Capítulo 06
Capítulo seis: O que está fazendo, Malfoy?
Notas iniciais: Em itálico o passado; Normal o presente.
O salão encheu-se de aplausos quando Dumbledore anunciou o sétimo ano
em seu baile de formatura. Os alunos adentraram em pares pela grande
porta de carvalho que se abriu em um rangido das milenares engrenagens
que mantinham a madeira presa à parede.
As mesas das casas haviam sido desmontadas e estavam escoradas
nas paredes do Salão Principal. Os aplausos dos outros alunos e alguns
pais de alunos se misturaram com os dos professores, e então cessaram
lentamente, até não haver mais nenhum ruído.
Iniciando a celebração da noite, Lílian Evans saiu do meio da multidão
dos alunos recém chegados, carregando dentro de uma bolsinha, um
pergaminho que continha seu discurso para aquela noite. Estendeu-o na
bancada, e com uma das mãos arrumou o vestido cor pêssego que ela
usava, enquanto a outra mão foi até uma mecha de seu cabelo ruivo que
caía em cachos no seu rosto, e jogou-o para trás da orelha.
Sua voz tremeu uma oitava quando ela começou a falar, e para que todos a
escutassem, o diretor jogou um feitiço que aumentou sua voz melodiosa.
Quando ela terminou de falar, os fantasmas cavalheiros adentraram o salão
principal com um ruído dos cascos de seus cavalos. Os outros vieram atrás
sobrevoando o salão e pairando em cima do palco.
A aluna retomou seu discurso, e alternava olhares em seu pergaminho,
e em seu público que estava bastante atento em suas palavras. A ruiva
trocou o peso do corpo para o pé esquerdo enquanto dizia suas últimas
palavras. Enquanto era aplaudida, desceu os degraus lentamente, sendo
acompanhada por seu par que viera buscá-la.
Lílian olhou para baixo. A mão direita em cima da mão de seu par, e a outra
seguravam o seu vestido pêssego e a saia de armação ao mesmo tempo.
Cuidando para não tropeçar, ela e seu par chegaram ao meio do salão.
Os alunos que entraram junto com ela deram um passo para trás. Um
holofote iluminou-os enquanto o som das velas era acalmado. As chamas
bruxulearam com o feitiço do diretor, mas assentiram a seu comando.
As janelas davam uma brecha de como a noite lá do lado de fora do castelo
estava clara e bonita. As estrelas pareciam sentir que aquela noite seria
especial.
A velha vitrola começou a tocar a valsa doce e lenta depois da jovem
colocar sua máscara em cima de seus olhos, e encarou os olhos já cobertos
pela máscara de seu par.
Instantaneamente, sua mão voou até o ombro de seu colega, e a dele foi
direcionada hesitante para sua cintura. Dançaram ao som daquela melodia.
Sozinhos. Pelo menos por três minutos, até serem acompanhados pelos
outros alunos do sétimo ano, e logo em seguida pelos funcionários de
Hogwarts, e dos outros alunos.
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As mãos de Hermione hesitaram antes de entrar em contato com o ombro
largo de Draco Malfoy. Estar tão próxima do cabelo dele, e não poder tocar-
lhe e puxá-lo para perto e beijá-lo, estava a matando.
Só o que queria era sair dali e fugir para algum lugar onde ninguém a
perturbaria e as perguntas não viriam. Seu corpo tremeu quando ele passou
as mãos pela cintura dela, e o puxou para mais perto. Ela tentou ir um
pouco mais para trás, mas ele a segurava firmemente.
Seus olhos estavam fixos um no outro, compartilhando de um romantismo
mudo. A valsa começou a soar, e ela foi conduzida pelo salão, rodopiando
por todos os lugares e mostrando para todos os presentes, a graça e a
leveza com que Draco a conduzia em seus movimentos.
-Sabe Granger, eu não mordo- ele sussurrou baixinho para ela quando
Hermione tentava se soltar pela terceira vez, ou pelo menos se afastar um
pouco mais.
-Eu sei – ela concordou, suspirando e deixando-se ser carregada de novo
entre todos. A música ainda estava longe de acabar, e ela podia sentir
o olhar de Rony queimando em suas costas com um ciúme que nem ele
próprio podia controlar. –Mas poderia manter uma distância mais segura?
Talvez as pessoas parassem de olhar tanto.
Draco deu um sorriso sínico e afrouxou um pouco a pressão que fazia nas
costas dela. Hermione relaxou instantaneamente e seus lábios se abriram e
fecharam rapidamente enquanto ela murmurava “obrigada”.
-De nada – ele disse enquanto a virava novamente e rodopiavam pelo
salão.
Os aplausos explodiram rapidamente quando a professora McGonagall
foi tirada para dançar pelo professor Horácio. Logo os outros alunos se
juntaram com seus pares na dança.
Rony se aproximava puxando Lilá de forma desajeitada enquanto tentavam
dançar entre os casais. Draco percebendo do movimento repentino puxou
Hermione para o lado oposto, se misturando mais com os outros casais.
-O que está fazendo? – ela perguntou quando outras mãos a puxavam
quando a música exigiu uma troca de pares repentina. A morena se viu
nos braços de Neville. Ele não tinha a mesma confiança que Draco, nem a
mesma pomposidade, mas tentava desesperadamente conduzi-la, e estava
tendo um pouco de sucesso.
Eles valsaram por alguns segundos. Malfoy não saía de perto nem por
um instante. Hermione olhou para os lados a procura do namorado. Ele
conduzia agora Pansy Parkinson. Ambos tinham uma ruga interrogativa no
meio da testa. A sonserina fez uma careta quando ele pisou no pé dela, mas
não reclamou.
Já tinham que trocar de par novamente. Antes que Blaise Zabini pensasse
em agir, Draco já tinha Hermione nos braços. Ela se firmou nos ombros dele
enquanto dançavam.
-Não estou fazendo nada, Granger. Apenas dançando com você – ele
respondeu ofegante. Ele fazia um esforço grande para não sorrir e não
puxá-la correndo para mais longe de Rony. Já estavam dançando há uns
bons dez minutos. O sapato preto scarpin de Hermione, o qual ela trazia
nos pés embaixo do vestido cheio de saias, apertava seu pé. – Me diga
Hermione, quantas camadas têm esse seu vestido? Estou tentando tocar
sua perna há muito tempo.
Ela bufou audivelmente e revirou os olhos.
-Isso é um vestido de época. É natural ter muitas saias por baixo, mas
elas são apertadas e quentes, o que me deixa um pouco desconfortável. –
de repente ela retomou a razão – Pra quê, em nome de Merlin você quer
tocar na minha perna? – perguntou corando levemente logo depois de fazer
a pergunta. Era uma pergunta retórica, da qual não gostaria mesmo de
compartilhar a resposta nem que fosse a última.
Draco parou para examinar a roupa dela. O vestido era rosa claro com
pedras e lantejoulas pretas. Ele era justo na cintura, e se abria em uma
cascata de um véu branco e fino que ia até o fim da roupa. No busto a
peça tinha um decote avantajado e tinha bordado algumas pedras também
pretas.
A máscara que Hermione tinha era contrária ao vestido. Era uma máscara
preta com pedras na cor rosa claro e branco. A maquiagem não era nada
exorbitante. O salto fazia um barulho engraçado no chão do salão, o qual
eles faziam questão em ignorar.
-Você está linda – ele admitiu, e era verdade. Ele não se importaria em
passar horas admirando-a, e elogiando-a.
-Obrigada- respondeu enrubescendo.
A valsa finalmente teve um fim. A morena flexionou os joelhos e sorriu
quando baixava a cabeça, e via Draco em seus trajes vermelhos, se
dobrando e colocando uma mão para trás, e a outra sobre a barriga
curvada. O sorriso dela era reflexo do dele.
Eles se separaram, mas começaram a andar juntos em direção à diretora.
-Próxima programação? –questionou descendo os degraus em direção aos
seus monitores.
-Agora a pista é liberada para que todos dancem como preferirem. As
músicas clássicas aquelas que combinamos. Depois, o show de talentos, e
então o jantar e as mesas com as bebidas podem ser servidas. E então, o
‘grand finale’.
-Certo- a professora concordou. –Parabéns Srta. Granger e Sr. Malfoy. Os
senhores fizeram um excelente trabalho nesse baile. Ambos merecem a
pontuação extra em transfiguração. A decoração está encantadora.
O olhar da professora correu rapidamente os candelabros cobertos de ouro
com uma forte chama acesa. A porta e as janelas continham laços, bolas e
flores e um tecido rosa bem fino como cortina. As mesas dos comes e bebes
estavam no canto esquerdo da entrada do salão. O pinheiro grande do
lado da mesa dos professores decorado com as tradicionais grandes bolas
natalinas.
Uma neve caía do teto do salão principal, tendo esta sido invocada por
Hermione com o mesmo feitiço que usara no dia em que estivera em
Hogsmeade com Draco. As velas que sempre sobrevoavam no salão, foram
trocadas por pequenos papais noéis, e muitas bolas e serpentinas verdes
caindo em cascata por todo o salão.
Grandes presentes estavam parados embaixo da árvore.
-Obrigada- agradeceu e agarrou o vestido e as várias camadas da saia
de armação e saiu andando para um dos lados. Encontrou Rony no
meio do caminho, que a segurou firmemente em seus braços e a beijou
apaixonadamente.
Fazia dias que Hermione não o beijava. E não beijava Draco também. Mas
ainda sentia o gosto refrescante dos lábios do loiro, e era completamente
diferente do de Rony, que era mais gentil. Não que não gostasse, só não
sentia mais aquelas borboletas no estômago quando o beijava.
Andaram agarrados até a pista de dança, e ele começou a arrastá-la. Rony
não dançava nem de longe como Draco. Não tinha aquela leveza nem o
censo de condução. Ela tinha que puxá-lo em certos momentos, mas não
se importava. Estava longe de Draco, e nos braços de seu namorado, o
que era no mínimo reconfortante. Tinha medo de que o loiro tentasse fazer
alguma coisa imprudente, e isso não era bom. Ela sentia que poderia ter
uma recaída a qualquer momento. Pelo menos enquanto ele estivesse com
aquelas roupas malditas, naquele baile maldito que ambos planejaram
malditamente bem!
Várias músicas foram e vieram. Minutos mais tarde, ela estava sentada em
um sofá grande posto no lado oposto ao das mesas de comidas e bebidas,
com Rony e Harry. Os dois estavam muito elegantes em seus trajes do
século passado. Embora fizesse parte do look muitas coisas com babados
requintados e perucas brancas, esse item havia sido descartado em todas
as pessoas.
Rony estava inquieto. Hermione estava em seu colo, e ele sussurrava em
seu ouvido coisas alternadas entre “você está linda”, e “parabéns amor”.
Evidentemente, ele se referia a decoração e ao trabalho dela com Malfoy.
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-Remo. – Lily sussurrou quando uma música calma e romântica tocava na
vitrola velha e empoeirada. Os braços dela, cobertos por uma luva de seda
branca, estavam em torno do pescoço dele. Seu rosto estava pousado no
ombro dele, de forma que ela podia sentir o cheiro adocicado do perfume.
-Sim? – perguntou. Seu rosto estava igualmente pousado no ombro dela,
entre os fios ruivos do cabelo da jovem.
-Isso é um adeus, não é?
Ele suspirou e ergueu a cabeça e ela repetiu o ato. Os olhos se encontraram
e travaram uma luta. Verde contra o azul claro. E eles dois perderiam
naquela batalha. E sabiam disso.
-Não temos escolha. Você ama o Pontas, e eu o amo demais para querer
que ele sofra. Eu te amo, mas não posso me dar o luxo de me meter na
sua vida. Você tem o direito de viver feliz. De ter uma família com o meu
melhor amigo. Eu não conseguiria viver comigo mesmo sabendo que você
está infeliz. Eu não posso te dar o que ele pode.
-Não quero te deixar. Sentirei sua falta. Sentirei falta do seu toque sob
minha pele, dos seus beijos.
-Eu sei pequena. – ele a abraçou e sentiu as lágrimas dela invadirem e
ficarem marcadas em seu traje. Ele mesmo lutava contra o ímpeto de chorar. A música acabara, e o salão já estava praticamente vazio. Mas eles
não se importavam.
-A festa estava linda, Lily. Parabéns- parabenizou Marlene antes de seguir
com seu par para o corredor em direção ao salão comunal da Grifinória.
-Obrigada. – murmurou antes de a amiga partir. Sentiu a presença de
Potter vindo atrás de si. Seus olhos reviraram nas órbitas quando Remo
beijou-lhe discretamente a testa. Gesto que passou despercebido por Tiago
que estava bêbado.
Os dedos finos passaram em cima dos próprios olhos, enxugando-os. Sirius
veio junto com Tiago para perto dela e de Remo.
-Está tudo bem meu Lírio? – perguntou o de óculos com a voz embargada
pelo álcool.
-Sim, está tudo ótimo, Tiago. Vamos? – perguntou estendendo o braço
para ele, que o segurou firmemente procurando estabilidade para seu corpo
bêbado.
Os olhos de Lily se voltaram para o salão quando atravessava a porta com o
namorado. Encontrou-se novamente com o olhar de Lupin. Ela deu um olhar
significativo para o lobisomem, e sorriu tristemente enquanto uma lágrima
discreta caía por seus olhos. E então se voltou para frente, e se afastou
lentamente.
-Sabe- disse Sirius- Se o Pontas descobre que você e o “Lírio” dele estão
juntos, ele manda te castrar, Aluado.
Suspirando, Remo fechou os olhos.
-Não sei do que está falando, Sirius. – e então saiu em direção ao seu salão
comunal, deixando Almofadinhas bêbado para trás.
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As músicas tocavam alegres. Mesmo estando do lado oposto do salão,
Draco podia ver claramente Hermione e seus dois “capangas”. Estava
jogado em cima de um outro sofá conjurado, sendo este de couro preto de
dragão. Pouco lhe importava aliás do que era feito o dito cujo. Só sabia que
estava com raiva. E Blaise estando sentado ao seu lado esquerdo, e Pansy
do lado direito, não estava ajudando nem um pouco a colocar seus nervos
no lugar, ao contrário, o fazia ter ainda mais raiva.
Com o seu humor tão bom assim, não seria nenhuma surpresa se o teto
começasse a largar os pequenos flocos de neve. A mágica involuntária
estava ali. Mas Malfoy não a sentia. Sentia-se infeliz, e a cada vez que
via Weasley puxando a namorada para perto, sentia vontade de andar ele
próprio até lá e espancá-lo até que ele sangrasse seu último pedido de
desculpa com um pequeno fio de vida o ligando à esse plano.
-Hey, cara, ta no mundo da lua, é? – questionou Blaise rindo da expressão
do amigo. O loiro olhou-o com um tipo intrigado – Eu já lhe pedi para
respirar fundo e controlar a magia involuntária. Tá meio frio aqui, sabe.
Então o loiro percebeu o que fazia. Concentrou-se e parou de praticar tal
ato. Pansy, toda molhada de uma bebida jogada por um quintanista da
corvinal –muito corajoso, por sinal – saiu correndo furiosa pelo salão inteiro
atrás dele, lançando maldições e azarações que não se eram proibidas em
Hogwarts porque nem conhecidas eram.
-Qual é Draki. Vai lá, tira ela pra dançar.
Draco o olhou como se ele fosse louco – o que não era de todo incorreto.
-Ficou maluco? Se o Weasley e o Potter não me assassinarem, ela irá.
Por um momento ficaram em silêncio, até que o moreno resolveu quebrar o
gelo.
-Então inventa que sei lá algum professor está chamando por ela. Você
conhece a Granger, ela vai correndo fazer se for de ordem de um professor.
-Blaise, pela primeira vez na vida você falou alguma coisa inteligente.
Escuta, eu tenho um plano. Mas vou precisar da sua ajuda...
Enquanto o loiro explanava seu plano, o sorriso do rosto de Blaise ficava
ainda maior, de forma que uma pessoa no outro lado do salão conseguiria
ver seu sorriso cheio de dentes brancos e brilhantes.
-Monitora? – chamou uma garotinha do terceiro ano. Tinha um olhar
receoso. Usava uma quantia absurda de blush, o que não combinava com
sua pele pálida. Ela parecia com uma boneca de porcelana com defeito. Mas
não deixava de ser muito bonita.
-Sim? – respondeu Hermione dando-lhe atenção. A menina estendeu a
mão e um papel deslizou de sua mão trêmula e parou na mão delicada da
monitora-chefe. Ela agradeceu antes da menina sair correndo. Hermione
estranhou o gesto, principalmente porque a garota já deveria estar na
cama. Isso explicava o nervosismo.
Abriu o papel, e se assustou. Não havia nenhuma assinatura, mas ela sabia
quem havia enviado. O bilhete trazia apenas duas palavras. Nenhuma
despedida, nem ao menos um vocativo. Falta de classe.
Suspirou. Amassou o papel e o guardou dentro da bolsa.
“Esteja preparada.” O que deveria significar?
Mas foi ao ver Blaise Zabini na sua direção, cambaleante e sorridente
como um excelente bebum, que a morena passou a compreender. Esteja
preparada. Era um alerta. Teria sido mais simples se ele tivesse escrito:
“Blaise Zabini vem aí. Ajude-o porquê eu não to com vontade.” Santa
ingenuidade! Ela sabia que o Malfoy sendo quem era nunca iria mandar um
bilhete seguido de Zabini por nada.
-Granger!- falou o sonserino se aproximando com dificuldade. “Ao
menos ele é um bom ator”, pensou. A voz sedutora mesclada com a voz
embargada pelo álcool. Malfoy era louco.
-Que você quer aqui, Zabini? – perguntou Rony se levantando com uma
fúria descomunal e se pondo entre Blaise e Hermione.
-Calma, eu quero só... – ele hesitou, fez um esforço para se lembrar das
palavras certas – Quero dançar. Ninguém quer dançar comigo.
-Vejamos... Talvez porque você esteja bêbado? – inquiriu. Ninguém poderia
discutir com a lógica do Weasley. Até porque, estava tão óbvio que até um
zonzóbulo escolheria não entrar na cabeça de Zabini com receio do próprio
zonzóbulo ficar louco.
-Rony, deixa. Eu vou levá-lo para ver madame Pomfrey. – respondeu
Hermione pegando o braço esquerdo de Blaise e o levando para fora do
salão principal. Examinou os dois lados do corredor. Draco Malfoy vinha em sua direção. – O que você pensa que está fazendo se metendo com o Harry e o Rony desse jeito?
Blaise Zabini se afastava lentamente, enquanto Malfoy se aproximava a passos pequenos.
-Desculpe estragar sua farra, mas eu estava precisando falar com você.
Hermione olhou-o, encarando as íris acinzentadas.
-Fa-fale - gaguejou com a proximidade. Ele estava tão perto agora, que seus lábios estavam quase se tocando. Ele colocou uma mão em cada lado do corpo dela, e apoiou-se na parede.
-Prefiro mostrar. - pegou a mão dela, e a foi puxando, subindo escadas e aplicando um pouco de força quando ela relutava um instante. - Pare de se debater, Hermione, eu não vou te matar ou algo do tipo. Só quero mostrar um lugar.
Quando chegaram lá, a morena ficou encantada com a beleza do lugar. A luz da lua que banhava a noite estava convidativa, se refrescando na pele suave da água do lago. Dava para ver a Floresta Proibida, as montanhas ao longe, e alguns casais que saíam do baile para se refugiar nos jardins. Era uma visão de tirar o fôlego.
-Que lugar é esse?
-Esse é o meu tesouro, Granger. - ele disse se aproximando dela que não prestou atenção no gesto por estar envolvida com o ambiente. Só sentiu ele perto quando a respiração dele se fazia presente roçando em seu pescoço, e as mãos dele estavam pousadas em sua cintura. Ela tentou se desvincilhar dos braços, mas ele era demasiado forte.
-O que está fazendo, Malfoy?
-Sabe Granger - ele riu- essa é a segunda vez essa noite que você me faz essa pergunta - disse a virando, fazendo-a ficar de frente para ele.
-Antes repetitiva que calada.
Ele abriu ainda mais o sorriso. É, ele gostava das coisas assim. Enlaçou a cintura da garota a sua frente, e quando aproximou-se para beijá-la, foi surpreendido por um belo tapa no rosto.
-Eu concordei em vir aqui com você, Malfoy, mas eu exijo que me trate com respeito.
E dizendo isso, ela se voltou para a paisagem.
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N/A: Vamos fazer de conta que eu não tenha perdido a insanidade ainda, ok? Mas Lily/Remo é demais até para a MINHA compreensão. Sem dúvida, eu estou precisando urgentemente de um médico!!!
Comentários (5)
nossa aiiii sim ein... esse capitulo foi muito bom de verdade...
2013-07-15Que fofa que VOCÊ é, Olivia. Que bom que gostou da fic. Continue acompanhando, certo? Beijos.
2013-02-06Que fofa a sua fic! Li ela todinha agora e confesso, ADOREI!!! Espero pela continuação! Ta muiiiiiiito boa mesmo!
2013-02-06Slytherin Pride, obrigada por estar acompanhando a fanfic, e pelos elogios. Fico feliz em ver que as pessoas estão apreciando a minha história. Fique de olho nos capítulos que se seguirão.
2013-02-05Simplesmente adorei a fanfic.Faz tempo que não leio uma dramione que preste.Parabéns.
2013-02-04