POV James:

Eu acordei na manhã seguinte muito animado, afinal de contas era o primeiro dia de aula e eu finalmente colocaria meu novo plano em pratica. Tomei um banho e me arrumei, e depois resolvi encarar a missão impossível de acordar o Sirius. Fiquei uns bons 10 minutos tentando acordar o bendito (e só consegui por que comecei a gritar Riley incansavelmente) e depois desci para encontrar meu par de esmeraldas favorito (eu sei o apelido é horrível, mas tenho que admitir que combina) e lá estava ela.

Toda vez que eu a via não conseguia evitar que um sorriso viesse a meus lábios, ela era linda demais, e de um jeito que nenhuma garota conseguia ser. Seus cabelos ruivos e ondulados me hipnotizavam, seu sorriso era sempre estonteante e sincero, e ainda tinha aqueles olhos... Os olhos dela eram tão verdes e brilhantes que realmente faziam juiz ao apelido, e eles eram realmente preciosos. Como se não bastasse tudo isso, tinha também aquele belo corpo que ela sempre insistia em esconder, era tudo bem distribuído e não era exagerado. E o mais surpreendente nela não era sua beleza exterior e nem seu belo corpo, mas sim o modo como ela era extremamente reservada em relação aos sentimentos (só os que não me envolviam, já que ela gritava para Merlin e o Mundo que me odiava), o modo como ela ficava corada e fitava o chão quando estava encabulada, o modo como era cabeça dura e batia de frente com todos para provar que estava certa, o modo como era bondosa com as pessoas mesmo que as mesmas não merecessem, o modo como era competitiva e inteligente não querendo ficar nunca em segundo lugar, o modo como ela era desengonçada e divertida, o modo como era meiga e companheira, e enfim... Seria difícil, talvez até impossível, encontrar um único motivo se quer, para não se apaixonar por ela.
Depois de alguns segundos (se foram mesmo só segundos?? Não sei, a minha noção de tempo é algo realmente distorcida, principalmente quando se trata dessa ruiva) observando-a ela acabou por perceber. Ela me fitou com a mesma intensidade, e nossos olhos não desgrudaram até que ela pareceu perceber quem encarava, e desviou o olhar na mesma hora. Fui em direção a ela, que estava sentada em uma das poltronas perto da lareira

– Bom dia Lilian – cumprimentei sorrindo, mas ela nem levantou os olhos do livro que lia

– Bom dia Potter, e alias é Evans pra você – respondeu ela, e meu sorriso se alargou

– Bem Lilian já que nós partimos para a fase 2 no nosso relacionamento, eu...

– Fase dois?? – perguntou a garota fechando o livro e começando a se levantar, ela foi se aproximando de mim e sua cor estava começando a indicar perigo... Oops (^^’) – FASE DOIS?? ‘TA MALUCO GAROTO?? NÓS NUNCA NEM CHEGAMOS NA FASE ZERO!! QUANTAS VEZES TEREI QUE REPETIR QUE...

– Ué Lilian, não foi você mesma quem propôs que fossemos amigos?? – falei levantando um pouco os braços tentando acalmar a fera

Após o meu comentário ela me encarou confusa e surpesa ao mesmo tempo, e logo depois pareceu se lembra de nossa “trégua”

– Ooh... Claro, mas por que você disse fase dois então sua anta?? Somos... Beem... Quase amigos, então essa não deveria ser a fase um?? – perguntou ela com os braços cruzados

– Boom Lilian, na verdade a fase um seria... Hãã... Inimigos, e a fase zero, seria colegas... Já que ser inimigos é mais avançado do que ser apenas colegas não concorda?? – eu disse dando um sorriso torto

– Hããã... Sim mas... Ah esquece, eu não quero discutir com você Potter, afinal de contas quem propôs a trégua fui eu, não é mesmo?! – disse ela dando um pequeno sorriso

– Evans quando você vai me chamar de James?? Beem agora que estamos na fa... Quero dizer, agora que somos amigos, não deveríamos nos tratar pelo primeiro nome?? – perguntei erguendo as sobramcelhas, esperando que minha desculpinha desse certo.

Ela me analisou, e procurou algo que indicasse que eu estava debochando dela ou algum sinal de que eu estivesse tentando flertar com ela. E sem sucesso ela suspirou e pegou sua mochila e seus livros

– Está certo James... Te dou a liberdade de me chamar de Lilian ou Lilly... – disse ela indo em direção ao retrato da mulher gorda, e eu a segui – Mas se vier com apelidinhos do tipo: Minha ruivinha, Meu Lírio, Liriozinho, Foguinho, Chama, Anjo Ruivo, Lilizinha, Lilizita, Liloca, Amorzinho, Querida minha ou qualquer coisa que envolva um diminutivo, eu JURO que o nome Potter irá morrer com você – ameaçou ela se virando e apontando o dedo para mim, e eu a encarei confuso repetindo “Morrer comigo??” até que entendi a ameaça dela (traduzindo, ela me deixaria sem herdeiros)

– Tudo bem ruiva, mas nesse caso exijo que meus apelidos também sejam retirados – pedi e ela arqueou a sobramcelha para mim – já que eu terei que abrir mão dos seus apelidos, então você também abrirá dos meus

– Está louco garoto?? Quando foi que eu dei a você algum apelidinho desse tipo?? – perguntou ela cruzando os braços

– Desse tipo nunca, mas vai dizer que você não lembra dos lindos e carinhosos apelidinhos que você sempre usava?? Tipo: Trasgo, Idiota, Arrogante, Prepotente, Egocêntrico, Porco-Espinho, Vesgo e por ai vai... – eu lembrei em um tom debochado, e ela corou envergonhada

– Oh... Bem... Certo Potter... James, os apelidos morrem aqui – disse ela em tom conclusivo e indo para o Salão Principal, sendo seguida por mim, é claro

Ao chegarmos lá encontramos Amber, Remo, Riley e Pedro já tomando café

– Sabia que eu fiquei o maior tempo esperando as duas senhoritas?? – perguntou Lilian encarando irritada suas duas amigas

– Beeeeem Lil’s assim que nós descemos, vimos vocês em uma... Conversa... Calorosa, e resolvemos não interferir – disse Riley dando um sorrisinho inocente e a ruiva imediatamente corou

– Hãã... Bem, mas poderiam ter ao menos me avisado, pois assim eu não teria ficado lá esperando vocês – disse ela se sentando de frente para a naniquinha que apenas murmurou algo como “Ahaam... Vamos fingir que você realmente ficou lá pela gente” e recebendo um olhar furioso da ruiva como resposta

O café foi agradável e nos divertimos muito caçoando uns dos outros, até que quando o café já estava pra acabar e as aulas já iriam começar, eis que surge o infeliz do Black se sentando ao meu lado

– Então... O que eu perdi?? – pergunta ele dando um sorriso maroto

– Aaah nada demais... Alem da briga matinal da ruiva e do seu amigo ai, um pití da Evans e algumas piadinhas – disse Amber dando de ombros e todos deram uma risadinha (com exceção da ruiva, é claro)

Pegamos os horários de aula, e como tínhamos praticamente todas as aulas juntas (com exceção do Pedro que só havia conseguido um Excelente nos NOM’s) fomos todos para as masmorras para a nossa aula de poções com bigodudo do Slug e para a minha alegria ele resolveu mudar todas as duplas, por que segundo ele “alguns alunos quando ficavam juntos aprontavam demais” e adivinhem quem é a minha dupla?? Quem disse Remo errou, e quem disse Ranhoso vai ganhar uma avada... Mas quem disse Lilian Linda Evans... Parabéns acertou em cheio!!! Eu me sentei ao seu lado provavelmente com o maior (e mais bobo) sorriso que alguem poderia dar.

Depois das mudanças (e das inúmeras reclamações) o professor começou a aula relembrando algumas poções que estudamos nos anos anteriores, e foi então que eu notei que em cima da sua mesa era possível ver três caldeirões.

– Bem como alguns de vocês notaram, aqui em frente temos três caldeirões com uma poção diferente cada. Quero que se aproximem para olhá-las e identificá-las – ordenou ele, e todos nos direcionamos até lá
Arrisquei um olhar para minha parceira e sorri ao ver que seus olhos brilhavam de empolgação. Assim que observei as poções reconheci duas delas, uma de aspecto nojento e com um cheiro horrível eu reconheci ser a poção polissuco (que eu sabia ter um gosto ainda pior do que o cheiro já que havia tomado) e a segunda era transparente sem coloração ou cheiro algum, Veritaserum. Porem a terceira poção eu nunca havia visto, feito, ou tomado e não fazia idéia de que se tratava

– Quem pode me dizer que poções são essas?? – perguntou o professor olhando para a ruiva ao meu lado que imediatamente levantou a mão – Oh sta Evans...

– Bem a primeira poção é a poção Polissuco – respondeu ela franzindo o nariz para o caldeirão - A poção polissuco permite a pessoa que a bebê se transformar, temporariamente, em qualquer um, desde possua um fio de cabelo da pessoa em quem quer se transformar, e alem de disso a poção polissuco é uma poção muito complicada, por isso é necessária muita paciência na sua preparação. – disse ela olhando para o professor que apenas balançou a cabeça a incentivando a continuar – A segundo poção é a Veritaserum. Essa poção é facilmente reconhecida pela ausência de cor e odor, e sua principal característica é impedir que a pessoa que a bebeu minta, e é por isso que é muito utilizada em julgamentos para evitar que os inocentes sejam injustamente presos e que os culpados sejam inocentados. Já a terceira poção é Amortentia, a poção do “amor”. Ela é a poção do amor mais poderosa que existe, porem ela não gera amor de verdade, mas causa uma forte paixonite e/ou obsessão, ela tem um cheiro diferente para cada pessoa variando com as preferências de cada um... Por exemplo – disse ela se aproximando da poção, e se inclinando para cheirá-la – eu sinto o cheiro de terra... Livros novos... Menta e p-perfume – disse ela corada saindo de perto da poção quase correndo e depois me lançou um olhar muito... Esquisito

– Oh excelente explicação sta Evans, 30 pontos para a grifinória – exclamou ele e eu pude ouvir Riley murmurar “Que novidadee!!” – Bem agora quero que todos se aproximem e descrevam o que sentem

E assim foi, vários alunos cheiraram e descreveram o que sentiram, e eu estava por ultimo na fila

–... Rosas, um perfume doce e livros antigos – disse Remo corado (não me pergunte o motivo, por que eu sinceramente não sei)
– Eu sinto cheiro de chocolate, roupa nova, água do mar e colônia masculina – disse Amber com um sorrisinho tímido (huuuuuuuuum ai tem coisa)

– Bem eu sinto cheiro de café, vinho, c-couro e hor-hortelã – disse Riley chocada, cara serei sincero eu pagaria uma nota pra poder saber o que essas garotas pensam

– Aah que cheiro bom de cerveja amanteigada – disse Sírius dando uma longa fungada na poção, provocando risinhos na turma – sinto cheiro de pirulito, madeira e perfume da Ri... Hãã... Perfume de garota – concertou ele e algumas garotas deram suspiros e por fim chegou a minha vez

– Eu sinto... Cheiro de biscoitos de chocolate, pergaminho velho, bala de morango e... – não pude conter o meu sorriso ao falar o ultimo – Lírios

Assim que sai de perto da poção me atrevi a lançar um pequeno olhar a ruiva e vi que ela tinha uma das mãos na boca e que suas bochechas estavam levemente coradas, e seus olhos me encaram com uma doçura que nunca tinham existido antes. Tive que me conter naquele momento, e quase não consegui deixando escapar um suspiro seguido de um sorriso torto.

O professor nos mandou voltar aos lugares e eu como estava com a cabeça looonge acabei esbarrando em alguem, derrubando seu livro e o meu

– Olhe por anda Potter – disse Ranhoso pronunciando meu nome com nojo se abaixando e pegando o seu livro

– Cale a boca e suma da minha frente – falei pegando meu livro do chão e indo para meu lugar

– Bem alunos, eu tenho ainda uma ultima poção para mostrar a vocês – disse o professor abrindo o armário e pegando dois frascos com algo dourado dentro – esse é uma poção muito peculiar, e uma das mais fantásticas em minha opinião, chama-se Felix Felicis ou como é conhecida – “sorte liquida” ouvi Lílian murmurando – sorte liquida... E bem é o que eu irei oferecer a dupla que me apresentar a poção do morto-vivo mais apresentável

Eu abri o livro na pagina indicada, porem a mesma estava rabiscada, com instruções diferentes. Levantei os olhos do livro e encarei Ranhoso que me encarava furioso, e lancei um sorriso maroto a ele

– Bem Po.. James, eu não irei fazer essa poção sozinha, muito menos ganhar aquela poção por você, então você tem duas opções... Opção A) você não faz nada, eu faço toda e poção sozinha e fico com o premio só para mim, ou opção B) você pode me ajuda a fazer, você entendeu o que eu disse?? A-J-U-D-A-R e de preferência sem fazer idiotices, e podemos dividir o premio... Você quem escolhe – disse ela de braços cruzados

– Aaah mas é claro que eu irei te ajudar ruiva, afinal de contas somos amigos e parceiros não é mesmo?! – falei sorrindo e ela murmurou um “que seja” e começou a fazer a poção

Ela foi me falando e mostrando como deveria ser feito (e foi a parte mais feliz do meu ano, já que era a primeira vez que eu tinha a atenção da Evans só para mim, sem que fosse xingado) e eu ouvi o que ela disse atentamente, porem segui as instruções malucas do livro do Snape, sem que ela visse. E no final das contas, fomos nós quem ganhamos a poção.

Assim que todos saíram da sala e o professor nos entregou as poções e assim que saímos da sala, algo inesperado aconteceu... Lílian pulou no meu pescoço me dando um abraço e eu apertei sua cintura a tirando do chão e a rodando no ar, e assim que a soltei nossos olhos fixaram-se um no outro. Eu encarei profundamente aquelas duas esmeraldas e sorri, ainda segurando em sua cintura, e ela retribuía o sorriso e o olhar intenso, e eu não pude mais me controlar. Segurei firme em sua cintura e me aproximei, fechando os olhos e me direcionando aos seus rosados e convidativos lábios, porem a razão tomou minha mente.

Eu sabia que se a beijasse agora, só estaria dando motivos a ela para me odiar, porem ela já havia se deixado levar pelo momento e eu sabia que se a beijasse agora ela corresponderia à altura, mas não passaria disso, um momento. Então quando nossos lábios estavam tão próximos que chegavam a se roçar levemente, desviei até a sua orelha (passando levemente meus lábios em seu rosto no percurso) e sussurrei “Formamos uma bela dupla, não acha ruiva??”

Senti ela se arrepiar e tentar formular uma frase como resposta, mas só o que saiu de sua boca foi “Hãã... Mas... N-nã... Acho... Hãã...”. Dei uma pequena risada, ainda com meus lábios em sua orelha, a apertei firme contra mim antes de solta-la e a puxar pela mão. Quando eu a soltei ela pareceu... Triste?? Espero que sim... E então joguei a mochila dela e minha por sobre o ombro e corri, ainda puxando ela pela mão. As vezes eu olhava pra trás e percebia seu olhar confuso, então eu disse “Mais rápido ruiva, já estamos atrasados para a próxima aula” como que em um passe de mágica a garota começou a correr como se a vida dela dependesse disso. Chegamos as estufas arfando como se tivéssemos corrido uma maratona trouxa, recebendo olhares curiosos pois ainda estávamos de mãos dadas.

– Hãã... De-desculpe... O atra-traso Pro... Profe-fessora – disse a ruiva ainda arfando e soltando minha mão – nós esquecemos... hãã... O livro na sala comunal hoje de manhã, durante a nossa briga – continuo ela mais recomposta, e o professora pareceu engolir a tal desculpa...

– Aah sim, mas que não se repita – avisou a professora nos indicando os únicos lugares vagos da sala

Me sentei e a aula passou como sempre. Alias o restante do meu dia foi completamente normal, a única coisa que me deixou satisfeito foi flagrar alguns olhares da Lílian sobre mim, mas não eram os típicos olhares de sempre (aqueles do tipo “Quero te matar Potter”), mas um olhar que eu não reconheci...
Assim que chegamos ao salão comunal, depois do jantar eu me sentei em uma poltrona e observei a todos. Foi de longe a cena mais ridícula que eu já vi... Sírius falava pouco e evitava olhar para Riley, enquanto ela conversava com um garoto do quarto ano. Já Remo conversava com Pedro e encarava (muito indiscretamente) Amber, que estava do outro lado da Sala conversando com Alice. Lílian falava sozinha enquanto fazia lição (pena que eu estava longe demais para que eu entendesse o que ela dizia) e eu olhava de um a outro pensando comigo mesmo “O que deu neles??” sinceramente eu queria muito saber, nós nunca sentávamos separados, nem mesmo a Lílian sentava longe de nós, e hoje estávamos um em cada canto... Eu não gosto disso

Depois de um tempo lá tentado decifrar esse povo louco, percebi que só restávamos nós lá, e um por um todos foram para o dormitório, incluindo eu mesmo. Ao chegar lá, vi que meus amigos ainda estavam acordados, mas não se ouvia um PIU se quer de nenhum dos dois (a única coisa que se ouvia eram os roncos do Pedro e do Frank, que já deviam estar no décimo sono)

– Ok... Alguém pode, por favor, me explicar o que está acontecendo?? – perguntei assim que fechei a porta do quarto, recebendo olhares confusos dos meus amigos

– Como assim?? – Remo perguntou se sentando na beirada da cama me encarando com as sobrancelhas franzidas

– Não se façam de desentendidos – disse cruzando os braços encostado na cama do Sírius, que também estava sentado e me encarava com a mesma expressão de Remo

– Desembucha Potter

– Não se faça de desentendido Black... – falei começando a me irritar – Vai me dizer que não tem nada acontecendo?? Mesmo quando você fica sem falar com os outros e evita sua melhor amiga?? E você Remo por que fica encarando a loirinha de cinco em cinco minutos hein?? – nenhum deles respondeu, mas pareceram finalmente entender do que eu estava falando, bufei e fui até a minha cama

Me sentei e encarei os dois, que pareciam tentar responder a minha pergunta. Balancei a cabeça e retirei meu uniforme e coloquei uma calça azul clara, só para não dormir sem roupa (é muito perigoso dividir o dormitório com o Sírius) e depois disso voltei a encará-los

– E aai?? Vão me dizer o que está acontecendo??

– Bom... Eu não sei bem o que falar... Quero dizer, eu sei que fiquei de olho na Clark o dia todo, e também sei que isso não foi tão discreto quanto eu gostaria... Mas eu andei pensando, e acho que o Sírius estava certo – disse Remo encarando o uniforme perfeitamente dobrado em suas mãos

– Sério?? – perguntamos eu e Sírius ao mesmo tempo, ambos incrédulos o que causou risos em Remo

– Sério... – afirmou ele e nenhum de nós falou nada, dando a entender que ele deveria se explicar (afinal de contas, ninguém da razão ao Sírius sem uma ÓTIMA explicação) – Em relação a nunca me declarar para a Amber... Eu realmente queria contar a ela, mas nós nunca daríamos certo, afinal de contas quem amaria alguém como eu?? – perguntou ele com um sorriso triste

– Não comece com isso Lupin... Você acha mesmo que se ela realmente gostar de você isso vai importar?? Ou impedir?? Por favor, pare de ser tão ridículo e pare de inventar desculpas, por que isso não vai te ajudar... – disse Sírius irritado e nós dois o encaramos espantados, isso não é algo que ele costuma fazer...
– Aah claro!! Olhem só Senhoras e Senhores quem resolveu bancar o moralista!! – disse Remo se levantando e abrindo os braços como se estivesse falando com a platéia – Justo o cara que é afim da melhor amiga e nem consegue olhar pra ela!! Por favor Sírius, você não tem moral alguma para me chamar de covarde, levando em consideração que você é tão corajoso quanto eu... – disse Remo irritado e Sírius se levantou também encarando o garoto com a mesma intensidade

– Não queira confundir as situações Remo e não me chame de covarde... Eu vou te dizer uma coisa, o único motivo que impede que a Riley esteja comigo é ela mesma, e você sabe muito bem disso... Mas você Remo, você que é tão inteligente deveria saber, que o único motivo que impede que você e a Clark estejam juntos é você mesmo – disse Sírius e o olhar de raiva que Remo exibia foi substituído por um olhar profundo, e por fim o garoto suspirou e se sentou na cama encarando o chão

– Desculpe... Eu sei que as situações são diferentes, e talvez vocês estejam certos, mas eu não sei se aguentaria a reação dela ao descobrir entende? Se ela gritar e me chamar de monstro, eu... – ele terminou a frase com um longo suspiro
– Aaah Remo... Qual é!! É da Clark que estamos falando, é da loirinha revoltada e com mente conspiradora de quem estamos falando!!! Você acha mesmo que a garota que quase fez uma greve escolar, para que as garotas pudessem jogar quadribol, mesmo odiando qualquer esporte, iria fugir e ter medo de você?? Só pra tua cara mesmo – ironizei dando um sorriso debochado para o meu amigo, que apenas deu uma risada...
A loirinha era mesmo algo diferente, ela e as amigas dela (o trio parada dura) eram com certeza a maior dor de cabeça pro universo... Nunca conheci garotas mais complicadas em toda a minha vida

– Não sei, realmente não sei... Mas vou pensar no assunto, mas e quanto a você Sírius?? – perguntou Remo cruzando os braços e encarando o moreno a sua frente, e ao ver que Sírius fazia cara de desentendimento continuou – O que vai fazer em relação a Runt??
– Nada
– Nada?? Como assim nada?? – perguntei irritado, e ele apenas deu de ombros
– Não há nada que eu possa fazer, não é como se eu fosse correspondido... Não é como se eu tivesse uma chance – disse ele e nem seu rosto e nem sua voz expressavam sentimento algum

Nós nada dissemos, afinal ele estava certo. Não é como se a Riley se interessasse por ele. Escovei os dentes e evitei encarar meu amigo, sabia que ele não queria ver a pena estampada em nossa expressão, e fechei as cortinas, gritando a eles um Boa noite lá de dentro. Pobre Sírius, com tantas garotas pra se apaixonar ele se apaixonou justo pela Riley. Fechei meus olhos e me remexi um pouco, mas nada do sono... Encarei o nada por alguns minutos até que sua imagem se fez presente em minha mente.
Sorri me lembrando de nosso quase beijo e de nossa quase amizade. “Cara como eu amo essa ruivinha...” foi meu ultimo pensamento antes de virar de lado e adormecer...