A Reunião da Ordem da Fênix
Title: Departamento de Mistérios
Author name: Jesse Kimble
Author email: [email protected]
Category: Drama
Rating: PG - 13.
Spoilers: PS/SS, CoS, PoA, GoF, OOTP.
Shippers: Já tô descobrindo os rumos disso... fazer o quê? Minha natureza é Harry/Hermione, desculpa se vocês não gostam deles, mas fazer o que se o Rony tá morto?
Summary of the chapter: Bem, quem me conhece já sabe que se eu puder, vou fazer o Harry apanhar em cada capítulo da fic, so here we go... quantas pessoas sabem da profecia? E quando Harry vai finalmente contar aos outros sobre ela?
Disclaimer: hum... talvez seja pq eu só tinha cinco anos na época, não tinha criatividade suficiente para criar os personagens de HP, então a tia Jo fez antes de mim. *suspirando* ai ai... fazer o quê? É a vida...
A/N 1: Nesse capítulo eu começo a usar mais os nomes em inglês do quinto livro (pq sinceramente acho que a tradução da Lya Wyler ficou ridícula), então, para quem não percebeu: Grimmauld Place é o Largo Grimmauld, Kreacher é Monstro e acho que é só isso que eu usei neste capítulo.
A/N 2: E também quero agradecer a minha querida Dinah C. Potter, que sempre me incentivou desde a época que eu nem sabia que esse tipo de história se chamava fic... você sabe que eu te amo, né, coração? Muitos dedais para você!!!
Capítulo Três - A Reunião da Ordem da Fênix
Harry a acompanhou até a sala e se afundou no confortável sofá ao lado dela. Dumbledore chegou alguns minutos depois e a reunião não demorou a começar. Hermione contou aos outros tudo o que descobrira em sua pesquisa sobre a Sala dos Pensamentos e Harry usava toda a sua disposição para continuar a ouvi-la.
Mione estava falando algo sobre o líquido em que os cérebros estavam submersos. Era feito de uma criatura que ele nunca tinha ouvido falar. Ou tinha? As palavras dela estavam tão distantes. Ele levantou o copo e encostou o vidro gelado no rosto, mas isso não adiantou. O ambiente estava cada vez mais abafado, mais difuso.
Ele sabia exatamente o que estava acontecendo, já sentira isso outras vezes e não deixaria Voldemort entrar novamente em seus pensamentos. Na tentativa de que Mione o ajudasse, ele deslizou a mão suavemente pelo sofá até encontrar a dela. Não tinha certeza se obtivera resultado, mas tivera a impressão de que ela parava de falar.
Mas ele não podia pensar nisso. Tinha que esvaziar sua mente, seus pensamentos. Ele tentou não se concentrar em mais nada, em imaginar que tudo era um imenso vazio. Tentou esquecer que sua cicatriz não parava de doer e que em algum lugar muito distante, alguém chamava por ele.
- HARRY! - ele ouviu Hermione chamando e trazendo-o de volta à realidade.
Ele então notou que estava apertando a mão dela com força e que agora não mais segurava o copo, que tinha se partido em pedaços e molhado o tapete ao cair no chão.
- Você está bem? - perguntou ela, passando a mão levemente sobre o rosto do garoto.
- Estou... só preciso... eu acho que dormi, só isso... - respondeu ele, confuso. - Vou até o banheiro lavar o rosto.
Harry subiu as escadas rapidamente e sem perceber, deixou seus passos o levarem ao quarto de Sirius. Fechou a porta e começou a caminhar de um lado para o outro no quarto, pensando.
“Voldemort sabe que eu estou planejando algo, que nós estamos planejando algo... deve ser por isso que ele tentou... ele queria saber o que Dumbledore tem contra ele, como vamos lutar... Droga, por que você matou Perkins, o que ele tem a ver com isso?”
“Ele está fazendo tudo ao seu alcance para ganhar mais poder, Harry”, respondeu Hermione atrás dele.
- Eu sei... - concluiu ele tristemente sentando na cama - Eu só queria que a gente pudesse parar com isso.
- Nós vamos conseguir. Ouça, sabemos que no Departamento há uma sala e que o que contém nela pode ser usado para matar Voldemort.
- Ah, sim! “Vamos mostrar tudo do Departamento de Mistérios ao Harry Potter e deixar que ele faça o trabalho sujo e se iguale a Voldemort sendo um assassino!” - respondeu ele em tom de ironia.
- Você ‘tá brabo comigo? - perguntou ela, baixando a voz.
- Não... - respondeu ele, baixando os olhos.
- Sabe, ninguém disse que você tem que matar Voldemort. Na verdade, o que Dumbledore está planejando é que toda a Ordem faça uma, hum, “visitinha” ao Departamento.
- Voldemort está atrás de mim, você sabe disso. Eu terei que matá-lo e você também sabe disso.
- Você não precisrá matá-lo. Ouça, nós temos Dumbledore, Lupin, Snape, vários aurores ao nosso lado. Daremos um jeito...
Harry balançou a cabeça, Hermione parecia não fazer idéia do que ele estava tentando explicar. Então respirou fundo e falou pacientemente:
- Eu vou ter que matar Voldemort porque eu sou a única pessoa que pode fazer isso, Hermione.
- Quem te disse isso?
- Dumbledore.
***
A sala silenciou no momento em que Harry e Hermione apareceram na escada. Enquanto eles sentavam, Dumbledore se aproximou da mesa de centro e esticou um pergaminho.
Os olhos de Harry correram por toda a extensão do que se revelara ser um mapa. Um mapa do Departamento de Mistérios, cujas salas mudavam de lugar de tempos em tempos, talvez cada vez que alguém cruzasse a simples porta preta que levava à sala circular e com que Harry tanto sonhara.
- Voldemort está planejando invadir o Ministério. Não mais pela profecia, porque ela foi quebrada, mas por algo tão importante quanto ela. - explicou Dumbledore.
- Uma arma. - falou Harry.
- Ele sabe que há uma sala trancada no Ministério - falou Dumbledore, como se ignorando o que Harry tinha dito. - que contém o poder mais terrível que pode ser imaginado. Um poder que pode trazer tanto a vida contra a morte e que só pode ser dominado por alguns.
- Sendo herdeiro de Salazar Slytherin, ele acredita que pode controlar esse poder. É por isso que ele está planejando invadir o Ministério. - completou Snape.
Sem encostar no pergaminho, Harry passou as mãos por cima dele e apontou para uma das salas marcadas no mapa.
- Quando entrarmos, preciso que vocês tranquem as saídas dessa sala. Não importa o que acontecer, depois que nós dois tivermos entrado, ninguém deverá sair.
- Do que você está falando? - perguntou Hermione, confusa, mas imaginando se queria ouvir a resposta.
- Dumbledore está nos mostrando o mapa porque vamos ao Ministério tentar parar Voldemort, certo? - disse ele, trocando um olhar com o diretor, que não discordou - Então, quando entrarmos, preciso que Voldemort entre nessa sala e não consiga sair.
- Você sabe o que tem nessa sala, Harry? - perguntou a voz paternal de Dumbledore.
Todos observavam os dois atentamente. Demorou mais do que alguns segundo para a resposta surgir na voz calma e tranqüila de Harry.
- Cada sala do Departamento tem poder para alterar alguma coisa. Podemos mudar o tempo, o espaço... a única coisa que eu não encontrei uma forma de mudar é os personagens.
- Personagens? - perguntou Tonks, também confusa com aquele jogo de palavras entre os dois.
Harry respirou fundo antes de continuar.
Qual dos personagens vai escrever a história. Voldemort ou eu. - concluiu ele. Sentindo um peso afundar em seu estômago, ele continuou a falar, sentindo como se não fosse a sua voz que estivesse ouvindo e sim de alguém que estava muito longe, que tinha uma voz fria e cortante. - Está lá o meio que usarei para matá-lo.
***
- VOCÊ ESTÁ LOUCO? DE ONDE VOCÊ TIROU ESSA IDÉIA? VOCÊ NÃO TEM NADA QUE FICAR PRESO EM UMA SALA COM VOLDEMORT OU SEJA LÁ COM O QUE RESTAR DELE! - gritou Hermione.
Eles estavam tendo a maior briga de todas. Mal chegaram na casa em Hogsmeade e Hermione começou a descarregar em Harry tudo o que tinha reprimido desde que ouvira a idéia dele na reunião.
- Mione...
- COMO VOCÊ PODE PENSAR UMA COISA DESSAS?
- Mione, por favor, me ouve.
- O QUÊ? AGORA VOCÊ VAI TENTAR JUSTIFICAR ESSA SUA NECESSIDADE DE ESTAR SEMPRE SALVANDO TODO MUNDO? NÃO VÊ QUE QUANDO VOCÊ FAZ ISSO TUDO SAI ERRADO?
- Eu não estou sendo precipitado, eu pensei sobre isso por dois anos, Mione. - falou Harry com a voz extremamente calma, como se suplicando para que ela o ouvisse.
Então pareceu dar resultado. Hermione sentou-se ao lado dele, no sofá da sala de estar e parou de gritar.
- Dois anos?
- É. Acredite, eu pensei mais de cinqüenta mil vezes sobre isso, é a única forma. Dumbledore mesmo disse que a única forma de derrotar Voldemort é usando o poder dessa sala.
- Mas por que você tem que ficar lá trancado? Por que nós não podemos ajudar? - perguntou ela, encarando-o.
- Mione... - começou Harry, pegando na mão dela. - Eu não acho que Voldemort possa ser morto completamente. O que eu posso fazer é matar esse corpo, diminuir os poderes dele, impedir que ele obtenha o poder que tanto deseja. Mas quando ele perder esse corpo, a alma dele vagará como um espectro, da mesma forma que ele estava há dezoito anos, quando tentou me matar. Por isso a porta terá que ficar trancada, para ele não poder sair e não possuir mais nenhum ser. - então, baixando a voz, murmurou, mais para si mesmo que para Hermione - Se bem que ele estará tão fraco que mal conseguirá possuir uma cobra sequer...
- Mas... você estará lá dentro... - concluiu ela tristemente.
- Eu sei...
- Você quer mesmo fazer isso? - perguntou ela, com os olhos se enchendo de lágrimas ao perceber que não havia mais nada que ela pudesse fazer.
Harry se recusou a dizer alto, apenas assentiu balançando levemente a cabeça. É claro que ele não queria fazer isso, mas era necessário. Ele não podia mais continuar vivendo desse jeito. Não conseguia dormir direito e, a maioria das vezes que conseguia fazer alguma coisa, ele acabava colocando tudo para fora. E aquela maldita dor na cicatriz nunca o deixava em paz. Às vezes ele simplesmente se atirava na cama e ficava ali por horas, sem dormir mas com o corpo e mente completamente exaustos, desejando que tudo aquilo acabasse.
- Quando vamos para Londres? - perguntou ela, voltando da cozinha, onde Harry nem percebera que ela fora.
- Amanhã. Às onze horas. Eu vo indo, Mione, passo aqui amanhã... - disse ele, se aproximando e beijando-lhe a testa.
- Achei que você tinha dito que ia ficar hoje.
- É, só que eu fiquei ontem. Você sabe que se dependesse de mim eu passaria todos os dias aqui com você, mas eu preciso voltar para casa.
- Eu sei. - respondeu ela baixando os olhos.
Harry levantou a mão e levemente tocou o queixo dela, obrigando-a a encará-lo, então beijou-a suavemente e partiu, deixando Hermione parada no meio da sala, desejando que aquele momento não tivesse durado tão pouco.
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