A hora da desolação



- Capítulo Dez –

A Hora da Desolação.



Hermione voltou muito bem da ala hospitalar e Harry teve quase certeza de que exagerara nos seus sentimentos de desconfiança pela amiga.Não demorou muito tempo e a maioria dos estudantes comentava sobre o mais novo casal: Rony e Mione.

- Ah, Harry!.Não sei porque todos estão falando tanto do meu namoro!. – explodiu Mione aborrecida para o garoto no café da manhã de um dia que estava anunciando a chegada do outono.

- Relaxa!.Não ligue para o que eles falam, se fossem cuidar da vida deles.....

Mione sorriu e desde aquele momento não se preocupava mais com o que os outros estudantes falavam e parecia incrivelmente feliz com toda a atenção que estava sendo voltada para ela e o namorado.

Mas,Harry tinha outras duas preocupações em mente: o provável início da temporada de quadribol e a aproximação do Dia das Bruxas e , além disso tudo, a ausência de um plano para ir até a Sala da Morte.

Porém, faltando apenas dois dias para 31 de outubro, a solução apareceu.Na verdade,Harry iria fazer algo muito feio: pegou a idéia de outra pessoa.

Tudo aconteceu quando Harry, Rony e Mione estavam saindo para o Saguão de Entrada e depararam com Hagrid, acompanhado por Cornélio Fudge e um outro homem de aparência imponente.É claro que eles se esconderam em uma sala próxima e ficaram ouvindo.

- Pois é, Hagrid. – dizia Fudge – Vamos falar com o ministro trouxa no dia 31, mas vamos levar Dumbledore também!.

- Irão partir para lá daqui de Hogwarts?. – perguntou Hagrid.

- Sim, sim.Depois vamos para o Ministério da magia.

- Vão partir pelo escritório do diretor?.

- Sim.É um lugar muito seguro aquele.

Os garotos não ouviram mais nada e saíram da sala.Rony e Mione começaram a conversar sobre o acontecido , mas Harry permaneceu em silêncio: iria se esconder na sala de Dumbledore durante o jantar e iria junto com eles para o Ministério da Magia e quem sabe ir também até o Ministério trouxa?.

O restante do dia passou muito rápido para o garoto e ele não tinha muita certeza do que iria fazer, mas sabia de algo: ele iria sozinho.Só que algo despertou em sua mente: como iria se comunicar com Sirius?.

Os dias que faltavam para o Dia das Bruxas chegaram ao fim e ele se sentia muito nervoso.Quando todos estavam indo jantar, ele subiu ao dormitório e apanhou a capa da invisibilidade e o mapa do maroto.

Ao invés de Harry ir para o Salão Principal, dirigiu-se para a Gárgula de Pedra que protegia a sala do diretor, disse a senha com voz trêmula e subiu a escada em caracol.Parou defronte à porta, com as pernas trêmulas,e ficou escutando para ver se não havia o som de vozes lá dentro.Como não ouviu nada, entrou.

A sala estava muito silenciosa e o garoto decidiu apanhar o mapa e ver o que estava acontecendo.Dumbledore,o ministro e o restante da escola estava no Salão Principal, como imaginado e esperado.

Harry ficou esperando,esperando,esperando.....Até que ouviu passos e vozes subindo pela escada.

- Vamos , Alvo?. – perguntou o homem imponente que Harry não conhecia.

-Claro!.

Os três iriam pela lareira e o garoto ficou observando de onde o diretor tiraria o pó de flu e o endereço para onde iriam, assim poderia segui-los.

Dumbledore abriu uma gaveta e disse:

-Peguemos o pó que está aqui, podem deixar que depois eu guardo!.

O diretor pegou um pouco de pó, dirigiu-se para a lareira e disse “Ministério Trouxa,Londres”.Os outros homens disseram a mesma coisa e o seguiram.

Agora era a vez de Harry.O garoto apanhou o pó, encaminhou-se para a lareira e disse a mesma coisa que os outros.

Rodopiou pelo que lhe pareceram alguns minutos e bruscamente,parou.Olhou para se certificar de que ainda estava com a capa, ficou feliz ao ver que continuava invisível.

Depois de sair da lareira,viu os três homens sentados em cadeiras diante de um homem, que imaginou ser o primeiro ministro britânico trouxa.

-Então,hum...boa-noite. – disse o trouxa.

-Boa-noite!. – disseram os três.

-Qual dos senhores é o novo ministro?.

O queixo de Harry caiu!.Fudge não era mais ministro.........

-Eu.Meu nome é Rodricus Sylamyer.

-Ah,prazer.Então, que diabos está acontecendo?.

Parecia que as surpresas daquela noite só estavam começando e Harry iria,finalmente,saber de tudo.Mas,então,algo o preocupou:Dumbledore olhou exatamente para o lugar em que se encontrava e sorriu.

-Bem,o que o senhor exatamente quer saber?. – perguntou Sylamyer.

-O acidente da ponte,a morte das duas mulheres,frio em pleno mês de julho e por aí vai.

Harry se lembrava do acidente da ponte e do frio, mas não imaginara que tivesse qualquer relação que fosse com a guerra que estava ocorrendo no seu mundo.

-Bom,o acidente da ponte foi uma tentativa dos comensais da morte de congelá-la e fazer uma pista de gelo,assim os trouxas deslizariam e morreriam ao cair no mar ao redor.A morte de Emelina Vance foi causada por um dementador e Amélia Bonés foi assassinada por comensais,devido à incentação que deu ano passado a Harry Potter.O frio do mês de julho foi gerado devido a proliferação constante dos dementadores.

Parecia que alguém acabara de matar o próprio Harry.Ele estava em pânico e chegava de todas aquela informações horríveis.E,pelo jeito,o ministro trouxa parecia ter a mesma concepção que Harry.

O homem estava pálido e não mexia um único membro,com exceção dos olhos.Ele se lembrava ainda do dia que vira Fudge pela primeira vez: acabara de tomar posse do cargo de ministro e viu o quadro de uma senhora rechonchuda loura e olhos verdes se mexer e anunciar claramente a vinda do outro ministro.A princípio achou que as emoções do dia haviam sido demais e os seus sentidos estavam falhando ou que fora brincadeira da oposição,mas não : era verdade,a mais pura verdade e desde ali ficou sabendo da existência de outro mundo.

Dumbledore tinha uma expressão bondosa para com o ministro(de acordo com Harry, era puro sentimento de pena),Rodricus estava preocupado e Fudge....bem, parecia que estava meio no além e meio sofrendo de tétano;tudo ao mesmo tempo.

-Acho que é só.Vamos?. – perguntou Fudge.

Novamente,dirigiram-se para a lareira e deixaram o outro ministro parecendo à morte.Dessa vez disseram “Ministério da Magia,Londres”.Harry os seguiu.

Lá estava o garoto,agora teria que ir rapidamente até a Sala da Morte, já eram 11 horas.Antes,escutou para ver aonde os outros iriam.

-Vamos para minha sala?. – perguntou o ministro da magia.

Os dois concordaram e Harry foi atrás para ver onde era a sala do ministro,para depois que fosse à Sala da Morte voltasse para lá.

Descobriu que era bastante perto do Departamento de Mistérios,mas não sabia quanto tempo os homens ficariam lá.Novamente,Dumbledore parecia ter lido os seus pensamentos:

-Só posso ficar aqui 1 hora e meia,ministro.

-Tudo bem,Alvo.Fique a vontade. – disse Rodricus.

Intimamente,Harry achava que esse espaço de tempo era suficiente e se encaminhou para o Departamento de Mistérios.

Chegando lá,fez o mesmo percurso que no ano anterior e depois de quase meia hora,faltando apenas cinco segundos desceu correndo a escada que dava para o Arco e ficou de frente para ele.De novo,escutou vozes cada vez mais altas e decidiu tirar a capa da invisibilidade e a guardou no bolso da calça.

De repente,viu muitas pessoas à sua volta e levou o maior susto: havia sido apanhado!.

-Quem é você,garoto?. – perguntou um homem que não lhe era estranho.

-Harry Potter.E você?.

-Beijo Fenwick.Mas você não está morto, o que está fazendo aqui?.

-Hum,é uma longa história.Meu pai também está aqui?.

-Sim,vou chamá-lo!.

Harry estava super empolgado, não só porque estava falando com um morto mas também porque iria falar com seu pai e perguntar se Sirius estava realmente morto.

-Filho?.

-Pai?.Oi!.

Tiago foi até o filho e deu-lhe um grande abraço(podia fazer isso,já que a barreira entre os vivos e os mortos estava quebrada por 1 hora) e Harry sentiu-se muito emocionado.

-Meu filho,que bom ver você!.O que está fazendo aqui,não deveria estar em Hogwarts?. – perguntou Tiago com riso na voz.

-Sim e não.Eu vim ver se Sirius ainda está vivo e se posso salvá-lo.

-Desculpe,mas Sirius não está mais aqui.

-Mas,pai!.Se Sirius morreu deveria estar neste lugar.

-Você disse bem ,filho.Se Sirius estivesse morto.....- não fora se pai quem falara,mas uma bonita moça ruiva que reconheceu ser a sua mãe.

-Por favor,podem me explicar?.

Seu pai e sua mãe se olharam,então Lílian foi até o filho,deu-lhe um beijo e sussurrou em seu ouvido:

-Sirius não está morto,na hora certa ele prometeu que irá te encontrar.

Harry deu um grande sorriso e disse:

-Mamãe,como ele saiu do Arco?.

-Nós o ajudamos e isso foi possível,já que ele havia caído com a varinha.Agora,vá!.

Sua mãe encheu-o de beijos e “eu te amo”, depois seu pai deu outro grande abraço nele e disse: “Logo saberá da maior riqueza de Sirius e se apaixonará por ela”.

Harry arregalou os olhos e saiu rapidinho dali,passara a maior hora da desolação da sua vida em que se misturava alegria,tristeza e a promessa de uma nova paixão.

Chegou até a sala de Sylamyer e viu que Dumbledore e os outros já estavam indo embora e só então se lembrou de algo:estava sem a capa da invisibilidade!.

Como ninguém olhou para seu lado(“que sorte,meu Deus!”),ele recolocou a capa e voltou para a lareira.

Logo,estava em Hogwarts,mais precisamente na sala do diretor,que estava em polvorosa.

-Mas o que está acontecendo?. – perguntou o diretor.

-Diretor,Harry desapareceu!.-gritou Rony.

Harry não acreditava naquilo tudo.Olhou para a porta e viu que estava aberta.Tomou cuidado e saiu de fininho por ela.

Foi correndo para a frente do lago,tirou a capa e ficou lá.Quando o encontrassem,diria que estivera pensando na vida:mas,a noite ainda estava longe de terminar,pois um centauro saiu da floresta e se encaminhou para Harry,dizendo:

-As estrelas dizem que estás à beira de uma mudança brusca de vida.

-O que?.Qual outra desgraça vai acontecer?.

-Uma grande graça vai lhe suceder.Uma menina que tem os cabelos como a negritude da noite e uma beleza sobrenatural tomará o seu coração e você o dela.Um terá o outro para toda a eternidade.

Harry nem teve muito tempo e a escola inteira caía em cima dele.

-Onde você estava?. – perguntou Gina.

-Pensando na vida e falando com o centauro .

-Bom,isso resolve tudo.Harry,dou-lhe 15 minutos para estar no castelo e não levar detenção,nem perder pontos.-disse o diretor sorrindo e piscando um olho para ele.Agora,todos para dentro.

Quando todos estavam indo para a escola,o garoto perguntou o nome da garota para o centauro .

-Karolyne.Boa-noite.

O centauro foi embora e Harry enquanto voltava para o castelo sentiu que de alguma forma,já se apaixonara pelo nome da garota e ...por ela também!.

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