Comensais em Hogwarts



Os dois estavam ali, ainda na sala precisa, ainda unidos por aquele beijo. Eles se abraçaram. Ela chorava.


            -Eu quero que saiba que eu te amo muito, e que quero ficar ao seu lado até que a vida eterna nos una...


            -Para sempre?


            -Sempre.


            -Eu acho tão estranho, a gente nem namora e fica se beijando quando está a sós...


            -Atração sanguínea, lembra-se do que o Luke disse?


            -Claro. Mas é estranho.


            -Eu sei. O problema é que a atração é forte o suficiente para impedir que fiquemos longe um do outro.


            -É. Vamos, temos muito a fazer hoje. Vamos para a Toca. Quanto antes a sua mãe souber, melhor será.


Os dois deram-se as mãos e aparataram. Caíram em um brejo que ficava longe da Toca.


            -Foi você que pensou errado.-brincou ela.


            -Eu? Ahá, sei aparatar muito bem.


Eles andavam, e se viram em um penhasco alto.


            -Que tal uma corrida até o outro lado? Não vale cair no rio.-sugeriu ela.


            -Tudo bem. Pronta? Um... Dois...


            -Três!


Ela saiu na frente, era incrível a velocidade que ela conseguia atingir. Ela era incrivelmente forte e ágil, e conseguiu escalar o outro lado mais rápido do que ele. Ele conseguiu chegar um tempo após ela, mas chegou.


            -Tá vendo? Admite que eu sou mais forte.


            -Ahá, eu até queria fazer isso, mas não posso.


            -É? Então vamos lá, uma corrida até a toca.


            -Fechado.


Os dois iam a voos largos até que chegaram na Toca. Aí, eles andavam, para não assustar a srª. Weasley.


            -Oi, mãe.


            -Rony? O que faz aqui?


            -Preciso falar com a senhora. Vem, Mione. Não consigo fazer isso sem você.


            -Nossa, mas o que é que tanto os dois têm a dizer?


            -É o seguinte, mãe, eu... Sou um... Hermione, não dá.


            -Está me preocupando, filho. Diga logo.


            -Ele é um vampiro, srª. Weasley. É uma longa história, mas fique tranquila, ser vampiro é algo bom.


            -O quê? Um... Vampiro?


            -É. Eu fui mordida por Luke Wallpart, na noite da vitória contra a Grifinória. E o Rony me pediu para fazer a transformação, como presente de 17º.


            -É. Ser um vampiro é bom, enxergamos o mundo de uma forma que os humanos não o fazem. Podemos ver o futuro, ler a mente das pessoas, temos uma força incrível. Acho que o cardápio vai ter que mudar.


            -Como?


            -Nós, vampiros, só nos alimentamos de sangue. Mas tranquilize-se, já sabemos onde encontrar. Eu não vou envelhecer mãe. Terei meus 17 anos para sempre.


            -Meu filho... Um vampiro! Imagine quando Arthur souber.


            -Ele já sabe, mãe, eu contei. A Gina também.


            -Porque nada me disse?


            -Sabia que ficaria horrorizada quando soubesse.


            -Vão. Deixem-me aqui, tenho que digerir isso.


Os dois saíram dali. Foram para o quarto de Rony.


            -Eu não disse que ela ficaria assim?


            -É. Mas pense que agora não é necessário que se preocupe assim. Você fez o que achou que era certo Rony. Eu estou muito orgulhosa de você. De verdade.


            -Obrigado.


O sol bateu diretamente sobre os dois, bem na hora que eles se beijaram. O tempo passou rápido. Voltaram para o castelo.


Enquanto isso, Harry e Dumbledore foram até a suposta caverna onde a Horcrux estava escondida. Era uma tarefa difícil, para tal, foi necessário que um dos dois passasse do próprio sangue em uma das pedras da parede. A caverna se revelou, os dois entraram. Enquanto isso, na escola, Malfoy sentiu, era chegada a hora de fazer o fim do trabalho. Ele se sentiu forte o suficiente para se levantar e ir até a sala precisa, abrir o armário e deixar os comensais entrarem. O céu escureceu completamente, Rony e Mione olhavam aquilo pela janela. Era estranho.


Depois de muito sofrer, lutar com um bando de inferi e pegar o medalhão, Dumbledore e Harry voltaram pra escola, na torre de astronomia. O diretor estava fraco, ordenou a Harry que saísse dali. Ótimo. Quem aparece ali? O loiro encardido que estava borrando-se de medo, se algo desse errado Voldemort o mataria.


            -Boa noite, Draco.


            -Quem mais está aí? Ouvi vozes.


            -Costumo falar comigo mesmo às vezes, sabe, é muito útil.


            -Eu sinto muito, mas agora devo matá-lo.


            -Tem certeza, de que quer matar aquele que te ensinou quase tudo? Draco, pense.


            -Não entende? Eu tenho que fazer isso. Fui o escolhido!


Ele levantou a manga da blusa, revelando a marca negra. Dumbledore se assustou. Rony e Mione apareceram ali, mas ficaram escondidos. Bella apareceu ali, forçando Draco a matar Dumbledore. Mas não foi ele que liquidou o grande mestre. Snape apareceu ali, Harry observava tudo da sala de telescópios, e viu a hora que o raio verde saiu da varinha de Snape, matando Dumbledore. Rony olhou para Hermione. Eles saíram dali numa incrível velocidade. Harry olhou para trás, os dois estavam ali, apareceram ali do nada.


            -O que fazem aqui?


            -Harry, calma. Por favor.


           -Dumbledore está morto...


            -A gente sabe, estávamos vendo tudo atrás da pilastra.


            -Eu vou atrás deles.


            -Quê?


            -Não posso deixar isso assim, barato. Não.


Harry saiu correndo. Rony e Mione sairam atrás dele, é claro que eram muito mais velozes do que o amigo. Harry ia perseguindo Snape e o clã dos comensais que àquela altura, ateava fogo na cabana de Hagrid. Harry chamava por Snape, dizia que Dumbledore confiava nele. Harry até lançou um sectumsempra contra o professor, mas foi revidado contra Harry. É, por isso que muitos dizem a típica frase "o feitiço virou contra o feiticeiro.". Os comensais saíram dali. Harry ficou extendido ali no chão. Rony apareceu ali, seguido por Hermione.


            -Rony... O que fazemos?


            -Não sei, Mione. Alguma ideia?


            -Ele tá sangrando muito. Cuidado.


            -Eu sei.


            -Rony, Hermione... Eu sinto muito. De verdade, eu não estava muito bem quando soube que...


            -Harry, não diz nada, por favor. Fique calado, vai só piorar se continuar se esforçando assim.


As mãos de Rony estavam ensanguentadas.


            -Rony, não! Ainda não, espere ele fazer 17.


            -Tem certeza de que não é melhor deixar que ocorra a transformação?


            -Não. Eu sei, é difícil esse controle, mas você pode. Pode se controlar.


            -Tá.


            -Mione, eu... Desculpa se a nossa amizade nunca mais foi a mesma depois daquela manhã, mas eu tinha que... Foi a forma que encontrei de aliviar o que sentia e...


            -Tá bem, Harry. Vem, Rony, me ajuda a levar ele para a ala hospitalar, depois decidimos o que fazer.


Os dois foram até a ala hospitalar, que estava lotada. Colocaram Harry ali, Mione ficou ali e Rony foi até sete cabeças ruivas. Eram os irmãos e os pais que estavam em volta do irmão mais velho, Gui. Ele estava cheio de cicatrizes, Greyback o mordera. Gina olhou para Rony.


            -Oi, Rony. Onde está o Harry?


            -Ele tá aqui na ala hospitalar, o Snape dobrou um sectumsempra.


Gina foi até ele. Hermione foi até Rony, para deixar os dois sozinhos.


            -Harry...


            -Oi, Gi... Olha, me desculpa, por tudo, se não fui um bom namorado, e... Quando eu te via com o Dino, eu sentia vontade de vomitar. Era algo como se eu já te amasse desde sempre e...


            -Harry, não diz mais nada.-ela soluçava, de tanto chorar.


            -Não, Gina, eu vou dizer, porque, eu não sei, mas pode ser meu último dia de vida. Um sectumsempra, Malfoy sobreviveu porque Snape chegou a tempo. Então, eu vou dizer, e pare de chorar. Eu te amei desde o primeiro momento que te vi, eu tinha 11 anos, você só tinha 10, estávamos na estação, eu era apenas um bruxo que foi criado por trouxas. E depois, na câmara secreta, eu percebi que realmente sentia algo por você, mas ainda não podia dizer o que era, e... No 3º ano, ficamos um pouco distantes, no 4º também, e assim foi, até que este ano chegou, e eu percebi que era capaz de fazer tudo, a ponto de sentir ciúmes de um grande amigo, por estar namorando a irmã do meu melhor amigo, e...


            -Eu te amo, Harry Tiago Potter. Você é, sempre foi, e sempre será meu grande amor. Agora... Fica calmo, tudo vai dar certo.


Ela beijou ele. Ele fechou os olhos, ali, nos braços dela, ela achou que seu grande amor morrera, mas ele apenas dormia. Estava fraco demais para continuar conversando. Tudo bem. Madame Pomfrey foi examinar Harry. A srª Weasley chorava pelo filho mais velho, cheio de cicatrizes em seu corpo. Gina se afastou para perto de Rony, ele estava gelado, natural, era um vampiro. A srª Weasley ainda não se acostumara, um filho vampiro! E ainda mais, se alimentava de sangue humano! O sr. Weasley, já aprovava perfeitamente, assim como Gina e Fred. Bem, agora era esperar. Todos os alunos foram até o pátio pavimentado, sob ordens da profª Minerva, onde estava o corpo do prof. Dumbledore. Inclusive Rony e Hermione. Harry chorava perto de seu mestre, ele segurava aquilo pelo qual Dumbledore se sacrificou para encontrar, o medalhão (falso) de Slytherin. Cabia a ele, encontrar e destruir as demais. A marca negra foi expelida do céu, e os alunos foram para seus salões comunais. Hermione e Rony conversavam.


            -O que faremos agora?


            -Rony, eu tenho que ir falar com o Draco.


            -Tem certeza?


            -Tenho.


            -Bem, então tá legal.


Harry apareceu ali.


            -Oi para os dois.


            -Oi, Harry.


            -Podemos conversar? Os três?


            -Claro, o que quer falar?


            -Antes de mais nada, quero que entendam que não consigo me acostumar com vocês dois sendo o que são.


            -A gente entende.


            -E... Eu preciso da ajuda de vocês.


            -Para quê?


            -A força de vocês é incrível. Preciso terminar o que Dumbledore começou, destruir as horcruxes que faltam, e só assim ele vai morrer.


Harry tirou a falsa horcrux do bolso e entregou a Hermione.


            -O que é...


            -É uma das, mas é falso. Abre.


Hermione usou toda a sua força para quebrar, nem era necessário, Harry até se assustou. O papel caiu ali, perto do medalhão triturado. Rony pegou e foi ler o bilhete.


            -"Ao lorde das trevas: Há muito estarei morto quando ler isso, roubei a horcrux verdadeira e pretendo destruí-la quando puder. Enfrento a morte, na esperança de que tudo tenha sido em vão.


R. A. B.(ps: quando assistir o filme de novo, completo o bilhete, não lembro, vou assinar como RAB, termino dps. Att. A autora)


            -R A B?-perguntou Harry.


            -Não faço a mínima.


Os três se encaravam seriamente, talvez pela primeira vez desde que Harry descobrira a verdade.


            -Mione, eu vou te dizer que... Eu... Sinto muito.


            -Nem sei porque está dizendo isso. Mas acho que pode ficar tranquilo, por que daqui há um ano é você. Depois que destruirmos as horcruxes e ele, a Mione te morde.


            -Porque tudo isso?


            -Eu não sei, não consigo ler a mente do Harry, e nem ver o que o futuro dele reserva, o que é muito estranho. Rony tenta.


            -Também não consigo nada.


Os três saíram dali, até a torre de astronomia. O sol estava bem de frente. Rony começou a brilhar, Hermione também. Os dois se beijavam de vez em quando.


            -Eu não vejo a hora de ser como vocês.


            -Você fala por...


            -Tudo. Um vampiro, e digo vocês dois formam um lindo casal.


            -Sabia que o Rony aceita você e Gina? Parece loucura isso vir dele, mas...


            -Não se preocupe com isso, eu e ela terminamos. Preciso encontrar e destruir as horcruxes, e quando tudo isso acabar, volto para ela.


            -Sabe Harry, admiro muito a sua coragem, mas você... Às vezes você é muito burro.


Harry olhou para ela, com um olhar de "olha quem fala.", mas ela leu a mente dele, e lançou um olhar de "esqueceu com quem está falando?", ela continuou:


            -Acha mesmo que pode destruir essas horcruxes sozinho? Você precisa de nós, Harry.


A fênix de Dumbledore voou para longe. Era lindo ver aquele pôr do sol, Rony segurava a mão de Hermione e os dois brilhavam ali.

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