O retorno à Hogwarts



            Lily entrou no expresso de Hogwarts e se sentou na cabine de sempre, com Albus, Rose, os gêmeos Lovegood, Hugo e, desta vez, o filho do professor de herbologia Neville Longbotton – o qual
Lily nunca se lembrava do nome.


            - Cadê o Scorpius? – exclamou Rose, depois de observar a cabine. Scorpius, filho de Draco Malfoy, era o melhor amigo dela e de Albus (os três eram o pior trio da escola, sempre aprontando alguma coisa. McGonagall, a diretora de Hogwarts, chamava os três de “os novos Fred e George”). Scorpius, apesar de ser da Sonserina, era muito diferente do pai. Ele não ligava para o sangue ou a família de uma pessoa, tanto que seus melhores amigos eram os filhos dos arqui-inimigos do seu pai, Harry Potter e Ron Weasley. 


          - Na cabine dos monitores. É, Rose, agora Scorp é monitor. – respondeu Al, segurando o riso. 


          - Scorpius? Monitor? Mas o quê? – exclamou Rose, rindo de doer a barriga. – Essa eu quero ver.


            Quando ela parou de rir, um silêncio enorme tomou conta da cabine.
            - Scorp faz falta, né? Ah, vamos conversar, poxa!


            - Sobre...?


            - Que tal quadribol? Os testes para artilheiro que irá substituir o James serão esse ano, alguém aí vai fazer? Dos grifinórios, naturalmente – falou Lily. Ela era apanhadora do time da Grifinória.


            - Eu vou – disse, em tom triunfante, o filho de Neville, causando risos na cabine toda. Todos ali sabiam que os Longbotton eram totalmente atrapalhados e não levavam jeito pra nada, apenas para herbologia. – Que foi?


            - Todos sabem que você não leva jeito pro quadribol, ou melhor, pra nada além de herbologia, como seu pai. – falou, provocando mais risos. Lily percebeu que o garoto ficou magoado, então sussurrou pra ele:


            - Ignorem esses babacas, você irá se dar bem. Boa sorte.


            - Ele é bom no quadribol. – estas foram as primeiras palavras de Hugo no trem.


           - Olha só, Hugo! O gato devolveu sua língua! – debochou Rose. Neste instante, uma menina secundarista abriu a porta da cabine onde eles estavam.


            - Lily, Hugo, McGonagall está procurando os dois – disse.


            - Ah, vamos. – respondeu a garota, enquanto saía da cabine com Hugo e seguia a garotinha.


            - Meu nome é Lauren Brown, sou filha da Lilá, acho que seu pai já falou da minha mãe.


           - Sim, falou. – de fato, Harry já mencionara Lilá Brown e com certeza Lily não gostava dela. – Onde está McGonagall?


            - Ali. – disse Lauren, apontando para uma cabine perto do maquinista. Na porta, estava escrita “Cabine dos Professores”.


            - Obrigada, Lauren. Você já pode ir, tchau. – falou Hugo, enquanto ele e Lily entravam na tal cabine. Com certeza, fora ampliada magicamente. Ela era tão grande quanto o Salão Comunal da Grifinória. Perto da porta, havia uma mesa com vários quitutes e xícaras, cheias de café.


            - Olá, Lily, oi Hugo! – exclamou Scorpius. – Já souberam? Sou o monitor da Sonserina!


         - Oi, Scorp! E sim, já soubemos – respondeu a garota. Ela não estava a fim de conversar, apenas pelo fato de estar ali com Hugo – Hm, a senhora mandou nos chamar, professora?


            - Naturalmente que sim, querida. Isto – disse a diretora, entregando-lhe um distintivo – caiu da coruja que lhes entregava a lista de materiais. Ah, coruja imprestável! Enfim, você é a Monitora da Grifinória, meus parabéns!


            - Sério? Nossa! Que ótimo! – ela ficara tão feliz com a noticia que se esquecera de tudo, até de Hugo.  – E quem é meu companheiro?


            - Hugo Weasley.  Aliás, Weasley, aqui está o seu. – disse, entregando um distintivo a Hugo. “Ah, não pode ser! Mas que droga!”, pensou Lily. O fato de que Hugo seria monitor com ela a destruiu. Ela não queria, não podia! – Vão colocar suas vestes, vocês deverão levar os alunos do primeiro ano para o Castelo, Hagrid está, digamos, um tanto machucado.


            - O que aconteceu com ele? – indagaram Hugo e Lily, juntos.


            - Nada muito preocupante, ele apenas se feriu com uns animais que está criando. – respondeu a professora. – Agora vão! Ah, a senha do Salão Comunal é Mandrágoras.


          Os dois saíram da cabine juntos, sem trocar uma só palavra, e se separaram para ir ao banheiro se trocar. Depois, se encontraram na porta do trem, e chamaram juntos os alunos do primeiro ano.


            - Por aqui – pediu a garota. – Nós vamos atravessar o lago e depois vocês irão para o Salão Principal, onde farão a Seleção.


            - Seleção? O que é isso? – pediu um garotinho à Hugo.


            - McGonagall irá explicar. – respondeu – Agora venham!


         Os dois conduziram os alunos até os barcos, onde atravessaram o lago e adentraram no Castelo.


            - Fiquem juntos e acompanhem a diretora. – falou Lily, finalmente. – Boa sorte. – e, virando-se a Hugo – Vamos.


            Os dois entraram no Salão Principal e cada um sentou de um lado da mesa da Grifinória; Lily no meio de Rose e Al e Hugo ao lado de Fred II, e explicaram aos amigos porque sumiram assim. O Chapéu Seletor recitou o hino de Hogwarts num ritmo totalmente estranho, parecia mais uma ópera desafinada, e fez a Seleção. Depois o costumeiro discurso da diretora e o banquete, que estava delicioso, como sempre.


            - Monitores, levem os alunos do primeiro ano aos seus dormitórios e depois estão liberados. Aos demais, boa noite a todos e um ótimo ano letivo!


            Os monitores sumiram com seus alunos pelas escadarias pelo Castelo. Lily e Hugo, depois de avisarem sobre as escadas que mudam, entraram no Salão Comunal e mostraram aos alunos o caminho aos dormitórios, então seguiram para os seus, sem trocar palavra. 


 

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