O recomeço



Nós lhe daremos cobertura Harry” disse-lhe Hermione carinhosamente enquanto saiam da sala dos diretores da escola e andavam pelo castelo.


“Não se preocupe meu amigo. Diremos a todos que você estava com sono e resolveu ir descansar um pouco” completou Ronald.


“Obrigado meus amigos” disse o moreno sorrindo. Ele se virou, colocou a capa de invisibilidade e desapareceu pelo corredor deixando Rony e Hermione sozinhos.


“Aonde será que ele vai?” perguntou o ruivo segurando firmemente a mão de Hermione.


“Provavelmente ele ira a torre da Grifinória para dormir um pouco” falou a morena sorrindo para Rony.


“Você fica linda assim sabia” disse o ruivo de repente.


“Assim como?” devolveu a garota.


“Com este lindo sorriso Hermione” o completou tirando uma mecha de cabelo e colocando atrás da orelha dela.


“Pare com isso Ronald. Assim você me deixa sem jeito” respondeu ela escondendo o rosto.


“Quer namorar comigo Hermione?” perguntou o ruivo pegando a menina de surpresa.


“O QUE?!” ela gritou.


Ron sacou a varinha e com um floreio dela, fez aparecer um belíssimo buque de rosas vermelhas e ajoelhando-se na frente de Hermione ele disse.


“Hermione Jane Granger, você aceita namorar com este legume insensível que vos fala?”.


Hermione, com lagrimas nos olhos, abaixou-se até que seus olhos estivessem na altura dos olhos de Rony, tomou o rosto dele em suas mãos e beijou suavemente seus lábios, no que o ruivo sorriu.


“Esta é a coisa que eu mais quero neste mundo Ronald!” disse ela entre lábios. E quando Rony sorriu, tomou-a em seus braços fortes e a beijou com toda a vontade e amor, a menina se sentiu completa e imensamente feliz.


E quando Hermione correspondeu ao seu beijo Ronald Weasley se sentiu o homem mais feliz e sortudo do mundo inteiro. Sentiu que seria capaz de produzir o mais poderoso patrono que poderia afastar até mil dementadores.


“Eu te amo Hermione Granger! Não sei por que eu demorei tanto para admitir isso, mas eu só sei que te amo e não é de agora, você é o ar que eu respiro, os sonhos das minhas noites” ele disse isso ao pé do ouvido dela que sorriu.


“Você não sabe há quanto tempo eu espero ouvir isso dos seus lábios Ronald. Eu achei que você nunca ia dizer isso para mim ou pior, que você fosse dizer isso à outra garota. Eu também amo você Ronald Weasley!” exclamou a morena sorrindo com lagrimas nos olhos.


“Não sei sobre isso Mione, mas acho que nunca houve ou vai haver outra garota para mim. Haverá sempre você e somente você em meu coração” e ao ouvir isso Hermione jogou-se sobre o ruivo derrubando no chão e cobrindo-o de beijos.


Mal sabiam os amigos que Harry ainda estava ali esperando exatamente aquele momento, sabia que os amigos se amavam, mas faltava alguma coisa que agora já não faltava mais. Finalmente estavam juntos como havia de ser e quando as declarações de amor terminaram e Hermione pulou sobre Rony o moreno sorriu. Sorriu como há muito não sorria. Sorriu cúmplice, pela felicidade dos amigos.


Depois de ficar olhando por mais alguns minutos os dois se beijando Harry achou melhor deixar os dois sozinhos e se foi descansar. Suas forças finalmente estavam se esvaindo e ele sentia as pernas fraquejarem e tremerem. Virou-se e, buscando suas ultimas forças, rumou para a torre da Grifinória sorrindo e assoviando uma canção que nem ele mesmo sabia que sabia. Ao chegar à frente do quadro da mulher gorda Harry lembrou-se que não sabia a senha e mais uma vez sorriu de sua própria ignorância. Despiu a capa de invisibilidade e encarou a velha senhora do quadro sorrindo e ela o saudou sorrindo também.


“Senhor Potter” disse ela fazendo uma reverencia “Presumo que não tenha a senha” completou a mulher.


“Presumiu corretamente senhora” respondeu ele esperançoso por descansar.


“A casa da Grifinória abriga os de grande coragem senhor Potter e, desde que assumi como guardiã desta entrada, nenhum homem mais corajoso que o senhor cruzou por mim sem a senha, mas nenhum deles era o senhor e nenhum deles fez o tudo que o senhor fez, nenhum deles abriu mão de tudo que o senhor abriu pelo bem de todos. Por isso senhor Potter, eu nunca deixarei ninguém alem do senhor passar por mim sem a senha. Seja bem-vindo de volta a torre da Grifinória e saiba que ela estará sempre aberta para você” sorriu ela girando o quadro para frente e revelando a passagem para a torre.


Quando o moreno entrou na sala comunal já esperava encontrá-la ali sentada a frente da lareira apagada. Seus cabelos cor de fogo resplandeciam ao sol e contrastavam drasticamente com sua pele branca perfeita. As sardas no rosto davam um toque delicado ao seu rosto e ele podia passar um dia inteiro somente contando elas. Os belíssimos olhos castanhos e a boca rosada lhe davam um ar angelical. Um pequeno corte na bochecha direita era o único sinal que havia participado da batalha. O sorriso perfeito se abriu em seus belos lábios quando viu o moreno passar pelo retrato.


“Eu achei que você viria para cá” disse ela.


“Eu sabia que você estaria aqui quando eu chegasse” disse ele.


“Harry!”


“Gina!”


E num único impulso ela rapidamente encurtou a distancia entre eles, agarrou sua nuca e o beijou como se sua vida dependesse daquilo. Uniu seus lábios aos dele numa fração de segundo que o deixou paralisado, mas ele rapidamente retribuiu ao beijo dela sem pensar duas vezes, pois ele só desejava estar ali nos braços dela, um dos poucos lugares em que se sentia seguro. Um beijo cheio de saudade, de amor, de esperança, inebriante, um beijo apaixonado.


Quanto tempo eles ficaram se beijando nem eles mesmos souberam dizer, mas quando finalmente o ar lhes faltou e Harry afastou delicadamente seus lábios dos dela e fitou seus olhos castanhos pareceu para ele que o mundo havia parado. Ela estava ali linda em seus braços o beijando como se a vida dela dependesse daquele beijo. Nada podia impedi-lo de ficar com ela. Era a mulher que amava. A mulher que desejava. SUA Gina.


Naquele beijo ela flutuou, deixou seus pensamentos fluírem e seu corpo cair naqueles braços fortes. Sentiu-se segura, feliz e completa. Nada podia impedi-la de te-lo para si, ele era seu, SEU Harry Potter e de mais ninguém por que ele queria ser dela e isso ela sentia no seu intimo maior, não havia mais nada nem ninguém para atormentar a vida dele agora, seriam somente os dois juntos para enfrentar o destino e pelo que haviam passado agora, nada poderia ser pior e com esse pensamento ela encarou aquelas Iris verdes que lhe faziam suspirar tanto.


“Gina! Me perdo...” ele não terminou a frase, pois ela colocou um dedo em seus lábios calando-o.


“Harry Tiago Potter! Você me ama?” perguntou ela decidida encarando-o.


“Eu amo você mais do que qualquer outra pessoa neste mundo Gina” disse ele acariciando seu rosto e sorrindo.


“Então isso é tudo que realmente me importa Harry e nada mais” disse ela beijando-o suavemente nos lábios.


Gina pegou em sua mão e sentou-se no sofá. Deitou o corpo cansado de Harry no mesmo e apoiou a cabeça dele em suas pernas, deu-lhe mais um beijo e começou a afagar seus cabelos rebeldes deixando-os mais desarrumados que o normal. Por quanto tempo eles ficaram assim também não souberam dizer, só ficaram ali aproveitando a presença um do outro, por que não precisavam de mais que aquilo para ser felizes. Ele sorria feito um bobo enquanto sentia o sono se aproximar e vencê-lo aos poucos, mas ele continuava a lutar, queria ficar consciente, pois temia que aquilo fosse um sonho e ao acordar Gina não estaria mais ali.


“Eu lhe devo uma explicação” disse ele com os olhos semi-serrados.


“E eu a cobrarei senhor Potter, amanha. Quando o senhor estiver devidamente recuperado” disse a ruiva sorrindo.


“Você não é um sonho, é?” perguntou ele.


“Não Harry, eu sou real. E isto também” a disse sorrindo com lagrimas nos olhos ao beijá-lo mais uma vez.


“Você vai ficar comigo até eu dormir?” perguntou ele bobamente.


“Vou ficar até quando você quiser que eu fique meu amor” respondeu ela chorando e acariciando o rosto machucado dele.


“Então eu quero que você fique para sempre” disse ele antes de apagar finalmente.


Ela sorriu mais uma vez e chorou ao mesmo. Lagrimas de pura alegria, uma alegria verdadeira, uma alegria que lhe dava vontade de gritar para quem pudesse ouvir que ela estava feliz como nunca antes na vida, mas ao invés de gritar ela o beijou de novo e, com ajuda de sua varinha, carregou o corpo inconsciente dele até o dormitório dos meninos, abriu as cortinas da cama dele e depositou seu corpo cansando dando-lhe um ultimo beijo na testa, mas ao se virar para sair ela sentiu a mão dele segurar a sua.


“Durma comigo Gina” suplicou ele.


“Mas pode aparecer alguém aqui” sussurrou ela em seu ouvido.


“Eu não me importo Gina. Eu preciso de você. Não me importa que vejam que saibam que falem. Eu prefiro enfrentar Voldemort um milhão de vezes a deixar que você saia da minha vida de novo. Só o que importa para mim é ficar perto de você todo o tempo que me for possível por que eu te amo e na verdade quero mais é que todos saibam que eu amo você, quero que todos saibam que você é a mulher da minha vida. Quero que todos saibam que a mulher mais linda e mais perfeita de todo o mundo é minha!” terminou ele segurando mais forte a mão dela.


“OH meu Merlin! Harry isso é a coisa mais linda que eu já ouvi” disse ela segurando o choro e sorrindo.


“Eu preciso de você Gina” repetiu ele.


“Eu serei sempre sua Harry. Nunca existiu outro homem para mim. Eu tentei esquecer você, mas não consegui. Ninguém se compara a você para mim. Eu te amo Harry Potter” a disse sorrindo.


“Eu amo você muito mais Gina Weasley” disse ele puxando-a ao seu encontro e selando seus lábios mais uma vez. Deitaram-se juntos e ali, abraçada ao homem que amaria pelo resto de sua vida, o homem a quem sempre fora destinada, ao homem que amava mais que tudo, ela adormeceu com sua cabeça escorada no peito dele, sentindo-se a mulher mais feliz e completa do mundo.


De volta ao salão principal Rony e Mione notaram a bagunça do lugar. Os familiares dos mortos na batalha de Hogwarts preparavam o enterro de seus entes queridos. Andrômeda Tonks segurava o neto no colo enquanto chorava pela filha e pelo genro perdidos. A mãe de Colin Creevey estava abraçado ao marido enquanto Denis, irmão de Colin, chorava junto ao corpo do irmão. E havia muitos mais irmãos, tios, tias, primos, pais e filhos que ali haviam perecido, mas para suas famílias que haviam sobrevivido graças aos seus esforços à vida deveria seguir em frente mesmo com a dor em seus corações, mas para muitos outros o sol parecia brilhar mais forte, pois devido aos inúmeros esforços de seus companheiros que ali jaziam sem vida, eles haviam vencido. Eles deram suas vidas para que Harry Potter, o menino que sobreviveu, finalmente derrotasse o lorde das trevas e agora eles finalmente estavam livres da dor e do terror que Voldemort lhes causava.


Após o choque inicial Rony e Mione foram ao encontro de Molly e Arthur que estavam preparando o corpo de Fred. Ao chegarem perto da família que estava abraçada Hermione permitiu a Rony o seu momento intimo com sua família. O ruivo abraçou-se a mãe e ao irmão Jorge e junto com eles chorou novamente a morte do irmão mais velho


A Sra. Weasley logo notou Hermione chorando solitária, olhando a família de seu namorado, e foi até a garota. A velha senhora abraçou a jovem menina e juntas também choraram pela dor dos Weasley.


“Eu sinto muito senhora Weasley” soluçou a morena.


“Não sinta querida. A minha dor pela perda de um dos meus filhos é imensa e irreparável, mas saber que os meus outros filhos, meu marido, você e Harry estão sãos e salvos alegra meu velho e machucado coração” a disse sorrindo entre lagrimas.


“Obrigada senhora Weasley” sorriu a menina.


“Você e Harry são parte da minha família e eu não sei o que faria se algo acontecesse a vocês” disse tirando uma mecha do rosto da menina.


“Isso é muito importante para mim senhora Weasley e sei que Harry também sente a mesma coisa pela senhora” completou a morena.


A velha senhora beijou-lhe a testa, segurou em sua mão e puxou Rony para perto delas. Colocou a mão do ruivo sobre a de Hermione e, sorrindo, lhes disse.


“Que vocês sejam muito felizes e que este namoro gere um lindo relacionamento e depois um belo casamento com muitos filhos”.


“Como você sabia sobre nós mamãe?” perguntou Rony surpreso.


“Uma mãe sempre sabe tudo sobre seus filhos, meu querido. É uma coisa de mãe que um dia Hermione entendera o que eu quero dizer” disse a velha senhora sorrindo e piscando um olho para a menina que ficou rubra. O ruivo e a morena se beijaram mais uma vez e sorriram ao serem parabenizados pelo resto da família Weasley.


“Aonde esta a Gina?” perguntou o Sr. Weasley olhando em sua volta e não encontrando a filha mais nova.


“Não se preocupe com ela Arthur. Eu tenho certeza que ela esta bem segura e feliz neste momento” disse Molly.


“Como você sabe?” perguntou o senhor careca.


“Como eu disse a Rony e Hermione agora a pouco, uma mãe sempre sabe tudo de seus filhos. É uma coisa que só as mães entendem” respondeu ela sorrindo e depositando um beijo nos lábios do marido.


“Se por você esta tudo bem, por mim também” respondeu ele abraçando-a.


“Aonde você acha que a Gina esta?” cochichou Rony a Mione.


“Provavelmente na sala comunal da Grifinória acertando as contas com um certo moreno de olhos verdes” disse a garota.


E para a surpresa da garota Rony lhe disse “Finalmente. Achei que aqueles dois cabeças ocas nunca mais iam se acertar” e riu gostosamente junto com a namorada.


Alguns minutos se passaram com todos ali. O dia finalmente chegava ao fim e logo a Profª. Minerva pediu a palavra. O salão demorou um pouco a silenciar devido à grande balburdia, mas em seguida o recém eleito ministro da magia, Kingsley Shacklebolt pediu silencio. O salão finalmente ficou calado.


“Obrigada Ministro. Boa-noite, eu sei que para alguns este dia ficara marcado como uma tragédia afinal todos aqui, de uma forma ou outra, perdemos um ente querido seja ele irmão, primo, filho, pai ou mãe, mas não vamos deixar que as mortes deles sejam em vão, pois finalmente nós vencemos. Vencemos as trevas, vencemos aquele que carregava a morte em suas costas e a trazia a nossa porta e foi com a ajuda destes homens e mulheres que aqui jazem sem vinda. Eles sabiam os riscos que corriam por lutar contra Lorde Voldemort, assim como todos nós, mas nós lutamos por um bem maior, por amor a nossas famílias e aos nossos amigos e digo a vocês que quando se luta por tais valores nenhuma morte éem vão. Ador da perda deles vai ficar para sempre e quanto a isso nada se pode fazer, mas eu sei que eles estão celebrando a nossa vitoria seja La onde eles estiverem eu sei que estão comemorando a nossa vitoria. A vitoria de Harry Potter sobre Lorde Voldemort. Infelizmente o senhor Potter, devido ao seu grande cansaço se retirou para poder desfrutar de sua merecida paz, mas eu garanto que amanha ele estará aqui junto conosco para nos contar como ele finalmente derrotou Voldemort. Por isso eu, em decisão conjunta com o ministro da magia, tenho uma oferta para fazer a vocês. Hogwarts deve ser o cemitério daqueles que morreram nesta luta, pois não há lugar mais honroso para estas pessoas. Hogwarts honrara seus defensores com um belíssimo tumulo de mármore. Aqui eles serão lembrados por seus feitos e méritos e convido a vocês que durmam na escola hoje para que amanha isso seja feito” e com isso ela encerrou seu discurso.


Uma salva de palmas ensurdecedora se seguiu ao discurso dela, pois ninguém esperava isso afinal, mas com certeza era uma grande honra para suas famílias que aquelas pessoas que ali morreram, ali fossem enterradas. Enfim aquele longo dia terminava e tudo estava como deveria ser com Harry vivo e Voldemort morto finalmente. Os alunos tiveram permissão de voltar as suas salas comunais e ao restante das pessoas foram distribuídas grandes tendas que foram acomodadas nas salas do térreo e no que restou do salão principal e quando a lua surgiu finalmente no céu estrelado as pessoas que estavam na escola de magia e bruxaria de Hogwarts puderam descansar finalmente sem que a morte estivesse à espreita deles.


A manha do dia seguinte nasceu com um belíssimo sol que rapidamente espalhou sua luz pelos terrenos da escola. Logo o café da manha começou a ser preparado para aqueles que ali haviam passado a noite e no alto da torre da Grifinória Harry Potter despertou de seu sono e viu uma cabeleira em seu rosto que definitivamente não era dele a não ser que ele tivesse ficado ruivo.


Ao olhar novamente se viu abraçado ao corpo de Gina. Puxou o ar e seus pulmões foram invadidos pelo aroma floral dos cabelos dela e rapidamente ele começou a se lembrar dos eventos do dia anterior. A batalha, a derrota de Voldemort, a recuperação de sua varinha de fênix, a palavras trocadas com o quadro de Dumbledore, a visão de Rony e Hermione se beijando, Gina e ele se beijando e a ultima lembrança dele adormecendo abraçado a garota.


Sorriu ao lembrar-se de tudo isso e saber que finalmente era livre. Livre para viver tudo aquilo que lhe fora negado desde o dia que completara um ano de vida. Queria gritar, correr, pular, mas ao invés disso acariciou os cabelos da ruiva que ainda ronronava abraçada a ele. Olhou mais uma vez os detalhes do rosto dela absorvendo tudo que podia, sentiu novamente o perfume floral de seus cabelos ao beijar-lhe a cabeça. Ela se mexeu levemente e abriu os olhos amendoados diretamente em sua direção e sorriu.


“Bom dia senhorita Weasley” disse ele.


“Bom dia senhor Potter” respondeu ela dando-lhe um beijo.


“Sente-se melhor?” perguntou a menina ao separarem-se.


“Estarei sempre bem enquanto você estiver comigo meu amor” respondeu ele acariciando seus cabelos ruivos.


“Eu amo você Harry Potter”.


“E eu amo você Gina Weasley” e beijaram-se mais uma vez.


Ao se separarem ela perguntou “E agora o que faremos?”.


“Acho que um banho e um bom café da manha para começar o dia. Depois vamos ver como o resto se desenrola, mas com certeza vai ser um longo dia” disse ele pensativo.


“E você vai contar toda a verdade ao mundo bruxo?” perguntou a garota.


“Não meu amor. A verdade sobre como Voldemort se tornou imortal é terrível demais para ser revelada e na verdade tenho medo de ao revelar isso, outra pessoa tente conseguir a imortalidade pelos mesmos meios que ele” respondeu Harry ficando muito serio.


“É tão terrível assim?”.


“Muito. Tão terrível que somente Dumbledore, Rony, Hermione e eu deveremos saber disso”.


“Mas e eu? Ainda vai manter segredos para comigo?”.


“Não Ginny, para você eu jamais mentirei novamente. Eu lhe contarei toda a verdade, mas não hoje” sorriu ele.


Ela sorriu e os dois levantaram-se da cama de Harry. O moreno olhou em volta do dormitório e sentiu-se feliz por estar naquele lugar novamente. Abraçou a ruiva e procurou absorver todos os detalhes possíveis do quarto. Viu as cortinas das quatro camas restantes fechadas o que indicava que Rony, Dino, Simas e Neville estavam dormindo em suas respectivas camas. A paz que ele sentia naquele momento ele não conseguia descrever, sentia-se calmo e tranqüilo. Livre do mal, da dor e das cicatrizes de Voldemort.


Ao abrir a cortina da cama de Rony o moreno constatou que havia mais de uma pessoa dormindo ali. Havia uma enorme quantidade de cabelos castanhos e encaracolados que com certeza não pertencia ao amigo. Quando puxou as cobertas da cama descobrindo o amigo, ficou tonto ao ver Hermione abraçado ao ruivo dormindo tranquilamente. Ele, claro, não pode deixar de sorrir.


“Oh!” exclamou Gina.


“Eu não acredito que ela tenha passado a noite aqui” sorriu Harry.


“Mas ao que parece foi isso mesmo. Eles são tão fofos juntos” completou a ruiva.


“Devemos acordá-los?” perguntou Harry.


“Acho melhor sim, afinal os outros meninos podem acordar e isso poderia acabar mal. E poderíamos descer para tomar o café juntos” disse a ruiva.


Harry então com um aceno da varinha conjurou um balde de água gelada e o atirou em cima dos amigos adormecidos. A reação deles foi imediata. Rony sacou a varinha e levantou-se da cama de supetão procurando quem azarar e Hermione gritou tão alto que acordou os outros meninos adormecidos.


“Como você se atreve Harry Tiago Potter” bufou ela ensopada e torcendo as vestes ao se levantar.


Rony, ao perceber o amigo e a Irma se matando de tanto rir, ficou mais vermelho que um tomate e também começou a bufar de raiva. Neville, Dino e Simas também haviam se levantado, mas com as varinhasem punho. Rapidamenteas baixaram ao verem Rony e Hermione molhados até a raiz de seus cabelos.


“O que houve?” perguntou Neville primeiro.


“Harry nos jogou um balde de água gelada” bufou Rony.


“E o que elas estão fazendo aqui?” perguntou Simas.


“Estávamos dormindo com nossos namorados. Por quê?” disseram Gina e Mione juntas ameaçadoramente.


“Não por nada não. Só pra saber mesmo” concluiu o loiro timidamente.


Rapidamente os outros três arrumaram o que fazer em suas camas e um a um eles entravam no banheiro para se lavar enquanto Harry levava uma verdadeira bronca de Hermione por ter lhes jogado aquele balde de água e Gina se fazia de vitima dizendo que a idéia maligna havia sido dele, o que era verdade.


“Tudo bem Mione o Harry já entendeu. Agora venha, vamos tomar o nosso banho e vocês dois nos esperam La embaixo esta bem?” falou a ruiva dando um selinho em Harry e saindo enquanto Hermione se despedia de Rony com um beijo e um “eu te amo” e depois seguia a ruiva.


Depois de quase uma hora que levaram para se arrumar e Harry e Rony contando um ao outro como haviam se entendido com Gina e Mione os meninos finalmente desceram do dormitório para a sala comunal que estava vazia, afinal todos já deveriam ter descido para o café. Harry e Rony sentaram-se nas poltronas em frente à lareira para esperarem as meninas enquanto os outros com um aceno de suas cabeças seguiram pelo buraco do retrato em direção ao salão principal. Novamente Harry se viu admirando todos os detalhes da sala comunal da Grifinória. Olhou a lareira, as cortinas que cobriam as janelas, as mesas onde ele e seus amigos haviam feito tantos deveres, as poltronas onde havia sentado tantas vezes. Até mesmo o quadro de avisos lhe pareceu encantador. E mais uma vez ele sorriu.


As meninas levaram mais meia hora para finalmente desceram de seus dormitórios. E estavam belíssimas em seus trajes. Harry e Rony não conseguiam tirar seus olhos delas até que eles os beijaram e sorriram também. Estavam felizes, incrivelmente felizes e vivos após tudo que haviam passado. Vivos, felizes e juntos como deveria ser desde o inicio e seria até o fim.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.