-Único-



EVERYTHING I ASK FOR. 

 

"Then I set fire to our bed. 

 Lembrei de você. xx L." 

Sorri sozinho ao ler o bilhete que ela havia jogado pra mim (acertando minha cabeça e interrompendo meu soninho básico da aula de história). Sabia que música era e sabia que ela era a nossa cara. Fiquei feliz em saber que ela lembrava de mim e se preocupava em contar. 

Olhei pra ela e ganhei um sorriso inocente. Percebi a blusa vermelha e lancei meu melhor sorriso safado de volta. Por quê? Bom, Marlene McKinnon não tem sorrisos inocentes e ela veste vermelho quando tá se sentindo foda/ mais gostosa do que o de costume. Somar o sorriso "inocente" e a blusa vermelha só podia significar uma coisa: Bem... Sexo. 

Cara, sexo com ela. Melhor coisa do mundo. E ela era minha, todinha minha. Pelo menos ela era toda minha, isso significava que eu não era de todo inútil. Eu tinha ela, mas ela era tudo o que eu tinha. Não que eu precisasse de mais. 

 

Caí exausto e suado do lado dela na minha cama, soltando um suspiro de satisfação. Eu não disse que ela queria sexo? Ela se encolheu ao meu lado e eu fiquei ali, só olhando pra ela e pensando em quanta sorte eu tinha. Ela ficava linda com qualquer roupa, mas ficava melhor ainda sem elas. Por mim poderia andar pelada o dia todo que eu não me importaria. Dentro da minha casa e só pra eu ver, claro. Eu sei, é feio pensar assim, mas não é minha culpa se ela é linda! 

Ela me encarava e eu sorri. Ela não fazia mesmo ideia do quanto eu gostava dela... 

E eu não fazia ideia do que ela havia visto em mim, nem mesmo se ela gostava de verdade de mim. Mas desde que eu continue fazendo ela feliz, eu to feliz. 

 

Eu ria internamente enquanto fingia que tava puto ouvindo ela me xingar. Tenho que admitir, a garota é uma ótima atriz. Ela quase me fazia acreditar que eu era um merda. Mas essa era a intenção. A gente brigava muito no colégio, todo mundo acreditava que a gente se odiava mesmo e ninguém desconfiava que a gente tinha algo. Ideia dela e a cada dia eu ficava mais viciado naquelas brigas. Não sei, era viciante ouvir ela me xingar, dizer que me odiava, que queria que eu morresse, só pra ouvir ela gemendo o meu nome baixinho durante a noite. 

 

-Ouvindo o quê? - Perguntei numa noite qualquer, quando ela tava deitada no meu peito, no meu quarto. Ela usava os fones como sempre e eu mexia no cabelo dela. 

-Música. 

-Jura mesmo? - Ela sorriu, eu pude sentir. - Quero saber o que. 

-Prince. 

-Pfff... Não sei como você consegue ouvir esse cara. 

-Não fala mal dele! - Ela sentou nas minhas pernas, virada pra mim e fez bico. 

-Você tem que começar a ouvir música de verdade.

-Como o quê? As músicas que você e seus amiguinhos tocam? - Ela odiava minha banda, não sei por que. 

-Não fala mal dos caras! - Dois segundos em silêncio e nós dois caímos na gargalhada. Ela voltou a deitar no meu peito, eu voltei a fazer carinho nela e fiquei pensando. Acho que essa coisa de ouvir música ruim é mania dessas menininhas riquinhas que vestem Prada ou sei lá o quê... Não sei, nunca falei com alguma delas tempo o suficiente pra perguntar sobre música...

 

-Quem é aquele lá? - Perguntei pro James, meu amigo, no almoço em uma terça. 

-Aquele lá? Com a McKinnon? - Assenti. -Não sei, deve ser algum dos peguetes dela. 

Não, não estou com ciúmes. A Lene pegando alguém não é novidade, eu sempre soube que ela ficava com os caras nas baladas que ela ia. A novidade era o cara estar com ela no colégio. Ela tá querendo o quê? 

Umas duas horas depois a gente se esbarrou no corredor. 

-Olha por onde anda, Black. - Desprezo foi a única coisa que eu detectei. Ela mente bem... 

-Perdão, ó rainha suprema de Hogwarts. Não a vi desfilando por entre estes seus humildes súditos. Mas isso foi uma falta imperdoável, é claro que com toda essa sua altura majestosa eu deveria tê-la visto. - Eu mencionei que ela tem 1,56 de altura? Ela olhou pra mim furiosa e eu sorri. - E quem é este? O rei supremo de Hogwarts da semana? Uau, a qualidade dos seus ficantes caiu bastante hein? Achou esse onde? No lixão?!

-Vai se foder, Black. - Ela virou as costas e saiu rebolando aquela bunda perfeita pelo corredor, com o cara logo atrás dela. 

 

Eu morava numa pensão que ficava a duas quadras do colégio, porque tinha mudado de cidade justamente pra terminá-lo, deixando toda a minha família pra trás. Ok, não era exatamente uma pensão... Era uma casa gigante com uns 15 quartos com banheiro onde morava uma velhinha viúva. Ela tinha cansado de ficar sozinha e decidiu alugar os outros 14 quartos, o que era bem legal já que ela cozinhava pra gente. Não era permitido levar garotas (ou garotos, já que umas duas meninas moravam por lá também) pra ficarem por lá depois das dez da noite, mas como eu me comportava direitinho, a gente não fazia nenhum barulho e a velhinha amava a Lene, não tinha muito problema ela dormir lá comigo. 

Na noite depois da nossa "discussão" por causa do tal babaca, eu tava no meu quarto, esperando ela chegar. Não tinha certeza se ela viria, nunca tinha, mas tinha que esperar, né? Umas três horas depois de eu ter chegado em casa, ouvi umas batidinhas tímidas na minha porta. Pulei da cama e abri a porta. Era ela. Abri um sorriso e a puxei pra dentro, trancando, como sempre, minha porta ridiculamente velha assim que ela passou. 

-Pode me explicar que viadagem foi aquela? - Ela perguntou sentada na minha mesa, os braços cruzados e a sobrancelha erguida em desafio. 

-O quê?!

-"Perdão, ó rainha suprema de Hogwarts. Não a vi desfilando por entre estes seus humildes súditos." E "quem é este? O rei supremo de Hogwarts da semana? Uau, a qualidade dos seus ficantes caiu bastante hein?" Que viadagem foi aquela, Black? Aquilo era ciúmes? 

-Primeiro, não foi viadagem. Foi uma provocação de sempre. Se eu não dissesse nada, as pessoas achariam estranho. Segundo, eu não tenho ciúmes de você, afinal, como você mesma diz, a gente não tem nada. - Apoiei minhas mãos ao lado das pernas dela na mesa e cheguei com o meu rosto mais perto do dela, tentando beijá-la, mas ela me deu um tapa. -Ai! Porra, McKinnon, qual é o seu problema? - Me afastei da mesa com o rosto ardendo. 

-A gente não tem nada, Black, então não sou obrigada a te beijar e eu vou embora agora. 

Ela levantou da mesa, pegou a bolsa e foi até a porta. Nem me preocupei em tentar impedir, sabia que ela não ia conseguir abrir a porta. Dito (ou pensado) e feito, a Lene tentava girar a chave mas ela nem sem mexia. Deus abençoe as portas velhas.  Quase um minuto de frustração depois, ela resolveu dirigir a palavra à mim. 

-Abre essa porra agora, porque eu quero ir embora. 

-Não vou abrir. - Fui chegando perto dela devagar. 

-Abre. Agora. Ou eu vou gri... - Calei a boca dela com a minha, prendendo o corpo dela contra a porta. 

Primeiro, ela tentou sair dali, arranhando meus ombros descobertos, mas logo desistiu e começou a me beijar de um jeito furioso. E não é que ela tava mesmo com raiva de mim? Foi me empurrando até a cama e, quando senti que havíamos chegado, a puxei comigo, arrancando a camisa que ela usava. 

 

-Puta que pariu. - Essa foi a primeira coisa humanamente possível de se entender que ela disse depois que fomos pra cama. Ela caiu do meu lado, completamente suada, o cabelo todo bagunçado e ficamos em silêncio, tentando normalizar a respiração. 

Abracei a cintura dela, deitei minha cabeça ali e ela ficou mexendo no meu cabelo. 

-Desculpa... - Nós dois sussurramos ao mesmo tempo e eu sorri. 

-Sirius, eu tenho que te contar uma coisa. 

-Gravidez não, gravidez não... - Ganhei um tapa na cabeça e ela riu. 

-Não é gravidez, seu imbecil. 

-Amém. 

-Pára! - Ganhei outro tapa, ela ainda rindo. Será que existe algum tipo de lei que protege homens indefesos do ataque de mulheres malucas? Preciso pesquisar. -É que... Eu vou viajar, Six. 

-Hm... Quando?

-Amanhã. - Já?! -E... Eu vou ficar um mês lá. 

-Tudo isso? Mas... Pra onde você vai?

-Austrália. - Eu comecei a fazer as contas mentalmente pra saber quanto tempo eu demoraria pra chegar lá com o carro do Remus (que era o único na banda responsável o suficiente pra ter um) e tava chegando à conclusão que era longe pra caralho, quando me lembrei que a Austrália é uma ilha e não se chega em ilhas dirigindo. Maldita Austrália. 

-Mas... A gente tinha combinado que você ia passar um fim de semana aqui comigo...

-A gente pode fazer isso quando eu voltar. 

-Era o meu aniversário. - Ela ficou em silêncio e eu me apoiei no cotovelo, pra beijá-la. - Não pode adiar a viagem?

-Não dá... - Ela fez carinho no meu rosto.  -Prometo que eu vou ligar. 

-Não é a mesma coisa. - Beijei ela de novo. - Poxa, Lene! Eu já tinha até comprado camisinha! - Proteção sempre, amiguinhos. Ela não segurou a gargalhada, e ficamos nós dois rindo o mais baixo possível. 

-A gente gasta todas elas depois. 

-Todas elas?

-Todas elas. 

-Promete?

-Ahan. 

Ela se aconchegou no meu peito e o sono chegou. 

 

Acordei cedo no dia seguinte e ela ainda tava lá, abraçando meu peito e dormindo. Sorri sozinho. Era a primeira vez que ela ficava comigo a noite toda. Fiquei ali, só fazendo carinho, ouvindo a respiração tranquila dela. Era quase onze horas quando ela acordou. "Acordou". Era engraçado. Ela gemia baixinho quando se mexia, se espreguiçava e se enrolava na cama. Demorou uns vinte minutos pra ela finalmente abrir os olhos. 

-Bom dia. - A voz dela tava meio rouca e  os olhos ainda não tinham se acostumado com a claridade que entrava pela cortina fina. 

-Bom dia.

-Tô com fome. - Ela fez um bico e eu sorri. 

-Vamos descer. Se você der sorte, os caras deixaram alguma coisa do café da manhã. 

Ela sorriu e me deu um beijo. Nós dois levantamos da cama pra procurar as roupas. Ela colocou a regata e o shorts que usava ontem e eu vesti uma calça de moletom qualquer. 

-Minhas coisas ainda tão aqui? 

-Lá no banheiro. 

Ela sumiu pela porta do meu banheiro e eu comecei a procurar alguma coisa pra ela colocar por cima das roupas, pra ficar menos indecente. 

Quase um mês depois de a gente ter começado essa coisa que a gente tinha hoje, a Lene ficou bem nervosa por sempre ter que sair da minha casa sem escovar os dentes, ter que usar meu pente e sei lá mais o que, então ela trouxe uma mini bolsa cheia de coisas que eu nem queria saber o que eram pra deixar aqui. 

Achei um blusão que era grande pra mim, então ia ficar enorme pra ela e, eu espero, cobriria as belas pernas dela. Me joguei na cama pra esperar e assim que achei uma posição confortável, ela saiu do banheiro. 

-Veste isso aqui. 

Ela ergueu a sobrancelha mas vestiu o que eu mandei. Era um blusão preto, com aquele símbolo do Batman desenhado no meio. Ele ficava ridiculamente enorme nela, terminando um pouco antes do joelho, e ela ficava ainda menor dentro dele. Ajudei ela a dobrar um pouco as mangas e ela fez uma careta. 

-Explica? 

-Suas roupas são indecentes demais pra esse ambiente cheio de adolescentes com os hormônios a flor da pele. 

Lene riu. Achei a mãozinha dela no meio daquele monte de panos e descemos as escadas até a cozinha com os dedos entrelaçados. 

-Olá dona Maria! - A dona da casa já fazia o almoço e o Frank (baterista da banda) tava sentado na mesa, comendo. 

O Frank morava lá também porque tinha brigado com os pais e saído de casa. Por causa disso ele era o único que sabia da Lene, já que ele tinha visto ela saindo do meu quarto às três da manhã algumas vezes. Quando ela viu o Frank sentado ali na mesa, soltou a mão da minha e foi cumprimentar a Maria. Ela não gostava de demonstrações públicas de afeto. Puxei uma cadeira pra mim e uma pra ela e sentamos em silêncio. 

-Tem alguma coisa pra comer, tia?

-Tem café, pão, bolo, suco e leite. Faz um lanche pra sua namorada, filho. 

-Não somos namorados! - Nós dois rimos. Sempre que elas duas se encontravam, a Maria falava alguma coisa desse tipo. 

-Então faça um lanche pra sua mina. 

Nós quatro começamos a rir. Uma velhinha de quase setenta anos falando "mina"... Era pra rir mesmo. 

Fiz uma lanche pra minha "mina" e um pra mim e, depois de comer, nós dois subimos de novo. 

 

Tranquei a porta e fui escovar os dentes enquanto ela arrumava as coisas pra ir embora. 

-Abre a porta pra mim. 

Ignorei ela e me joguei na cama. 

-Sirius. Abre a porta. 

-Nam. 

-Eu to atrasada, vai logo. 

-Esse é o plano, querida. 

Puxei ela pra cama e a beijei. Ficamos alguns minutos ali quando ela me empurrou e fez bico. 

-Preciso ir. 

-Odeio você. 

Levantei, destranquei a porta e desci com ela. Já na porta, ela me beijou. Que beijo... Eu não queria que ela fosse embora nunca. Mas, ela se soltou de mim quase delicadamente. 

-Prometo que eu ligo. 

E foi embora.

 

Amanhã é sábado, também conhecido como meu aniversário e adivinha quem tá aqui em casa? Isso mesmo, todo mundo menos a senhorita-vou-viajar-pra-Austrália. Você se pergunta quem é esse todo mundo. Ok, eu faço parte de uma banda, certo? A banda chama "The Marauders" (que significa "Os Marotos", olha que bonitinho) e é composta pela minha bela pessoa, Sirius Black, cantando com a minha voz sexy. Aí tem o sr. Remus Lupin, tocando fodamente a guitarra 1 e o sr. James Potter, tocando a guitarra 2 e trabalhando como backing vocal pra minha pessoa. O sr. Frank Longbottom tocando bateria belamente e o sr. Jeremy Kapone tocando o seu belo baixo.

Eles quatro estavam aqui, e as namoradas/ficantes/"minas" respectivas tinham vindo também. Lily Evans, mina do James, que é amiguinha da Lene, Dorcas Meadowes, futura noiva do Remus, Alice York, namorada do Frank e a "amiga" do Jeremy, que eu não sei o nome. Pois é, meu aniversário e eu vou segurar vela. Mas tudo bem, eles tinham trazido presentes. 

Fazia mais ou menos duas semanas que a Lene tinha viajado e ela não tinha me ligado nem uma vez. Vadia. Tudo bem, tudo bem, meu aniversário não era hoje, mas sei lá, ela podia ter mandado pelo menos uma mensagem pra eu saber que ela não tinha sido devorada por um tubarão assassino... Ouvi dizer que a Austrália tem tubarões. 

Deu meia noite e todo mundo começou a gritar que agora eu tava velho e me dar parabéns e tal, e meu celular tocou. Depois de mandar todo mundo calar a boca, eu fui até o corredor atender. Era ela. 

-Oi.  

-Oi Sirius. Te acordei?

-Magina, tem um monte de gente aqui... Na verdade eu to segurando vela, olha que legal. 

-Desculpa... - A gente tinha combinado de contar pros caras no meu aniversário, mas...

-Não tem problema. 

-... Parabéns. Comprei seu presente já. Imagina que eu te dei um beijo de feliz aniversário ok? - Eu ri baixinho. 

-Obrigado. O que é o presente?

-Surpresa. - Ela deu uma risada que me fez imaginar coisas não muito inocentes.

-Fala!

-Não posso! O que eu já comprei não é exatamente pra você... Mas você vai gostar. E eu já escolhi o outro. 

-Dois presentes? Caramba!

-Na verdade três... A gente precisa acabar com as camisinhas, lembra? 

-É verdade! - Nós rimos. - Três presentes... Interessante. E quando você volta? 

-Em duas semanas.

-Acho que duas semanas é tempo mais que suficiente pra aumentar o meu estoque...

-Isso não vale! - Eu ri. - Chato. 

-Prevenção sempre, gracinha. Não queremos bebês correndo pela casa. 

-Não mesmo. Hm, preciso desligar agora, meus pais tão dizendo que almoço é pra comer, não pra ficar no telefone...

-Mas a gente tá planejando justamente essa parte de "comer"!

-Haha, muito engraçado, senhor. Vou desligar. Tchau, Sirius. 

-Tchau, Lene. Divirta-se. 

-Você também... Beijo. - E ela desligou. Quais serão os meus presentes??

 

Em três dias a Lene volta e eu to sentindo a falta daquela nanica irritante e metidinha mais do que eu achei que fosse possível. Eu gosto dela, muito. Mas essa saudade já ta ficando ridícula. Eu precisava dela perto de mim, precisava sentir o cheiro dela de novo. E mais do que tudo, eu queria que o mundo inteiro soubesse disso, não queria mais ter que esconder que a gente tava junto. 

E foi por isso que eu contei sobre a gente pros caras. No começo eles ficaram assustados mas entenderam e, depois de me zoar um pouco, concordaram em me ajudar. E eu tinha um plano. O problema seria se ela resolvesse que não tava pronta, aí eu perderia tudo o que eu tinha em cinco minutos, mas tudo bem, tê-la só pra mim valia esse risco. 

 

A Lene tinha voltado ontem e por mais que eu quisesse arrastar ela pro meu quarto e não deixar ela sair de lá de dentro nunca mais, eu não atendi nenhum telefonema. Ela deve ter ficado bem puta, mas isso fazia parte do plano. Eu e os caras fomos pro colégio normalmente e cabulamos a quarta aula, que era a mais perto do almoço e a única que eu tinha com ela. Montamos um pequeno palco no canto da quadra (o diretor tinha autorizado, não estávamos fazendo nada ilícito) e eles começaram a afinar os instrumentos e se preparar. Eu só sentei num canto e tentei segurar a vontade de vomitar. Eles terminaram tudo e o sinal pro almoço tocou. Fodeu! 

Eu fui pro meu lugar no meio do mini palco e esperei. Enquanto esperava, uma multidão pequena se juntou na frente de nós, mas eu pude ver ela e a Lily chegando. Ao meu sinal, eles começaram a tocar. A música entrou na minha cabeça e todo o nervosismo passou, agora eu só teria que cantar. Comecei:

(N/A: http://youtube.com/watch?v=9cxwbJIU2b8 ja pode dar play)
-She takes her time to little things,

  Love notes reminding me

  She wears red when she's felling hot

  I have her but she's all I got. 

Vi a Lene franzindo a testa e torci pra ela não me odiar. 

 

-She looks best without her clothes 

Ela riu e eu sorri. 

 

-I know it's wrong, but it's the way it goes

  I don't know what she sees in me,

  But I'm happy, that she is happy now

  That she's with me

  And I'm freaking out

  Because I'm just so lucky

Ela não parava de sorrir e eu não queria parar de cantar. 

 

 -And she makes me feel like shit

  (It's always something)

  But I can't get over it

  (She thinks it's nothing)

  'Cause she's everything I ask for

  Everything I ask for

  And just a little bit more

  Everything I ask for, everything I ask for

  And so much more

 

- She loves music, but she hates my band

  Loves Prince, she is his biggest fan

Dei de ombros e ela riu.   

 

-Not big on holding hands

  But that's alright, 'cause I still got her

  She keeps up on current affairs 

  Prada is what she wears!

Ela riu mais alto da minha cara e eu pisquei pra ela. 

 

 -I don't know what she sees in me

  But I'm happy, that she is happy now

  That she's with me

  And I'm freaking out

  Because I'm just so lucky

 

  And she makes me feel like shit

  (It's always something)

  But I can't get over it

  (She thinks it's nothing)

  'Cause she's everything I ask for

  Everything I ask for

  And just a little bit more

  Everything I ask for, everything I ask for

  And so much more

 

  Fist fights turning into sex

Ela ficou vermelha e eu segurei o riso

 

 -I wonder what comes next

  She loves to always keep me guessing

  And she won't give it up

  And we both know 

  It's because 

 

  She makes me feel like shit

  (It's always something)

  But I can't get over it

  (She thinks it's nothing)

  'Cause she's everything I ask for

  Everything I ask for

  And just a little bit more

  Everything I ask for, everything I ask for

  And so much more

 

A música parou, todo mundo bateu palmas e ela começou a subir pro palco. Juro que eu fiquei com medo de ela ir lá me bater. Mas ela não fez isso. Na verdade, o que ela fez me surpreendeu mais ainda. Ela me beijou. Na frente de todo mundo. Ela. Me. Beijou. Todo mundo ali em baixo gritando, mas eu não tava nem aí afinal, ela tinha me beijado. Soltou de mim uns minutos depois, só quando o ar foi necessário, e eu a abracei pela cintura, deixando ela o mais perto de mim possível. 

-Isso foi um pedido de namoro?

-Na verdade, foi só uma música, mas já que você me beijou, eu... - E ela me beijou de novo. Acho que eu posso me acostumar com isso. 

-Então vamos fingir que foi um pedido de namoro, porque eu aceito. 

Acho que o sorriso que eu dei depois que ela disse aquilo era maior do que a minha cara, mas tudo bem. Ela era minha agora. Toda minha. E o mundo todo sabia disso. Tá, não o mundo todo, mas Hogwarts toda sabia, e isso era suficiente. Por enquanto. 

-Acho que me apaixonei por você... - Falei quando a gente já tinha descido e ido almoçar. Na verdade, eu já tava levando ela pra próxima aula. De mãos dadas. Pulando de felicidade internamente. 

-Eu tenho certeza que me apaixonei por você. - Ganhei um sorriso e um beijo e fui pra minha próxima aula com um sorriso babaca no rosto. 

 

Depois de me despedir dos caras e agradecer infinitamente por eles terem me ajudado, fui pra casa esperar a Lene. Ela disse que tinha que passar na casa dela antes e mandou eu ir indo na frente. 

Cheguei no quarto e tomei um banho, depois me joguei na cama pra esperá-la. Acho que eu peguei no sono porque acordei assustando com alguém tentando derrubar minha porta. E adivinha só? Era ela. Pois é, olha que anjinho de namorada eu arrumei. 

Abri a porta e ela tava um pouco vermelha.

-Por que demorou?

-A porta tava destrancada!

-Eu não consigo abrir...

Dei um beijo nela e a puxei pra dentro. Senti ela sorrir contra a minha boca. 

-Seu presente. - Ela empurrou uma caixa enorme e pesada pra mim e eu fiz ela sentar do meu lado antes de abrir. Era uma coleção com todas as revistinhas do Batman. 

-PORRA LENE, EU AMEI! CARALHO! QUE FODAA! 

Pulei em cima dela e a enchi de beijos enquanto ela ria. 

-Brigado, brigado, brigado. Eu amei. Linda. Perfeita. 

-Chega!! - Ela riu e me empurrou pro lado. - Quer ver seu outro presente?

-Mal posso esperar. 

Ela levantou, parou do meu lado na cama e, com um sorriso pervertido, tirou a camiseta e os shorts. Usava uma lingerie azul, com renda preta e puta que pariu, como ela é gostosa. 

-Gostou? 

Sem responder, puxei ela pra cama, já beijando seu pescoço. 

-Adorei. Mas sabe onde ela vai ficar melhor?

-Onde?

-No chão. 

Sem deixar ela responder, comecei o trabalho delicado que seria tirar a roupa dela. Não me saí muito bem. Desisti de tirar a calcinha no meio do caminho e a rasguei mesmo, e transformei o sutiã em um sem alças antes de achar o maldito fecho. 

-Sirius! Eu gostava dela!

-Tá bom, tá bom, compro outra pra você depois. 

-Pra que? Você vai acabar rasgando com toda essa sua delicadeza mesmo. 

-Essa é a graça, amor. - Sussurei e ela riu. 

-Eu acho que te amo. - Ela disse enquanto eu descia meus beijos pela barriga dela. Olhei pra cima e ela sorria. 

-Ótimo. Porque eu tenho quase certeza que te amo também. - Ela sorriu mais e eu a beijei. Marlene McKinnon era tudo o que eu queria. E mais um pouquinho. 

 

 

 

(N/A: Olha que safadjeeeeeeeeenhos esse dois haha' OLÁ PESSOAS! Então, mais uma fic com musiquinha do the maine heheh' segunda, na verdade (a primeira chama Life Like This) e eu já comecei a escrever outra eee! E tenho uma ideia pra mais uma, com uma música do albúm de natal deles, então preparem-se hehehheehh' ok explicaçoes basicas da fic: a musica do bilhetinho da Lene chama Kiss With a Fist e é do Florence+ The Machine. É bem legal, quem quiser ouvir, youtube ta ai hahah' agora a banda. Eu precisava de cinco caras, pra fazer tipo o the maine né? Ai ficou assim Sirius= John/voz, James= Kenny/guitarra2, Remus= Jared/guitarra1 e o Frank= Pat/bateria, só que ainda faltava um pra ficar como Garrett, e o pedro era escroto demais, então eu meio que inventei um personagem com um cara que existe hehe' Sim, o Jeremy Kapone existe haha' corre la no google, o cara é lindo demais *-* e ele é ator e tem uma banda se não me engano. Ele é fodinha :3 acho que era isso mesmo hmm

Entao feliz natal eee! Se cuidem, não bebam, a tia ju ama vocês. Não esqueçam de comentar, esse é um presente que cês podem me dar :3 e tchau! Beijo Ju B.) 

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Comentários (2)

  • Miiih McKinnon

    Aff, mano, toma no cu. Para de escrever fanfic foda!! E escreva logo a do professor, carai!!Eu não deixei vc usar a minha música e do meu enrosco lá, deixei?? Então pq ela 'ta lá no começo da fanfic?? U.U Kkkkkk' Fico foda, pra variar. Safadenha.'To sem ideia pra escrever um comentário então... HA, EU COMENTEI, CHUPA!!Amei a fanfic, vc é uma vadia (só pra não perder o costume de te xinga), e termine a do professor.FELIZ NATAL. Bjs e 'té mais!! 

    2012-12-26
  • ErikinhaPotter

    Uma palavra. PERFEITO. P-E-R-F-E-I-T-O! kkkkkkk. Eu amo suas fiics. São todas perfeiitas,fofas e muito engraçadas *--*. O Sirius e a Lene são tão lindos *.* Contiinuee assim escrevendoo perfeitamente perfeiitoo \o/ E felliiz Nataal e anoo novo, te desejo tuudo de bom s2s2

    2012-12-22
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