A nova vida de Ron



Pouco tempo depois, março chegava, e era o aniversário de Rony. Gina acordou toda animada, naquela manhã de sábado, e foi até o dormitório do irmão. Ele e Harry já estavam acordados.


            -Oi maninho, feliz 17º.-disse ela, entregando um pacote a ele.


            -Valeu, Gi, o que é?


            -Não sei... E mesmo que soubesse, não falaria, vai estragar a surpresa. Abre.


            -Garotas. Tá vendo, não é, Harry? A sua namorada é cheia de surpresas.


            -É. Rony, é verdade que você deu um beijo na Mione?


            -É. Foi na floresta. No dia que ela virou uma vampira.


            -Nossa. Ah, Harry, o prof. Horácio está querendo ver você e o Rony na sala dele, mais tarde.


            -Tá bem.


Eles saíram dali. Hermione estava na sala comunal, Rony parou ali, Harry e Gina foram para o campo, treinar quadribol.


            -Feliz aniversário.-disse Hermione.


            -Obrigado.


            -Ah, o seu presente, só mais tarde.


            -Ah, não, vai agora. Por favor... Estou pronto.


            -Não. Espera. Antes, termina com a Lilá. Vai ser melhor.


            -Tá bem.


            -O Malfoy é um comensal.


            -Quê?


            -Lembra o dia que o Harry viu a cena, eu atacando Riddle? Eu estava na mansão. Eu passei quase meia hora trancada com Malfoy numa sala, ele ficou borrando de medo de estar ali, comigo e... Depois, ouvi sair da boca dele, palavras que eu nunca achei que ouviria. Foi quase uma rendição, ele me disse que o Voldemort pediu a ele que matasse o Dumbledore!


            -Quê?


            -É, parece, é loucura, eu sei, mas... Ele me disse que é um fracasso, o armário sumidouro na sala precisa ainda está lá, ele não está conseguindo fazer nada, ele admitiu que é um fracasso.


            -Sério?


            -É.


            -Ah... Mione...


            -O que foi?


            -As suas presas. Estão crescendo.


            -Ah, é, acho que é a fome. Sabia que o Draco se ofereceu para me ajudar?


            -Malfoy?


            -É, na verdade, eu o forcei a me ajudar, disse que se ele não aceitasse, faria algo a ele e à mãe dele.


            -Hermione... Cuidado, você sabe que o Malfoy não é, nunca foi, e nunca será flor que se cheire.


            -É.


            -O que foi que você pediu para ele fazer?


            -Coletar o máximo de sangue possível para mim, assim eu não preciso ficar saíndo para caçar sangue a toda vez que tenho fome. E ele vai deixar na sala precisa.


            -Será que ele já fez algo de útil a respeito?


            -Vou ver. Consigo entrar na mente dele, já fiz isso uma vez.


Ela fechou os olhos, e a mente de Malfoy estava sob o domínio dela. Ele estava na sala precisa, tentando consertar o armário ela foi até ele, rapidamente, e disse:


            -Oi, Malfoy.


            -Como...


            -Eu faço as perguntas, e escuta. Já fez o que eu mandei?


            -Está num reservatório, aqui mesmo. Não sei se é suficiente, mas deve dar para uns 20, 25 dias. Fique tranquila, quando eu ver que está acabando, eu pego mais.-ele mostrou o tal reservatório a ela.


            -Nada mal. Vamos ver nas próximas vezes, agora vai ter que ser o dobro disso.


            -Por quê?


            -O Rony vai ser transformado hoje. Eu prometi que faria isso quando ele fizesse 17.


            -Ah.


            -Me mostra o tal armário?


            -Está diante de você.


Hermione olhou, ali estava o armário sumidouro.


            -Funciona?


            -Acho que sim. Espero que não me falhe quando chegar a hora.


            -Está mesmo disposto a matar aquele que te ensinou quase tudo que você sabe? Draco...


            -Eu tenho que fazer isso! Lembra o colar?


            -O de pedras que a Katie...


            -É. Fui eu. Eu o enfeiticei, eu deixei no banheiro do três vassouras, para alguém estregar ao Dumbledore.


            -Draco...


            -Eu já matei um passarinho, dentro do armário. Eu não quero mais falar nisso.


            -Tá. Tchau, não quero te atrapalhar.


            -Granger... Hermione?


            -O que foi?


            -Obrigado.


Hermione foi até o campo de quadribol, Gina e Harry estavam ali, Hermione foi para a arquibancada ficar assistindo. Gina olhou para ela. Desceu, Harry voava alto, na tentativa de capturar o pomo.


            -Oi, Mione, o que faz aqui? Não pode pegar sol, não é?


            -Eu não estou na forma de vampira, posso controlar minha aparência.


            -Eu sei que você pode. Você já transformou o Rony?


            -Só mais tarde. Mas de qualquer forma, ele só vai acordar em dois dias, o veneno leva algumas horas para tomar conta de todas as estruturas do seu corpo.


            -Cuidado.


            -Estou fazendo isso por amor. Eu amo o Rony, ele me ama, tanto que quando fui mordida e ele me encontrou, ele me deu um beijo para ver se eu acordava. E eu acho que é por isso que eu sinto o cheiro dele de longe.


            -Esse beijo foi... Na boca?


            -Gina, e se tiver sido?


            -Você admite?


            -Eu não sei, pergunta para ele, eu desmaiei, não vi nada.


            -Ah.


            -O presente de 17 vai ser uma nova vida. Uma vida... Eterna, onde teremos 17 anos para sempre.


            -Tão romântico...


            -E quando chegar a sua hora, o Harry já vai ter se transformado, e ele vai te morder.


            -Que emocionante... Imagina, os quatro com 17 anos, para todo o sempre. Você sabe que não teremos como continuar a família, né? Vampiros não podem ter filhos.


            -A gente adota.


            -É. O Harry tá voltando.


            -Gina, você não contou nada a...


            -Não, ele ainda não sabe. Acalma e tenta não mudar a aparência.


            -É.


Harry aterrissou ali.


            -Oi, Mione.


            -Oi, Harry.


            -É verdade que o Rony te beijou?


            -Quem te contou?


            -O próprio Rony.


            -Ah. Bem, é verdade. Foi numa noite, lembra na floresta?


            -Claro, o Rony te achou e você só acordou três dias depois.


            -É. Fui, tenho coisas importantes para fazer.


            -Tá.


Ela foi até a sala comunal. Tanta coisa acontecendo... Ela só tinha que aguardar o término de Rony e Lilá, para morder o amigo e torná-lo um vampiro.


Mas os dois só terminariam no dia seguinte, já que, na sala do prof. Slughorn, a taça de hidromel que Rony bebia estava envenenada. Harry achou bezoar, uma pedra que é retirada do estômago da cabra, e é utilizada para curar algo. Rony se contorcia, parecia que era seu fim. Ele foi levado por Harry à ala hospitalar. A professora Minerva, Dumbledore, Snape, Slughorn, Harry, Gina e Hermione estavam ali. Rony não acordava. Lilá entrou ali.


            -Won won!-disse aquela voz de diabrete, entrando ali.


Ela olhou para Hermione.


            -O que ela faz aqui?


            -Pergunto o mesmo.


            -Há! Eu sou namorada dele.


            -E eu sou... Amiga dele.


            -Há, não me faça rir!


Rony começou a acordar.


            -Estão vendo? Ele sente a minha presença! Calma, Won-won, estou aqui.


            -Her... Hermi... One...-dizia ele. Lilá saiu dali, chorando.


            -Amor juvenil! Tão jovem e já sofrendo.-disse Slughorn.


            -Bem, já podemos ir.-disse o diretor.


Todos saíram, só ficaram os três com Rony.


            -Já estava na hora, você não acha?-perguntou Gina a Harry, saindo dali.


            -Ah, cala a boca...-disse Hermione.


Harry saiu dali, deixando o lindo casal a s.o.s. Hermione olhou em volta, ninguém. Os olhos castanhos ficaram vermelhos, e as presas dela cresceram.


            -Eu sei, você queria isso, agora pode ter... Já estava pronto para isso, então, nos vemos amanhã, juntos, para a vida eterna.


Ela terminou de dizer aquilo com uma mordida no pescoço de Rony. Agora era esperar o veneno fazer efeito. Era rápido, mas ele só abriria os olhos no dia seguinte... Ou não.


Ela saiu dali, até o dormitório, a boca suja de sangue. Gina bateu ali.


            -Oi, Mione. Pelo visto, tá feito, né?


            -Como sabe?


            -Sua boca, suja de sangue.


            -Ah. É. Vai dar tudo certo. Pena que você e Harry só serão mordidos no ano que vem.


            -Paciência, não?


            -É. Será que a Brown vai dar sossego agora?


            -Foi o fim do namoro deles, com certeza.


            -É. Ah, que bom, ela era uma chata.


            -E você gosta dele.


            -Acho que sim.


            -É. Você acha? Eu tenho certeza.


            -Tá. Vem, vamos voltar para a ala hospitalar, achei que daria conta de ficar longe enquanto ele se transformava, mas quero ver a transformação dele de perto.


As duas chegaram ali, Rony ainda estava desmaiado. Mas o veneno da mordida já tomara grande parte de seu corpo. A pele dele esbranquiçava aos poucos, e ia tornando gélida, Hermione percebeu isso logo de cara, assim que olhou para ele.


            -Mione, ele não tem pulso! E se...


            -Calma. Faz parte, quando o corpo estiver totalmente tomado pelo veneno, volta. Não conta para o Harry, tá?


            -Fica tranquila, Mione.


Algum tempo depois, o veneno já se espalhara pelo corpo, a pulsação dele voltara.


            -Tá perto. Pega a mão dele, o pulso está voltando.


            -Como é que a mamãe vai reagir?


            -Se ele se controlar, ela nunca vai saber.


            -Ele está gelado.


            -Eu sei. Eu sinto, ele vai acordar agora...


Rony mexeu os olhos. Gina caiu da cadeira que estava sentada quando o irmão abriu os olhos. Vermelhos. Hermione sorriu para ele.


            -Oi, Mione.


            -Oi, Rony.


            -Uau!-exclamou Gina, levantando-se lentamente, apoiada na cama.


            -Oi, maninha. Que cara é essa?


            -É... Você mesmo? Está incrível!


            -Eu sei. Obrigado, Mione, nem sei como te agradecer.


Ela deu um beijo nele. Gina se assustou. Finalmente!


            -Oi, estou aqui!


            -Eu sei, maninha, e para de copiar minhas falas.


            -Foi impulso, Gina. O cheiro do sangue dele me faz apaixonar cada dia mais por ele.


            -Eu também.-disse ele.


            -Eu tenho que ir falar com o Luke. Se tiver fome, vai na sala precisa, tem um reservatório de sangue lá, é melhor. E se controle, o Harry não pode saber.


            -Tá bem.


            -Pensando melhor, vem, vamos na floresta, vou pedir ao Luke para ir lá, te apresentar a ele.


            -Na floresta?


            -É. Vamos, segura na minha mão, eu vou te ajudar a ir voando.


            -Sério?


            -É. Mas antes deixa eu fazer contato com ele.


Ela fechou os olhos. Conseguiu entrar na mente do vampiro, e dar um sinal a ele para ir à floresta. Alice também estava junto.


Hermione e Rony entraram na floresta.


            -Não se assuste. Ele de olhos fechados é bem cópia do Malfoy. Você só vê a diferança quando ele abre os olhos.


            -Nossa.


            -Olá, Hermione.-disse Luke, aparecendo ali, do nada.


            -Oi, Luke. Para de me assustar. Tem alguém aqui que você tem que conhecer.


            -Quem?


            -Ronald Weasley. Rony, se preferir.


            -Olá, Luke.-disse Rony.


            -Olá, Rony. Hermione, quando foi que você...


            -Faz algumas horas. Ele havia sido envenenado, e foi para a ala hospitalar, eu o mordi no final da manhã. Acordou a pouco.


            -Ah. Então, bem vindo ao clã.


            -Obrigado, Luke.


            -Ah, e claro, Alice. Esta é Alice Burton. Bem, temos que ir.


Ela e Rony voltaram para o castelo

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