A Toca, 25 de Dezembro de 1998

P.O.V. Hermione:
Era Natal. Naquele ano eu havia passado o Natal na Toca, mas eu já tinha ido atrás dos meus pais, que estavam na Austrália, desmemoriados.

Eu poderia muito bem estar em casa, junto com eles, aproveitando o primeiro momentos juntos depois da guerra. Porém eu escolhi passa na casa dos Weasley's, porque, mesmo que meses tenham se passado desde a batalha, todos sentiam falta de Fred.

Como não sentir saudades dele afinal? Sempre de bom-humor, fazendo palhaçadas, levantando o astral de todo mundo, criando logros junto do irmão gêmeo... George. Era quem sentia mais falta. Se não me falha a memória, ele tinha passado uns cinco meses isolado de tudo e de todos, não falava com ninguém, passava o dia todo jogado na cama.

Nem ao menos se olhava no espelho. Mas também não é fácil ter o irmão, sua cópia o tempo todo ao seu lado, e, de uma hora para outra, ele ser arrancado de você sem mais nem menos... Mas enfim.

Além de mim, quem estava n'Toca era Harry, que já não morava mais com os tios, e não tinha nenhuma vontade de morar sozinho no Largo Grimmauld. Não quando ainda se sentia culpado pela morte do padrinho. Sirius. Outro que havia sido levado embora pela maldita guerra.

Como eu disse lá em cima: Era Natal. Estava no quarto da Gina, esperando ela terminar de se arrumar para descermos, (nunca vi uma menina para demorar tanto), e decidi deitar um pouco para pensar na vida. Acabei pegando no sono. Acordei quando senti alguém me sacudindo e gritando o meu nome, Gina.
– Pronto, eu já acordei.
–Já devia está acordada.
– Você demora tanto no banho que acabei dormindo de novo.
– Deixa de drama, Mione, hoje é Natal.

Resolvi não discutir com a Gina, e desci atrás dela.

Quando cheguei à cozinha fui logo abordada pela Sra. Weasley, com um abraço, e um presente embrulhado. Logo depois dela recebi um abraço do Sr. Weasley, um do Jorge, um do Harry, um aperto de mão do Percy, e um beijo do Ron.

Depois de tomar café fomos todos (eu, Ron, Harry, Gina e Jorge) para a sala e abri os presentes. O Ron me deu uma corrente de ouro, de Harry, ganhei o livro A volta do mundo em 80 dias, do escritor trouxa, Júlio Verne. Da Gina ganhei um vestido, do Sr. e da Sra. Weasley uma suéter. Do Jorge ganhei um pacote de coisas das Gemialidades Weasley.

Mas um pacote me chamou atenção. Na verdade eram dois presentes juntos a uma carta. Resolvi abri primeiro a carta:

Querido ser do passado que está lendo esta carta,
Sei que deve estar estranhando este pacote, mas nele contêm sete livros que são capazes de mudar o seu presente, mudando o rumo da vida de muitas pessoas.
No pacote menor, contém um vira-tempo, que, creio eu, você deve saber para o que serve. Esse vira-tempo, porém, é um vira-tempo de ano, ou seja, a cada volta, se muda de um ano para outro. Pois bem, você e alguns de seus amigos, tem que voltar no tempo, até o ano de 1978 e fazer com que James Potter, Lily Evans, Remus Lupin, Severo Snape, Dorcas Meadowes, Marlene Mckinnon, Alice Jones (n/A: eu não sei qual é o sobrenome de solteira da mãe de Neville, então fica esse mesmo) e Frank Longbottom saibam do conteúdos desses livros.
Atenciosamente,
J.S.P., A.S.P., L.L.P., R.W., H.W., S.M., D.W., R.W.,L.W.,F. ., M.W. ( e vários outros que você não está interessado(a) de saber
P.S.: Por tudo o que é mais sagrado, Peter Pettigrew não pode saber da existência desses livros.

Fiquei estática, por alguns minutos, mas depois de um tempinho, eu recobrei os sentidos, por assim dizer, e abri o pacote maior. Como dizia na carta eram sete livros: Harry Potter e a Pedra Filosofal, Harry Potter e a Câmara Secreta, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, Harry Potter e o Cálice de Fogo, Harry Potter e a Ordem da Fênix, Harry Potter e o Enigma do Príncipe e Harry Potter e as Relíquias da Morte.

Chamei os meninos para verem.
–Harry, Ron, vêm aqui um instante.
–Que foi, Mione – eles falaram ao mesmo tempo
– Vejam isso daqui! – estendi-lhes a carta.
Depois de ler o Harry perguntou:
–Cadê os livros?
–Ali – apontei para o chão, onde tinha os colocado.
– Nossa! – ele exclamou
– Pois é, né.
– Hermione – falou Ron – se aqui diz "você e alguns de seus amigos", quem você vai levar?
– Se eu vou, logicamente, você vai e o Harry, também. Se o Harry for, a Gina vai querer ir junto. Ali tem o nome dos pais do Neville, então vamos chamar ele. E acho que se o Jorge quiser ir, ele pode.
– Eu posso quê? – o Jorge perguntou.
– Ir pro passado, para mudar o futuro. – eu disse e lhe estendi a carta.
– Claro que eu vou! – ele disse depois de ler, provavelmente pensando em recuperar o irmão.
– Então, vamos fazer assim: eu e o Ron convencemos a Sra. Weasley e o Harry fala com a Gina e manda a carta para o Neville.
– Vamos logo, então. – o Ron falou para mim.
Fomos até a cozinha:

– Sra. Weasley. – chamei a minha sogra.– Sim, querida?
– Veja isso, por favor.
– Claro. – ela leu e releu a carta várias vezes e depois perguntou – Então vocês querem voltar no tempo para impedir que a guerra exploda.
– É. E também salvar todos os que morreram por causa dela: os pais de Harry, Sirius, Remus, Tonks, Olho-Tonto, Dumbledore, Fred...
–Ma-mas, não é perigoso? Sabe essa viagem no tempo. Não periga de vocês ficarem presos lá?
–Sra. Weasley... - começei
–Me chame de Molly.
–Molly, eu acho que temos que correr esse risco, e se acontecer alguma coisa vamos ter o Dumbledore lá. Além estamos preparados para alguma ameaça.
–Mas mesmo assim...
– Mãe, olha para mim... – o Ron falou, ao que ela olhou para o filho – temos que tentar.

É a nossa primeira oportunidade em meses. E sabe-se lá quando vamos ter outra chance como essa.
– Se é assim – ela suspirou – eu sei que não vou mesmo conseguir deter vocês. Mas então, quando vocês vão?
– Eu acho que o quanto antes melhor. Provavelmente depois que o Neville responder a carta. No máximo amanhã, creio eu.
– Ok. Então vão arrumar as malas.
– Obrigada Sra. Weasley – agradeci
– Por nada querida. Ah! E me chame de Molly.
P.O.V. Harry:

Eu estava muito feliz. Tipo: Voltar no tempo, pra conhecer seus pais jovens, e poder salvar eles, não é uma coisa que acontece todo dia. Fui falar com a Gina.
– Gi... – chamei a garota que estava sentada em uma poltrona folheando uma revista.
– Que foi, Harry?
– Hermione recebeu uma carta, dizendo que ela pode voltar no tempo, para salvar os meus pais, o meu padrinho, Fred, Tonks, Remus... enfim todos que morreram.
– E...
–Quer vim com a gente?
– Claro, né Harry. Que pergunta idiota. – ela disse sorrindo.
– Vou escrever uma carta pro Neville agora, viu?
– Ook. - dei um selinho nela e subi para o quarto que agora eu dividia com Ron

Procurei um pergaminho, uma pena e um tinteiro e comecei a escrever:

Neville,
Como vai, amigo? Desculpe te incomodar assim desse jeito no Natal, mas é uma coisa muito importante. Eu te mando esta carta, porque a Hermione recebeu alguns livros que tem o poder de mudar a história. Mas para isso teremos que voltar no tempo. Se fizermos isso poderemos salvar meus pais, os seus, Sirius, Dumbledore, Tonks, Remus, Fred, e todos os outros.

Se você quiser vir conosco, saiba que nós vamos para o tempo de nossos pais, mais especificamente para o ano de 1977. Se quiser, não precisa responder. É só aparatar aqui na Toca, ou então viajar de pó de Flu. Se não, mande Pichi (a coruja) com a resposta, o mais rápido que puder, por que a Hermione que ir o mais rápido possível.
Até mais,
Harry Potter

– Ron! – chamei meu amigo que estava na sala.
– O quê?
– Me empresta Píchi.
– Pode pegar, ela está no quarto.
– Obrigado.
Subi para o quarto e fui até a coruja.
– Tem que entregar essa carta para Neville Longbottom, o mais rápido possível. Acha que pode fazer isso?
Ela piou e bicou levemente o meu dedo, o que eu considerei como um sim.
Fui arrumar minhas coisas.

P.O.V. Neville:
Eu estava no meu quarto, no dia do Natal, quando eu vi na janela uma mini coruja. Era a coruja do Ron. Estranhei, nós mantínhamos contato, mas ele quase não me mandava cartas.

Quando terminei de ler, saí correndo do quarto, e fui mostrar a carta para minha avó. Depois de ler ela perguntou:
– E você está esperando o que para arrumar as suas coisas e ir para a casa dos Weasley?
– Nada, vó! Só queria saber se a senhora iria deixar.
– É lógico que sim, Neville.
– Então eu vou arrumar as minhas coisas para ir.
– O.k.
Subi correndo para o meu quarto e arrumei uma mochila, terminei, dei abraço em minha vó e aparatei para a Casa dos Weasley's.