Um nome entre tantos
Capitulo 03: Um nome entre tantos
– Me diga uma coisa Edmund. – Disse Carol. – Desde quando usa sua varinha?
– Hoje foi minha primeira vez. – Respondeu o garoto.
– Incrível, ninguém diria isso olhando como você fez aqueles feitiços. – Disse a garota
– Por quê? – Perguntou Edmund.
– Uma coisa é a teoria, outra é a pratica. Eu também já li um pouco do Livro padrão de feitiços, mas nunca consegui conjurar nenhum deles. – Respondeu a garota que estava bastante impressionado com o que tinha visto.
– Talvez pela situação de perigo. O que importa é que no final das contas tudo deu certo. – Disse Edmund.
– É mas você vai ter que explicar tudinho o que aconteceu lá em Hogwarts. Com certeza eles irão investigar o porque do expresso ter parado e mais, como um Orc galês veio parar aqui.
–É, eu sei. – Disse o garoto.
– E aquela garota? – Perguntou Carol. Enquanto Edmund voltava a olhar pela janela. Ainda chuviscava, e ao contrario de alguns minutos antes, parecia que a situação nos vagões estava estabilizada.
– Como pode ela nem dizer obrigado depois de tudo o que fizemos. Não é possível no mundo civilizado de hoje uma atitude como essa. – Resmungou a garota.
– Realmente. – Disse ele. Na verdade ele não se importava, seu pai sempre lhe ensinou a fazer a coisa certa sem pensar em agradecimentos ou recompensas.
– Acho melhor eu ir me trocar. Acho que daqui a pouco chegamos em Hogsmead, estou muito ansiosa para chegarmos em Hogwarts.– Disse Carol se retirando. Edmund também precisava se trocar. O garoto se levantou e se dirigiu a um dos banheiros. A maioria estava ocupada, afinal, todos estavam se vestindo.
Quando iria bater na porta de mais um banheiro para ver se estava ocupado, a porta se abriu. O garoto ainda com a mão no ar preparado para bater olhou enquanto a garota de cabelos loiros e olhos azuis o encarava.
– Você... Tudo bem? – Perguntou ele, afinal, após salvar a garota, não sabia ao certo como ela estava.
– Sim, estou ótima, alias muito obrigada por me ajudar. – Disse ela com uma voz extremamente solene e delicada.
– Não seja por isso. – Disse ele, enquanto a garota o olhava.
– Você poderia por favor me dar licença. – Disse Lisa, deixando Edmund com vergonha, o garoto estava parado de frente o banheiro, tampando qualquer passagem que a menina pudesse sair.
O garoto se afastou para que Lisa pudesse passar e assim aconteceu. A menina passou por ele e seguiu seu caminho. Edmund ainda olhou para ver aonde a garota ia, mas logo ela desapareceu.
Não demorou e Edmund já estava vestido, eram todas vestes de segunda mão, mas o garoto não dava a mínima para isto. Logo voltou para a cabine, Carol já estava lá, usava roupas impecáveis, novinhas.
A garota olhou Edmund de cima em baixo e sorriu, já imaginava ele daquele jeito. Apesar das roupas, o garoto estava bem apresentável, era um menino bonito, só meio desleixado.
Edmund se sentou fazendo novamente companhia para a garota que não parava de se mexer, parecia muito ansiosa.
O expresso começou novamente a buzinar, avisando que a hora da chegada se aproximava. Uma voz ecoou pelo trem.
– Chegaremos a Hogwarts dentro de cinco minutos. Deixem suas bagagens no trem, elas serão levadas diretamente para Hogwarts. Se ouvia novamente a agitação nos corredores.
– Vamos? – Perguntou Carol. Edmund concordou com a cabeça enquanto levantavam. Os alunos se empurravam para chegar à porta. Quando enfim Edmund e Carol conseguiram sair, sentiram o ar frio da noite.
– Primeiro ano! Alunos do primeiro ano. Por aqui. – Dizia um senhor com a voz tremendamente grave. Edmund o olhou, era um homem de meia idade alto e magro, parecia uma vareta. Tinha óculos com lentes bem grossas e usava um chapéu coco.
– Bem vindos alunos do primeiro ano, eu sou Gordon Crain e serei o guia de vocês até Hogwarts. – Disse o senhor.
– Mais alguém do primeiro ano? – Perguntou Gordon, Ninguém respondeu.
– Então venham por aqui. – Disse o homem. Lá na frente Edmund viu Lisa, a garota aparentemente não era de conversa com ninguém. Eles seguiram por um caminho de aparência íngreme e estreito.
– Daqui a pouco vocês verão Hogwarts pela primeira vez. – Disse o Homem enquanto andavam. De repente o caminho estreito começou a se abrir até alguns barcos que estavam na margem de um lago muito grande.
No alto de um penhasco na margem oposta havia um imenso castelo com muitas torres.
– Bem vindos a Hogwarts. – Disse Gordon. A maioria dos alunos estava encantado com tamanho do castelo, apesar da maioria já ter ouvido falar, ver era uma sensação totalmente diferente.
– Por favor, garotos, quero quatro alunos em cada barco disse ele tentando organizar a turma; Logo os pequenos barcos já estavam tripulados. Edmund e Carol tiveram a companhia de um garoto gordinho de olhos azuis e cabelos loiros cacheados, o que mais chamava a atenção era o numero de sardas que o menino tinha. Parecia muito tímido já que não abriu a boca uma só vez.
Do lado do gordinho sentava uma morena muito bonita, ela tinha a pele mais escura e os cabelos sedosos, os olhos negros como a noite. A menina ficava a todo tempo mexendo nos longos cabelos e olhando para o imenso castelo.
Logo a pequena frota de barcos se movimentaram ao mesmo tempo, pegando alguns alunos de surpresa.
– Por favor, me escutem. – Disse Gordon que se encontrava em um dos barcos do centro.
– Assim que estivermos chegando, vocês terão que abaixar as cabeças para que os barcos atravesse uma cortina de hera.
E assim foi, todos os alunos abaixaram, o garoto gordinho teve um pouco de dificuldades, mas acabou conseguindo. Assim que passaram pela cortina de hera os alunos viram uma larga abertura na face do penhasco.
Quando entraram pela abertura, assaram por um túnel que levava ao que parecia à um cais subterrâneo, onde desembarcaram. De lá foram para uma passagem na rocha chegando finalmente a uma escada, aonde todos se reunirão de frente a uma porta de carvalho. Gordon verificou se todos já estavam com ele e então bateu três vezes a porta.
À porta apareceu um senhor de aparência rude e olhar firme. Não era nem gordo nem magro. Pela feição e os cabelos grisalhos aparentava ter seus cinqüenta anos e usava uma túnica verde musgo .
–Professor Warren Bones, são todos seus. – Disse Gordon se retirando. O Homem olhou um por um com o olhar enérgico, os trouxas o teriam confundido com um sargento pelo modo que se comportava.
O professor levou todos os alunos a uma sala vazia que ficava ao lado do saguão, lá os alunos se amontoaram esperando por alguma informação.
– Bem vindos a Hogwarts, meu nome é Warren Bonés e serei seu professor de transfiguração. – Dizia o homem com o ar muito serio. – O banquete do ano letivo começara daqui a pouco, mas antes de se sentarem às mesas, vocês serão selecionados por casas. A casa selecionada será o seu lar até o final de sua vida escolar.
– São elas Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Alguma duvida? – Perguntou Warren. Os alunos continuaram calados.
– Enquanto estiverem em Hogwarts, seus acertos renderam pontos para suas casas e no final do ano, a casa com maior numero de pontos ganhara a taça das casas. – Completou o professor.
Edmund assim como os outros alunos, parecia muito nervoso. Tentou ajeitar sua humilde veste, mas não adiantava.
– Voltarei daqui a pouco para chamar vocês. – Disse Warren saindo. Com o tempo o nervosismo só aumentava, todos já escutavam a algazarra do outro lado. Todos os outros alunos já deviam estar reunidos.
De repente a porta se abriu e o professor esperava na sua frente.
– Vamos, chegou a hora, façam uma fila e me sigam – Disse ele com o tom rude de antes.
Edmund entrou na fila, viu Lisa lá na frente e Carol estava atrás dele. Os alunos começaram a entrar pelo saguão. Edmund reparou quão grande era, olhava para os lados e via muitos, muitos alunos sentados. As mesas estavam postas com prato e taças.
Olhando mais para frente, do lado oposto aonde entraram, o garoto viu uma mesa comprida aonde se sentavam alguns senhores e senhoras, provavelmente outros professores.
Warren os levou até o outro lado do saguão e organizou a turma de modo que ficassem de costas para os professores. O professor pegou um banquinho de quatro pernas e colocou de frente aos alunos Em cima do banco ele colocou um chapéu. Era um chapéu sujo e muito velho. Edmund reparou que todos no saguão agora reparavam no chapéu.
De repente o chapéu se mexeu causando susto nos novatos. Do nada o chapéu começou a cantar. Quando terminou, o salão inteiro o aplaudiu.
Warren mal esperou as palmas acabarem e desenrolou um pergaminho.
– Quando eu chamar seus nomes, vocês sentaram no banco e colocaram o chapéu, entendido? - Perguntou ele. Os alunos acenaram com a cabeça.
– Madalene Mirs! – Bradou o professor.
Uma garota baixinha de cabelos castanhos saiu da fila e foi se sentar no banco. Colocou o chapéu e de repente.
– Grifinória. – Anunciou o chapéu.
Os alunos que estavam em uma das mesas começaram a pular e festejar, a garota rapidamente foi se sentar com eles.
– Lucas Dalfin. – Disse Warren.
O gordinho de sardas que havia sentado no barco com Edmund caminhou vagarosamente até chegar no banco, colocou o chapéu.
– Lufa - Lufa. – Disse ele, quando outra mesa explodiu de alegria. Lucas estava tão empolgado que acabou caindo quando se dirigia a mesa da Lufa - Lufa, causando risada em todos.
– Carolina Muskant!
A garota marchou decidida e se sentou no banco e colocou o chapéu. Fez se uma pausa momentânea.
– Corvinal. – Bradou o chapéu. A garota pareceu satisfeita pois saiu com um grande sorriso no rosto.
– Lisa Bonouer!
Nesse momento o salão todo ficou calado por alguns momentos, a expectativa pela casa da nobre Lisa era aguardada desde que rumores apontavam que uma pessoa da nobreza estudaria em Hogwarts.
– Corvinal. – Disse o chapéu.
Dessa vez a festa foi maior, alunos pulavam enquanto a jovem garota ia em direção a mesa.
– Thallita Martinez!
Agora a garota morena que também acompanhou Edmund se dirigia ao banco.
– Sonserina!
– A garota deu um pulinho de alegria e rumou para a mesa que estava em festa.
Os nomes eram chamados e os alunos selecionados paras as casas, parecia que a vez do garoto não chegaria nunca.
– Edmund Crowned!
O garoto andou firme até o banco e colocou o chapéu. Assim como com os outros alunos, houve um momento de pausa.
– Corvinal. – bradou. No fundo se sentiu aliviado, lá pelo menos já conhecia Carolina, então deixou o banco para trás e se sentou ao lado da garota. Se seguiram mais alguns alunos e enfim Warren começava a enrolar o pergaminho de volta e se dirigia a mesa ao fundo.
Foi então que um velho senhor se levantou. Tinha estatura mediana , os cabelos e barba brancos como a neve. Edmund estava longe, mas notou que ele tinha olhos verdes. Usava vestes douradas com detalhes prateados. Parecia uma pessoa muito amistosa e tinha um sorriso contagiante.
– Não sei se todos me conhecem. – Começou a dizer o velho senhor fazendo a maioria dos alunos caírem na gargalhada.
–Mas para os que ainda não me foram apresentados, meu nome é Louis James Potter.
Edmund que olhava tudo atentamente ficou de queixo caído. Carolina sorriu e com uma das mãos fechou a boca do garoto.
– Quem não acredita em Harry Potter agora? – Disse ela baixinho.
– Isso não quer dizer nada, Vários pais colocaram os nomes dos filhos em homenagem a lenda do escolhido. – Disse ele murmurando quando notou que o velho olhava para ele. Será que tinha falado alto demais?
– Como todos sabem, eu serei mais uma vez o diretor este ano, queria dar boas vindas a todos novos alunos, e aos velhos também por que não. Sintam-se a vontade, pois vocês estão em casa. – Disse o diretor.
– Aos alunos do primeiro ano, quero dizer que é proibida a entrada na floresta a menos que esteja supervisionada por um professor.
Quando terminou de dizer isso, as mesas que antes estavam vazias, agora estavam fartas de alimentos para todos os gostos: Frango assado, Costelas de porco, cenouras, maças, a maior variedade de pratos e sobremesas.
Os alunos no mesmo instante avançaram sobre a comida. Edmund nuca havia visto tanta comida na vida e assim como os outros, estava aproveitando. Carolina esbanjava nos doces e de longe viu como Lisa comia com extrema elegância.
Edmund se virou e viu Lucas com a cara em um purê de batatas, o garoto estava se entupindo de comida, provavelmente era gordinho por isso. Thallita ainda não comia, a garota conversava animadamente com outras garotas de Sonserina.
– Então você vai continuar não acreditando em Harry Potter? – Perguntou Carolina entre uma mordida e outra.
– Não é por que existe alguém com o sobrenome Potter que vai me fazer acreditar em lendas. – Disse ele se virando para garota.
– É, mas o que me diz de um Potter aqui em Hogwarts, sendo diretor. Você tem que atentar para os detalhes pois eles é que fazem toda diferença. – Disse a menina olhando Edmund.
–Pra mim isso não quer dizer nada, provavelmente devem existir weasleys aqui também, assim como malfoys, todos, sobrenomes de peso na lenda.
– Como você é teimoso. – Disse a menina sorrindo para o garoto quando de repente ficou paralisada.
– Hey, o que foi. – Perguntou Edmund quando sentiu alguém apertar seu ombro. Edmund se virou imediatamente para ver quem era.
[Continua]
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