Voltando para a Toca
Na semana do natal os seis adolescentes foram para A Toca, onde passariam também o ano novo. De lá Luna iria, acompanhada de dois aurores, voltar para a casa de seu pai que era de certa forma até próximo a Toca. A Sra. Longbottom iria para A Toca e ficaria hospedada na mesma junto com Lupin e Tonks.
-Você acha que eles vão se ajeitar? – perguntava Gina a Harry quando estavam sentados no jardim da toca apreciando o dia.
-Com certeza! Eles sempre brigam e depois fazem as pazes.
-Tá Harry mas eu to falando se ajeitar como mais que amigos – disse a fazendo carinho no cabelo do garoto.
-Como assim? – perguntou Harry – você acha que tem alguma chance deles ficarem juntos?
-Tenho certeza!
-Pera! A Mione gosta do Rony assim?
-Harry você é o melhor amigo dela achei que tinha percebido po!
-UAI, mas eles só brigam!
-Harry, Harry, as vezes você é mais lerdo que o próprio Rony – disse a ruiva rindo – não vê que é uma forma de demonstrar amor?
-Não... eu não entendi Gina – disse Harry se levantando do colo da garota e assentando-se ao seu lado.
-Harry, o ódio e o amor caminham juntos. Já percebeu o quanto Hermione fica mal quando eles brigam? Na verdade ela não chora por causa da briga, sim porque não consegue esquecer o idiota do meu irmão! E no caso do Rony, ele parece até gostar das brigas, mas é só porque assim ele consegue a atenção da Mione...
-Nossa mas ele é burro ou o que?
-Me arrisco a dizer que Mione tiraria um D de deplorável se nas NOM’S tivesse a matéria “relacionamentos amorosos”
Harry e Gina riram bastante do comentário.
-Se eles se gostam eles faram as pazes logo logo!
-Assim eu espero – disse Gina – estou realmente cansada de dormir com Hermione chorando.
-A gente vai continuar brigado? – perguntou Rony se aproximando de Hermione que chorava no telhado da Toca.
A garota não respondeu. As palavras que ele havia dito a tocou, dessa vez, como nunca antes, mas qual era o problema? Por que ela tinha que ficar tao mal por uma simples discussão? O problema era que ela não entendia... ela não entendia como era tão fácil entender Runas, transfiguração ou DCTA, ela não entendia como era tão fácil entender Matemática, história ou biologia, e como era tão difícil entender o que se passava no seu coração quando estava próximo ao ruivo.
-Mione olha... você não tem noção o tanto que eu fico mal quando você chora... ainda mais por bobagens que eu falei – ele se assentou do lado da garota e a abraçou.
Ele odiava aquilo, odiava o jeito que seu coração acelerava quando estava perto da morena, odiava o jeito que ele se sentia quando brigava com ela, ele odiava quando a via chorando. Ele odiava o jeito que ela era carinhosa, ele odiava quando a garota dava uma de sabe-tudo, ele odiava, odiava e odiava o não conseguir odiá-la por tudo aquilo.
“Eu vou ser forte, eu não vou retribuir, eu vou ser for...” mas aqueles pensamentos não duraram nem mesmo dois segundos. O jeito que o ruivo a envolvia nos seus longos e cuidadosos braços era tudo o que ela precisava, o cheiro do garoto era de um aroma tão Ronald Wesley, uma combinação de grama cortada com pasta de dente de hortelã e shampoo de criança.
Ficaram assim por um bom tempo, apenas sentindo um ao outro.
-Rony.. me desculpa ta? – sussurrou Hermione para o garoto.
-Não tem que pedir desculpa Mi, o otário fui eu... – respondeu o garoto - eu nunca devia ter falado aquilo pra você, eu fui um monstro e..
-Não Rony entenda você – a garota levantou o rosto para alcançar os olhos do garoto – eu, eu me sinto muito mal com as nossas brigas – os olhos da garota encheram de agua mas ela continuou – eu não sei porque mas o que eu sinto quando eu to com você é tão tão confuso...
-Confuso como ?! – a morena já ia responder o garoto quando ele continuou – é como se oscilassem dois opostos...
-É como se eu quisesse dizer eu te odeio e eu te amo ao mesmo tempo... e eu – a morena suspirou fundo e continuou – e que eu sinto com você não é como o Harry, eu amo o Harry ele é como um irmão pra mim mas com você é como se...
-É como se isso não bastasse... Mione eu acho que, acho que te amo como mais que amigo.
- Eu não Ronald... eu tenho certeza.
Depois de uma declaração dessas era de se esperar um belo beijo apaixonado e muitos, muitos sorrisos e caricias. Ficaram ali por mais uma ou duas horas, até o sol dar espaço para a lua brilhar.
Já era 19horas quando Hermione e Rony foram voltaram para dentro de casa, Harry dormia ao lado de Gina na rede do quintal, Neville havia ido visitar os pais no St. Mungus e a senhora Wesley preparava o jantar na cozinha da Toca junto a Tonks.
Sr. Wesley chegou em casa bem na hora do jantar, acompanhado de Fleur, Gui e os gêmeos.
-Fleur, Gui que surpresa adorável – dizia a sra.Wesley enquanto abraçava os dois.
-Muito obrigada Sra. Wesley, é um prazer visitar vocês também!
-Fleur o que aconteceu com seu sotaque francês? – perguntou Fred enquanto cumprimentava Hermione e Gina.
-Melhorou muito desde que começou a trabalhar na escola dos garotos – respondeu Gui – ah’ por falar nisso, Harry preciso conversar com você!
-Claro Gui – respondeu o moreno cumprimentando o garoto e logo em seguida os gêmeos.
-Mas só depois do jantar, vão todos lavar as mãos enquanto eu coloco a mesa!
Como era de se esperar todos foram obedecer a ordem de Molly Wesley, só um louco para desafiar aquela mulher.
-Mãe o jantar estava realmente esplendido – disse Fred.
-Acho que deveríamos vir mais aqui maninho – disse Jorge se referindo a Fred.
Com o sucesso das Germialidades Wesleys os gêmeos quase não vinham mais para a Toca, dormiam em um apartamento no próprio beco e comiam comida enlatada quase todas as noites. Gui e Fleur moravam juntos em um singelo apartamento em um bairro trouxa, próximo a Trilyes College e que tinha um fácil ponto de acesso ao beco diagonal onde Gui trabalhava (no banco de Gringotes).
Mais tarde a noite, Sr. Wesley conversava com os gêmeos sobre algum tipo de negocio novo que estava para entrar no mercado. Tonks, Molly e Gina arrumavam a bagunça da cozinha e Gui chamava, junto a Lupin, Harry para conversarem sobre algo importante. Havia também um casal um tanto quanto “fofo” estava no jardim da toca trocando sorrisos e beijos.
- Então Gui pode mandar a bomba – disse Harry brincando.
-Harry por favor, o assunto é serio – disse Lupin.
O garoto parou de rir na mesma hora e sentiu um grande aperto no coração. Mas o que seria? Voldemort? Ou...
-Harry gostaria de conversar com você sobre a sua conta no Gringotes.
-O que tem ela Gui? – perguntou o moreno.
-Harry alguma vez você já entrou no seu cofre para realmente ver o que tem la dentro? – perguntou Lupin.
-Não, eu sempre vou, pego alguma quantia satisfatória e vou embora.
-Pois bem – quem falava agora era Gui – com tempo que tenho trabalhado em Gringotes percebi que alguns cofres são inspecionados pelo ministério, principalmente aqueles de pessoas que morreram e não deixaram herdeiros ou de comensais da morte que estão presos.
-E o que isso tem haver comigo?
-Harry você é inteligente e deveria ter mais cuidado com o que é seu, fui com um grupo de aurores ao seu cofre a algumas semanas e o que encontramos foi muito surpreendente.
-Além de muito ouro, você herdou três imóveis trouxas e outros três bruxos, um numero incontável de joias , objetos valiosos e muitos documentos. Dentre eles Harry havia uma chave, uma chave para um cofre no banco de Pedro Silva.
-E que banco é esse?
-É o banco dos bruxos do Brasil. Como o nosso Gringotes, o que quero dizer Harry é que você deveria tomar mais cuidado com o que é seu, já foram três tentativas de invadir o seu cofre em Gringotes nos últimos meses, claro que todas foram fracassadas mas...
-A questão é que além de uma grande fortuna você também objetos valiosos com magias antigas que nem mesmo eu acreditaria se não visse. E achamos que você deveria ter mais zelo pelo seu dinheiro e pelas joias da sua família. É o mínimo de se esperar de um dos caras mais ricos da Inglaterra.
-Calma ai gente tem bastante dinheiro mas nem é tanto assim – falou o garoto ainda meio confuso.
-É ai que você se engana Harry. Se você permitir posso fazer uma relação de bens e depois te apresento a real herança que você tem naquele cofre, mas posso lhe assegurar que é muito mais do que qualquer um imagina!
-Gente mas meus pais nem eram tão ricos assim!
-Seus pais não Harry, mas seus avós sim, e a partir do momento que eles morreram e seus pais também os cofres se juntaram formando uma quantia que se não me engano beira a 120 milhoes de galeões somente em barras de ouro.
-O QUE? – perguntou Harry simplesmente abismado. Ele não tinha todo esse dinheiro, não tinha como!
-Exatamente Harry, por isso estamos alertando – disse Lupin colocando a mão no ombro do garoto.
-Gui, você tem permissão para avaliar todos esses preços e depois me falar?
-Se o dono do cofre, no caso você, assinar um contrato me autorizando a agir como um contador ou administrador do seu cofre posso – respondeu o garoto mostrando um pergaminho para ele.
Harry sem pensar duas vezes assinou o papel e agradeceu aos dois amigos pela preocupação.
-Harry! Vem ver isso! – disse a namorada do moreno o puxando para perto da janela.
-Calma Gina esses são...
-Aham! Mione e Rony – completou a garota abraçando o namorado irradiando alegria.
Via-se, logo atrás de alguns arbustos, Mione e Rony de mãos dadas caminhando pelo campo. Paravam de andar algumas vezes para dar espaço a longos e calorosos beijos, mas logo depois voltavam a caminhar. Era uma cena maravilhosa!
-Eles se merecem – disse Gina antes de beijar o namorado.
-Ei Harry irmãozinho não tem medo da morte não? – perguntou Gui interrompendo o beijo e lançando ao garoto um olhar maligno que deu medo até mesmo em Gina.
Foi ai que Harry percebeu que suas mãos apertavam fortemente as coxas da namorada. Tratou logo de tira-las de lá.
-Mas tava tão bom – sussurrou Gina no ouvido de Harry com um sorriso malicioso no rosto.
-Eu que o diga...- disse o moreno voltando a beija-la.
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