A transformação

A transformação

 

No dia seguinte, o veneno já lhe tomara o corpo, e seus cabelos estavam na cor natural, mas tornaram-se vermelho-sangue, do nada. Rony assustara, ele estava do lado dela, e viu marcas no pescoço dela. Pareciam mordidas... Ele tocou o rosto dela e se assustou, a pele dela estava muito gelada. A hora que ela acordou, foi assustador. Ela abriu os olhos, vermelhos como sangue. Ele olhou para ela.

           -Hermione? É você?

           -Oi, Rony.

           -Você tá bem? Está tão... Diferente...

           -Diferente? Como?

           -Olha no espelho.

Rony pegou o espelho. Hermione levou um susto. Não pelo que viu muito pelo contrário, pelo que não viu. Ela não conseguia se enxergar. Deixou o espelho cair. Rony se assustou com ela. Ela sentou na cama.

           -Você está pensando que estou maluca.-disse ela.

           -Como sabe?

           -Eu consigo ler a sua mente. Sei que a Gina ainda não sabe que estou aqui, e que o Harry está vindo para cá.

Harry bateu ali na porta. Hermione voltou para os cabelos e olhos castanhos com uma rapidez incrível. Rony olhou para ela. Harry entrou ali.

           -Oi, Harry.

           -Oi, como vai, amiga?

           -Bem. Com um pouco de fome, o que houve?

Hermione sentiu um cheiro estranho, parecia cheiro de... Sangue. Era o cheio de Rony. Ela piscou, seus olhos ficaram vermelhos novamente, e seus caninos, um pouco maiores que o normal. Ela estava com fome. Saiu voando como um raio até a floresta. Ela foi caçar. Havia uma corça ali por perto, ela voou direto no pescoço e começou a beber o sangue do animal, que já estava morto. Ela saiu dali andando normalmente, o tempo nublara, ela não podia estar sob a luz do sol, isso a afetaria. Foi para o castelo, Rony agora estava no salão comunal, ela entrou ali numa velocidade incrível, agarrou Rony pelo braço e subiu ao dormitório com ele.

           -Hermione! O que está fazendo?

           -Não vê? Eu sou uma... Vampira. Nem tenho mais reflexo! Posso controlar a minha aparência.

           -Quem fez isto a você?

           -Foi o Luke. O vampiro do jornal, lembra? Que estava atacando pessoas em Shakersville. Ele veio para Hogwarts. Imagine que agora eu não durmo mais, e me alimento de... Sangue! Imagine não ter que dormir, ter uma velocidade incrível, quando eu tenho fome, minhas presas crescem, os olhos ficam vermelhos, e eu voo até algo para beber o sangue. E te digo... Não é muito ruim.

           -Sua pele está fria.

           -Eu sei. Também consigo ler mentes de todas as pessoas num raio de 1 km, além de ser imortal. Eu senti cheiro do seu sangue. A Gina tá vindo para cá.

Hermione tornou o cabelo castanho, mas os olhos ela não conseguiu. Gina entrou, Hermione estava na janela, virada, olhando para fora, as presas cresceram, ela não conseguiu se controlar. Gina estava calma.

           -Oi Rony, Mione. Porque está aí, na escuridão total, Mi?

           -Mais tarde eu te conto.

           -Você tá bem?

           -Rony, me deixa sozinha com ela. E não diz nada a ninguém.

           -Tá bem.

Rony saiu. Hermione foi para mais perto de Gina. Estava normal. Gina a abraçou, e levou um susto.

           -Que foi, Gina?

           -Você está gelada. O que houve?

           -Não sei.-mentiu ela.

           -Me conta, eu sou sua amiga, não conto a ninguém.

           -Tá, você venceu. Olha isso.-disse ela, abrindo os olhos vermelhos.

           -Hermione! O que é isso? Você estava loira, agora está ruiva... E esses olhos... Vermelhos!

           -Três palavras. Sou. Uma. Vampira.

           -Quem fez isso?

           -Lembra o vampiro do jornal?

           -Lembro.

           -Ele veio para Hogwarts. Está na floresta. E me mordeu.

           -Quê?

           -Eu sou uma vampira agora, Gina.

           -O quê?

           -Me lança uma Avada Kedavra. Vai!

           -Quê?

           -Vai! E para de perguntar "quê?", já chega.

           -A... Avada Kedavra.

Um raio verde a atingiu. Gina nem quis ver, mas viu Hermione se levantar sem um arranhão.

           -Viu? Sou imortal! Não durmo, não como, meu único alimento é... Sangue. Eu não vou envelhecer. Não vou crescer. Terei 17 anos para sempre!

           -Isso... É bom?

           -É. Aparentemente, é.

           -Uau. Dói?

           -É claro. Mas você só sente a dor na hora da mordida, porque é tão forte que você desmaia. E quando acorda, já vampira, o veneno já tomou conta de todo o seu corpo, de todas as suas células e veias. Seu único alimento é sangue, e quando fica com fome, suas presas crescem, seus olhos ficam mais vermelhos do que o normal e você consegue voar a uma velocidade incrível.

           -Nossa.

           -É, mas deve ter certeza disso, pois não vai crescer mais, e nem vai envelhecer.

           -Parece incrível.

           -A luz do sol pode te afetar, você deve evitar. É por isso que o vampiro ataca à noite.

           -Se eu quiser me tornar uma vampira...

           -Espera, eu vou te morder quando tiver 17, o Rony também. Eu só não mordo o Harry porque ele tem que matar o Voldemort, esse dia só vai chegar daqui há dois anos, em maio.

           -Como sabe?

           -Consigo enxergar o futuro. Eu vou morder o Rony em março, será meu presente de aniversário de 17 para ele e...

Ela tonteou. Sentiu uma dor de cabeça fraca, seus olhos se tornaram mais vermelhos. Era Luke, fazendo contato com ela. Ele dizia, na mente dela: "Estou na floresta, esperando por você. Venha até mim.". Ela voltou a si.

           -O que houve?

           -Era o Luke. Ele pediu para mim ir até... A floresta. Ele está me esperando.

           -Hermione, cuidado. Os vampiros fizeram uma aliança com os comensais. Estão todos do mesmo lado.

           -Eu sei. Eu vou até lá. Abre a janela.

           -Para quê?

Hermione pegou a mão de Gina e conseguiu saltar da torre até a floresta, sem nem um arranhão, como um raio. Gina estava assustada.

           -Nossa, Mione, como conseguiu?

           -Parece estranho. Mas consegui.

Luke apareceu ali, na frente delas. Gina se assustou.

           -Calma, Gina. Luke, não faz isso.

           -Trouxe comida?-perguntou ele.

           -Não seja burro, ela é minha amiga. Futuramente entrará para o clã.

           -Clã? Que clã? Ainda não tenho um. Você é a minha primeira ajudante. Na verdade, há outra, Alice, que está já no local onde vamos.

           -Mione, eu estou com medo.

           -Calma, Gina. Bem, Luke, o que quer comigo?

           -Te levar para a reunião.

           -Reunião?

           -É. Vamos logo. Mas antes, tira sua capa e veste essa aqui.

Hermione deixou Gina ali, com a capa da Grifinória, para ir com Luke até a tal reunião. Chegaram lá. Alice Bertlon estava esperando pelos dois. Luke e Hermione se aproximaram, ela se levantou e saiu andando com os dois até a mansão. Voldemort estava ali, os seus comensais também, exceto Lúcio. Era a Mansão Malfoy. A reunião era sobre a aliança entre os vampiros e os comensais. Hermione estava com os olhos muito vermelhos, as presas um pouco grandes. Alice disse a ela:

           -Calma. Vai dar tudo certo. Tente se controlar.

           -Preciso de sangue...

Draco estava ali. Ele reconheceu Hermione na hora. A puxou para um canto, e disse:

           -O que faz aqui?

           -Estou do lado do Luke, será que não percebe isso?

           -Calma, por favor. O que houve com você? Está diferente...

Os olhos dela ficaram vermelhos. Os dois estavam só ali. Estava escuro, Draco disse:

           -Vou acender a luz.

           -NÃO!-gritou ela, correndo até o interruptor e bloqueando-o com o corpo.

           -Que velocidade é essa? Você não tá normal.

           -Agora percebeu? Eu sou uma vampira! Imortal, inreflexível, hemóvora...

           -Hemo o quê?

           -Quem se alimenta de sangue. Eu não durmo! Pega minha mão.

           -Você tá gelada.

           -Pele de vampiro é gelada. Eu posso mudar a minha aparência, do nada. Posso ler a sua mente, e a de qualquer um, desde que esteja a um raio de 1 km.

           -Nossa...

           -As coisas vão mudar muito agora, Malfoy. Você se acha, o riquinho, melhor do que todo mundo, veremos quem é o melhor. Amanhã, na sala precisa, vamos fazer uns testes, eu e você.

           -Topo. Mas uma pergunta. Qual é o seu sangue?

           -Puro, talvez mais puro ainda do que o seu.

           -Mas sangues ruins podem se tornar vampiros?

Ela odiava ouvir aquilo. Os olhos ficavam amarelos e os dentes caninos cresciam. Draco se assustou, ela tinha uma força incrível, que foi capaz de pegá-lo pelo pescoço e erguê-lo, encostado na parede.

           -Não me chame disso! Entendeu?

           -S... Sim.-disse ele, um pouco apavorado.

           -Quando eu tenho raiva, eu fico assim. Olhos amarelos, cabelo vermelho-sangue e enormes presas. Eu sinto, você tem medo de mim, eu tinha medo de você quando você era o grande Draco Malfoy, mas agora as coisas mudaram, percebe?

           -Sim.

           -Preciso de um favor seu.

           -Qual?

           -Sangue. Eu preciso de muito sangue. Tente juntar o máximo. Centauros, corças, veados... Deixe tudo na sala precisa, quem sabe quando você fizer 17, eu garanto sua imortalidade?

           -Como?

           -Te tornando um vampiro. Vai ser bom. Ter 17 para sempre, e etc...

           -Tudo bem. Me convenceu. Eu te ajudo.

           -Assim que eu gosto.

Ela saiu dali numa incrível velocidade, e foi até onde Alice estava. Luke foi parar entre as duas. Lúcio Malfoy apareceu ali.

           -Olá, Lúcio.-disse Luke.

           -Como vai... O que ela faz aqui? Draco, esta não é aquela...

           -Granger, a própria.

           -Lúcio, pare.-disse Narcisa.

           -Pelo que eu saiba, não aceitamos nascidos trouxas. Sangues ruins.

Os olhos de Hermione estavam normais, no tom de castanho, mas ao ouvir aquilo, seus olhos ficaram amarelos, e as presas cresceram. Draco olhou para ela, era assustador. Ele sabia o que passou trancado por quase dez minutos na saleta... Bem, era só esperar para ver o que ela ia fazer... Voldemort olhou para ela, todos os comensais se posicionaram ali, na defesa de Lúcio, mas em questão de força, os três vampiros eram muito mais fortes. É, Hermione estava certa, quando disse a Draco que era muito mais forte do que ele, apesar de que Luke, ela e Alice eram apenas três, e os comensais eram mais de vinte.

           -Ataquem!-disse Luke.

Voldemort teve que assistir àquela derrota para o trio, impressionado. Foi realmente... Draco e a mãe foram retirados dali, sob ordem de ninguém menos do que Hermione. Narcisa perguntou ao filho:

           -Draco, meu filho, o que está havendo?

           -Mãe, entenda, eu não posso contar a ninguém.

           -Por quê? O que é que...

           -A Granger, a vampira, ela me fez jurar que não ia abrir a boca a ninguém, ou então... Eu e a senhora morremos. E acho que já deve ter percebido do que ela é capaz de fazer.

           -Ela está te...  Chantageando?

           -Por favor. Não posso contar mais nada. Ela pode ouvir a minha mente, por favor, mantenha a calma. A Granger agora é muito mais forte sozinha do que todos nós juntos. Ela me garantiu que é só manter a calma, e nós dois sairemos vivos dessa. Quanto ao papai, eu não sei. Você viu o jeito que ela ficou quando ele a chamou de... Sangue ruim? Ela me trouxe para cá, ela me disse cada coisa, nem imagine.

Enquanto isso, na sala da mansão estavam apenas Luke, Alice, Hermione e Voldemort.

           -Eu vi que vocês conseguiram... Acabaram comigo.

           -Vocês ainda não viram nada. Posso fazer muito mais, ainda mais sozinha. Acho que se quiser vencer, terá que arrumar um exército mais forte do que eu.

           -Verdade, Hermione é mais forte sozinha do que com nós três juntos, por estar no início da vida de vampira. Ela é mais forte do que eu e mais forte que Alice. Eu... Digo isso porque sei o que passava com a Alice quando a transfomei. A força dela era incrível, e ninguém conseguia vencê-la. Na primeira vez que lutei contra os Thonors, ela foi imbatível e vencemos facilmente. Foi há uns 80 anos, em 1917.

           -Foi doloroso, mas já me acostumei. Agora é a Hermione. Com toda a força dela, ela pode vencer o seu excército de comensais.

           -IMPOSSÍVEL!-gritou ele.

           -Quer ver? Eu posso mostrar-disse Hermione.

Voldemort tirou da capa a sua varinha. Alice disse à Hermione:

           -Tem certeza de que não precisa de ajuda?

           -Não. Por favor.

           -Tá bom.

Voldemort tentou atacar Hermione, com um avada kedavra, mas o feitiço nem fez cócegas nela. Até Draco, que observava tudo do topo da escada, se assustou ao ver Hermione sair ilesa daquele ataque.

           -Eu sinto que não te ensinaram que os vampiros são imortais!-gritou ela, suas presas estavam enormes, ela voou até Voldemort e o atacou. Ela tinha que voltar para a escola, aparatou até a floresta e entrou no castelo por ali. Ela estava normal, a Hermione de sempre. Entrou no salão comunal.

Em Hogwarts, Harry estava no jardim, e sentiu a cicatriz arder. Ele viu a mente de Voldemort, a cena do ataque, os olhos de Hermione, vermelhos, a maldição atingindo-a, ela se levantando sem nenhum arranhão, os dentes crescendo, ela ao lado de Luke... Ele voltou ao jardim, Rony olhou para ele.

           -Que foi?

           -É incrível. Eu vi a mente do Riddle, ele... Lançou um avada kedavra na Mione, mas ela... Saiu sem nenhum arranhão. Ela estava muito estranha, uns olhos vermelhos, os dentes enormes... Ela estava atacando o Riddle! O que é que está havendo com a Mione? Me fala!

           -Não posso. Você vai saber, logo logo. Vem, o Dumbledore quer ver você, na sala dele.

Harry saiu dali, nervoso, ele odiava quando era deixado sem respostas para as suas perguntas. Gina se aproximou do irmão.

           -O Harry viu a Mione na mente do Riddle. Ela estava atacando, com os olhos vermelhos. Ele não pode saber que ela se tornou o que ela é. Não.

           -Eu sei. Nós três, quando fizermos 17, vamos nos unir a ela.

           -Eu sei. Sabe, Gina, eu acho que gosto da Mione. Mas namoro a Lilá. Que eu faço?

           -Não sei.

Hermione apareceu ali. Rony olhou para ela.

           -Oi, Mione.

           -Oi, Rony.

           -A... Boca, tá suja de sangue.

           -Ah, tá.-disse ela, limpando.

           -Hermione... O Harry viu.

           -Viu? Viu... O que, Rony?

           -A mente dele estava conectada com a de você sabe quem, e ele viu você atacando aquele que eu odeio falar e ouvir o nome.

           -Quê?

           -É, Mione, ele tá achando muito estranho, o seu comportamento.-disse Rony.

           -Sinto muito por tal, mas ainda não posso contar nada a ele. Seria uma tragédia!

           -Sabemos-disse Gina. Bem, vou subir.

           -Tá.

Gina subiu, o sono estava muito.

Alguns meses se passaram, até que chegou em fevereiro. Rony e Mione conversavam, no dormitório do 6º ano masculino.

           -Seu aniversário está chegando.-disse ela.

           -Eu sei.

           -Você tá mesmo, pronto para isso, não é?

           -Sim, estou pronto.

           -Sabia que o Malfoy é um deles? Ele me contou lá na mansão, quando fui lá com o Luke, que foi obrigado a tal. E agora, ele tá nas minhas mãos.

           -Quê?

           -É. Ameacei fazer algo à mãe dele se ele não me ajudar.

           -Como conseguiu isso? Ter esse... Controle, sobre ele?

           -Já disse, foi fácil, só uma ameaça. Precisava ver, a cara de pavor, quando eu mostrei meu lado mais feroz a ele, com meu cabelo vermelho e as superpresas. Aí eu disse que agora íamos ver se ele é realmente capaz de me vencer, amanhã, na sala precisa. Mas a melhor parte mesmo foi quando nós três derrotamos quase todo o exército de comensais dele. Foi incrível ouví-lo dizer que nunca viu três garotos de apenas 17 anos vencer o exército dele. Foi muito... Incrível.

           -Ah. Hermione, eu... Tem uma coisa que você tem que saber.

           -O que é, Rony?

           -Lá na floresta, quando eu te encontrei, eu te dei um beijo, para ver se você acordava.

           -Hein? É sério?

           -É. Eu senti que não gosto da Lilá.

           -Rony?

           -Parece loucura. Mas é a verdade. Vamos, amanhã a gente se fala mais.

Ele foi subindo as escadas, mas ela ficou ali, parada, olhando, ela gostava dele. Ele virou para trás.

           -Não vem?

           -Eu não durmo, esqueceu?

           -Ah, é mesmo. Mas não quer pelo menos ficar lá no dormitório? É mais seguro.

           -É, tem razão.

Ela chegou na porta segundos depois. Ao tentar abrir, ela disse:

           -Tá trancada! Alorromora!

           -Quem será que trancou?

           -Sei lá. Boa noite, Rony.

           -Boa noite, Mione.

Ela entrou ali. Rony foi para o quarto e tentou dormir, mas seu sono estava sendo bloqueado pelos pensamentos em Hermione que não o deixavam dormir direito. O que ele não sabia era que Hermione sabia que ele estava pensando nela, ela sentia o cheiro do sangue dele e conseguia ler o pensamento dele. Talvez era a única pessoa a qual ela conseguia ler a mente fora do raio de 1km. Não importava onde eles estivessem, qual a distância, ela podia ler a mente dele. Março já se aproximava, o grande dia também. Os dois seriam felizes juntos para a eternidade.

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