A Poção Polissuco



|Título: Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta


 |Sinopse: 2ª temporada da série "Os Gêmeos Potter". Em seu segundo ano em Hogwarts, os gêmeos encontram novos mistérios e aventuras. O que era a voz na parede? Quem estava por trás dos ataques aos alunos? Mais uma vez, Hogwarts trazia a eles muito mais do que aulas de magia.


|Disclaimer: Harry Potter e seus personagens pertencem apenas à Tia Jô. Peguei emprestado apenas, e dei o meu toque pessoal. Espero que gostem! ^^


|Escrita por: Gaby Amorinha


|Betada por: Sem Beta


|Classificação: 14+


|Gêneros: Ação, Amizade, Aventura, Escolar, Fantasia, Ficção, Magia, Mistério, Romance e Novela, Shoujo


|Alertas: Heterossexualidade, Spoilers


|Shipps: Percy/Penélope


|Capítulo 11 




 Lumus!


 Olá leitores.


 Não tem jeito de escrever essa nota de abertura a não ser tratando da frequência de postagens de hoje em diante. Desde o dia primeiro desse mês eu voltei com as aulas da faculdade, semana que vem minhas férias do estágio acabam, puxei uma iniciação científica e ainda tenho meus livros pra escrever, e entre livros e fanfic eles são prioridade. Isso quer dizer que de hoje pra frente até o fim de novembro vai ficar bem complicado de postar, mas eu não vou parar, só vai demorar mais. Por favor, continuem aqui firmes e fortes e comentem pra mim sempre que possível, pois eu estou realmente me esforçando para terminar esses capítulos para vocês.


No mais, espero que se divirtam. 


Boa leitura,


Gaby Amorinha 




 Capítulo 12 - A Poção Polissuco


 Harry notou, logo de cara, duas coisas na sala de Dumbledore: primeiro, os retratos de diretores espalhados para todos os lados, todos com figuras adormecidas contra as molduras. E em segundo, o Chapéu Seletor. Estava ali, bem do lado, à distância de um toque. Harry não pode deixar de pensar se, caso colocasse o chapéu de novo, ele teria mudado de ideia. Se o Chapéu decidiria mandá-lo para a Sonserina, afinal, tinha pensado nisso.


- Caraminholas na cabeça, Sr. Potter? – o Chapéu perguntou.


- Só estava me perguntando se você me pôs na casa certa.


- Eu não retiro o que disse. Você poderia sim ser grande na Sonserina.


Harry engoliu em seco. Não podia acreditar nisso. Não ia acreditar.


- Está enganado.


Ele deu as costas ao chapéu e voltou a caminhar pela sala. Havia toda uma sorte de diversos apetrechos mágicos espalhados pelo local, coisas que Harry não fazia a menor ideia de pra que serviam, e então, ele viu um pássaro em um poleiro. Vermelho, provavelmente fora muito belo um dia, mas agora estava velho e despenado.


E pegou fogo.


Assim, do nada, simplesmente pegou fogo. Harry olhou surpreso, e se virou, pensando em correr para ir embora antes que fosse culpado de mais algo que não havia sido sua culpa, quando Dumbledore apareceu.


- Professor! Professor, seu pássaro! Ele... Ele pegou fogo! Eu não pude fazer nada, juro, eu...


- Ah! Já não era sem tempo. – Dumbledore respondeu, sorrindo, para a surpresa de Harry. – Veja Harry, Fawkes é uma fênix, uma ave mágica capaz de carregar pesos incríveis, muitíssimo fiel e com lágrimas de propriedades curativas. Fênix são aves imortais. Quando chega a hora de morrer, elas simplesmente pegam fogo... e renascem das cinzas. Já estava com uma aparência horrível há dias. Venho dizendo a ela para se apressar. Veja!


Harry olhou para o bolinho de cinzas no poleiro e dele surgiu um filhote de pássaro, também muito feio, mas muito vivo, o que era aliviante. Dumbledore indicou a cadeira para que Harry se sentasse, e o garoto se perguntou se era agora que seria expulso, quando a porta do escritório se abriu e Hagrid entrou extremamente afobado, segurando uma galinha morta pelos pés.


- Não foi ele Dumbledore, não foi! Segundos antes ele estava falando com Wood, o capitão do quadribol, eu vi!


- Hagrid...


- Estou disposto a jurar em julgamento se for o caso, estou sim.


- Hagrid...


- Harry não faria uma coisa dessas, o senhor sabe, e...


- Hagrid!


O guarda-caças parou de falar. Dumbledore se levantou e pôs as mãos nas costas de Hagrid, começando a guiá-lo para a porta.


- Eu sei que não foi o Harry. Mas ainda assim preciso falar com ele. Então, por favor...


- Ah. Ah, claro, eu... Hm... Bem, com licença.


Hagrid saiu. Harry não tinha palavras para agradecer a Dumbledore por acreditar em sua inocência. Era um milagre.


- O senhor acha que sou inocente? – Harry perguntou, boquiaberto. Dessa vez tinha certeza de que ia ser expulso!


- Sim. Mas ainda assim... Gostaria de saber se tem algo que gostaria de me perguntar. – o diretor disse, olhando para Harry por cima dos óculos de meia-lua como se pudesse ver dentro da alma do rapaz.


Harry pareceu gelar. Tinha muita coisa que queria poder perguntar a alguém, coisas envolvendo Draco, a Câmara Secreta, sua ofidioglossia... Mas em vez disso, ele deu outra resposta.


- Não senhor. Nada.


 ...


Não foi surpresa que praticamente todos os alunos se inscrevessem para passar o natal em casa. Harry, Rony, Hermione e Ash obviamente ficariam em Hogwarts, uma vez que Draco também estaria por algum motivo. Era a oportunidade perfeita. Draco tentou não parecer decepcionado ao receber a carta dos pais para ficar em Hogwarts, e em vez disso apenas convenceu Crabbe e Goyle a acompanhá-lo. Pansy, por outro lado, se voluntariou por conta própria para ficar na companhia do amigo.


Levando em conta Percy, Fred, Jorge e Gina que abriram mão de ir visitar Gui no Egito, parecia que seriam apenas eles por ali. Assim, a manhã de Natal que já estava excelente pelo colégio vazio e ausência de olhares recriminadores para Harry, ficou ainda melhor quando Hermione apareceu no dormitório de Rony e Harry trazendo uma Ash semiadormecida com ela.


- Acordem! A Poção está pronta.


- Hermione? – Rony chamou, meio adormecido. – Você não deveria estar aqui.


A menina deu de ombros. Ela tinha presentes para eles, assim como Ash. Todos trocaram presentes entre si, ganhando também suéteres e bolos caseiros da Sra. Weasley, bolinhos de Hagrid que deixaram amolecendo na frente da lareira, docinhos sem açúcar dos pais de Hermione, e até Edwiges e Morgana apareceram, trazendo presentes dos Dursley.


- Voltou a falar comigo? – Harry perguntou, acariciando a cabeça da coruja. Estava aliviado por isso, mas não pode deixar de sentir um peso na consciência ao vestir o suéter da Sra. Weasley. O carro ainda estava desaparecido, e agora eles iam quebrar ainda mais regras. E dessa vez... Dessa vez, se fossem pegos, estariam expulsos. Tinham roubado o armário de Snape. Não teria como se safar dessa. 


... 


Apesar do súbito pânico de tomar a Poção Polissuco, era no mínimo impossível não se alegrar com a decoração de natal de Hogwarts. O Saguão Principal estava surpreendentemente vazio. Na mesa da Grifinória, Fred e Jorge riam após ter enfeitiçado o broche de Percy para dizer “Cabeça de Alfinete”, mas ele não parecia notar, escrevendo uma carta de feliz natal que Gina viu por cima do ombro do irmão ser para Penélope Clearwater. Harry, Rony e Hermione estavam preocupados em não parecer muito suspeitos, mas Ash encarava a mesa da Sonserina como se pudesse furá-la com os olhos.


- O que está fazendo? – Harry perguntou para a irmã em um sussurro.


- Vocês tem personalidades fáceis de imitar. Os três só precisam parecer burros e brutos, Hermione inclusa. Se bem que ela pode ter alguma dificuldade com isso. Eu, por outro lado, estou tentando observar a Pansy pra ver se eu vou ter que atuar um pouco melhor. Ela, Draco e Blásio possuem alguma inteligência, se quer saber.


- Brilhante. – Rony murmurou em resposta. – E então? O que descobriu?


Com uma cara de nojo ela indicou a mesa da Sonserina, e os amigos levantaram a cabeça para ver o que acontecia lá.


- Aceita pudim? – Pansy perguntou ao Draco. O loiro estava escorado no banco como se fosse um rei. A menina serviu pudim para ele e pegou uma colherada, o oferecendo na boca.


- Opa. – Rony murmurou. – Sinto muito.


- Ela está apaixonada. – Ash comentou, como se tivesse acabado de dizer que o céu era roxo. – Eu não quero fingir que estou apaixonada. Vou vomitar meu jantar! Quero desistir. Quer dizer, se ao menos Draco fosse como Olívio e cortasse as asas dela, mas não, ele está se aproveitando! Ela está dando pudim na boca dele!


- Pera. O que tem o Olívio? – Rony perguntou. Ash corou e enfiou um bolinho na boca.


- Nada. – ela respondeu, de boca cheia. – Por favor, me livra dessa.


- Nem pensar. Os quatro ou nada. – Rony comentou. Parecia prestes a rir da cara dela, mas se segurou por um pingo de pena.


Mais tarde, Hermione guiou os três para fora do Saguão, para discutir os últimos detalhes.


- Ainda precisamos nos livrar de Crabbe, Goyle e Pansy. Eu e Ash temos os cabelos, pegamos no Clube de Duelos, mas vocês precisam pegar. – ela tirou dois bolos de chocolate do bolso e entregou a Rony e Harry. – Recheei com poção do sono. Façam os dois babacas comerem, tranquem eles em algum lugar e peguem os sapatos. Consegui roupas da Sonserina na lavanderia. Você – ela disse, se virando a Ash. Pegou outro bolinho do bolso, mas esse era em forma de coração escrito “Feliz Natal” em cima. – só precisa fazer ela achar que é presente do Draco.


- Você sabia! – Ash acusou, pegando o bolinho.


- É claro. Estive os observando há semanas, não sei como só pensou nisso agora. Eu vou esperar no banheiro. Boa sorte a todos, e nos vemos mais tarde!


E ela foi saindo em direção ao banheiro da Murta, deixando o trio para trás.


- Ainda bem que ela pensa em tudo, não é? – Harry comentou. – Quer dizer, o que pode dar errado?


- Sinceramente. Você quer que eu responda? – Rony perguntou em resposta.


...


 Apesar da previsão realista de Rony, as coisas começaram bem. Crabbe e Goyle foram suficientemente tapados para comer dois pedaços aleatórios de bolo deixados no Salão Principal, e tudo que a dupla teve que fazer foi arrastar os dois para uma sala, pegar os sapatos e trancá-los lá dentro. Ashley teve um pouco menos de sorte, mas Pansy era tão boba apaixonada quanto parecia que era, e acabou comendo o bolinho.


- Como pode ser tão burra? – Ash murmurou, ignorando que, se o bolinho parecesse ser de Olívio, ela provavelmente teria comido.


Com a ajuda de Harry e Rony a garota escondeu a sonserina em um corredor, para que, ao acordar, ela pensasse que simplesmente tinha caído no sono ali.


Então o trio correu até o banheiro.


Hermione já tinha separado a poção em quatro copos. Rapidamente o grupo trocou as roupas para as da Sonserina e pegaram seus fios de cabelo.


- Prontos? – Hermione perguntou, colocando os cabelos na poção que mudou instantaneamente para um tom doentio de amarelo. A de Harry mudou para cáqui cor de piolho, a de Rony para um castanho encardido e escuro e a de Ash para um verde musgo lembrando uma comida que tinha ficado parada até mofar.


- Eca. – Rony resmungou, pegando seu copo. – Essência de Crabbe.


- Prontos. – Harry respondeu, olhando para os amigos. Então, contando até três mentalmente, eles beberam.


A sensação era de que iam vomitar, e por isso mesmo acabaram correndo para boxes separados. Primeiro veio o enjoo, depois muita falta de ar, e então sentiram como se suas peles estivessem borbulhando e derretendo. Por fim, acabou.


Harry se levantou desnorteado e saiu do boxe, trocando os sapatos que estupidamente esquecera-se de trocar antes, e agora estavam muito apertados. Meio minuto depois Rony saiu, e ambos se olharam surpresos. Estavam a cara de Crabbe e Goyle.


- Caramba... – Rony murmurou.


- Exatamente. – Harry concordou. – Meninas?


Uma porta se abriu e Pansy, ou melhor, Ash, saiu. Ela parecia muito vermelha e respirava com dificuldade.


- Você está bem? – Harry perguntou.


- Aaahm... Bem... Prometam que não vão rir.


Harry e Rony concordaram com a cabeça.


- Ela usa o sutiã dois números maior do que o meu. Eu não consigo respirar, tá apertado.


Os meninos se olharam, sem saber como reagir.


- Ah, bem... Por que não tira? Quer dizer, blusa, suéter, vai fazer diferença?


Ash fechou a cara suficientemente irritada para que os dois não insistissem no assunto.


- Hermione? – Rony chamou.


- Ah... Eu não vou. – ela respondeu.


- Nem pensar! – Ash frisou. – Os quatro ou nada, lembra?


- Vão sem mim, eu não vou!


Ash estava completamente boquiaberta.


- Se ela pode dar pra trás eu também posso, né? – a garota perguntou, ansiosa.


- Nem pensar, se ela não vai então precisamos de você. E rápido, estamos perdendo tempo!


- Mas...


Ela não conseguiu discutir. Harry e Rony a pegaram pelos braços e começaram a arrastá-la banheiro afora.


...


 Foi mais difícil do que esperavam se fazerem de burros. Depois de Rony rir por achar engraçado ver Goyle “pensando”, e corrigirem Crabbe por precisar andar um pouco mais “duro”, acabaram conseguindo uma imitação aceitável. E então, se deram conta de que não faziam ideia de onde era a sala comunal da Sonserina.


- Eu não acredito! – Ash murmurou, enquanto se escondiam em um corredor das masmorras para evitar Percy. – Como pudemos deixar escapar um detalhe desses? Como?


- Tudo bem. – Harry comentou, tentando não parecer nervoso. – É só andarmos, vamos acabar encontrando alguém.


- A poção não vai durar pra sempre, Harry. – Rony murmurou. – Talvez fosse melhor a gente voltar, e...


- EI!


O trio gelou. Engoliram em seco e se viraram, vendo Draco vir na direção deles. O garoto andava com a pose ainda mais erguida e o nariz mais em pé do que no restante do castelo.


- Estavam se empanturrando no salão até agora? – ele perguntou ao trio. Por mais estranho que parecesse, estavam realmente felizes e aliviados de encontrar Draco. – E você, Pansy, acabou?


Ela quase respondeu de forma muito agressiva, até se lembrar de que precisava atuar. Tentou não fazer uma careta de nojo ao responder.


- Acabar o que, exatamente? – ela perguntou, o mais distraída que pode.


- Aquela pesquisa. Você sabe. Aquela.


- Ah! Ah... Não. – ela respondeu, sem pensar. Se dissesse que sim, não teria nada para entregar a Draco, então era melhor que ele soubesse que ela não tinha acabado o que quer que fosse.


- Hm. Não me surpreende. Eu não consegui também. Eu acabei pedindo ao Zabini, você sabe – o sonserino comentou, começando a andar corredor adentro. O trio se apressou a segui-lo. – mas não acho que ele vá conseguir algo. Isso é perda de tempo. Se meu pai não fosse tão chato!


Ainda seguiram Draco por algum tempo. Ash percebeu que estava ficando muito para trás e Rony a deu um cutucão nas costas, a fazendo se adiantar e caminhar mais próxima de Draco. Acabaram chegando a um trecho de parede lisa e úmida.


- Aquele Peter Weasley... Caminhando pelos corredores, aposto como acha que vai pegar o herdeiro de sonserina sozinho. Arrogante...


Por muito pouco, eles não se olharam. Da forma que Draco falara, parecia até que ele não era o herdeiro. Mas é claro que ele era. Ele TINHA que ser, senão, quem seria?


- Qual era a senha? – o loiro perguntou. Harry e Rony apenas continuaram com cara de retardados e Ash estava pronta para dizer que tinha esquecido, quando o próprio Draco se lembrou. – Ah! Puro-sangue!


Uma porta escondida na parede deslizou ao comando de Draco, e logo o trio se viu dentro da sala comunal da Sonserina.


A masmorra ficava visivelmente debaixo do lago. As lanternas eram redondas e esverdeadas, a lareira estava acessa e era possível ver alguns alunos espalhados pela sala comunal. Vários estavam sozinhos, mas nos cantos era possível perceber alguns casais tão grudados que seria impossível separá-los sem uma espada.


- Flint. – Draco resmungou baixinho, olhando para um dos casais. – Ele que se anime demais no sofá pra ver... Snape proibiu esse tipo de coisa na área comum da sala comunal. Eu amaria ver ele se ferrar pra variar.


Ash, Harry e Rony se acomodaram em um dos sofás, um pouco sem graça, e viram Draco pegar um jornal e entregar ao trio.


- Isso vai animar o dia de vocês.


Mais uma vez, os três evitaram se olharem, e leram a notícia estampada na capa.


 


INQUÉRITO NO MINISTÉRIO DA MAGIA


 


Arthur Weasley, Chefe da Seção de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas foi multado hoje em cinquenta galeões, por enfeitiçar um carro dos trouxas.


O Sr. Lúcio Malfoy, membro da diretoria da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde o carro enfeitiçado bateu no início deste ano, pediu hoje a demissão do Sr. Weasley.


“Weasley desmoralizou o Ministério” – declarou o Sr. Malfoy ao nosso repórter. “Ficou claro que ele não está qualificado para legislar, e o seu projeto de lei para proteger os trouxas deveria ser imediatamente esquecido.”


O Sr. Weasley não foi encontrado para comentar essas declarações, embora sua mulher tenha dito aos repórteres para se afastarem da casa e ameaçado mandar o vampiro da família atacá-los.


 


- Por que não estão rindo? – Draco perguntou. Harry e Rony riram, o que pareceu aceitável para Draco. Talvez os dois sempre fossem lerdos para entender as coisas. Ash ainda não conseguia rir pois ainda não conseguia respirar.


- Você está bem? – Draco perguntou, pegando o jornal de volta.


- Sim. – ela respondeu, sem pensar.


- E por que está sentada aí? – o loiro perguntou, se sentando no outro sofá e ajeitando uma almofada, deixando claro que ela devia estar ao lado dele. A garota olhou nervosa para os outros casais da sala comunal, e ia inventar uma desculpa, mas Rony a beliscou discretamente e ela foi.


Ash percebeu que nunca tinha chegado tão perto de Draco antes, e a sensação era a de estar do lado de um ogro que gostasse de comer carne humana. Estava desesperada pra sair correndo na direção contrária. Ele cheirava a colônia cara, jardim bem cuidado e prata polida.


Ela queria vomitar.


- Esse Weasley... – o rapaz comentou, passando o braço pelas costas do sofá. Ash se contorceu para longe. – Devia quebrar a varinha e se juntar aos trouxas, se gosta tanto deles. Esses traidores do sangue, e sangues-ruins, como aquela Granger, deviam todos ser mandados embora. Expulsos.


Nenhum deles disse nada, e Draco escolheu esse momento para ver que “Pansy” estava se afastando dele.


- O que há com vocês?


- Não consigo respirar. – ela se apressou a dizer, o que não deixava de ser verdade.


- Então vá para a Ala Hospitalar e dê um chute naqueles sangue-ruins por mim. O idiota do Creevey... “Posso tirar uma foto sua, Potter?”, “Posso pegar um autógrafo?”, “Posso lamber seu sapatos?”.. – ele imitou de uma forma cruelmente fiel.


Os dois forçaram uma risada. Draco pareceu aceitar a falta de ar de “Pansy” como uma desculpa.


- Dumbledore está tentando abafar o caso. Outro imbecil, o Dumbledore. Papai disse que ele foi a pior coisa que já aconteceu a Hogwarts, mas querem saber? Eu discordo. Potter é pior. Aqueles gêmeos... Menino idiota, garotinha insolente... O que eu não daria pra dar um sumiço nos dois? E tem gente que acha que ele é o herdeiro de Sonserina.


- Você não sabe quem é? – Goyle/Harry perguntou no instinto.


- Eu sei que você é burro Goyle, mas isso é demais! Não! Sinceramente! E, Pansy, você precisa descobrir pra mim.


- Eu... Eu estou tentando. – ela disse, com alguma dificuldade.


- Não está tentando o suficiente! – apesar da arrogância, Draco parecia realmente preocupado. Invejoso, provavelmente. – Meu pai não quer me contar nada da última vez que a Câmara foi aberta, só que o culpado foi expulso, ainda deve estar em Azkaban...


- Azkaban? – “Goyle” perguntou.


- Sim, Goyle, Azkaban, a prisão dos bruxos. Meu pai me disse pra ficar de fora. Disse que já tem atenção demais em cima da nossa família, com as revistas do Ministério e todo o resto... Ainda bem que temos nosso esconderijo no porão. Papai disse também que da última vez um sangue-ruim morreu. Espero que seja a Granger dessa vez. – ele resmungou, o lábio tremendo de raiva.


Foi o bastante. Ash se levantou de uma vez.


- O que FOI?


- Ala Hospitalar. – ela respondeu às pressas, ainda sem respirar direito. – Vou levar eles comigo. Você sabe. Vai que eu apago no meio do caminho.


E saiu correndo, com os amigos atrás. 


... 


- Ao menos – Rony disse, já no banheiro da Murta. A poção perdera seu efeito e estavam os três de volta ao normal, vestindo suas roupas novamente. Tinham deixado os três desacordados no salão principal, ainda com a poção em funcionamento, mas prestes a perder seu efeito. – descobrimos que ele tem um esconderijo debaixo da sala de estar. Vou escrever a papai amanhã contando pra ele. Além de pegar eles de jeito, Lúcio vai ficar uma fera por Draco, supostamente, deixar isso escapar na mesa do café da manhã. – em seguida, o ruivo parou à frente do boxe que Hermione ocupava. – Mione, sai, temos um monte de coisas para contar.


Quem saiu, porém, foi a Murta, e parecia muito divertida com algo.


- Esperem só para ver! Está horrível... – ela comentou, rindo. O trio se entreolhou e abriu a porta.


Os três pararam de respirar por um segundo.


Hermione agora tinha orelhas de gato, nariz de gato, e estava coberta de pelos pretos dos pés à cabeça.


- A poção não foi feita para transformar animais, só funciona com pessoas, e... E era pelo de gato na roupa de Bulstrode... – ela comentou. – O que eu vou fazer?


Obviamente, precisavam leva-la à Ala Hospitalar, mas o medo de Hermione era compreensível.


- Madame Pomfrey nunca pergunta demais. – Rony a acalmou, começando a puxá-la em sua direção. – Vai ficar tudo bem, vamos te levar até ela.


Ainda demorou um pouco para convencê-la, mas conseguiram, e então Murta se despediu com uma risada e um comentário final.


- Esperem só até verem seu rabo!  




 Vamos às notas finais!


Escrever esse capítulo se provou muito divertido porque eu amo qualquer coisa que envolva o Draco (own meu mocinho lindo) e amo mais ainda escrever cenas onde ele está se ferrando, porque né, qual a graça de escrever se personagem nenhum sofre? KKKKKKKKKK

Sobre Pansy, garotas de doze anos se apaixonam gente, fato. A maiora das meninas da escola está no momento babando litros no Gilderoy, mas temos exceções, como Ash, platônicamente apaixonada por Olívio, e Pansy, apaixonada por alguém que está se aproveitando disso e que com certeza vai se aproveitar bastante ainda.

Espero que tenham gostado desse capítulo


Beijos e abraços 


Gaby Amorinha 


Nox!

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