Welcome Back to Hogwarts
~Flashback ON~
Ruinas por toda a extenção do que antes era a famosa Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, pessoas começaram a surgir na entrada do castelo. Todos com a mesma expressão no rosto, surpresa ou talvez medo daquilo tudo acontecer de novo. Harry a uns passos de mim, a varinha ainda na mão, ele estava em pé, muito ofegante. Ele encarava o corpo sem vida do que antes era o Senhor das Trevas. De um lado estavam todos os professores e alunos de Hogwarts que lutaram até o fim contra as forças das trevas e do outro estavam o que restou dos Comensais da Morte.
– Harry, venha aqui – a Professora Minerva disse, milhares de funcionários do Ministério da Magia aparataram ao lado do corpo de Lord Voldemort.
– Pensei que não pudessem aparatar em Hogwarts – eu disse olhando a professora Minerva
– Eles tem esse privilégio – os funcionários foram até os Comensais da Morte que estavam parados, assustados. Não escutei direito o que eles falaram, só ouvi alguns sons antes deles todos desaparatarem, provavelmente para Azkaban ou para o Ministério. Cortei a tensão que estava no ar quando saí correndo e abracei Harry com toda força que ainda me restava, ele se virou e me abraçou de volta, senti Rony nos abraçando também e em questão de segundos a escola inteira estava nos abraçando. Saímos do abraço e eu pude ver a Prof. Mc Gonagall sorrindo para nos três.
Ela subiu em cima de uma escada e começou a falar.
– Quero que todos vocês vão para os seus dormitórios pois amanhã será uma longa viagem de volta para casa. Sei que muitos estão assustados com os acontecimentos mas isso só me provou que Hogwarts criou os melhores bruxos e bruxas adolescentes da história. Hoje a maioria de vocês – ela se referia a Draco com certeza – me provou que aprenderam não só a executar feitiços com eficácia como também me provaram que conhecem os verdadeiros valores da amizade, pois não abandonaram um amigo no momento em que ele mais precisou. Bom, é isso. Podem ir para seus dormitórios.
~Flashback OFF~
Respirei fundo e apertei com força o meu carrinho, fechei os olhos e corri em direção a parede entre as estações 9 e 10. Abri os olhos e vi o grande trem de Hogwarts parado esperando os alunos se acomodarem nos seus lugares. Olhei para os lados mas nada de Rony nem Harry. Continuei andando e os achei conversando com Simas e Dino.
– Mione! – Harry veio em minha direção e me abraçou com força, era a primeira vez que ele me via desde o fim das férias.
– Não me esmague, Harry – ele me soltou rindo, fui caminhando em direção a Rony. Ele tentava ser simpático comigo mas não conseguia, não terminamos muito bem durante as férias, eu achei que ele era tudo o que eu sempre sonhei mas não era, eu olhada para ele como olhava para Harry mas ele insistia que eu tinha “medo de amar”. Talvez seja verdade, não sei. A frieza dele me deixava triste, então resolvi sair dali – Harry, estou indo pegar uma cabine vazia. Tchau Dino, Tchau Simas.
Fui andando em direção ao grande trem e peguei uma cabine vazia. Olhei pela janela e vi Harry com Gina, eles pareciam se amar de verdade. Reparei Rony olhando para eles e depois me encarou, eu desviei o olhar e fui andando, procurando alguém.
– Cuidado – percebi que tinha esbarrado em Luna
– Desculpa, Luna. Não estou em um bom dia – e tentei sorrir
– Percebi. Quer saber? Eu acho que o primeiro dia de aula deixa todos muito nervosos. Sabe o que me acalma? Torta de abóbora, vamos comprar?
– Vamos – e ri. Fomos andando pelo trem, desviando das pessoas que se abraçavam e gritavam que nem loucos como sentiam falta um do outro. Quando achamos a mulher dos doces tivemos uma visão muito mais interessante. Draco Malfoy acabou de entrar no trem, dessa vez seus dois gorilas de estimação, ele estava sozinho, parado no final do corredor com a escola inteira o encarando. Dava para ver em seu olhar que ele estava envergonhado e com medo ao mesmo tempo; – Ele não tinha sido preso? Ou sei lá
– Meu pai me disse que sua família foi liberada, pois deram informações valiosas e pareciam realmente arrependidos. Soube que Draco só fez as coisas que fez, porque era ameaçado de morte sempre que não cumprisse uma regra de “Você-Sabe-Quem”.
Ele começou a andar e a escola inteira apontava para ele e falavam coisas nada amigáveis, eu não sei por que não conseguia sentir ódio dele o vendo naquela situação, tão..frágil. Mesmo depois de tudo o que ele fez comigo e com os meus amigos eu não conseguia odia-lo, na verdade, eu sentia pena dele. Ele passou por nós de cabeça baixa.
– Olá, Draco. Bem vindo de volta – Luna disse, ele parou e a encarou. Provavelmente sem acreditar que ninguém tinha o xingado. Ele não respondeu, apenas sorriu, era a primeira vez que eu o via sorrir. Ele me olhou, provavelmente esperando que eu o socasse de novo, mas eu não o fiz, apenas sorri sem mostrar os dentes e ele foi. – Deve ser triste né? Ter que aparecer aqui depois de tudo o que aconteceu.
– Deve – estava abalada com isso – Mas ele pediu isso né? Quer dizer, ele fez essas coisas?
– Você não faria o mesmo se fosse ameaçada de morte? Ele não fez coisas tão ruins, quer quiser, ele não matou Dumbledore. – engraçado como ela via bondade em todos, mas não conseguia concordar com ela.
– Não tente defende-lo, Luna. Ele é um idiota – Rony apareceu com Harry, Gina e Neville.
– Vamos para a cabine? Você vem, Luna? – disse me virando para ela
– Não íamos comprar o bolo?
– Ah sim – me virei para os meninos – Nos encontramos na cabine, número 31 – eles foram andando e eu fui comprar o tal bolo com a Luna. No caminho passamos por uma cabine vazia, quer dizer, quase vazia. Draco estava lá dentro, lendo um exemplar de algum livro, ele não parecia estar prestando atenção no livro ou ele gostava de ler de cabeça para baixo. Ele levantou os olhos e me encarou com aqueles olhos muito azuis. Eu fiquei em transe o olhando, ele parecia tão inofensivo depois de tudo isso, só paramos de nos encarar quando Luna me puxou. Entrei na cabine, os meninos estavam falando de quadribol e Harry e Gina agarrados ao lado de Neville. Sentei-me e encarei a janela, queria levantar, ir até a cabine de Draco e perguntar como ele tinha coragem de voltar aqui depois de tudo que tinha feito, mas também queria abraça-lo e deixar ele desabafar sobre todos os horrores que Voldemort já fez com ele. Em meio a vários pensamentos misturados não consegui reparar que minhas mãos estavam suadas, meu coração acelerado e eu sentia uma sensação estranha no estômago.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!