Capítulo 12
-Lily. Liiily. Liiiiiiily......Lilian! Lily! Lilian caramba acorda. - Rose pulava na cama e não parava de gritar, abri os olhos e encarei a ruiva. - Bom dia. - Disse ela sorridente descendo da cama mais ainda pulando. - Estamos te esperando para o café bela adormecida e se você não descer em 10 minutos volto com um balde d'água. - Ela sorriu e saiu saltitante do quarto.
Me sentei na cama esfregando meus olhos e bocejei, o vento lá fora soprava fazendo um barulho irritante nas janelas, me levantei rapidamente para fecha-las mas me senti obrigada a sentar novamente na cama após uma forte tonteira, encarei a parede por um tempo até escutar o grito de Rose vindo da cozinha.
-5 minutos senhorita eu adoro dormir e não vou tomar café com a minha família na semana do natal.
Ri do comentário da garota e me levantei, dessa vez mais devagar, para fechar as janelas, peguei o maior numero de blusas possiveis e vesti. Me olhei no espelho e apesar de não disfarçar a barriga poderia facilmente enganar a todos dizendo que estava com uma ou duas blusas a mais, suspirei e enquanto descia as escadas vi Rose aparecendo da cozinha com um balde d'água na mão.
-Não precisa Ro, já estou aqui.
-Bom mesmo mocinha, ou eu iria fazer questão de congela-la. - Ela sorriu e me puxou até a cozinha onde todos conversavam animados. Papai veio em minha direção e me deu um beijo na testa junto a um "bom dia princesa", sorri em resposta e me sentei ao lado de Alvo que em segundos levantou surpreso.
-Eros!! - ele disse caminhando até a janela e dando espaço para a coruja.
-Não é a coruja de Emily? - perguntou Rose olhando curiosa.
-Sim, ela me disse que só escreveria após o ano novo, será que aconteceu alguma coisa?
-Pega a carta e lê coisa esperta. - Rose disse revirando os olhos.
-//-
Alvo se sentiu completamente surpreso com a chegada da coruja, não esperava noticias da namorada pelo menos até janeiro, teria acontecido algo? Seguiu o conselho da prima e abriu a carta pagando a coruja com um pedaço de bolo.
" Querido Alvo,
Como está? Espero que bem... não sei como te falar isso, sei que não é algo que se diga por cartas mas também não posso esperar mais de um ano para lhe contar pesoalmente, na verdade nem sei se conseguiria dizer olhando em seus olhos já que escrever está quase me matando. Antes , mesmo sabendo que talvez não faça diferença alguma quando você terminar de ler, quero dizer que te amo e que você uma das pessoas mais especiais e importantes que já conheci em minha vida. Agora vamos ao ponto, estou aqui a sete meses e você sabe melhor que ninguém que em sete meses muitas coisas podem acontecer, coisas praticamente impossiveis como eu começar a gostar de outro cara. Então descobrimos que tudo é possivel. Talvez eu esteja errada ou engada mas nunca saberei se não tentar. Eu sinto tanto ter que lhe dizer isso deste jeito mas não encontrei outra maneira e não acho justo estar com você gostando de outro, não acho certo estar contigo se não estou 100% com você, eu te amo Alvo e é por te amar que estou te escrevendo, vou seguir com minha vida, cometer meus erros e talvez eu me arrependa do que estou fazendo agora mas eu preciso tentar para saber, eu estou te deixando para que você siga com sua vida, cometa seus erros. Eu vou sentir sua falta mais que tudo Alvo, lhe desejo toda a felicidade do mundo.
Com amor, Emily"
-O que aconteceu? - Rose perguntou para o moreno que encarava a carta sem nenhum tipo de reação.
-Perdi a fome. - ele jogou a carta sobre a mesa e saiu andando. Rose encarou ele por algum tempo e quando fez menção a levantar Lily segurou a morena e se levantou antes dela.
-Eu vou. - Ela apontou a carta com a cabeça e saiu em passos lentos na direção de Alvo.
Por Lily
Antes mesmo que chegasse na porta da cozinha senti outra tontura e parei, olhei em volta e de repente tudo começou a ficar embaçado até que não vi mais nada e cai sobre o chão.
-//-
Hugo estava com a cabeça apoiada nos braços sob a mesa e tentava dormir novamente depois que Alvo saiu da cozinha, acompanhou Lily com o olhar e saltou da cadeira ao vê-la caindo no chão.
-Lily!! - o ruivo correu até ela e apoiou sua cabeça em seus braços. - por Merlim alguém poderia ajudar?? - James correu até Hugo e pegou Lily no colo a levando para sala e a deitando no sofá.
-Alguma ideia de porque?
-Ela não come nada desde ontem, deve ter caído a pressão, ela não pode ficar sem comer ainda mais agora que ela está..
-Que ela está o que? - Harry apareceu na sala de repente deixando Hugo sem reação por alguns segundos.
-Treinando..sem..parar, sabe, quadribol, ela precisa se alimentar direito, quer dizer, eu acho, não precisa? - o ruivo olhou aflito para James pedindo por ajuda, logo a sala já estava lotada de pessoas e todas em volta de Lily.
-Mudei de ideia. - a voz de Alvo surgiu do topo da escada. - Já que ninguém foi me dar um apoio moral eu estou com fome sim, que se dane a Emily, mas que diabos aconteceu?
-Não parece obvio?
-Ah Merlim! Lily morreu?!?
-Alvo não diga uma estupidez dessas! - disse Rose o olhando com raiva. - Ela apenas desmaiou.
-Ah sim, quanto drama vocês. - ele se virou e foi para a cozinha voltando instantes depois com um copo d'água. - desmaiou de que? - Rose revirou os olhos e ele se aproximou. - Liiily.
-Vai fazer o que com isso? Você não gosta de água! - Rose encarava o moreno
-Não é para mim. - Após dizer isso ele jogou todo o conteúdo do copo no rosto da irmã que levantou tossindo. - Infalivel. - disse se afastando com um sorriso no rosto.
-O que, o que aconteceu?
-Você desmaiou e Alvo jogou água na sua cara. - disse Rose entregando um pano para a ruiva. - Eu que tive a ideia e ele que faz, não é justo. - Lily sorriu
-Eu preciso comer algo. - comentou a ruiva - Antes que desmaie novamente.
-Coma rápido e depois te levaremos ao st. Mungus
-Por que mãe???
-Pode ter acontecido algo Lily, não é normal as pessoas desmaiarem e eu estou preocupada com você minha pequena, coma algo para não passar mal novamente e logo depois iremos ao médico!
-Mas mãe não precisa, eu estou bem.
-Não discuta Lily, estou dizendo que vamos ao médico e iremos a senhorita querendo ou não.
Gina se virou e caminhou em passos firmes até a cozinha para tirar seu bolo do forno. Lily olhou desesperada para os primos e depois para o pai.
-Sinto muito pequena. - Harry deu de ombros. - Quando sua mãe coloca algo na cabeça nem eu consigo fazê-la mudar de ideia. - E se virou também indo atrás da esposa.
-É o meu fim. - Lily sussurrou levando as mãos ao rosto. - Estou morta.
Por Lily
Comia praticamente em câmera lenta,todos já haviam saído da mesa e mamãe me esperava em pé de braços cruzados teminar meu quinto pedaço de bolo, confesso que não estava aguentando comer mais nada mas tentaria de qualquer maneira adiar aquele momento, assim que estendi o braço para me servir de outro pedaço de torta de abóbora mamãe segurou minha mão.
-Você já comeu o suficiente para não desmaiar.
-Mas mãe eu estou faminta, não como a dias.
-Você poderá comer o quanto quiser quando voltarmos para casa, mas agora iremos para o hospital.
Suspirei e ascenti com a cabeça, enquanto me arrastava até o carro Alvo e James disputavam entre si quem iria conosco.
-Mas por Merlim, parecem duas crianças! - Mamãe encarou os garotos que haviam parado e olhavam para ela. - Os dois vão se é tão importante para vocês, agora entrem no carro.
-Nunca fui ao st. Mungus antes - comentou Alvo entrando no carro. - Como é lá?
-Realmente assustador. - disse James entrando logo atrás. - Parece um hospicil.
-Mamãe! - mesmo tentando parecer calma, as palavras sairam de boca quase como um grito de felicidade. - É hospital St. Mungus de Doenças e Lesões mágicas. - Um sorriso radiante brotou em meu rosto. - Não estou doente nem sofri nenhum tipo de acidente mágico, ir até lá seria perda de tempo. - Oh Merlim eu ficaria viva para o natal.
-Sem problemas querida. - Mamãe olhou para mim sorrindo. - Hermione?
-Sim Gina?
-Pode nos levar até aquele hospital trouxa no qual sempre vai quando se sente mal?
-Ah claro que sim, deixe-me apenas pegar minha bolsa e podemos ir. - Vi tia Hermione sumir novamente para dentro de casa e aparecer em segundos. - Prontos?
A encarei por um segundo e depois entrei no carro sob os olhares de minha mãe, era definitivamente o meu fim.
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