CAPÍTULO TRINTA E SEIS: A FALH

CAPÍTULO TRINTA E SEIS: A FALH



CAPÍTULO TRINTA E SEIS


A FALHA NO PLANO


 


Depois de todos terem tomado banho, desceram para o grande salão, que no momento estava vazio, esperaram um bom tempo, até que o lugar estivesse cheio e os professores já estavam em seus devidos lugares, o diretor se levantou e chamou a atenção de todos.


— Boa noite, espero que todos tenham tido uma ótima tarde, vamos aproveitar esse maravilhoso banquete antes de começarmos mais uma noite de leitura. — Falou Dumbledore fazendo um aceno de varinha e logo em seguida fazer a comida aparecer em cima das mesas.


Depois disso as pessoas do salão só começaram a comer e conversar com os amigos que estavam em volta.


E então, o que Dumbledore queria com você? — Sussurrou Gina para o namorado que logo que engoliu a comida respondeu.


Me pediu ajuda para destruir o medalhão. — Respondeu Harry a ruiva que pareceu ficar mais curiosa ainda.


E como foi? — Sussurrou Gina para o moreno que voltou a comer antes de responder — Porque não contou aos outros? — Perguntou Gina ainda mais confusa, Harry não era de ficar escondendo as coisas dos amigos.


 


Foi normal ué, e eu só não contei a ninguém porque sei que eles vão querer saber dos detalhes e isso não é uma coisa que eu queira contar. — Respondeu Harry dando de ombros.


Normal? Harry, com o Rony ele praticamente viveu um pesadelo, e com você? Vai dizer que não aconteceu nada? — Sussurrou Gina para o moreno que soltou um longo suspiro, com certeza tentar esconder algo da namorada não era fácil.


Deixa isso pra outra hora, agora não dá pra contar ou explicar isso. — — Sussurrou Harry colocando um ponto final na conversa.


Já do outro lado do salão, Draco perguntava a namorada o que havia acontecido com ela durante a tarde.


— Bom, eu conheci minha mãe. — Respondeu Astória sorrindo largamente.


— Sério? E como foi? Como ela é? — Perguntou Draco que percebia muito bem a felicidade da namorada.


— Foi legal, conversamos bastante, olha ela aqui. — Falou Astória entregando uma fotografia que havia ganhado da mãe, entregou ao loiro que logo começou a olhar atentamente para a foto de Layla.


— Ela é bem parecida com você, os olhos. — Falou Draco voltando a entregar a foto para Astória — E o que ela faz? Digo, do que ela trabalha? Como é a vida dela no mundo trouxa? — Perguntou Draco.


— Ela é medica, é casada e tem dois filhos. — Falou Astória.


— E como você se sentiu ao saber disso? Que sua mãe é casada? — Perguntou Draco.


— Normal, você não iria querer que sua mãe fosse feliz? Seja da forma que ela quisesse? — Perguntou Astória tomando um belo gole de suco.


— É, você tem razão, mas você conheceu eles? Seus meios irmãos? — Perguntou Draco.


— Não, só conheci ela mesmo, ela me disse sobre o casamento dela, parece que não é a mesma coisa de antes. — Falou Astória.


— Quer dizer que pode ser possível que ela não esteja feliz, quanto ao casamento dela com o outro homem? — Perguntou Draco.


— Eu imagino que tenha sido difícil para ela, já que meu pai apagou a memória dela, ela acabou por ser obrigada a esquecê-lo, e se casou novamente, mas parece que a vida dela mudou completamente, sabe como se fosse da água para o vinho. — Falou Astória.


(autora aqui: essa parte ficou confusa, eu sei, me desculpem)


— Sei como é, minha mãe também disse que o casamento dela com meu pai não foi bem o que ela imaginou, sabe, na época de namoro era diferente do que é agora, ele era uma pessoa diferente. — Falou Draco tomando um grande copo de suco.


— As vezes eu penso que vários casamentos acabam por causa disso, por causa das mudanças. — Falou Astória.


— Tá, vamos deixar isso de lado, vai demorar até chegar a nossa vez, quer dizer, eu não sou o tipo de pessoa que fica sempre planejando o futuro. — Falou Draco dando de ombros.


— Eu também não, só no meu futuro profissional. — Falou Astória sorrindo para o loiro que também sorriu.


Depois disso a conversa se acabou, não tinham mais o que falar e por isso voltaram a comer, passou-se um tempo e Dumbledore com mais um movimento de varinha fez com que tudo que estava na mesa sumisse para logo em seguida aparecer as sobremesas.


Teddy assim que viu o olhar da esposa brilhar em direção de uma torta ficou com vontade de rir, a loira estava quase babando por causa da maldita torta, se servia rapidamente por parecer que não agüentaria ficar tanto tempo sem comer a maldita torta.


— Esta tão gostosa assim? — Perguntou Teddy para a loira que suspiro ao saborear a torta, assentindo logo em seguida como resposta.


— Quer? — Perguntou Vic.


— Quero. — Respondeu Teddy pegando um pedaço da torta que estava no prato da esposa, parecia ser uma torta normal, assim que olhou para ela, viu o olhar fulminante da esposa — O que foi? — Perguntou Teddy confuso.


— Não era para ter pegado. — Falou Vic como se ele tivesse cometido o pior pecado ou crime do mundo.


— Mas você perguntou se eu queria. — Falou Teddy em sua própria defesa.


— Sim, mas olhe o tanto de torta na bandeja e você veio pegar do meu? — Perguntou Vic apontando para a bandeja que tinha apenas alguns pedaços a menos.


— Do que é essa torta? — Perguntou Teddy se servindo de um pouco da torta.


— Meio obvio né, de Marshmalloy com Morangos. — Respondeu Vic revirando os olhos.


— Não é minha preferida, mas fazer o que né. — Falou Teddy dando de ombros e comendo — Já comeu torta de Champagne? — Perguntou o homem que no momento estava com os cabelos claros.


— Não, você já? — Perguntou Vic para ele que assentiu.


— Sim, lembra uma festa que meus antigos amigos fizeram, em Hogwarts, na sala precisa. — Falou Teddy para ela que assentiu — Tinha essa torta, era muito boa.


(autora aqui: Gente, eu não sei se essa de Champagne é boa, então não garanto nada em, apenas fiz uma pesquisa de tortas e apareceu aqui, me desculpem por esse assunto meio idiota de comida, mas acho que muitas grávidas têm momentos em que o assunto é esse)


— Eu lembro dessas festas, eu não podia ir, não era convidada. — Falou Vic dando de ombros, como se não se importasse com aquilo, mas a verdade era que se importava bastante, quando namorava escondida com o Lupin, varias e varias vezes ele não podia a levar para alguns eventos porque ninguém podia desconfiar dos dois.


— Não começa, você sabia muito bem do porque de eu não ter lhe levado aquelas festas. — Falou Teddy — E você conhecia aquele povo, se alguém desconfiasse e fosse mentira, eles inventariam, é sempre assim. — Falou Teddy dando de ombros.


— Em qualquer lugar que fossemos existiria um fofoqueiro. — Falou Vic também dando de ombros.


— Bom, quem irá querer ler? — Perguntou Dumbledore se levantando com o livro em mãos e indo até o centro do grande salão.


— Eu vou. — Falou Percy se levantando e indo pegar o livro, abrindo na pagina marcada, pagina que se iniciava um novo capitulo — Capitulo trinta e seis: a falha no plano. — Falou Percy.


— De que lado vai acontecer uma falha? Do nosso ou dos dele? — Perguntou Rony.


— Tomara que dos dele. — Falou Percy antes de começar a ler.


Harry estava novamente deitado com o rosto no chão. O cheiro da Floresta enchia suas narinas. Ele sentia a terra dura e fria sob sua face, e a dobradiça dos seus óculos, deslocados para um lado durante a queda, cortando sua têmpora. Cada centímetro do seu corpo doía, e, no ponto em que a Maldição da Morte o atingira, parecia ter levado um murro de punho de ferro. Ele não se mexeu, manteve-se exatamente onde caíra, com o braço esquerdo dobrado em um ângulo estranho e a boca aberta.


 


— Como você vai conseguir sair daí sem ser atingido novamente? — Perguntou Gina temendo o que pudesse acontecer.


Ele não vai se livrar novamente se for atingido. — Sussurrou Dumbledore para si mesmo, mas mesmo assim alguns ainda puderam escutar, Gina ficou horrorizada ao pensar na possibilidade de algo ainda pior acontecer a pessoa que amava.


— E com certeza ninguém ali vai pega-lo e levá-lo para longe a tempo de Voldemort atingi-lo novamente. — Falou Dino.


— Vou voltar a ler. — Falou Percy depois de ver que ninguém mais falaria depois de terem ouvido o que Dino havia dito.


Esperara ouvir vivas de triunfo e júbilo por sua morte, mas, em vez disso, o ar se encheu de passos apressados, sussurros e murmúrios solícitos.


— Milorde... Milorde...


 


— Não estou entendendo. — Falou Roxanne confusa.


— Aconteceu algo com Voldemort. — Falou Dumbledore.


— Como assim? — Perguntou Hermione confusa.


— Oras, existia uma alma de Voldemort no Harry, ele mesmo a destruiu e por isso teve uma conseqüência, basicamente ele deve ter sentido a destruição da própria alma separada do corpo. — Explicou Dumbledore do jeito mais simples possível.


— Mas não deu tempo ainda dele levantar? Depois de toda aquela conversa e tal? — Perguntou Simas.


Hermione ao ouvir aquilo revirou os olhos.


— Com certeza toda aquela conversa comparado ao tempo dos vivos não passou de meros segundos, o que quero dizer, é que para ele que estava do outro lado poderia ter passado dias, mas quando ele voltasse, veria que nesse mundo não passou de segundos. — Falou Hermione.


— Que outro mundo era esse Hermione? — Perguntou Harry querendo tirar uma com a cara da amiga.


— Ué, o mundo dos mortos. — Respondeu Hermione sem pensar direito.


— Eu agradeço pela sua sensibilidade Hermione, sério mesmo. — Falou Harry rindo da amiga que ao perceber o jeito que falou, ficou corada.


— Não seja tão mal com ela, Harry. — Falou Rony rindo junto do moreno.


— Vocês estão muito engraçadinhos hoje né. — Falou Hermione não se agüentando e rindo também.


— Bom, voltando ao assunto, aconteceu algo com Voldemort, vamos saber o que. — Falou Arthur fazendo sinal para que Percy voltasse a ler, e foi o que ele fez.


Era a voz de Bellatrix, como se falasse a um amante. Harry não ousou abrir os olhos, deixou seus outros sentidos explorarem a situação. Sabia que a varinha continuava guardada sob suas vestes porque a sentia espremida entre seu peito e o chão. Um fino acolchoamento na área do estômago lhe informava que a Capa da Invisibilidade também estava ali, escondida.


 


— Vai ficar difícil para pegar a varinha. — Falou Rony.


— Qualquer movimento que ele fizer o denunciara. — Falou Remo.


Milorde...


— Agora chega. — Ele ouviu a voz de Voldemort.


Mais passos: várias pessoas estavam retrocedendo do mesmo lugar. Desesperado para ver o que estava acontecendo, e por quê, Harry entreabriu os olhos um milímetro.


Aparentemente, Voldemort estava se levantando. Vários Comensais da Morte se afastavam depressa dele, reintegrando a multidão à volta da clareira. Somente Belatriz continuou ali, ajoelhada ao lado de Voldemort.


 


— Nojenta. — Falou Sirius.


— Quem é essa? — Perguntou Helena.


— Uma parente ai, a mãe daquele menino também é minha parente, mas as duas seguiram escolhas um pouco diferentes, Belatriz aceitou ser comensal da morte, Narcisa se casou com um comensal, mas nunca se tornou uma. — Falou Sirius vendo Draco o olhar sem pudor, o ouvindo atentamente.


— Já vi que é normal existir famílias parentes por aqui. — Falou Helena olhando em volta.


— Eu sou parente da Molly, só não sei se ela é parente do Harry porque eu não tenho uma arvore genealógica da família do Harry. — Falou Sirius dando de ombros.


— E onde esta a sua arvore genealógica? — Perguntou Helena.


— Em uma parede na casa dos meus pais, eu já tentei tirar aquilo, mas é um pouco difícil né, fazer o que. — Falou Sirius dando de ombros.


— Então, existe a possibilidade do Harry ser parente da Gina? — Perguntou Helena para Sirius que assentiu como resposta — Imagine, namorando com sua própria parente. — Falou Helena sorrindo.


— Só pra deixar claro, se seu pai é parente da minha mãe, você é parente do Carlinhos. — Falou Percy como se fosse obvio, Helena ao ouvir aquilo ficou séria.


— Chato, acabou com a graça da idéia. — Falou Helena fazendo Carlinhos olhar indignado para ela.


— O garota, você não tem coisa melhor pra fazer não? Talvez crescer? — Perguntou Carlinhos rindo da cara da garota.


— Olha aqui, você pode até ser mais alto que eu, mas não é tanto assim não, eu posso muito bem crescer e ser mais alta que você. — Falou Helena dando de ombros.


— Sei, é tão capaz quanto eu ser mais alto que o Fred e o Jorge. — Falou Carlinhos.


(autora aqui: Gente, no livro a descrição do Carlinhos diz que ele não é muito alto, e como não mostra ele no filme, eu uni os três, o Carlinhos do livro e o Fred e Jorge do filme, vocês devem ter percebido que eles são bem altos né kkkkk’)


— Esse povo nos ama em, quando não nos metemos no assunto, eles nos metem no meio da confusão. — Falou Fred para Jorge que assentiu em concordância.


— Parem vocês, continue a ler Percy. — Falou Molly para o filho que assentiu.


— Dessa vez quem começou foi eles, não nós. — Falou Jorge indicando a si mesmo e ao irmão gêmeo.


Harry fechou os olhos e considerou o que vira. Os Comensais da Morte tinham se aglomerado em torno de Voldemort, que, pelo visto, caíra ao chão. Algo havia ocorrido quando atingira Harry com a Maldição da Morte. Teria tombado também? Parecia provável. Ambos teriam caído, momentaneamente desacordados, e agora ambos recobravam os sentidos...


— Milorde, me deixe...


 


— Puxa saco. — Falou Sirius mal humorado.


— Não preciso de sua ajuda — respondeu Voldemort, friamente, e, embora não pudesse ver, Harry visualizou Belatriz, solícita, afastando a mão. — O garoto... Está morto?


 


— Vish, vão ter que verificar se você esta vivo ou não. — Falou James como se não soubesse que no fim tudo ficaria bem, ele estava mais acostumado em se preocupar com a mãe, a quem sempre foi mais apegado e não com o pai que ele sabia que se protegia muito bem.


— Duvido que exista alguém ali que depois que ver que ele esta vivo, vá dizer que ele esta morto. — Falou Remo.


Scorpius que sabia quem iria ajudar, olhou brevemente para Draco, que percebeu seu olhar e logo em seguida franziu as sobrancelhas, confuso com aquilo.


Ela vai ajudar, não é? — Sussurrou Cath para o irmão que assentiu.


Papai disse a você do porque dele não ter sido preso com os outros comensais? Ele, a vovó e o vovô? — Perguntou Scorpius para a irmã que assentiu em resposta, seu pai não era o tipo de pessoa que gostava de falar do passado, nem mesmo lembrar.


Fez-se absoluto silêncio na clareira. Ninguém se aproximou de Harry, mas ele sentiu que os olhares se concentravam nele, pareciam empurrá-lo mais fundo no chão, e apavorou-se que uma pálpebra ou um dedo seus pudessem mexer.


— Você — disse Voldemort, e houve um estampido e um gritinho de dor. — Examine-o. Me diga se está morto.


 


— Quem deve ser? — Perguntou Rose olhando para Scorpius, como se perguntasse para qualquer pessoa, ela não devia nem desconfiar que era Narcisa que ajudaria Harry.


— Eu não sei. — Respondeu Scorpius o mais convincente possível.


— Olha só, ele tem tanto medo do Harry que não pode ir até lá e verificar ele mesmo, e ainda por cima se acha o bonzão que manda em todo mundo. — Falou Fred II.


Harry não sabia quem ele mandara verificar. Só lhe restava ficar parado, com o coração batendo forte, traindo-o, e aguardar ser examinado, mas, ao mesmo tempo, registrando, embora isso não fosse grande consolo, que Voldemort tomava a precaução de não se aproximar dele, que Voldemort suspeitava que tivesse havido uma falha no plano...


Mãos, mais leves do que imaginara, tocaram o seu rosto, ergueram uma pálpebra, se introduziram sob sua camisa e sentiram seu coração. Ele ouvia a respiração rápida da mulher, seus longos cabelos fizeram cócegas em seu rosto. Harry sabia que ela ouvia a pulsação ritmada da vida contra suas costelas.


 


— Não pode ser Belatriz. — Falou Molly.


— Não, essa descrição não é adequada para Belatriz, parece ser outra pessoa. — Falou Tonks.


— Draco está vivo? Está no castelo?


O sussurro era apenas audível; os lábios dela estavam a meros centímetros do seu ouvido, sua cabeça tão curvada que a cabeleira protegia seu rosto dos espectadores.


Está — sussurrou ele em resposta.


 


Mãe. — Sussurrou Draco para si mesmo.


— É a Narcisa. — Falou Sirius.


Ela esta mais preocupada com Draco do que com o fato de Harry estar vivo, ela vai ajudá-lo, e mais uma vez, Harry será salvo pelo amor de uma mãe preocupada com o filho. Pensou Dumbledore impressionado.


Harry sentiu a mão em seu peito se contrair; suas unhas o espetaram. Então, ela retirou a mão. Sentara.


— Está morto! — anunciou Narcisa Malfoy para os Comensais.


E agora eles gritaram, agora deram berros de triunfo e bateram com os pés no chão, e, entre as pálpebras, Harry viu clarões vermelhos e prateados subirem ao ar, comemorando.


 


— Não quero nem ver quando eles descobrirem a verdade. — Falou Molly.


— Só temos que rezar para que Narcisa esteja bem longe na hora em que ele descobrir que Harry esta vivo. — Falou Sirius que ao ver o amor que a prima tinha pelo filho, a ponto de mentir para Voldemort, afinal, Narcisa salvou a vida de seu afilhado.


Ainda fingindo-se de morto, ele compreendeu. Narcisa sabia que a única maneira de lhe permitirem entrar em Hogwarts e procurar o filho era participar do exército conquistador. Ela já não se importava se Voldemort venceria ou não.


— Viram? — guinchou Voldemort, sobrepondo-se ao tumulto — Harry Potter foi morto por minha mão, e agora nenhum homem vivo poderá me ameaçar! Vejam! Crucio!


 


— Já não basta tentar matá-lo, tem que torturar ele também? — Perguntou Neville que não gostava que ninguém torturasse alguém que fosse próximo dele, já não gostava do fato de terem torturado seus pais até o deixarem naquele estado.


Gina apertou a mão do namorado entre as suas, não gostava da idéia do namorado ser torturado, ainda mais que a descrição da dor que ele for sentir ela terá que ouvir.


Harry estivera esperando aquilo: sabia que não deixariam o seu corpo descansar intocado no chão da Floresta, teria que ser humilhado para comprovar a vitória de Voldemort. Ele foi erguido no ar, e precisou de toda a sua força de vontade para continuar inanimado; entretanto, a dor que previra não ocorreu. Foi atirado uma, duas, três vezes no ar, seus óculos voaram do rosto e ele sentiu a varinha escorregar um pouco sob suas vestes, mas continuou mole e sem vida e, quando caiu no chão pela última vez, a clareira ressoou com insultos e risadas agudas.


 


— Parece que os feitiços de Voldemort contra você não fazem mais efeito. — Falou Dumbledore.


— Que bom né. — Falou Gina aliviada.


— Agora — disse Voldemort —, vamos ao castelo lhes mostrar o que restou do seu herói. Quem arrastará o corpo? Não... Esperem...


Houve nova explosão de risadas e, transcorridos alguns instantes, Harry sentiu o chão tremer sob seu corpo.


— Você o carrega — ordenou Voldemort. — Ficará bem visível em seus braços, não é mesmo? Apanhe o seu amiguinho, Hagrid. E os óculos... Reponha os óculos... Ele precisa ficar reconhecível.


 


— Será que o Hagrid não vai perceber que você esta vivo? Quer dizer, da pra perceber pela temperatura do corpo e pelos batimentos do coração, se você estivesse morto mesmo, seu corpo provavelmente já estaria como gelo de tão frio. — Falou Lila.


— Nossa, essas pessoas não pensam em ser mais sensíveis, quer dizer, era eu lá. Sussurrou mais para si mesmo do que para todos ouvir, Gina riu com aquilo.


— Desculpa ai, eu falei no geral, qualquer pessoa que você pega no colo, se estiver morto, a temperatura do corpo estará gelado. — Falou Lila dando de ombros.


— Provavelmente o Hagrid vai estar mais preocupado em sofrer com o acontecimento do que em ter a prova de que Harry estar morto ou vivo. — Falou Rony.


— Mas se você ver que a pessoa acabou de ser atingido pela maldição da morte, você vai pensar que as chances da pessoa estar viva são mínimas, isso aconteceu uma única vez. — Falou Elliz.


— De acordo com o livro, duas vezes. — Falou Al.


— Vou voltar a ler. — Avisou Percy antes de voltar a ler.


Alguém chapou os óculos no rosto de Harry com intenção de machucá-lo, mas as mãos enormes que o ergueram no ar foram extremamente gentis. Harry sentiu os braços de Hagrid tremendo com a violência dos seus profundos soluços, grossas lágrimas choveram sobre ele quando Hagrid o aninhou nos braços, e Harry não ousou, por movimento ou palavra, insinuar ao amigo que nem tudo estava perdido, ainda.


 


— O Hagrid as vezes é muito escandaloso, imagine se ele começa a pular de alegria de uma hora para a outra, deixaria claro para todos que Harry estaria vivo. — Falou Hermione.


— Mas a sensação de carregar um amigo morto deve ser horrível. — Falou Teddy que ainda bem nunca havia passado por coisas parecidas com aquilo.


— Com certeza. — Falou Gina que imaginava como seria.


— Ande — ordenou Voldemort, e Hagrid avançou aos tropeços, abrindo passagem entre as árvores muito juntas, em direção à saída da Floresta. Os galhos prenderam nos cabelos e nas vestes de Harry, mas ele continuou inerte, a boca aberta molemente, os olhos fechados, e no escuro, enquanto os Comensais da Morte se aglomeravam ao seu redor, e enquanto Hagrid soluçava às cegas, ninguém se preocupou em verificar se pulsava uma veia no pescoço nu de Harry Potter...


 


— Será que o Hagrid não sente a respiração dele? — Perguntou Lysa.


— Provavelmente ele deve estar com a respiração lenta, acho que a idéia de se fingir de morto foi a melhor que ele teve no momento, por que imaginem, ele está no meio de um exercito de comensais da morte. — Falou Carlinhos como se fosse obvio.


— Temos que rezar para que tudo dê certo. — Falou Molly como sempre preocupada com Harry.


— Mas como ele vai fugir? Ele esta no meio de um monte de comensais, só se o Hagrid fosse para junto de nós e depois ele revelar que esta vivo, ele não pode simplesmente levantar estando perto dos comensais e de Voldemort.  Falou Luna preocupada com o amigo.


Tenho certeza que ele terá uma boa idéia e conseguirá realizar essa idéia. — Sussurrou Gina para si mesma.


Os dois gigantes acompanharam com estrondo os Comensais da Morte, Harry ouvia as árvores partindo e tombando à sua passagem, faziam tanto barulho que os pássaros levantavam vôo, aos gritos, abafando até as caçoadas dos Comensais. A procissão da vitória marchou para campo aberto, e depois de algum tempo, Harry percebeu, pelo clareamento da escuridão através de suas pálpebras fechadas, que as árvores estavam começando a rarear.


— AGOURO!


O inesperado berro de Hagrid quase forçou Harry a abrir os olhos.


— Estão felizes agora por não ter lutado, seu bando covarde de mulas velhas? Satisfeitos de ver Harry Potter... M-morto...?


 


— O Hagrid tem que ficar quieto, não pode acontecer nada com ele. — Falou Hermione.


Eu não me perdoaria se algo acontecesse a Hagrid, a culpa não é dele, afinal ele nem sabe que eu estou apenas fingindo, se algo acontecer a ele foi por causa dessa idéia maluca de ficar fingindo. Pensou Harry preocupado com o amigo que o mostrou o mundo que hoje ele considera o seu, o homem que falara de um lugar que hoje Harry considerava sua própria e única casa até o momento.


Hagrid não pôde continuar, sucumbiu às lágrimas. Harry ficou imaginando quantos centauros estariam assistindo à procissão passar, não se atreveu a abrir os olhos para avaliar. Alguns Comensais da Morte gritaram insultos para as criaturas, à medida que as deixavam para trás. Pouco depois, Harry sentiu, pelo refrescamento do ar, que tinham chegado à orla da Floresta.


— Pare.


 


— Tomara que ele não tenha percebido que você esta vivo. — Falou Gina temendo pelo moreno.


— Não, ele esta feliz demais, recebeu a confirmação da minha morte por uma pessoa que pensa confiar, eu não acho que ele irá ter certeza exatamente, esta apenas querendo se gabar por uma coisa que acha que fez. — Falou Harry dando de ombros.


— Porque acha que ele confia em Narcisa? Quer dizer, ela não é uma comensal. — Falou Hermione.


— Mas é casada com um, eu acho que ele nunca desconfiaria de Narcisa porque sabe que ela com certeza deve ter medo dele, ou ele pensa que ela tem, já que muitos comensais temem ele quando fazem algo de errado, e Lucio já errou uma vez e pagou o preço, ele deve pensar que ela não iria querer que isso acontecesse mais uma vez com a família dela. — Tentou explicar Harry da melhor maneira e com as melhores palavras que veio a cabeça.


(Autora aqui: Espero que não tenha ficado confuso em, as vezes eu mesma me confundo kkk’)


Harry achou que Hagrid devia ter sido forçado a obedecer, porque ele cambaleou ligeiramente. Agora baixava uma frialdade sobre o lugar em que haviam parado, e Harry ouviu os arquejos roucos dos dementadores que patrulhavam as árvores naquele ponto da Floresta. Não o afetariam agora. A realidade de sua sobrevivência abrasava-o por dentro, um talismã contra eles, como se tivesse no coração o veado Patrono de seu pai a guardá-lo.


 


— Mas os comensais não conseguem sentir o coração dele batendo, ou sei lá, a temperatura quente do corpo dele. — Falou Lila.


— Se eles soubessem, porque eles comunicariam a Voldemort? Eu acho que as vezes, os dementadores fingem dar lealdade a Voldemort, mas na verdade pensam apenas em si mesmo, no que eles forem ganhar. — Falou Sirius.


Alguém passou perto de Harry e ele percebeu que era Voldemort, porque ele falou em seguida, sua voz magicamente amplificada de modo a se propagar pelos terrenos da escola, retumbando nos tímpanos do garoto.


"Harry Potter está morto. Foi abatido em plena fuga, tentando se salvar enquanto vocês ofereciam as vidas por ele. Trazemos aqui o seu cadáver como prova de que o seu herói deixou de existir.


 


— Nossa que mentira, existem varias e varias maneiras de fugir pelo castelo, caso alguém tentasse fazer isso, não iria pela floresta, ainda mais sabendo que Voldemort estaria lá. — Falou Lily.


"A batalha está ganha. Vocês perderam metade dos seus combatentes. Os meus Comensais da Morte são mais numerosos que vocês, e O-Menino-Que-Sobreviveu está liquidado. A guerra deve cessar. Quem continuar a resistir, homem, mulher ou criança, será exterminado, bem como todos os membros de sua família. Saiam do castelo agora, ajoelhem-se diante de mim e serão poupados. Seus pais e filhos, seus irmãos e irmãs viverão e serão perdoados, e vocês se unirão a mim no novo mundo que construiremos juntos."


 


— Sabe o que esse Voldemort me lembra? — Perguntou Helena.


— O que? — Perguntou Felipe.


— Ele me lembra uma pessoa que quando estava na escolinha, tinha uma pessoa que ficava mandando em todo mundo e ele é claro fazia tudo o que essa tal pessoa mandava, ai quando cresce tem a vontade de mandar também, só porque quando pequeno não podia mandar. — Falou Helena.


— Isso é normal acontecer? — Perguntou Sirius.


— Ué, toda escola tem um idiota que gosta de ficar se achando e mandando em todo mundo. — Respondeu Helena.


— Na minha época o idiota era seu pai. — Falou Remo rindo.


— Nossa, que graça. — Falou Sirius sério.


— Na minha época o idiota continua sendo o meu irmão. — Falou Al recebendo um olhar fulminante do irmão.


— Eu não mando em ninguém. — Falou James.


— Mas se acha. — Falou Lysa para o moreno que olhou para ela indignado.


— Até você? Olha, eu parei em, e faz tempo que eu não faço mais aquilo. — Falou James em sua própria defesa.


— Na minha época da escola, o Teddy tinha os momentos idiotas dele com os amiguinhos e as amiguinhas dele. — Falou Vic com um olhar ameaçador em direção ao marido que soltou um longo suspiro.


— Ela não parece gostar muito do seu tempo de estudante. — Falou Tonks.


— É porque eu não podia apresentá-la como minha namorada aos meus amigos. — Explicou Teddy dando de ombros.


— E porque não? Sr. Teddy Lupin. — Perguntou Tonks ameaçadoramente.


— Porque estávamos namorando escondido ué, se era escondido, ninguém devia saber, então as vezes era cada um de um lado, eu com os meus amigos e ela com os dela. — Respondeu Teddy dando de ombros.


— Por quanto tempo vocês ficaram namorando escondido? — Perguntou Lily como sempre curiosa.


— Eu nem sei, mas que foi por muito tempo foi. — Falou Teddy.


— Quase um ano e meio. — Falou Vic parando para pensar um pouco.


As pessoas que ouviram aquilo ficaram chocadas, namorar escondido não é fácil, imagine por um ano e meio.


— Tudo isso? Como conseguiram fazer essa proeza? — Perguntou Rose.


— Não foi fácil, mas ao menos conseguimos ué. — Falou Teddy dando de ombros.


— Teríamos conseguido namorar por mais tempo, se o tio Harry não tivesse nos visto. — Falou Vic.


— Com certeza. — Falou Teddy assentindo em concordância.


Percy vendo que ninguém mais voltaria a falar, voltou a ler.


Houve silêncio nos jardins e no castelo. Voldemort estava tão perto que Harry não se atreveu a abrir os olhos.


— Venha — ordenou Voldemort. Harry ouviu-o avançar e Hagrid foi forçado a segui-lo. Harry abriu minimamente os olhos e viu Voldemort caminhando à frente, levando em torno dos ombros sua grande cobra, agora, livre da gaiola encantada. Harry, porém, não tinha possibilidade de sacar a varinha guardada dentro das vestes sem ser visto pelos Comensais da Morte que o ladeavam, marchando na escuridão que gradualmente se dissipava...


 


Na época ele ainda não conseguia aparatar em qualquer lugar. — Sussurrou Teddy para si mesmo.


Isso é obvio né Teddy, ele tinha 17 anos, sabia apenas o básico, não era igual ao que é na nossa época que ele consegue fazer um monte de coisas que outros não sabem. — Sussurrou Vic para o marido, havia escutado o que ele havia dito.


Agora você se pergunta, onde ele aprende essas coisa? — Perguntou Teddy para a loira que pensou e ao não ter uma resposta, deu de ombros — Exatamente, eu nunca havia visto livros que falam sobre as coisas que ele faz. — Falou Teddy para a esposa — E ele só lê aqueles livros que ficam na biblioteca na casa delo ou alguns que estavam no cofre no Gringotes. — Falou Teddy.


Se a gente for parar para ver, existe muitos mistérios por trás da família Potter. — Sussurrou Vic para o marido que assentiu em concordância.


— Harry — soluçava Hagrid. — Ah, Harry... Harry...


O garoto tornou a fechar os olhos com força. Sabia que estavam se aproximando do castelo, e apurou os ouvidos para distinguir, acima das vozes alegres dos Comensais da Morte e dos seus passos pesados, sinais de vida em seu interior.


— Parem.


 


— Toda vez que ele manda parar parece que ele descobriu que você estava apenas fingindo. — Falou Gina que sentia seu coração parar ao ouvir a voz de Percy lendo as falas de Voldemort.


— Meu coração esta quase saindo pela boca. — Falou Lily que no momento apertava a mão de Miguel e de Hugo ao mesmo tempo.


Os Comensais pararam: Harry os ouviu debandar, para formar uma linha em frente às portas abertas da escola. Via, mesmo através das pálpebras fechadas, a claridade avermelhada indicando que a luz que o iluminava saía do saguão de entrada. Ele aguardou. A qualquer momento, as pessoas por quem ele tentara morrer o veriam, deitado aparentemente morto, nos braços de Hagrid.


— NÃO!


O grito foi ainda mais terrível porque jamais esperara ou sonhara que a professora McGonagall pudesse emitir tal som. Ouviu uma risada de mulher ali perto, e percebeu que Belatriz exultava com o desespero de McGonagall. Ele tornou a espreitar por um segundo, e viu a entrada começar a se encher de gente, à medida que os sobreviventes da batalha saíam aos degraus, para encarar os seus vencedores, e constatar, com os próprios olhos, a realidade da morte de Harry. Viu Voldemort parado um pouco à frente dele, acariciando a cabeça de Nagini com um dedo branco. Ele fechou os olhos outra vez.


 


— Esse cara é muito nojento. — Falou Miguel fazendo cara de nojo — Eu já tive muitos animais de estimação, mas chegar a ser assim com algum deles, ainda mais com uma cobra. — Falou Miguel ainda fazendo cara de nojo.


— Não!


— Não!


— Harry! HARRY!


As vozes de Rony, Hermione e Gina foram piores que as de McGonagall; tudo que Harry queria era gritar em resposta, manteve-se, porém, deitado e calado, e os gritos dos amigos tiveram o efeito de um gatilho, a multidão de sobreviventes se uniu a eles, gritando e berrando insultos para os Comensais da Morte até...


— SILÊNCIO! — exclamou Voldemort. Em seguida, um estampido, um forte clarão, e o silêncio se impôs a todos. — Acabou! Ponha-o no chão, Hagrid, aos meus pés, que é o lugar dele!


Harry sentiu que Hagrid o pousava na grama.


 


— Agora é só esperar que eles fiquem distraídos e você pode levantar a tempo de pegar a varinha. — Falou Sirius.


— Provavelmente Voldemort vai fazer um discurso, é sempre assim, quero dizer, eu nunca o vi é claro, mas já mexi nas memórias na penseira do meu pai e na maioria das vezes que eles se encontravam, Voldemort fazia um discurso. — Falou James.


— É como eu falei, parece uma criança que nunca chamou a atenção de todo mundo para si próprio, apenas vontade de ficar se exibindo. — Falou Helena dando de ombros.


— Estão vendo? — disse Voldemort, e Harry sentiu-o andando de um lado para outro, paralelamente ao lugar em que ele jazia. — Harry Potter está morto! Entenderam agora, seus iludidos? Ele não era nada, jamais foi, era apenas um garoto, confiante de que os outros se sacrificariam por ele!


— Ele o derrotou! — berrou Rony, e o feitiço se rompeu, e os defensores de Hogwarts voltaram a gritar e a insultar até que um segundo estampido mais forte tornou a extinguir mais uma vez suas vozes.


 


Ao mesmo tempo, todos bateram palmas pela coragem que Rony teve ao fazer aquilo, Dumbledore olhou para o ruivo que sorria para a namorada e teve certeza do pensamento que havia passado por sua cabeça.


Sim, esse menino esta desenvolvendo cada vez mais e mais, sua coragem vai chegar a um ponto que muitos nunca imaginarem. Pensou Dumbledore olhando brevemente para Rony que sorria minimamente.


— Ele foi morto tentando sair escondido dos terrenos do castelo — disse Voldemort, e, na sua voz, havia prazer com a mentira —, morto tentando se salvar...


Voldemort, no entanto, foi interrompido: Harry ouviu uma movimentação e um grito, em seguida mais um estampido, um clarão e um gemido de dor; ele abriu infinitesimalmente as pálpebras. Alguém se destacara da multidão e investira contra Voldemort: Harry viu o vulto bater no chão, desarmado, Voldemort atirar a varinha do desafiante para o lado e rir.


 


— Quem será que foi? — Perguntou Hermione temendo ser um de seus amigos.


Todos se olharam, pensando se a pessoa que acabara de ser atingido fosse seu amigo que estava ao lado, sentado.


— E quem é esse? — perguntou com o seu silvo suave de ofídio. -Quem está se voluntariando para demonstrar o que acontece com os que insistem em lutar quando a batalha está perdida?


Belatriz deu uma gargalhada prazerosa.


— É Neville Longbottom, milorde! O garoto que andou dando tanto trabalho aos Carrow! O filho dos aurores, lembra?


 


Todos olharam aterrorizados para Neville que continuou parado, como se não tivesse acabado de escutar seu nome e escutar que ele teve a coragem de tentar atingir Voldemort, enquanto outros continuaram apenas a ouvir o Lord.


É outro que irá se tornar o que muitos pensaram que ele nunca seria. Pensou Dumbledore com sigo mesmo.


— Ah, sim, lembro — disse Voldemort, baixando os olhos para Neville, que fazia força para se pôr de pé, sem arma nem proteção, parado na terra de ninguém entre os sobreviventes e os Comensais da Morte. — Mas você tem sangue puro, não tem, meu bravo rapaz? — perguntou Voldemort a Neville, que o encarava, as mãos vazias fechadas em punhos.


 


— Grandes coisas. — Falou Neville fazendo pouco caso de uma coisa que para ele, não tinha valor algum.


— E se tiver? — respondeu Neville em voz alta.


— Você demonstra vivacidade e coragem, e descende de linhagem nobre... Você dará um valioso Comensal da Morte. Precisamos de gente como você, Neville Longbottom.


— Me juntarei a você quando o inferno congelar. Armada de Dumbledore! — gritou ele e, da multidão, ouviram-se vivas em resposta, que os Feitiços Silenciadores de Voldemort pareceram incapazes de conter.


— Muito bem — disse Voldemort, e Harry detectou um perigo maior na suavidade de sua voz do que no feitiço mais poderoso. — Se essa é a sua escolha, Longbottom, revertemos ao plano original. A culpa será toda sua — disse ele, calmamente.


 


As pessoas no salão olharam impressionadas para Neville, que até agora não sabia de onde havia tirado tanta coragem assim, nunca pensou que um dia seria uma pessoa que se quer conseguisse olhar para Voldemort, cara a cara.


Ainda observando por trás das pestanas, Harry viu Voldemort acenar com a varinha. Segundos depois, das janelas estilhaçadas do castelo, algo semelhante a um pássaro disforme voou na semi-obscuridade e pousou na mão de Voldemort. Ele sacudiu o objeto mofado pelo bico e deixou-o pender vazio e roto: o Chapéu Seletor.


— Não haverá mais Seleção na Escola de Hogwarts — disse Voldemort. — Não haverá mais Casas. O emblema, escudo e cores do meu nobre antepassado, Salazar Slytherin, será suficiente para todos, não é mesmo, Neville Longbottom?


 


— O que ele vai fazer? — Perguntou Luna temendo pelo amigo que continuou parado, apenas escutando as palavras lidas por Percy que já percebera que não seria nada bom.


— Não sei, mas coisa boa que não deve ser. — Falou Harry como resposta a Luna, já que ninguém se atreveu a responder a loira, estavam todos querendo saber o que iria acontecer.


— Imagine, que tortura deve ser estudar na Sonserina. — Falou Fred.


— Ainda bem que a gente já tinha terminado a escola. — Falou Jorge em concordância ao irmão, havia até se esquecido com o que havia acontecido com o gêmeo em meio a batalha.


Ele apontou a varinha para Neville, que ficou rígido e calado, então forçou o chapéu a entrar na cabeça do garoto, fazendo-o escorregar abaixo dos seus olhos. A multidão que assistia à porta do castelo se movimentou e, sincronizados, os Comensais da Morte ergueram as varinhas, acuando os combatentes de Hogwarts.


— Neville agora vai demonstrar o que acontece com quem é suficientemente tolo para continuar a se opor a mim — anunciou Voldemort e, com um aceno da varinha, fez o Chapéu Seletor pegar fogo.


 


Gritos horrorizados foi produzido por todas as meninas do salão, incluindo as professoras, enquanto os meninos se lamentavam quietos, com a cabeça baixa, vendo que tudo aquilo havia acontecido com Neville apenas por que ele tem lealdade a Hogwarts, a casa Grifinória, aos amigos e é claro a sua própria família.


Era cruel o que acabara de fazer a uma pessoa que estava apenas querendo lutar por sua liberdade e a de muitas pessoas por ali, lutar pela liberdade de outra gerações de crianças que um dia chegaria a Hogwarts, mas que poderia perder a chance de conhecer a escola maravilhosa que eles um dia conheceram.


Gritos cortaram o amanhecer, e Neville ardeu em chamas, pregado ao chão, incapaz de se mexer, e Harry não pôde suportar: tinha que agir...


Então, muitas coisas aconteceram no mesmo instante.


Ouviu-se um clamor nas distantes divisas da escola, dando a impressão de que centenas de pessoas escalavam os muros fora do campo de visão de todos e corriam em direção ao castelo, proferindo retumbantes brados de guerra. Nessa hora, Grope apareceu contornando a quina do castelo e berrou "HAGGER!". Seu grito foi respondido por urros dos gigantes de Voldemort: eles avançaram para Grope como elefantes estremecendo a terra. Depois vieram os cascos, a vibração de arcos distendendo e flechas começaram repentinamente a chover entre os Comensais da Morte, que romperam fileiras, gritando, surpresos. Harry tirou a Capa da Invisibilidade de dentro das vestes, cobriu-se e ergueu-se de um salto, ao mesmo tempo que Neville.


 


— Os centauros resolveram avançar, finalmente em. — Falou Sirius.


— Ainda bem que pararam de fazer aquilo com Neville. — Falou Tonks soltando um longo suspiro, do mesmo jeito que não desejava nada de mal ao seu próprio filho, não desejava ao filho de outra pessoa.


— Mas por que você ainda foi vestir a capa? Invés de se levantar logo? — Perguntou Remo que não havia entendido o ato que Harry havia feito.


— Eu não sei. — Falou Harry dando de ombros.


— Vamos voltar a leitura, também não entendi essa parte e quero entender. — Falou Sirius fazendo sinal para que Percy voltasse a leitura, e foi o que o ruivo fez.


Com um único movimento rápido e fluido, Neville se libertou do Feitiço do Corpo Preso que o imobilizava; o chapéu em chamas caiu de sua cabeça e, do fundo dele, o garoto puxou um objeto prateado com um punho cravejado de rubis.


 


— A espada apareceu pra ele. — Falou Hermione impressionada.


Todos olharam impressionados para Neville depois que Hermione havia dito aquilo, todos sabiam que só um verdadeiro membro da Grifinória tiraria a tal espada do chapéu, como Harry havia dito ter feito no segundo ano escolar.


O ruído da espada de prata cortando o ar não pôde ser ouvido acima do vozerio da multidão que se aproximava, ou o estrépito dos gigantes se enfrentando, ou a cavalgada dos centauros, contudo, pareceu atrair todos os olhares. Com um único golpe, Neville decepou a cabeça de Nagini, que girou no alto, reluzindo à luz que vinha do saguão de entrada, e a boca de Voldemort se abriu em um berro de fúria, que ninguém pôde ouvir, e o corpo da cobra bateu com um baque surdo aos seus pés...


 


Ao ouvirem aquilo, todos ficaram de boca aberta, se olharam e ao mesmo tempo começaram a bater palmas para Neville que olhou para o lado, o garoto estava corado, até mesmo os professores e o diretor batiam palmas para o ato que ele havia feito, o menino de cabelos escuros não pode fazer nada, apenas sorriu fraco, como se estivesse parabenizando a si mesmo.


Oculto pela Capa da Invisibilidade, Harry lançou um Feitiço Escudo entre Neville e Voldemort antes que este pudesse erguer a varinha. Então, sobrepondo-se aos gritos, rugidos e ao pesado sapateio dos gigantes em luta, ouviu-se o berro de Hagrid mais alto que tudo.


— HARRY! — gritou ele. — HARRY... ONDE ESTÁ HARRY?


 


— Eu imagino o que ele sentiu quando não viu mais o corpo do Harry. — Falou Gina.


— Já estava demorando demais para o Harry reagir. — Falou Rony que temia que algo acontecesse a mais alguns de seus irmãos, já bastava ter acontecido aquilo com Fred.


Reinou o caos. A investida dos centauros dispersava os Comensais da Morte, todos fugiam das pisadas dos gigantes, e, cada vez mais próximos, estrondeavam os reforços que ninguém sabia de onde tinham vindo; Harry viu grandes criaturas aladas, os testrálios e Bicuço, o hipogrifo, rodeando as cabeças dos gigantes de Voldemort, gadunhando seus olhos, enquanto Grope os esmurrava; e agora os bruxos, defensores de Hogwarts, bem como os Comensais de Voldemort, estavam sendo empurrados para dentro do castelo. Harry lançava feitiços contra cada Comensal da Morte à vista, e eles caíam sem saber o que ou quem os atingira, e seus corpos eram pisoteados pela multidão em retirada.


 


— Eu não sei porque, mas tinha uma época da escola, quando eu era monitora, que as vezes parecia que alguém me perseguia. — Falou Lysa um pouco pensativa.


James fingiu não ter ouvido aquilo, e olhou para o lado, como se ele não tivesse nada a ver com aquilo, mas Teddy percebeu o jeito que ele ficou e logo entendeu a situação de James.


— Como assim? — Perguntou Teddy.


— Eu não sei explicar direito, só sei que eu sentia como se alguém estivesse me observando, alguém já sentiu isso alguma vez? — Perguntou Lysa.


— Tia Gina as vezes passa por isso, mas no caso é os meninos em baixo da... aiii. — Falou Vic olhando confusa para o marido, ele havia acabado de beliscar a coxa dela por baixo da mesa — O que foi? — Perguntou Vic.


Deixa o assunto no ar. — Sussurrou Teddy para a esposa que mesmo confusa assentiu.


— Então, deixando essas coisas da tia Gina de lado, eu também tinha isso na época escolar, acho que é por causa dos corredores vazios, ainda mais de noite naquele castelo. — Falou Fleur olhando confusa para Teddy logo em seguida.


— Irei voltar a ler. — Falou Percy antes de voltar a ler.


Ainda sob a capa, Harry foi empurrado para dentro do saguão: procurou Voldemort e viu-o do lado oposto, a varinha disparando feitiços para todo lado enquanto recuava para dentro do Salão Principal, ainda berrando ordens para os seus seguidores; Harry lançou mais Feitiços Escudo, e as supostas vítimas de Voldemort, Simas Finnigan e Ana Abbott, passaram por ele correndo e entraram no Salão Principal, onde se uniram à luta que já se desenvolvia ali.


 


— Espera ai, são alunos que estão lutando contra os comensais? — Perguntou Percy que não estava acreditando naquilo — Nunca achei que você os deixasse fazer isso. — Falou Percy olhando para Minerva.


— Se fossem maiores de idade eu não poderia fazer nada. — Falou Minerva dando de ombros.


— Há é, e a Gina é maior de idade. — Falou Gui olhando bravo para a irmã.


— Ué, não era você que estava protegendo todos os irmãos? Você queria o que? Que eu fosse para o outro lado do mundo, queria que eu fosse para casa e ficasse lá, dormindo para no dia seguinte saber de todas as coisas ruins que aconteceram? — Perguntou Gina.


— Você tinha 16 anos. — Falou Carlinhos.


— Era minha família que estava lá e meus amigos. — Falou Gina.


— Você por acaso pensou que você é minha filha de 16 anos que estava no meio de uma guerra? — Perguntou Molly como se fosse obvio — O que adianta você ficar para não ficar preocupada com seus amigos, sendo que ficando lá quem ficara preocupada serei eu. — Explicou Molly para a filha que abaixou a cabeça.


— É, você por acaso sabe como é a dor de uma mãe que passa por uma situação dessa? — Perguntou Carlinhos.


— E você por acaso sabe o que é ter um filho morando na Romênia? — Perguntou Gina para o irmão que ao perceber o que ela queria dizer, preferiu não dizer mais nada.


— O sujo falando do mal lavado. — Falou Rony.


— Falou o garoto que no primeiro ano escolar quase foi morto em um jogo de xadrez. — Falou Fred para o irmão mais novo que olhou feio para ele, Jorge riu ao lado do irmão gêmeo.


— Do que você esta rindo? Vocês que vivem destruindo o castelo. — Falou Rony para os irmãos que deram de ombros.


— Pra resumir a família de vocês não é normal. — Falou Fred II rindo.


— E continua não sendo normal na nossa época. — Falou James rindo para o primo Fred II que riu também.


Os Weasley riram e logo depois que pararam, Percy voltou a ler, ele estava se divertindo como há muito tempo não se divertia.


E agora havia mais, muito mais gente irrompendo pela escadaria da entrada, e Harry viu Carlinhos Weasley alcançar Horácio Slughorn, que ainda usava o pijama verde-esmeralda.


— Nossa, eu estava começando a achar que ninguém me avisaria isso. — Falou Carlinhos.


— Também, olha onde você mora. — Falou Gina.


— Onde você mora mesmo? — Perguntou Helena.


— Na Romênia. — Respondeu Carlinhos para a morena.


— Então você não mora, você se esconde, porque sair da casa dos seus pais para morar do outro lado do mundo. — Falou Helena fazendo os Weasley rir.


— Todo mundo quer sair de casa, ter suas próprias decisões quando chega a uma certa idade. — Falou Carlinhos dando de ombros.


— Como será que vai ser eu deixar de morar no Rio de Janeiro para ir para Londres? — Perguntou Helena pensando em si mesma morando em uma das cidades que sempre pensara em conhecer.


— Depende que parte de Londres você vai morar né. — Falou Molly — Porque até que o Largo Grimmauld tem uma vizinhança bem calma. — Falou Molly olhando para Helena. No mesmo momento Sirius tratou de dizer.


— Você acha mesmo que daqui para frente, agora que todos sabem que eu sou inocente eu vá ficar naquele buraco? — Perguntou Sirius — É obvio que não, já não gostava de ficar lá antes. — Respondeu Sirius sua própria pergunta.


— Porque você não reforma esse lugar que tanto odeia? — Perguntou Helena para o pai.


— Seria uma boa idéia, se a mudança fosse tão drástica você nem perceberia que esta no Largo Grimmauld. — Falou Harry que concordava com a idéia de Helena.


— Reformar aquele lugar com certeza não vai ser fácil. — Falou Rony.


— Quase não conseguimos limpar o lugar, imagine reformar. — Falou Fred ao lembrar o desastre que foi eles limparem a casa dos Black.


— Mas reformar é tão divertido, em casa nós soltamos varias e varias gargalhadas quando temos que reformar alguma parte da casa, na ultima vez foi a sala e a cozinha, vish eu tomei um banho de tinta azul, imagine o sacrifício de tirar aquela tinta do cabelo e do corpo. — Falou Helena com os olhos brilhando ao lembrar do tal dia.


— Bom, quem sabe um dia eu tenha vontade o suficiente para reformar aquele lugar. — Falou Sirius falando de um jeito que transpassava para as pessoas que ele nunca faria aquilo mesmo.


— Vou voltar a ler. — Falou Percy para todos que estavam falando que logo em seguida assentiram.


Pareciam ter reassumido a liderança dos familiares e amigos de cada estudante de Hogwarts que ficara para lutar, acompanhados dos lojistas e habitantes de Hogsmeade. Os centauros Agouro, Ronan e Magoriano invadiram o saguão em um forte tropel, no momento em que a porta que levava à cozinha era arrancada das dobradiças.


 


— Então, seria legal ter aula com um centauro. — Falou Lily como sempre querendo fazer coisas diferentes na vida.


— Como assim? De onde você tirou essa idéia? — Perguntou Rony confuso.


— Há, é que o presente já mudou né, porque na época do papai a professora Trelawney foi afastada do cargo, só não foi afastada da escola porque Dumbledore impediu, dizendo que ela não tinha autoridade o suficiente para mandá-la embora do castelo e o centauro Firenze. — Explicou Lily.


— Imagino que os centauros não tenham gostado que Firenze tenha vindo dar aula aqui em Hogwarts. — Falou Dumbledore.


— A professora Trelawney também parece não ter gostado. — Falou Hermione soltando uma leve risada ao ver a professora fazer cara de indignada por saber que ela havia sido substituída por um centauro.


— É claro, imagine um centauro ter a capacidade de explicar os fenômenos da adivinhação. — Falou Sibila.


— Sibila, não diga umas coisas dessa. — Falou Dumbledore.


— Mas é a mais pura verdade. — Falou Sibila.


— Depois as pessoas perguntam do porque dos centauros não gostarem de muitos bruxos, a resposta é muito obvio, até mesmo para mim que não tenho lá aquela capacidade de raciocínio. — Falou Rony dando de ombros.


— É quase a mesma coisa que falamos sobre os duendes. — Falou Gui.


— Bom, deixemos esse assunto para lá, e para esclarecer não haveria problema nenhum um centauro dar aulas aqui em Hogwarts. — Falou Minerva podendo ver Dumbledore assentir em concordância.


— Eu vou voltar a ler. — Falou Percy.


E eu ainda não esqueci que aquela velha falou que eu iria ser uma solteirona no futuro. — Sussurrou Hermione para si mesma, Rony ao ouvir sorriu fraco, fazendo um leve carinho na mão da namorada.


Uma enxurrada de elfos domésticos de Hogwarts adentrou o saguão, gritando e brandindo seus trinchantes e cutelos, e à frente deles, com o medalhão de Régulo Black pendurado ao peito, vinha Monstro, sua voz de rã audível, apesar da zoeira:


 


— Como você ainda pode não gostar desse elfo? — Perguntou Helena para o pai.


— Ele não é assim, pode até ter mudado, mas no momento continua sendo o mesmo elfo irritante e chato que minha mãe criou. — Falou Sirius dando de ombros.


— Sua mãe criou, você falou certo, eu sempre achei que muitos elfos são do jeito que são pela forma que foram criados por seus donos. — Falou Hermione.


— Volte a ler antes que voltemos a dizer sobre o preconceito entre os bruxos e as outras criaturas. — Falou Carlinhos.


— A luta! A luta! A luta pelo meu senhor, defensor dos elfos domésticos! A luta contra o Lorde das Trevas, em nome do corajoso Régulo! À luta!


 


Sempre o Régulo. — Sussurrou Sirius revirando os olhos de tédio.


Ciumento, para de ser tão ciumento, desse jeito nem eu mesma te agüento. — Cantarolou Helena para o pai ouvir que logo em seguida fez cara de confusa para ela que teve que revirar os olhos — É apenas uma forma de zuar as pessoas que tem ciúmes, é uma musica brasileira, mas para que você entenda eu tive que cantar em inglês, e eu não gostei nada da musica em inglês. — Falou Helena.


— Também concordo que não tenha ficado boa. — Falou Sirius.


— Fazer o que né, é o jeito. — Falou Helena dando de ombros.


Eles cortavam e furavam os tornozelos e canelas dos Comensais da Morte, seus pequenos rostos brilhando de malícia, e, por onde quer que Harry olhasse, os Comensais estavam se dobrando à superioridade dos números, vencidos pelos feitiços, arrancando flechas dos ferimentos, esfaqueados na perna pelos elfos, ou, simplesmente, tentando fugir, mas engolidos pela horda invasora.


 


— Eu imagino como deve ter sido para o Monstro convencer todos esses elfos a lutar contra Voldemort. — Falou Dumbledore.


— Porque? — Perguntou uma menina que parecia ser do primeiro ano.


— Porque não é comum os elfos se opuserem contra os bruxos, seja lá de qual lado for. — Explicou Dumbledore para a menina que assentiu, sinal de que devia ter entendido.


— Eu acho que os centauros devem estar ao menos um pouco feliz em estar lutando contra Voldemort, ainda mais que eles invadiram a floresta e praticamente acabaram com a moral deles. — Falou Miguel.


Alguns ficaram confusos com o jeito de Miguel falar, mesmo assim entenderam o que ele quis dizer com aquilo.


A batalha, contudo, ainda não terminara: Harry disparou entre os duelistas, passou por prisioneiros que se debatiam e entrou no Salão Principal.


Voldemort estava no centro da luta e atacava e fulminava tudo ao seu alcance. Harry não conseguiu um ângulo desimpedido para mirar, então lutou para se aproximar, ainda invisível, e o Salão Principal foi lotando sempre mais, pois todos que podiam andar entravam à força.


 


— Com tamanha montueiro é mais fácil acabar acertando em alguém do nosso lado. — Falou Minerva.


— Mas também não é como se alguém fosse gritas e falasse “GENTE VAMOS LÁ PARA FORA PORQUE SE NÃO IREMOS ACERTAR QUEM NÃO QUEREMOS”. — Falou James como se fosse obvio.


— Ér, eu vou voltar a ler. — Falou Percy que em toda sua vida nunca vira alguém falar aquilo para Minerva.


Harry viu Yaxley ser nocauteado por Jorge e Lino Jordan.


— É isso ai. — Falou Jorge batendo a mão direita na mão de Lino que sorria largamente, a maioria dos meninos do salão assobiaram em alto e bom som.


Viu Dolohov cair com um grito às mãos de Flitwick, viu Walden Mac-nair ser atirado do outro lado do salão por Hagrid, bater na parede de pedra e escorregar, inconsciente, para o chão. Viu Rony e Neville abaterem Lobo Greyback, Aberforth estuporar Rookwood, Arthur e Percy derrubarem Thicknesse, e Lúcio e Narcisa Malfoy correndo entre a multidão, sem sequer tentar lutar, chamando, aos berros, pelo filho.


 


— Meu pai é demais, não existe melhor que ele. — Falou Rose.


— Eu já vi melhores. — Falou Lily.


— Seu pai? Seu pai não conta, ele é anormal. — Falou Rose dando de ombros.


— Meu pai é anormal? — Perguntou Lily indignada.


— Se você falar que é mentira, lembre-se que ele vive chegando de fininho, é pior que a vovó Weasley quando percebe que o James e o Fred II vão aprontar. — Falou Rose como se fosse obvio.


— Isso é verdade. — Falou James.


— Comigo ele nunca fez isso. — Falou Lily.


— Ele nunca entrou primeiro no seu quarto para depois bater ou anunciar a chegada dele? — Perguntou Teddy para a ruiva que negou — Bom pra você, porque comigo ele já fez isso, principalmente quando ele queria me acordar da melhor maneira possível. — Falou Teddy.


— Como? Jogando água em você? — Perguntou Al para Teddy que assentiu.


— Ele já fez pior, uma vez eu bebi demais, fiquei de ressaca e ele resolveu me acordar com um forte sol na cara, jogando água fria na minha cama e dizendo que estava na hora de eu ir buscar a Vic. — Falou Teddy fazendo cara de poucos amigos — Eu não acordei nada bem naquele dia. — Falou Teddy.


— Ressaca? — Perguntou Tonks.


— É, eu fui sai com alguns amigos e quando eu passei da conta eles ligaram para meu padrinho e ele foi me buscar, ele me acordou dizendo que já era 15:30 sendo que era para mim buscar a Vic as 15:00, quando eu fui ver ainda era 09:00 da manhã. — Falou Teddy.


— Olha o lado bom. — Falou Vic.


— Qual é o lado bom? — Perguntou Teddy.


— Se sua vó tivesse ido te buscar, ela no mínimo lhe jogaria das escadas. — Falou Vic dando de ombros.


— Isso é verdade. — Falou Hugo rindo.


— Sua mãe não parece ser tão brava. — Falou Remo para Tonks.


— E ela não é, apenas não gosta que eu fique bebendo ou arrumando confusão por ai, esperem ela ficar sabendo que eu fiz aquilo, eu no mínimo ficarei na cama por um dia, com alguma parte do corpo quebrado. — Falou Teddy — Mas eu ainda tive que ouvir um discurso da sua mãe dizendo que eu não devo beber a ponto de ficar daquele jeito. — Falou Teddy olhando para James que riu.


— Vai se preparando, porque com o Teddy ela não pode fazer nada, já que ele não é filho dela, a única coisa que ela pode fazer é dar uma bronca, mas com você, se preparem que vai baixar a Molly Weasley no corpo da sua mãe. — Falou Vic.


— Ela não faria algo tão ruim assim. — Falou James dando de ombros, o menino não acreditava que a mãe faria algo TÃO ruim assim, algo que o deixasse com tanto medo dela.


— Ela não fez nada quanto ao fato dele ser galinha. — Falou Lysa.


— É porque ela pensou de uma forma, melhor ele sendo galinho do que caçador de problemas como o pai. — Falou Vic recebendo um olhar indignado de Harry.


— Caçador de problemas? — Perguntou Harry.


— Olha ai Harry, mas um apelido para você, isso sim é criatividade. — Falou Rony para Vic, recebendo um olhar fulminante do melhor amigo, não deixando de rir.


— Você é meu melhor amigo. — Falou Harry para Rony que deu de ombros.


— Isso não quer dizer que eu deva lhe apoiar. — Falou Rony sorrindo.


— Isso vai ter troco em. — Falou Harry para o amigo ainda sorria.


— Vou voltar a ler. — Falou Percy sorrindo ao ver a grande amizade entre Harry e Rony, parece que o irmão mais novo finalmente tinha achado um irmão, não precisava ser de sangue, já que Gui e Carlinhos sempre estavam juntos da mesma forma que Fred e Jorge, o que restava Gina e Rony, já que ele sempre fora sozinho, já que ele foi idiota o suficiente para deixar a família de lado e mesmo que ainda tenha Gina, ele entendia que Rony que precisava de um IRMÃO que estivesse ali para ajudá-lo, não para apenas brincar com a cara dele, coisa que Fred e Jorge sempre fazia.


Voldemort agora duelava com McGonagall, Slughorn e Kingsley ao mesmo tempo, e seu rosto transparecia um ódio frio ao vê-los trançar e se proteger ao seu redor, incapazes de acabar com ele...


 


— É, parece que Voldemort não esta mais com sorte, nem contra Harry e nem contra ninguém. — Falou Gina.


Belatriz também continuava a lutar, a uns cinqüenta metros de Voldemort e, como seu senhor, ela duelava com três de uma vez: Hermione, Gina e Luna, todas empenhadas ao máximo, mas Belatriz valia por todas juntas, e a atenção de Harry foi desviada quando uma Maldição da Morte passou tão perto de Gina que por menos de três centímetros não a matou...


 


— EU VOU MATAR ESSA MULHER. — Gritou Molly assustando a todos que já tinham se assustado com a hipótese de Gina quase morrer.


— Espera mamãe, espere eu terminar de ler. — Falou Percy para a mãe que assentiu, a ruiva mais velha tinha as mãos seguradas pelas do marido que estava tão aflito quanto ela.


Ele mudou de rumo, avançando para Belatriz em lugar de Voldemort, mas dera apenas alguns passos quando foi empurrado para o lado.


— A MINHA FILHA NÃO, SUA VACA!


 


— Ai sim mamãe. — Falou Jorge antes de começar a assobiar na companhia do irmão gêmeo, o barulho ecoou por todo o local, varias pessoas ali bateram palmas pela atitude de Molly, a atitude mãe protetora.


Molly ficou envergonhada ao ver a forma que falara mesmo que fora com Belatriz.


A Sra. Weasley atirou sua capa para longe enquanto corria, deixando os braços livres. Belatriz girou nos calcanhares, às gargalhadas, ao ver quem era sua nova desafiante.


— SAIAM DO MEU CAMINHO! — gritou a Sra. Weasley às três garotas, e, fazendo um gesto largo com a varinha, começou a duelar. Harry observou com terror e animação a varinha de Molly Weasley golpear e girar, e o sorriso de Belatriz Lestrange vacilar e se transformar em um esgar. Jorros de luz voavam de ambas as varinhas, o chão em torno dos pés das bruxas esquentou e fendeu; as duas mulheres travavam uma luta mortal.


 


— Merlin, proteja minha mãe. — Falou Gina que temia pela mãe.


 


— Não! — gritou a Sra. Weasley quando alguns estudantes correram, em seu auxílio. — Para trás! Para trás! Ela é minha!


Centenas de pessoas agora se encostaram às paredes observando as duas lutas, Voldemort e seus três oponentes, e Belatriz e Molly, e Harry parado, invisível, dilacerado entre as duas, querendo atacar e ao mesmo tempo proteger, incapaz de garantir que não iria atingir um inocente.


 


— Sem contar que com certeza você irá denunciar a sua localização. — Falou Lila.


— Com o tanto de gente que deve ter no salão, duvido que alguém perceba que o feitiço veio do nada, quer dizer, eles nem tem tempo para olhar de onde veio. — Falou Hermione.


— É, uma pequena distração e pode acontecer algo ruim a alguém do nosso lado. — Falou Rony.


— Que vai acontecer com seus filhos depois que eu matar você? — provocou Belatriz, tão desvairada como o seu senhor, saltando para evitar os feitiços de Molly que dançavam ao seu redor. — Quando a mamãe for pelo mesmo caminho que o Fredinho?


— Você... Nunca... Mais... Tocará... Em... Nossos... Filhos! — gritou a Sra. Weasley.


 


Deus, a Molly com certeza deve estar transtornada, o pior erro que alguém pode cometer contra a Molly é ameaçar a segurança de um dos sete, qualquer um, seja um dos mais velhos ou um dos mais novos. Pensou Arthur olhando para cada um de seus filhos e logo em seguida olhar para a esposa que apertava sua mão com força, era obvio que a ruiva estava com raiva.


Belatriz deu uma gargalhada, a mesma gargalhada exultante que seu primo Sirius dera ao tombar para trás e atravessar o véu, e de repente Harry previu o que ia acontecer.


O feitiço de Molly voou por baixo do braço esticado de Belatriz e atingiu-a no peito, diretamente sobre o coração.


 


Molly não resistiu e deixar um grande sorriso aparecer em seu rosto, para ela a prisão já não era o suficiente para aquela mulher, já que ela passou muito em Azkaban e mesmo assim recebeu ajuda para fugir e trouxe tristeza para o coração de muitas pessoas que haviam perdido entes queridos pelas mãos daquela mulher horrível.


— Ai sim em Molly. — Falou Tonks para a ruiva que ainda sorria — Eu queria ter tido a sorte que você teve em realizar esse acontecimento histórico. — Falou Tonks.


E eu queria ter a sorte de me encontrar com Greyback nesse passado, há Greyback, espere a minha chegada até você. Pensou Teddy que em toda sua vida não conseguira perdoar o que o lobisomem tinha feito com seu pai e com os pais de muitas outras pessoas ou até mesmo feito algo contra crianças.


A risada triunfante de Belatriz congelou, seus olhos pareceram saltar das órbitas: por uma mínima fração de tempo, ela percebeu o que ocorrera e, então, desmontou, e a multidão que assistia bradou, e Voldemort deu um grito.


 


— Que dó que eu tenho dele. — Falou Sirius rindo.


É para quem se gaba tanto, Belatriz foi derrotada pela pessoa que eu tenho certeza que ela nunca pensou estar ao seu alcance, se todos que a odeiam se juntasse contra ela, a morte dela seria ainda mais dolorosa. Pensou Snape olhando para Molly, Neville, Harry, Teddy e algumas outras pessoas ali que ele sabia ter perdido alguns parentes por culpa de Belatriz.


Harry sentiu como se estivesse virando em câmara lenta; viu McGonagall, Kingsley e Slughorn serem arremessados para trás, debatendo-se e contorcendo-se no ar, quando a fúria de Voldemort, face à queda de sua última e melhor tenente, explodiu com a força de uma bomba. Voldemort ergueu a varinha e apontou-a para Molly Weasley.


 


Naquele momento todos os Weasley sentiram a raiva e o medo tomarem conta de seu corpo por completo, não sabiam qual dos dois venciam o seu corpo, se era a raiva por ver Voldemort apontar a varinha em direção a mãe deles ou se era medo por acontecer algo contra ela, os meninos não se moviam enquanto Gina apertava a mão do namorado cada vez mais forte.


Protego! — berrou Harry, e o Feitiço Escudo expandiu-se no meio do Salão Principal, e Voldemort olhou admirado ao redor, procurando de onde viera, ao mesmo tempo que Harry despia, finalmente, a Capa da Invisibilidade.


 


— Com um grito desse é meio difícil ficar despercebido. — Falou Al ironicamente.


— É que a gente ainda não estamos praticando feitiços não-verbais. — Falou Hermione.


— E vocês por acaso praticaram alguma coisa esse ano em alguma das aulas? — Perguntou Rose como se fosse obvio.


— Praticamos poção. — Falou Lila se metendo na conversa.


— Eu agradeceria se não praticássemos isso. — Falou Neville que não tinha muita sorte na tal matéria.


— Ano que vem a matéria de defesa das artes das trevas com certeza vai ser um pouco mais intensa, já que vocês praticamente não tiveram aula dessa matéria. — Falou Minerva.


— Quem será que vai vir ano que vem em? — Perguntou Dino.


— Tomara que não seja nenhum louco. — Falou Rony — Já não basta o professor do segundo ano.


— Ele só ficou louco depois de ter sido atingido pelo feitiço da memória. — Falou Hermione.


— Só você acha isso. — Falou Rony para a namorada que deu de ombros.


O berro de choque, os vivas, os gritos de todos os lados de "HARRY!", "ELE ESTÁ VIVO!" foram imediatamente sufocados. A multidão se amedrontou, e o silêncio caiu brusca e completamente quando Voldemort e Harry se encararam e começaram no mesmo instante a se rodear.


 


— Alguém quer apostar que eles vão começar a conversar? — Perguntou James olhando em volta.


— É mesmo né, porque sempre antes de duelar eles começam a conversar? — Perguntou Elliz.


— Idiota é Voldemort, ele já deixou bem na cara que só quer matar, ai se alguém falar com ele, qualquer coisa, o idiota é capaz de esquecer o que ia fazer para poder responder. — Falou Teddy.


— Mas a maioria das vezes, seja na vida real ou em desenhos ou sei lá o que, as pessoas param para conversar antes de irem para cima um do outro com a vontade de se matar. — Falou Rose.


— Azarado é Greyback que não terá essa sorte de conversar caso o Teddy o ache. — Falou Miguel.


Esse povo não tem nada melhor pra dizer, estou ferrado. Pensou Teddy vendo a mãe e a esposa olharem para ele com um olhar mortal.


— Eu espero que você não vá atrás do Greyback. — Falou Vic para o marido.


— É claro que não ué, porque eu iria atrás dele? — Perguntou Teddy dando de ombros.


— Você disse a mesma coisa e fez a mesma coisa quando eu perguntei se você iria atrás do menino que pediu pra ficar comigo e no outro dia o menino apareceu com o braço quebrado. — Falou Vic para o marido que soltou um longo suspiro.


— Ninguém pediu pra ele aparecer na minha frente em dia de lua cheia. — Falou Teddy dando de ombros.


— É normal um meio ou completo lobisomem fazer isso? Digo, ficar agressivo desse jeito? — Perguntou Tonks.


— Quebrar o braço de alguém é pouco, o Aluado já me estuporou. — Falou Sirius dando de ombros.


— Mas você não vai ir atrás do Greyback né? — Perguntou Tonks.


— É claro que não, deve ser mais fácil achar Voldemort do que Greyback, sem contar que é capaz do meu padrinho me matar se eu for atrás do lobisomem. — Falou Teddy.


— Isso é verdade. — Falou Lily.


— Mas com o Teddy é diferente, ele não se transforma, o que significa que ele pode andar normal estando ou não de mau humor. — Falou Vic.


— O Remo praticamente some por mais ou menos dois dias, então ele não desconta o mau humor dele em ninguém. — Falou Sirius dando de ombros.


— De noite as coisas ficam piores. — Falou Teddy passando a mão pelos cabelos que estavam pretos — Volte a ler, deixa esse assunto de lado, a única diferença entre eu e um lobisomem completo é que eu só me transformo em lobo e consigo raciocinar o que pretendo fazer. — Falou Teddy dando de ombros.


Percy percebeu que ninguém mais falaria algo, por isso voltou a ler.


— Não quero que mais ninguém tente ajudar — disse Harry em voz alta e, no silêncio total, sua voz ecoou como o toque de uma trompa. — Tem que ser assim. Tem que ser eu.


Voldemort sibilou.


— Potter não está falando sério — disse ele, arregalando os olhos vermelhos. — Não é assim que ele age, é? Quem você vai usar como escudo hoje, Potter?


 


— Estão vendo, eles começaram a conversar. — Falou James balançando a cabeça de um lado para o outro.


— Acho que o papai conversa mais com Voldemort do que com a gente. — Falou Al fazendo o mesmo gesto com a cabeça.


— Vocês são muito exagerados, James imagine se o papai comparasse a quantidade que você conversa com ele e a quantidade que você conversa com a mamãe. — Falou Lily.


— É obvio que ele conversa mais com a mamãe. — Falou Al — Dizem que quando duas pessoas pensam e agem da mesma maneira acabam não se dando bem, olha o James, ele é igualzinho ao papai. — Falou Al.


— Igualzinho como? Impulsivo? — Perguntou Lysa.


— Exatamente. — Falou Al.


— Eu não sou impulsivo. — Falou James.


— Não, só tema mania de se meter em algo que não é da sua conta. — Falou Lily ironicamente.


— Olha quem fala. — Falou Al baixinho — Eu acho que eu sou o único normal nessa família.


Você achou errado, só porque você não faz coisas tão malucas não quer dizer que você seja normal. — Sussurrou Elliz para o namorado que olhou indignado para ela.


— Imagine se eu tivesse uma namorada sincera. — Falou Al.


— Ninguém — respondeu Harry, com simplicidade. — Não há mais Horcruxes. Só você e eu. Nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver, e um de nós está prestes a partir para sempre...


— Um de nós? — caçoou Voldemort, e todo o seu corpo estava tenso e seus olhos vermelhos atentos, uma cobra armando o bote — Você acha que vai ser você, não é, o garoto que sobreviveu por acaso e porque Dumbledore estava puxando os cordões?


 


— Eu odeio quando falam isso. — Falou Harry.


— O que? — Perguntou Gina.


— Quando dizem que eu sou como uma marionete. — Respondeu Harry.


— Entendi. — Falou Gina.


— Acaso, foi? Quando minha mãe morreu para me salvar? — desafiou Harry. Eles continuaram a se movimentar de lado, os dois, em um círculo perfeito, mantendo a mesma distância entre si, e para Harry só existia um rosto, o de Voldemort. — Acaso, quando decidi lutar naquele cemitério? Acaso, quando não me defendi hoje à noite e, ainda assim, sobrevivi e retornei para lutar?


Acasos! — berrou Voldemort, mas ainda assim não atacou, e os circunstantes permaneceram imóveis como se estivessem petrificados, e, das centenas de pessoas no salão, ninguém parecia respirar, exceto os dois. — Acaso e sorte e o fato de você ter se escondido e choramingado atrás das saias de homens e mulheres superiores a você, e me permitido matá-los em seu lugar!


 


Harry baixou a cabeça ao ouvir aquilo, mesmo ouvindo varias e varias vezes que não era culpa dele a morte de muitas pessoas, ele ainda se sentia culpado, ele sempre colocava as pessoas em risco, muitas vezes por se meter em situações que não era a respeito dele e as pessoas se colocavam a sua frente quando ele estava perto da morte.


— Você não matará mais ninguém hoje à noite — disse Harry, enquanto se rodeavam e se encaravam nos olhos, verdes e vermelhos. — Você não será capaz de matar nenhum deles, nunca mais. Você não está entendendo? Eu estive disposto a morrer para impedir que você ferisse essas pessoas...


— Mas você não morreu!


— ... Mas tive intenção, e foi isso que fez a diferença. Fiz o que minha mãe fez. Protegi-os de você. Você não reparou que nenhum dos feitiços que lançou neles são duradouros? Você não pode torturá-los. Você não pode atingi-los. Você não aprende com os seus erros, Riddle, não é?


 


— Agora sim ele vai ficar com raiva. — Falou Dumbledore — Na opinião dele o maior pecado que alguém pode cometer é chamá-lo de Riddle. — Falou Dumbledore explicando para todos.


— Riddle? — Perguntou Percy confuso.


— É o sobrenome de Voldemort, o nome dele é Tom Servolo Riddle. — Explicou Molly (neta).


— Servolo? Já li em algum lugar algo que dizia sobre esse sobrenome, o Servolo, mas podem não ter nada a ver uma coisa com a outra. — Falou Percy dando de ombros.


— Você esta falando sobre um livro que dizia sobre as antigas famílias puro sangue? — Perguntou Dumbledore para Percy que assentiu — Então você esta errado, uma coisa tem tudo a ver com a outra, Voldemort faz parte da família que você leu. — Falou Dumbledore.


— Sério? Nunca cheguei a imaginar sobre a origem de Voldemort. — Falou Percy.


— Também imagino que nunca pensou na possibilidade de Voldemort ser mestiço. — Falou Hermione para Percy que arregalou os olhos e apenas com a reação do ruivo Hermione percebeu que estava certa.


— Ainda existem muitas coisas a ser descobertas por trás da antigas famílias. — Falou Dumbledore.


— Tipo o que? — Perguntou Percy.


— Pessoas de duas famílias que podem ser parentes, fatos ocorridos que talvez nunca imaginássemos. — Falou Dumbledore alguns exemplos.


— Me contaram que as tais relíquias da morte existem. — Falou Percy — E que esta mais perto do que podíamos imaginar. — Falou o ruivo vendo Dumbledore assentir — Ér, eu vou voltar a ler.


— Você se atreve...


— Me atrevo, sim. Sei coisas que você ignora, Tom Riddle. Sei muitas coisas importantes que você ignora. Quer ouvir algumas, antes de cometer outro grande erro?


 


— E lá foi ele prolongar a conversa. — Falou Hugo revirando os olhos.


— Desse jeito nunca iremos terminar esse livro de tanto que essa gente fala. — Falou Fernando.


Voldemort não respondeu, continuou a rondá-lo em círculo, e Harry percebeu que o mantivera temporariamente hipnotizado e acuado, detido pela tênue possibilidade de que Harry pudesse, de fato, conhecer o segredo final...


— É o amor de novo? — disse Voldemort, a zombaria em seu rosto ofídico. — A solução favorita de Dumbledore, amor, que ele alegava conquistar a morte, embora o amor não o tivesse impedido de cair da Torre e se quebrar como uma velha estátua de cera? Amor, que não me impediu de matar sua mãe sangue-ruim como uma barata, Potter; e ninguém parece amá-lo o suficiente para se apresentar desta vez e receber a minha maldição. Então, o que vai impedir que você morra agora quando eu atacar?


 


No instante em que Harry e Snape ouviram a forma que Voldemort disse de Lily tiveram a mesma reação, os dois, por baixo da mesa mesmo fecharam os punhos de raiva, não gostavam daquela palavra e muito menos a quem se referiam ao dizer aquela palavra que só trazia tristeza as pessoas, sim Hermione havia se recuperado pelo fato de ser chamada daquela forma, mas isso não significava que Harry ou Rony deixariam que a chamasse daquela forma novamente.


— Esta apertando minha mão. — Avisou Gina ao namorado, até que tinha agüentando bastante, mas já tinha chegado ao seu limite, Harry poderia até ter apenas 15 anos, mas aquele aperto não era de nenhum garotinho.


— Desculpa. — Falou Harry, nem havia percebido que havia fechado um dos punhos em volta da mão da namorada.


Olhou para Snape e ele não parecia se importar pelo fato de Lily ter sido chamada de sangue-ruim. Minerva que estava sentada ao lado de Snape pode ver muito bem a raiva que o professor sentia e que ele demonstrava isso com os punhos fechados com tremenda força.


— Só uma coisa — respondeu Harry, e eles continuavam a se rodear, absortos um no outro, separados apenas por aquele último segredo.


— Se não for o amor que irá salvá-lo desta vez — retrucou Voldemort —, você deve acreditar que é dotado de uma magia que não tenho, ou, então, de uma arma mais poderosa do que a minha?


— Creio que as duas coisas — replicou Harry, e observou o choque perpassar aquele rosto de cobra e instantaneamente se dispersar; Voldemort começou a rir, e o som era mais apavorante do que os seus gritos; desprovido de humor e sanidade, o riso ecoou pelo salão silencioso.


 


— Voldemort rindo? A imagem deve ser uma tortura. — Falou Percy.


— Se você esta falando isso porque esta acompanhando os últimos capítulos do livro, imagine se estivesse lendo desde o começo. — Falou Felipe para o ruivo.


Você acha que conhece mais magia do que eu? Do que eu, do que Lord Voldemort, capaz de magia com que o próprio Dumbledore jamais sonhou?


— Ah, ele sonhou, sim, mas sabia mais do que você, sabia o suficiente para não fazer o que você fez.


— Você quer dizer que ele era fraco! — berrou Voldemort. — Fraco demais para ousar, fraco demais para se apoderar do que poderia ser dele, do que será meu!


 


— O que aconteceu ele ter “coragem” pra fazer essas tais magias contra você e mesmo assim não funcionar. — Falou Neville.


— Não, ele era mais inteligente do que você, um bruxo melhor e um homem melhor.


— Eu causei a morte de Alvo Dumbledore!


— Você pensa que causou, mas se enganou.


 


— Espera ai, quem matou Dumbledore? — Perguntou Percy confuso.


— Severo Snape. — Respondeu Sirius não sentindo o mesmo prazer de antes quando dizia que Snape era culpado de tudo, que era do lado das trevas.


— Mas a morte de Dumbledore foi combinado entre Snape e o diretor, como explicamos mais cedo. — Falou Molly para o filho que assentiu.


— Há tá, entendi. — Falou Percy voltando a ler.


Pela primeira vez a multidão que assistia se moveu quando as centenas de pessoas em torno das paredes unanimemente prenderam o fôlego.


Dumbledore está morto! — Voldemort atirou as palavras para Harry como se pudessem lhe causar uma dor insuportável. — O corpo dele está apodrecendo no túmulo de mármore nos jardins deste castelo, eu o vi, Potter, e ele não irá retornar!


— Dumbledore está morto, sim — respondeu Harry, calmamente —, mas não foi você que mandou matá-lo. Ele escolheu como queria morrer, escolheu meses antes de morrer, combinou tudo com o homem que você julgou que era seu servo.


 


Todos olharam para Snape que continuou imóvel, como se não tivesse acabado de descobrir que Voldemort saberia toda a verdade.


Grandes coisas Voldemort saber disso, eu já estava morto mesmo. — Sussurrou Snape para si mesmo.


— Que sonho infantil é esse? — exclamou Voldemort, mas, ainda assim, ele não atacou, e seus olhos vermelhos não se afastaram dos de Harry.


— Severo Snape não era homem seu. Snape era de Dumbledore, desde o momento em que você começou a caçar minha mãe. E você nunca percebeu, por causa daquilo que não pode compreender. Você nunca viu Snape conjurar um Patrono, viu, Riddle?


 


— Se deixar Voldemort nem imaginava que ele conseguia conjurar um, imagine já ter visto. — Falou Rose como se fosse obvio.


— Ninguém imaginaria que um comensal da morte possa conseguir conjurar um feitiço, já que exige algo essencial que seja puro, ou seja, uma lembrança, e não da para pensar em um comensal que tenha tal pureza em qualquer uma de suas lembranças. — Falou Minerva.


Voldemort não respondeu. Eles continuaram a se rodear como dois lobos prestes a se estraçalhar.


— O Patrono de Snape era uma corça — disse Harry —, o mesmo que o de minha mãe, porque ele a amou quase a vida toda, desde que eram crianças. Você devia ter percebido — disse Harry quando viu as narinas de Voldemort incharem —, ele lhe pediu para poupar a vida dela, não foi?


 


— Ótimo, sou o mais novo e favorito assunto entre esses dois. — Falou Snape não se importando com o fato de todos estarem ouvindo e o olhando.


— Ele a desejava, nada mais — desdenhou Voldemort —, mas, quando ela se foi, ele concordou que havia outras mulheres, de sangue mais puro, mais dignas dele...


 


Com ainda mais raiva Snape fechou a mão com ainda mais força, olhou para o pessoal da Grifinória e pode ver a raiva no olhar de cada um, principalmente dos marotos e de Harry.


Dumbledore pode sentir a raiva emanar do corpo das pessoas que conheceram Lily, sabia muito bem o que aconteceria se aquilo continuasse, antes que pudesse dizer algo vários vidros das janelas do grande salão explodiram como se tivessem sido atingidas por alguma coisa plana, como se uma rajada de vento tivesse batido em todas elas com tamanha força que fizesse as vidraças quebrar.


— Peço que fiquem calmos. — Falou Dumbledore olhando para o pessoal da mesa da Grifinória, quando viu que todos tentaram se acalmar olhou para Snape, para assim ele entender que ele também havia dito para ele, o diretor sacou a varinha e a levantou acima de sua cabeça, fazendo um movimento circular e assim fazendo as vidraças voltar ao normal, intactas — Volte a ler, por favor. — Falou Dumbledore para Percy que assentiu.


— Naturalmente foi o que Snape lhe disse, mas ele se tornou espião de Dumbledore a partir do momento em que você a ameaçou, e dali em diante trabalhou contra você! Dumbledore já estava morrendo quando Snape o matou!


 


Duvido que Voldemort vá se importar com isso agora, eu e Dumbledore já estávamos mortos mesmo. Pensou Snape dando de ombros, ao ouvir tudo aquilo podia ver todo seu esforço passar diante de seus olhos, como se estivesse mesmo em uma penseira e estivesse vendo tudo o que já havia feito, começava a pensar que se Lily estivesse ali, será que ela ao menos o perdoaria de verdade, aceitaria sua amizade de volta, depois de tanta leitura não se importava mais se Lily tinha escolhido James Potter, apenas a queria perto de si, não se importava mais em ser apenas um amigo que ela poderia contar e saber que a ruiva poderia estar feliz por ele estar cuidando do filho dela o dava forças o suficiente para se colocar em perigo e para salvar Harry Potter, faria isso por Lily.


— Não faz diferença! — guinchou Voldemort, que acompanhara cada palavra com extasiada atenção, mas, em seguida, soltou uma gargalhada demente. — Não faz diferença se Snape era meu seguidor ou de Dumbledore, ou que mesquinhos obstáculos ele tentou colocar em meu caminho! Eu os esmaguei como esmaguei sua mãe, o pretenso grande amor de Snape! Ah, mas tudo isso faz sentido, Potter, e de modos que você não compreende!


 


Snape não pode impedir que todos o olhassem, continuou do mesmo jeito de sempre, com o olhar frio e com a face que demonstrava desinteresse algum, tentou não olhar para Lily, ela podia até não ter os olhos verdes, mas parecia olhar para ele com a própria avó que com apenas um olhar dizia: “eu avisei que todos saberia algum dia, não adianta você tentar esconder algo das pessoas, um dia a verdade vem a tona”. Podia ouvir a voz da mulher que amava em sua mente, dizendo que não adiantava ele tentar mentir para ela.


— Dumbledore tentou me impedir de possuir a Varinha das Varinhas! Queria que Snape fosse o verdadeiro senhor da varinha! Mas passei à sua frente, garotinho: cheguei à varinha antes que você pudesse pôr as mãos nela, compreendi a verdade antes que você a percebesse. Matei Severo Snape há três horas, e a Varinha das Varinhas, a Varinha da Morte, a Varinha do Destino é realmente minha! O último plano de Dumbledore falhou, Harry Potter!


 


— Pra que ficar falando a varinha do destino, a varinha da morte e todo o resto, que frescura da pega em. — Falou Scorpius revirando os olhos.


— É por isso que nunca terminamos o texto, eles usam palavras com o mesmo significado varias e varias vezes. — Falou Cath concordando com o irmão.


— É, falhou. Você tem razão. Mas, antes de você tentar me matar, eu o aconselharia a pensar no que fez... Pensar, e tentar sentir algum remorso, Riddle...


— Que é isso?


 


— Eu acho que para Voldemort essa palavra não existe. — Falou Hugo.


— Eu não acho, eu tenho certeza. — Falou Miguel.


De tudo que Harry lhe dissera, acima de qualquer revelação ou zombaria, nada chocara tanto Voldemort. Harry viu suas pupilas se contraírem até virarem finos traços, viu a pele em torno dos seus olhos embranquecer.


— É a sua última chance — continuou o garoto —, e é só o que lhe resta... vi em que se transformará se não aproveitá-la... Seja homem... Tente sentir algum remorso...


 


— É como o Neville disse, é mais fácil o inferno congelar do que esse homem sentir remorso. — Falou Gina.


 


— Você ousa...


— Ouso, sim, porque o último plano de Dumbledore não saiu às avessas para mim. Saiu às avessas para você, Riddle.


 


A cada minuto que esse garoto perde falando coisas sem importância alguma, é um minuto a mais caso Voldemort tente fugir. Pensou Snape, o professor de poções não achava impossível o fato de Voldemort tentar fugir, só por que nunca havia acontecido não significava que ele nunca faria.


 


A mão de Voldemort estava tremendo em torno da Varinha das Varinhas e Harry apertou a de Draco com força. O momento, ele sabia, estava apenas a segundos de distância.


 


— Também, nunca vi ficar perdendo tempo conversando, ainda mais com essa coisa. — Falou James.


 


A varinha parece não estar respondendo muito bem a Voldemort, por que será? Isso apenas acontece quando a pessoa não possui a varinha, mas como isso poderia acontecer? Voldemort matou Snape que era o possuidor anterior. Pensou Dumbledore achando aquele fato muito estranho.


 


— A varinha não está funcionando corretamente para você, porque você matou a pessoa errada. Severo Snape jamais foi o verdadeiro senhor da Varinha das Varinhas. Ele jamais derrotou Dumbledore.


 


— Não estou entendendo, se Snape matou Dumbledore, porque ele não possuiria a varinha? — Perguntou Rony não entendendo.


— Eu também não estou entendendo, Snape só não se transformaria no possuidor da varinha se... — Snape no mesmo momento parou.


— Espera, você havia dito, digo, o Harry no capitulo anterior havia dito que seu plano era deixar Snape sendo o possuidor da varinha, mas não deu muito certo, o que significa que alguém... — Hermione não pode terminar.


— Que alguém desarmou Dumbledore antes de Snape o matar. — Falou Rony.


— Mas quem, Snape só matou Dumbledore porque ele deixou, quem conseguiria desarmar Dumbledore, ainda mais ele estando com a varinha das varinhas. — Falou Gina.


— Ele estava fraco lembra? Por causa da poção que ele tomou para poder pegar o medalhão. — Falou Lorcan que na maioria da leitura havia ficado quieto.


— Que medalhão? — Perguntou Percy confuso.


— Um medalhão que ele achou ser uma Horcrux, mas que na verdade era falsa, era uma poção que o deixaria fraco, causaria alucinações e também poderia acontecer de a pessoa pedir para ser morto. — Explicou Rose que já ouvira a mãe explicar a ela sobre a tal poção.


— Há, eu já li sobre algumas poções com as mesmas características, mas nem lembro mais o nome. — Falou Percy — Vou voltar a ler, quem sabe descobrimos quem é o possuidor atual da varinha. — Falou Percy voltando a ler.


 


— Ele matou...


— Você não está prestando atenção? Snape nunca derrotou Dumbledore! A morte de Dumbledore foi planejada pelos dois! Dumbledore pretendia morrer sem ser derrotado, o último e verdadeiro senhor da varinha! Tudo correu conforme ele planejou, o poder da varinha morreria com ele, porque jamais foi arrebatada de suas mãos!


 


— Aff, será que vai demorar para chegar na melhor parte? — Perguntou Al que estava começando curioso, ele não conseguia pensar em quem poderia ser o possuidor da varinha.


 


— Mas, então, Potter, Dumbledore praticamente me entregou a varinha! — A voz de Voldemort tremeu de malicioso prazer. — Roubei a varinha do túmulo do seu último senhor! Retirei-a, contrariando o desejo do seu último senhor! O seu poder é meu!


— Você ainda não entendeu, não é, Riddle! Possuir a varinha não é o suficiente! Empunhá-la, usá-la, não a torna realmente sua. Você não escutou o que Olivaras disse? A varinha escolhe o bruxo... A Varinha das Varinhas reconheceu um novo senhor antes de Dumbledore morrer, alguém que jamais tinha posto a mão nela. O novo senhor tirou a varinha de Dumbledore contra sua vontade, sem perceber exatamente o que tinha feito, ou que a varinha mais perigosa do mundo lhe dedicara a sua fidelidade...


 


Quem será? Começou a pensar Dumbledore, de acordo com o livro as únicas pessoas lá, na torre em que ele havia morrido, além de Snape e Harry eram vários outros comensais da morte. O diretor estava curioso demais, sabia que seja quem fosse Voldemort mataria a pessoa.


 


O peito de Voldemort subia e descia rapidamente, e Harry sentiu a maldição a caminho, sentiu-a crescer no cerne da varinha apontada para o seu rosto.


— O verdadeiro senhor da Varinha das Varinhas era Draco Malfoy.


Absoluto aturdimento surgiu no rosto de Voldemort por um momento, mas logo desapareceu.


 


Ótimo, era tudo o que faltava para acabar com a minha vida. — Sussurrou Draco para si mesmo, passando a mão pelos fios que antes do ato estava arrumado, começara a pensar em como havia sobrevivido a isso, é claro que Voldemort tentaria o matar e não seria Narcisa e Lucio que o impediriam de fazer isso.


— Seus pais não deixariam que algo acontecesse a você, principalmente sua mãe. — Falou Astória acariciando de leve a mão do loiro.


— Se eles se manifestarem eles morrem também. — Falou Draco como se fosse obvio.


— Acho que Voldemort esta sem tempo para se manifestar contra você, na minha opinião ele só faria isso depois que matasse o Potter. — Falou Astória, o loiro ao ouvir a menina falar de Harry pelo sobrenome percebeu o modo que ela dizia comparada ao modo que ele dizia, ele sempre falava de uma forma um tanto zombeteira.


Scorpius ao ouvir aquilo fechou os olhos no mesmo instante, nunca imaginara que seu pai um dia havia possuído a varinha das varinhas, mesmo não tendo nunca a pegado na mão, olhou para sua irmã e ela estava da mesma forma.


(autora aqui: Gente, eu não tenho certeza, a fanfic é muito grande e eu não me lembro de cada detalhe dela, então eu não tenho certeza se já mencionei quanto a Scorpius e Cath saber que o Draco havia possuído a varinha)


Meu plano teria dado certo se Olivaras não tivesse dito a Voldemort sobre a varinha das varinhas, mesmo que Snape soubesse da varinha e acabasse a querendo, ele nunca a teria, já que não sabia que Draco havia me desarmado e é claro que Draco nunca iria atrás da varinha não sabendo o poder dela, e assim é claro ninguém saberia que a varinha estava no tumulo comigo e tudo acabaria ali.


 


— Que diferença faz? — perguntou, brandamente. — Mesmo que você tenha razão, Potter, não faz a menor diferença para você nem para mim. Você não possui mais a varinha de fênix: duelaremos apenas com a perícia... e depois de tê-lo matado, posso cuidar de Draco Malfoy...


— Mas é tarde demais. Você perdeu sua chance. Cheguei primeiro. Subjuguei Draco faz semanas. Arrebatei a varinha dele.


 


— Sortudo do caramba. — Falou Carlinhos deixando escapar um sorriso em seu rosto.


— Eu havia dito que ele acabaria com três varinhas. — Falou Al sorrindo fracamente e dando de ombros.


— Sim, você disse que ele devolveu a mais poderosa e quanto as outras, ele continua com as outras? Quer dizer, com a que ele pegou do Malfoy né, já que a dele foi quebrada e Olivaras disse que não tinha mais concerto. — Falou Rony.


— Ele continua com as duas, acho que nesse livro conta como ele conseguiu concertar a varinha que contém a pena da Fênix. — Falou Vic que há havia lido aquele livro no mínimo uma vez.


 


Harry girou a varinha de pilriteiro e sentiu convergirem sobre ela todos os olhares no salão.


— Então, a questão se resume nisso, não é? — sussurrou Harry. -Será que a varinha em sua mão sabe que o seu último senhor foi desarmado? Porque se sabe... eu sou o verdadeiro senhor da Varinha das Varinhas.


 


— Eu não estou entendendo, a maldição de Voldemort contra Harry não funcionou porque o verdadeiro dono da varinha era Harry ou se Voldemort tentasse o matar com a varinha aconteceria a mesma coisa?  — Perguntou Rony confuso.


— Aconteceria a mesma coisa se ele tivesse sido atingido pela maldição por outra varinha. — Falou Dumbledore — Acho que o fato de Voldemort estar usando a varinha de Harry só irá dificultar o duelo para ele. — Falou Dumbledore.


— Porque? — Perguntou Hugo.


— Porque a varinha das varinhas não mata o próprio dono, pelo contrario, é possível que o feitiço volte para a pessoa que a esta usando de forma errada. — Explicou Dumbledore.


— O que facilitaria para o Harry. — Falou Hermione.


— Com certeza. — Falou Dumbledore.


Vendo que ninguém mais falaria algo, Percy voltou a ler.


 


Um brilho ouro-avermelhado irrompeu subitamente no céu encantado e incidiu sobre eles, quando um retalho ofuscante de sol surgiu no parapeito da janela mais próxima. A luz iluminou o rosto dos dois ao mesmo tempo, de modo que Voldemort se tornou subitamente um borrão chamejante. Harry ouviu o seu grito agudo quando ele próprio berrou sua grande esperança para o céu, apontando a varinha de Draco:


— Avada Kedavra!


— Expelliarmus!


 


— Você não cansa mesmo desse feitiço. — Falou Jorge para Harry que deu de ombros.


— Se deixar os inimigos do seu pai não pode o ouvir dizer sequer o nome desse feitiço que já fica morrendo de medo. — Falou Fernando rindo.


— Se o meu Expelliarmus fosse tão forte assim até eu o usaria sempre e pra tudo. — Falou James dando de ombros.


— Pra tudo? Se o papai o usasse para tudo já estaríamos mortos, ainda mais por causa do tanto que vocês aprontam. — Falou Lily para os irmãos que olharam indignados para ela.


— Se fosse só a gente até ia né, mas e você? Virou santa que nunca aprontou na vida? — Perguntou Al para a irmã.


— Eu posso até fazer uma baguncinha e tal, mas vocês se superam. — Falou Lily para os irmãos que fizeram cara de quem não acreditava naquilo.


— É porque ela inda ta no terceiro ano né James, porque até ela chegar no sexto ano ela vai bagunçar mais do que a nós dois juntos. — Falou Al para o irmão mais velho que assentiu.


— Tá, volte a ler. — Falou Miguel para Percy que assentiu.


 


O estampido foi o de um tiro de canhão e as chamas douradas que jorraram entre as duas, no centro absoluto do círculo que eles tinham descrito, marcaram o ponto em que os feitiços colidiram. Harry viu o jato verde da maldição de Voldemort ir de encontro ao seu próprio feitiço, viu a Varinha das Varinhas voar para o alto, escura contra o nascente, girar pelo céu encantado como a cabeça de Nagini, girar pelo ar em direção ao senhor que se recusava a matar e que viera, enfim, tomar legitimamente posse dela. E Harry, com a habilidade infalível de um apanhador, agarrou a varinha com a mão livre ao mesmo tempo que Voldemort caía para trás de braços abertos, as pupilas ofídicas dos olhos vermelhos virando para dentro. Tom Riddle bateu no chão com uma finalidade terrena, seu corpo fraco e encolhido, as mãos brancas vazias, o rosto de cobra apático e inconsciente. Voldemort estava morto, atingido pelo ricochete de sua própria maldição, e Harry ficou parado com as duas varinhas na mão, contemplando o invólucro do seu inimigo.


 


No momento em que Percy leu a ultima palavra daquele parágrafo, o salão irrompeu em gritos e aplausos de alegria como se todos tivessem combinado comemorar o fim de Voldemort, até mesmo os professores se permitiram em comemorar, Dumbledore olhava aquilo maravilhado, não apenas por estarem todos comemorando, mas sim por também ver que os alunos da Sonserina também comemoravam, não era como o final da capo das casas, que sempre que a Grifinória ganhada a Sonserina ficava de lado, mas dessa vez via os alunos como se fizessem parte de apenas uma família, a família Hogwarts.


Antes que os professores pudessem colocar ordem na escola, Fred II executou o feitiço Accio fazendo com que segundos depois duas mochilas aparecessem flutuando pelo ar, ele entregou uma delas para James e juntos tiraram vários fogos de artifício, se olhando brevemente, como se estivessem combinando mentalmente eles lançaram os fogos de artifício no ar que ao chegar a muitos metros de altura, acima das velas que iluminavam o salão para logo em seguida explodirem, produzindo faíscas que chamavam a atenção de todos por causa de tanta beleza, eram faíscas tinham varias e varias cores diferentes.


Os alunos de varias casas se abraçavam, como se tivessem dando os parabéns para as pessoas que abraçavam, como se todos estivessem comemorando o próprio aniversário todos juntos, Minerva nunca havia visto o salão tão cheio de alegria, nem mesmo nos vários bailes que já havia dito em Hogwarts, nem mesmo com o comunicado de que aquele seria o local onde seria feito o torneio tribuxo.


Dumbledore nem ao menos tentou colocar ordem no local, afinal era um ótimo motivo para comemoração, ninguém mais estava sentado, estavam todos em pé, mesmo com tantas mortes que havia ocorrido, a alegria preenchia o sofrimento. Rony olhava maravilhado o fogo de artifício que deixaram de ser apenas faíscas e se formaram vários animais diferentes que corriam a metros de altura do chão, o ruivo seguia com os olhos o formato de um peixe feito por faíscas azuis quando de repente foi abraçado por Hermione, no primeiro minuto ele ficou confuso, mas logo tratou de corresponder o abraço com tamanha intensidade que tirou os pés da menina do chão.


— Eu te amo. — Sussurrou Rony no ouvido da namorada que no mesmo instante intensificou o abraço.


— Eu também te amo. — Sussurrou Hermione.


A alguns passos de distancia dali Harry admirava o modo como Gina olhava para os fogos de artificio, os olhos castanhas brilhavam como uma criança que acabara de ver um belo pedaço de bolo ao acabar de acordar, nem se importou quando viu Neville puxar Gina pela mão e logo em seguida a abraçar, ela correspondeu ao abraço e depois observou o amigo se distanciar para ir junto de Luna, ao se virar a ruiva se deparou com Harry sentado no mesmo lugar desde o começo da comemoração a observando serenamente, olhando em volta e percebendo que todos estavam distraidos Gina foi até o moreno e segurou a mão dele o puxando fazendo com que se levantasse.


— Esta vendo, vai ficar tudo bem. — Falou Gina apoiando a mão no peito do namorado, o moreno sorriu levemente e dirigiu sua mão para a cintura da ruiva, a deixando ali.


— Eu sei. — Falou Harry se aproximando vagarosamente e dando um leve selinho nos lábios macios e doce da ruiva, foi simples, mas mesmo assim foi proveitoso, afinal apenas o fato de estarem juntos já era bom, ficaram abraçados ali sendo despertado por varias faíscas que ao se juntarem se formaram uma corça que os ficou olhando.


É impressão minha ou sempre tem uma corça ou um cervo lhe perseguindo? — Sussurrou Gina sorrindo para o namorado que sorriu também.


Você não é a única que tem essa mesma impressão. — Sussurrou Harry rindo enquanto ele e a ruiva observavam a corça se despedaçar por completo.


Jorge comemorava com o irmão e os sobrinhos Fred II e James, havia ganhado varios fogos de artificios dos meninos e os jogava para o alto, onde explodiam em pura beleza, estava observando os fogos quando mais uma vez foi surpreendido por um abraço, percebeu ser uma morena um tanto familiar para ele, ao se separar dela se deparou com Angelina sorrindo largamente. A morena ao ver o que havia feito ficou um pouco envergonhada, mas logo deixou de lado ao ser abraçada por uma de suas amigas e ser levada para o centro das outras que estavam juntas.


Jorge passou a mão meio que sem graça e logo em seguida se deparou com o irmão o olhando dando risada, pelo jeito ele não havia ligado para aquilo.


Passaram um bom tempo ali, apenas comemorando, tinham alguns casais que já não fizeram tanta algazarra, ficaram apenas juntos observando a beleza dos fogos de artificios e conforme os mesmo foram acabando as pessoas ficaram cançadas e por isso se sentaram e o lugar voltou a ficar em silencio.


— Bom, ainda não terminamos o capitulo, sem contar que não terminamos o livro, por isso por favor Sr. Weasley, volte a ler porque temos que terminar esse livro hoje, amanhã vocês terminam de comemorar. — Falou Dumbledore sorrindo para Percy.


— Eu ainda não acredito que isso aconteceu. — Falou Minerva.


— Já vimos coisas piores. — Falou Dumbledore se lembrando das varias pegadinhas que os Marotos já haviam feito.


 


Um segundo arrepiante de silêncio, o choque do momento suspenso no ar: então sobreveio o tumulto em torno de Harry, quando os gritos e vivas e brados dos circunstantes rasgaram o ar. O intenso nascente ofuscou as janelas, e eles correram com estardalhaço para ele, e os primeiros a alcançá-lo foram Rony e Hermione, e foram os seus braços que o envolveram, seus gritos incompreensíveis que o ensurdeceram. Depois Gina, Neville e Luna estavam ali, e todos os Weasley e Hagrid e Kingsley e McGonagall e Flitwick e Sprout, e Harry não conseguia ouvir uma palavra do que cada um deles gritava nem dizer de quem eram as mãos que o agarravam, puxavam, tentavam abraçar alguma parte do seu corpo, centenas de pessoas se empurrando, todas decididas a tocar n'O-Menino-Que-Sobreviveu, a razão de aquilo ter finalmente terminado...


 


— Já aqui foi bem diferente, era cada um por si. — Falou Gina sorrindo.


— Acho que eles perceberam que a única coisa que eu fiz foi matar Voldemort, mas que o esforço deles para proteger os alunos mais novo foi até maior do que eu fiz. — Falou Harry.


— Sem contar que eles só não podiam te ajudar porque a missão só foi passada a você, ao Rony e a Hermione. — Falou Felipe.


 


O sol subiu gradualmente sobre Hogwarts, e o Salão Principal resplandecia de vida e luz. Harry era uma parte indispensável da mescla de manifestações de júbilo e luto, de pesar e comemoração. Todos o queriam ali, seu líder e símbolo, seu salvador e guia, e que ele não tivesse dormido, que desejasse a companhia de apenas uns poucos, não parecia ocorrer a ninguém. Ele devia falar aos consternados, apertar suas mãos, testemunhar suas lágrimas, receber seus agradecimentos, ouvir as notícias que agora chegavam aos poucos de todos os lados ao longo da manhã, que os que estavam sob o efeito da Maldição Imperius no país tinham voltado a si, que os Comensais da Morte estavam fugindo ou sendo capturados, que os inocentes de Azkaban estavam sendo libertados naquele exato momento, e que Kingsley Shacklebolt fora nomeado ministro da Magia interino...


 


— Ele sim vai ser um ótimo Ministro. — Falou Remo.


— Com certeza. — Falou Tonks.


— Ele pode se candidatar ué, se deixar será feita uma reeleição para Ministro, duvido que Fudge consiga ficar no cargo depois de tudo ser revelado. — Falou Minerva.


— Seria mesmo uma boa ideia. — Falou Arthur.


 


O corpo de Voldemort foi retirado e posto em uma câmara ao lado do Salão Principal, longe dos corpos de Fred, Tonks, Lupin, Colin Creevey e cinqüenta outros que tinham morrido, combatendo-o. McGonagall havia reposto as mesas no salão, mas ninguém estava sentado de acordo com as Casas: todos estavam misturados, professores e alunos, fantasmas e pais, centauros e elfos domésticos, e Firenze convalescia deitado a um canto, e Grope espiou para dentro, por uma janela quebrada, e as pessoas estavam atirando comida em sua boca sorridente. Depois de algum tempo, exausto — física e emocionalmente —, Harry se viu sentado em um banco ao lado de Luna.


 


— Se eu fosse você eu iria querer ter um pouco de descanço. — Falou Luna sorrindo.


— Tenho certeza que eu também iria querer ter, ainda mais depois de ficar um bom tempo sem dormir. — Falou Harry — Sem contar que é quase impossivel meu corpo estar intacto. — Falou Harry imaginando os varios machucados que poderia ter ganhado se aquilo fosse acontecer mesmo.


— Se fosse eu, iria querer um pouco de paz e sossego — comentou ela.


— Eu adoraria — respondeu ele.


— Eu os distrairei. Use a sua capa.


 


— Luna e suas maravilhosas idéias. — Falou Gina sorrindo para a amiga que sorriu e deu de ombros.


 


E, antes que Harry pudesse falar, ela exclamou:


— Aaah, vejam que máximo aquele bliberente! — e apontou para as janelas. Todos que a ouviram olharam, e Harry escorregou a capa por cima do corpo e se levantou.


 


Todos riram, só mesmo Luna para fazer umas coisas dessas, ainda mais quando é para ajudar seus próprios amigos.


 


Ele pôde, então, andar pelo salão sem interferências. Localizou Gina a duas mesas de distância; estava sentada com a cabeça no ombro da mãe: haveria tempo para conversarem depois, horas e dias e talvez anos. Ele viu Neville, a espada de Gryffindor pousada ao lado do seu prato enquanto comia, cercado por um grupinho de fervorosos admiradores. Ao longo dos corredores entre as mesas, ele caminhou e viu os três Malfoy juntinhos, como se não soubessem se deviam ou não estar ali, mas ninguém lhes dava a menor atenção. Para todo lado que se virava, Harry via famílias reunidas, e, por fim, viu os dois cuja companhia ele mais desejava.


— Sou eu — murmurou, agachando-se entre os amigos. — Podem me acompanhar?


 


— Ainda bem que nos chamou em, se não iríamos ficar preocupados de novo. — Falou Hermione.


— A Hermione do jeito que é louca é capaz de sair gritando atrás de você. — Falou Rony deixando a namorada irritada.


— Vai dizer que você não ficaria preocupado? — Perguntou Hermione.


— Eu ficaria, mas nem tanto assim. — Respondeu Harry dando de ombros.


 


Eles se levantaram imediatamente e juntos, ele, Rony e Hermione deixaram o Salão Principal. Faltavam grandes pedaços da escadaria de mármore, parte da balaustrada desaparecera e, a intervalos, havia entulho e manchas de sangue nos degraus que subiam. Em algum lugar distante ouviam Pirraça disparando pelos corredores, cantando o hino da vitória que ele compusera:


 


Vencemos, esmagamos a fera, Potter é o Máximo,


Voldy já era, então agora vamos nos divertir á vera!


 


— O castelo pode estar o mais mudado possível, mas o Pirraça nunca muda mesmo em. — Falou Sirius.


 


— Realmente passa o sentimento da amplitude e tragédia da coisa, não é mesmo? — comentou Rony, abrindo uma porta para deixar Harry e Hermione passarem.


A felicidade viria, pensou Harry, mas, no momento, estava anuviada pela exaustão e a dor de perder Fred, Lupin e Tonks o atravessava pelo caminho como se fosse uma dor física. E, principalmente, ele sentia um estupendo alívio e um grande desejo de dormir. Primeiro, porém, devia uma explicação a Rony e Hermione, que o tinham apoiado por tanto tempo, e que mereciam ouvir a verdade. Meticulosamente, narrou o que vira na Penseira e o que acontecera na Floresta, e eles nem sequer tinham começado a expressar todo o seu choque e assombro quando, finalmente, chegaram ao lugar a que estavam se dirigindo, embora nenhum deles tivesse mencionado esse destino.


 


— Onde estão indo? — Perguntou Gina curiosa.


— Quando você souber vai perceber que não é nenhuma novidade ele estar indo para lá. — Falou Lily sorrindo.


— Se ele estava com sono, provavelmente vai para o dormitório né, isso se ele estiver inteiro. — Falou Lila.


 


Desde que a vira pela última vez, a gárgula que guardava a entrada para o gabinete do diretor tinha levado um tranco; estava inclinada para um lado, parecendo meio bêbada, e Harry ficou em dúvida se ela ainda seria capaz de distinguir senhas.


— Podemos subir? — perguntou ele à gárgula.


— À vontade — gemeu a estátua.


 


— Vendo assim até parece que sente alguma dor. — Falou Miguel.


— Vai saber se não. — Falou Lysa rindo.


 


Eles passaram por cima dela para chegar à escada em espiral, que subiu lentamente como uma escada rolante. Harry abriu a porta no alto.


Deu uma única olhada na Penseira de pedra que deixara sobre a escrivaninha, e um barulho de estourar os tímpanos o fez gritar, pensando em maldições e no retorno dos Comensais da Morte e no renascimento de Voldemort...


Eram, porém, aplausos. A toda volta das paredes, os diretores e diretoras de Hogwarts lhe ofereciam uma vibrante ovação; acenavam com os chapéus e, em alguns casos, com as perucas, esticavam-se através das molduras para se cumprimentarem; dançavam para cima e para baixo das cadeiras em que tinham sido pintados; Dilys Derwent chorava sem constrangimento, Dexter Fortescue agitava a corneta acústica; Fineus Nigellus gritava com sua voz fina e esganiçada: "E que se registre que a Casa da Sonserina fez a sua parte! Que a nossa contribuição não seja esquecida!"


 


— Meu Deus, quem é esse? — Perguntou Helena.


— Um parente seu. — Falou Sirius para a filha.


— Parente paterno né? — Perguntou Helena.


— Pelo que eu me lembre na sua familia por parte de mãe não tinha ninguem tão louco quanto esse cara, ainda mais uma pessoa que diga coisas tão absurdas. — Falou Sirius.


 


Harry, entretanto, só tinha olhos para o homem pintado no maior retrato logo atrás da cadeira do diretor. As lágrimas escorriam por trás dos oclinhos de meia-lua e penetravam nas longas barbas prateadas, e o orgulho e gratidão que emanavam do bruxo inundaram Harry com o mesmo bálsamo do canto da fênix.


Por fim, o garoto ergueu as mãos e os retratos respeitosamente silenciaram, sorrindo, enxugando os olhos e aguardando, ansiosos, que ele falasse. O garoto, porém, dirigiu-se a Dumbledore, e escolheu suas palavras com enorme cuidado. Exausto e com a vista turva como estava, precisava fazer um último esforço, para buscar um último conselho.


— A coisa que estava escondida no pomo — começou ele — deixei-a cair na Floresta. Não sei exatamente onde, mas não vou sair procurando. O senhor concorda?


 


— Com certeza. — Falou Dumbledore.


 


— Meu caro rapaz, concordo — respondeu Dumbledore, enquanto seus colegas retratados se mostravam confusos e curiosos. — Uma decisão sábia e corajosa, mas eu não esperava menos de você. Alguém mais sabe onde caiu?


— Ninguém mais — disse Harry, e Dumbledore assentiu satisfeito. — Mas vou guardar o presente de Ignoto — acrescentou Harry, e Dumbledore abriu um largo sorriso.


— Naturalmente, Harry, será sua para sempre até você passá-la adiante!


 


— É minha. — Falou Al sorrindo largamente.


— É nossa. — Falaram James e Lily ao mesmo tempo.


— Mas eu ganhei ela primeiro. — Falou Al dando de ombros.


 


— E tem mais isto.


Harry ergueu a Varinha das Varinhas, e Rony e Hermione a olharam com uma reverência que, mesmo em seu estado de tonteira e falta de sono, Harry não gostou de ver.


— Não a quero — disse Harry.


 


— Meu caro amigo, tenho que confessar que você tem problema. — Falou Rony para Harry fazendo o moreno rir.


— Não é legal ter uma varinha que foi o motivo da morte de muitas pessoas. — Falou Harry dando de ombros.


— Mas você nem precisou matar ninguém ué. — Falou Rony indignado.


— Mas ela continua sendo o motivo da morte de muitas pessoas inocentes sem contar que eu já tenho uma, para que eu iria querer outra? — Perguntou Harry como se fosse obvio.


— Você tem problema. — Falou Rony por fim.


 


— Quê? — exclamou Rony em voz alta. — Você é maluco?


— Eu sei que é poderosa — continuou Harry, extenuado. — Mas eu era mais feliz com a minha. Portanto...


Ele procurou na bolsa pendurada ao pescoço e retirou as duas metades do azevinho ainda ligadas apenas por um fio de pena de fênix. Hermione tinha dito que não poderia ser consertada, que o dano era sério demais. Tudo que ele sabia era que, se isso não resolvesse, nada mais resolveria.


Ele colocou a varinha partida sobre a escrivaninha do diretor, tocou-a com a ponta da Varinha das Varinhas e disse:


— Reparo!


 


— Ta explicado como ele conseguiu concertar a varinha. — Falou Hermione — Pena que o Rony não teve a mesma oportunidade de arrumar a dele do primeiro e do segundo ano. — Falou Hermione olhando para o namorado que deu de ombros.


— Mas eu prefiro a minha que eu comprei no terceiro ano do que aquela. — Falou Rony dando de ombros.


 


E, enquanto sua varinha se emendava, faíscas vermelhas subiram de sua ponta. Harry percebeu que conseguira. Apanhou a varinha de azevinho e fênix, e sentiu um repentino calor em seus dedos, como se a varinha e a mão se rejubilassem com a sua reunião.


— Estou devolvendo a Varinha das Varinhas — comunicou ele a Dumbledore, que o contemplava com enorme afeição e admiração — Ao lugar de onde veio. Ela pode continuar lá. Se eu morrer de morte natural como Ignoto, o seu poder será rompido, não é? O senhor anterior nunca foi vencido. E será o fim dela.


 


— Acho que até hoje ele continua sendo o dono da varinha. — Falou Lily.


— Eu tenho certeza. — Falou James.


 


Dumbledore assentiu. Eles sorriram um para o outro.


— Você tem certeza? — perguntou Rony. Havia um levíssimo vestígio de desejo em sua voz ao olhar para a Varinha das Varinhas.


— Acho que Harry está certo — disse Hermione em voz baixa.


— A varinha não vale a confusão que provoca — respondeu Harry. — Sinceramente — deu as costas aos retratos, pensando na cama de dossel à sua espera na Torre da Grifinória, e imaginando se Monstro lhe levaria um sanduíche lá em cima —, já tive problemas suficientes para a vida inteira.


 


— Do jeito que você o conquistou é bem capaz. — Falou Sirius.


— Acabou o capitulo. — Falou Percy — Quem quer ler? — Perguntou Percy olhando em volta.


 


Gente, me desculpem pela demora, mas é que eu ultimamente estou meia que sem imaginação, e sem tempo também, já que eu voltei a cuidar da minha sobrinha né, já que ela também esta de férias kkkk’, então eu postarei no mínimo todas as segundas feiras, espero que não estejam TÃO bravos...


 


 

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Comentários (3)

  • Victórie Weasley Lupin

    Obrigada Clenery Aingremont.Só agora que eu percebi que o proximo capitulo é o final da fic, fico ao mesmo tempo triste e alegre, triste porque vai acabar, e alegre por ter acompanhado uma fic maravilhosa como essa.Xoxo,Vicky.  

    2013-07-16
  • Clenery Aingremont

    Victórie Weasley Lupin, é Gangnam Style, ok? kkkkkkGostei muito do capítulo fiquei ainda mais feliz ao ver que Percy acompanhou a leitura (eu tinha ficado curiosa quanto à isso no capítulo anterior)... Enfim! Estive ansiosa pelo 'Epílogo' desde... Quando comecei a ler a fanfic. Uma coisa que adoro em você é que você estabelece um prazo. Não é sempre no mesmo dia de semana (sempre Terça-Feira, por exemplo) ou sempre no mesmo horário mas você posta toda semana.Isso é uma coisa que eu gostaria de poder fazer. E eu faria se não escrevesse a fanfic com a retardada da minha amiga que demora um século para escrever a parte dela do capítulo.Enfim! Como vai ser o final? Você vai postar o que aconteceu depois da leitura só em um capítulo ou vai descrever?

    2013-07-16
  • Victórie Weasley Lupin

    Ainda não li, mas aposto que está ótimo, como sempre. Quando percebi que tinha capitulo novo só faltou eu pular da cama e dançar Ganganstain (é assim que se escreve?). Bom mais vamos ler o capitulo aposto que está ótimo como já disse ali em cima, mais estou curiosa para ver a reação deles.Xoxo,Vicky. 

    2013-07-16
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