria normal.




... 


 

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Comentários (4)

  • willi santana

    menina do céu! que dom é esse que tu tem pra escrever e cativar a nós, pobres leitores?! capitulo foda!

    2013-02-07
  • FireboltVioleta

    Ah, continua!!!!!Fofa demais, amo pensar como seria a infância da Hermione!!Leia as minha fics também, por favor!! É só procurar no meu perfil!! COmente, por favor!!Beijos! 

    2013-02-04
  • Luis ursao

    nossa muito bom!!!!!!!!!!!!!!

    2013-02-03
  • Lu Ranhosa

    Nossa ta demais amei esse capitulo,sempre tive curiosidade tbm de saber como seria esse momento,nossa continuaaaaa, essa fic ta com cara que vai ser otima!!!

    2013-02-03
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