Capitulo Doze
Hey gente!!
Aqui estou eu, pela primeira vez em semanas, postando no dia certo. Nossa, aconteceram tantas coisas nesses ultimos tempos... não sei nem expressar o quanto eu to cansada! rss.
Infelizmente (ta se tornando repetitivo neh?), eu não vou conseguir responder todos os reviews... e advinhem porque? Porque a minha lesão no ombro voltou... estou a mais de semana sem fazer pilates e trabalhando como uma louca. =/ Sendo assim... dor de novo. Mas vamos deixar isso para lá!
Espero que voces gostem desse novo capitulo!!
E apesar de eu não responder, deixem um MONTE de reviews, vai!! *--*
Beijos
Angel_S
---***---
Foi no dia seguinte que Hermione sentiu as consequências das estripulias, suas costas doíam e seus pés estavam inchados depois de ter passado tanto tempo de salto alto. Moveu-se na cama apenas o suficiente para conferir as horas no despertador e sorriu, ainda era cedo.
Voltou a acordar horas depois, sentindo a cama vazia e fria ao seu lado, sinal de que Draco já acordara há um bom tempo. Com preguiça ergueu-se da cama e vestiu a camisa dele que ficara sobre a cadeira próxima da lareira, sentia-se particularmente inchada naquela manhã e não queria nenhuma peça lhe arramando. Vestiu o roupão por cima, para o caso de se deparar com algum dos empregados e saiu atrás de seu marido, encontrando-o no escritório particular, que ficava naquele mesmo andar. Bateu antes de entrar e sorriu quando ele afastou a cadeira da mesa, chamando-a para sentar em seu colo.
- Estou pesada – resmungou ela por pura manha.
- Está linda – respondeu ele beijando-a logo em seguida, depois deu atenção a barriga dela, sentindo o bebê se mexer. – Hoje é domingo, não precisava ter levantado já.
- Precisava falar com você – disse ela com animação, que fez Draco franzir o cenho.
- O que houve? – questionou.
- Catherine me procurou ontem – disse com o semblante fechado.
- Mas o que... – Draco retrucou sentindo a irritação crescer dentro de si.
- Ela não me fez nada, pelo contrário – respondeu e Draco franziu ainda mais o cenho.
- Como? – perguntou quase de olhos arregalados.
- Coloquei essa mulher no lugar dela – deu de ombros.
- Hermione! Grávida desse jeito você quis colocá-la no lugar dela? – perguntou fazendo o possível para não alterar a voz, mas desde a menção do nome de Catherine, Draco sentia seu coração bater acelerado. Já a havia alertado para ficar longe de sua família.
- Só disse a ela o que ela merecia – respondeu de forma manhosa, sabendo que assim o acalmaria, e se aconchegou em seus braços para completar seu drama. Não deu outro. Logo o sentiu mais relaxado, alisando sua coluna com carinho. – E de verdade acredito que ela vai parar de nos importunar...
- O que você disse? – perguntou surpreso.
- No dia do velório de seu pai...
E assim Hermione lhe contou de toda conversa que ouvira do casal, para só depois contar a conversa que tivera com Catherine. Por mais que estivesse inquieta na noite anterior, acordara confiante de que finalmente Catherine passaria a cuidar de seus próprios interesses, como dar um filho a William, por exemplo, e lhe contar toda a verdade.
Com um sorriso orgulhoso beijou o rosto de Draco. Vinha fazendo um bom trabalho para proteger seu casamento, primeiramente dera um jeito em Pansy Parkison, com a ajuda de Annelise, a despacharam para um colégio interno na Suíça, de onde não sairia em pelo menos três anos graças ao boletim que Annelise conseguira anexar ao processo, notas ruins eram um mal exemplo para o Internato britânico que exigia nada menos que o melhor nível, assim que não restaram muitas opções a família Parkison além de mandar a filha para longe depois da humilhação de ser expulsa do colégio de maior prestigio do país.
E agora estava confiante de que resolvera tudo com Catherine.
Finalmente poderia se concentrar somente em sua família, e esse era um dos motivos de sua animação naquela manhã.
- Ok – assentiu ele. – Você sabe que eu não concordo com você enfrentá-la estando grávida, acho isso imprudente e arriscado. – suspirou. – Mas agora você já fez, não me resta nada além de cuidar de vocês, ficar de olho para que ela não se aproxime novamente... Só não entendo porque você fez isso, Hermione. – disse passando a mão pelo cabelo, em sinal de nervosismo. – Não havia necessidade de fazer isso agora, você colocou a sua segurança e a do bebê em risco.
- Claro que eu precisava fazer isso! – retrucou ela, encarando Draco. – Eu não fiz isso somente pelo nosso casamento. Fiz por você, principalmente.
- Por mim? – perguntou com os olhos arregalados.
- Por você e sua amizade com William. Outro dia ouvi você comentar com Annelise que gostaria que ele fosse padrinho do bebê, mesmo sendo só ele, mas que não sabia como falar isso...
- Pensei que você estivesse dormindo!
- Não fiz por mal. – defendeu-se. – Mas sei o quanto você presa a amizade dele e que estão voltando ao que eram. William já o perdoou pelo que houve anos atrás, e nada mais justo que afastar Catherine de vez e deixá-los ser amigo... Nunca serei amiga de Catherine, nem sequer a suporto, mas estou disposta a tudo para facilitar sua relação com William – confessou.
- Oh querida – Draco murmurou a abraçando, estava realmente tocado por essa atitude de Hermione.
Estava tão acostumado com o ambiente hostil e egoísta em que crescera, onde todos pensavam primeiramente em seu próprio bem estar, que ao olhar para Hermione, mesmo ela ainda estando com o cabelo revolto pela noite agitada e de roupão, sentiu seu coração se aquecer ainda mais.
- Não poderia ter escolhido melhor na noite em que entrei naquele bar – murmurou ele beijando seus lábios.
Estava se tornando um sentimental, sabia disso e odiava essa fraqueza que Hermione despertara nele, mas, ao mesmo tempo, parecia tão certo que não o incomodava. Aquela sua faceta só era permitida ali, na segurança de seu lar. Afagou os cabelos encaracolados que caiam como grandes cascatas pelas costas da esposa.
Tão sentimental que quase murmurara que a amava, mas aquela não era a ocasião ideal para falar pela primeira vez. Sabia que já passava da hora de assumir de uma vez por todas seus sentimentos, principalmente porque acreditava estar sendo retribuído, mas não parecia a hora certa, não ainda.
- Mas você me pareceu animada demais quando falou que queria conversar comigo, para contar apenas que mostrou a Catherine o lugar dela – disse Draco alisando o ventre da esposa.
- Sonhei com nosso bebê – murmurou sorridente e bem humorada, seus olhos brilharam só de se lembrar do sonho. – Acho que finalmente temos um nome perfeito para o nosso bebê. Espero que você concorde.
Draco sorriu animado, há semanas vinham discutindo nomes de bebês, mas nenhum parecia certo o bastante. Estavam pendendo entre Luca e Philip, mas Draco sentia que não era de todo certo, faltava algo de força no nome de seu filho. Algo de especial.
- Ele era loirinho assim como você e tinha os mesmos olhos cinza que você e Anne – murmurou acariciando a barriga junto com Draco. – E não era nada parecido comigo – disse rindo. – Sua cara, seus traços, seu jeito, seu olhar. Uma cópia perfeita.
- Posso imaginá-lo – confessou Draco ainda alisando o ventre da esposa. Estavam caminhando já no último trimestre da gravidez e a ansiedade só crescia a cada dia. Na próxima consulta teriam uma data mais aproximada do parto e ambos sabiam que a partir dali, cada dia seria de pura expectativa.
- Ele era só um bebê ainda e eu cantava uma cantiga de ninar, o chamando de Alexander – disse com um sorriso que só se expandiu ao ver a cara de aprovação de Draco.
- Alexander – repetiu o nome com imponência e beijou-a com carinho. – Parece então que temos o nome perfeito – riram juntos.
- Mas não era só isso que eu queria falar – continuou ela dedilhando sobre o peito dele. – Você sabe como as tradições da sua família são importantes para mim, e nós prometemos discutir isso depois...
- Sim? – perguntou não entendendo onde ela queria chegar.
- A médica disse que a gravidez está correndo perfeitamente, contive o peso e está tudo dentro dos padrões, por isso não tem problema nenhum termos o bebê no palacete – declarou ela.
- Você sabe minha opinião sobre isso – respondeu ele com o semblante fechado.
Hermione levantou-se do colo do marido, cruzando os braços na frente dos seios.
- Draco – disse manhosa.
- Hermione, não me entra na cabeça que tendo os aparatos disponíveis aqui em Londres, hospital de primeira linha e tudo ao nosso alcance, você queira ir para lá, distante de tudo...
- Uma ambulância vai estar lá, ok? Quando você foi falar ao telefone no fim da consulta, perguntei a médica se era possível fazer o parto fora do hospital, ela me garantiu que não teria problema! Meu pré-natal continua e ela vai avisar se surgir algum imprevisto, mas até agora estamos bem e isso é importante para mim...
- Só não me peça para entender – retrucou ele apoiando os cotovelos na mesa. – Não me entra na cabeça que em época de tecnologia e modernidade você queria voltar a Idade Média na hora de trazer nosso filho ao mundo.
- Draco, os bebês nascem pelo mesmo lugar desde que o mundo é mundo – retrucou ela com uma sobrancelha arqueada.
- Ainda assim!
- É importante para mim! Foi lá inclusive que você nasceu, sua irmã, seu pai, seu avô...
- Em uma época que hospitais não eram nada confiáveis, são situações totalmente diferentes!
- Você quer me ouvir, por favor? – pediu ela. Venceu os passos que os separavam e segurou o rosto do marido. – Podemos ter tudo isso lá! Eu falei com a médica, assim que as contrações começarem ela corre para lá junto com toda a equipe e todo aparato necessário, inclusive uma ambulância...
- Herms – ele tocou seu rosto com carinho. – O que há de tão importante com uma tola tradição?
- Eu andei pesquisando. – murmurou ela – Li toda a história da família Malfoy e nenhum bebê que nasceu naquele palacete teve problemas, nenhum sequer, isso me passa segurança, entende? Por mais que os hospitais sejam seguros e tudo mais que você quer argumentar, ainda existe maus tratos, descaso, etc etc etc. – confessou.
- Oh Herms – ele a abraçou com carinho. – Prometo pensar, ok? Vou analisar tudo o que voce me disse, mas só iremos cogitar, de fato, esse tipo de parto na próxima consulta, e se a médica garantir que não haverá nenhum problema.
- Já que irá analisar, procure como Parto humanizado. – respondeu ela com cara de quem sabia de tudo e ele riu baixinho. – Muitas mulheres tem optado por esse tipo de parto. Tem sido altamente recomendado.
- Isso é o que você diz. – retrucou ele.
- Além do mais aquele lugar já é especial para mim, afinal foi onde nos casamos, lá demos início a nossa família, nada mais certo que nossos filhos nasçam lá. – seguiu argumentando.
- Ainda é cedo para pensarmos nisso... – disse com um suspiro, Hermione definitivamente tinha espírito de advogada, não parava de argumentar até ter causa ganha.
- Considerando que aquele palacete não é usado há um bom tempo e que a partir de agora qualquer hora pode ser a hora – murmurou Hermione despreocupadamente.
- Um bebê prematuro certamente não vai nascer lá! Fora de cogitação – impôs ele. – Conversaremos com a médica, ok? Já prometi que vou pensar.
Hermione assentiu, mas não se deu por vencida.
- Agora vamos, é cedo ainda. – disse ele se levantando com ela no colo, que nem protestou.
Sim, era cedo, pensou Hermione, isso logo a fez indagar o que Draco estaria fazendo acordado tão cedo em pleno domingo depois de uma noite como a anterior. Ele deveria estar exausto, não só pela noite agitada, mas por toda uma semana de preparação e afazeres.
Mas quando Draco a pôs na cama e acarinhou seu cabelo, Hermione relaxou entre seus braços e deixou seus devaneios para trás. Não queria dormir, mas também não queria quebrar aquela atmosfera de carinho.
- Alexander Malfoy – murmurou Draco dedilhando sob sua barriga, e Hermione não pôde evitar perceber o orgulho com que Draco pronunciava aquelas palavras. – Um belo nome!
- Alexander Draco Malfoy...
- Alexander Draco... – Draco virou Hermione, e a encarou com seus intensos olhos cinzas. - Talvez.
- Talvez nada. – retrucou a castanha. – Alexander Draco Malfoy.
- O que fez você acordar cedo hoje? – Draco voltara a aconchegar-se ao lado da esposa. A mão tamborilava sobre o ventre distendido da castanha. – Achei que fosse dormir até mais tarde.
- Estava resolvendo alguns impasses das empresas Malfoy. Precisava assinar algumas coisas como advogado e mandar alguns e-mails que não podiam esperar.
- Conseguiu fazer tudo?
- Consegui. Tudo dentro da normalidade novamente. – Hermione virou-se para o esposo. – No que você está pensando?
- Que ainda é cedo, mas que provavelmente, mesmo sendo Domingo, você precisará levantar para resolver qualquer outra coisa em alguns minutos.
- Engano seu. Passarei o dia com você.
- Sério? – Hermione ergueu uma das sobrancelhas em descrença. Eram raros os dias que o marido conseguia ficar totalmente disponível. O final de semana que passaram escolhendo os móveis para o quarto do bebê fora totalmente atípico.
- Claro que é sério. Acho que merecemos um dia de descanso.
Batidas na porta chamaram atenção dos dois. Hermione ajeitou-se de forma mais digna na cama e Draco se levantou, colocou um robe por cima do pijama, e com certo mau humor, abriu a porta.
- Desculpe o incomodo, Sr. Malfoy. – disse o empregado.
- O que aconteceu?
- Correspondência direta do Palácio – o homem entregou um enorme envelope para Draco.
- Obrigado. Mande trazer no nosso café da manhã.
Draco fechou a porta, tirou o robe, jogando em cima da poltrona e voltou para cama. Analisou o enorme envelope bege antes de abrir. Aparentemente era oficial. Quebrou o lacre e retirou a página de dentro do envelope. Um convite escrito a mão, endereçado a ele, Hermione e família.
- O que é?
- Um convite para o Jubileu de Diamantes da Rainha. Serão três dias de festas, e fomos convidados – disse entediado, entregando o convite para Hermione ler. – Eu tinha a esperança que ela não nos convidasse. Queria ter mais tempo para curtir sua gravidez – disse ele acariciando a barriga da esposa.
- Uma corrida de cavalos, um show no Palácio de Buckingham, evento náutico no Rio Tâmisa e um jantar – listou Hermione entretida.
- Você escutou?
- Claro que eu escutei – ela ajeitou-se na cama, virando para o marido. Acariciou o rosto claro de Draco. – Eu sei o quanto você gostaria de estar aqui, mas não há o que fazer. Por isso, tento nem pensar muito. – admitiu Hermione. – Precisaremos ir a todos eles? Se fosse possível, gostaria de não ir no jantar.
- Há algo que eu preciso conversar com você, Herms.
Draco viu a esposa encolher-se de baixo do lençol, sentiu-a tensa. Não seria justo com ela e nem com o bebê, mas ele não tinha muitas opções. Com a abertura das comemorações do Jubileu de Diamantes da Rainha, as viagens ficariam mais constantes. Havia sido escalado, pela própria Elizabeth II, para representá-la em determinados países. Hermione deveria ir com ele para essas viagens, mas a gravidez avançada impossibilitava viagens muito longas.
- Com a abertura das comemorações do Jubileu da Rainha, que deverá durar um ano, mais ou menos, eu viajarei constantemente.
- Por quê? – a voz de Hermione era apenas um murmúrio.
- Eu sou o 6º na linha de sucessão do trono, Herms. E a Rainha fez questão que eu a representasse em alguns países.
- E eu, Draco?
- Você terá de ficar, Herms – Draco sentiu o coração apertar ao ver os olhos de Hermione ficar marejados. – Você não tem como me acompanhar, pois está gravida...
- Grávida, não invalida!
- Eu sei que você não é uma invalida, Hermione. – Draco sentou-se na cama, apoiando a cabeça nas mãos. – Só que você está no último trimestre da gravidez. É perigoso viajar.
- Até quando eu ficarei presa?
Hermione levantou-se da cama, tirou a blusa de Draco, jogando-a em um canto qualquer do quarto. Entrou no closet, escolheu a esmo um vestido de verão e o colocou. Ainda sentia-se inchada da noite anterior, escolheu o chinelo mais confortável, mas do mesmo jeito sentiu-o apertado nas laterais. Por um momento, pensou em arremessá-los, mas isso só demonstraria o quão descontrolada estava nos últimos dias.
Ainda com a cabeça apoiada nos cotovelos, Draco escutou a esposa fechar a porta do closet e em seguida sair do quarto. Havia pensando por dias a fio em como seria a conversa, como iria abordar Hermione e fazê-la entender que ela não poderia ir! Havia conversado com o obstetra alguns dias atrás, e ele havia lhe dito que viagens no último trimestre da gravidez deveriam ser evitadas a qualquer custo.
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Com certo custo, devido ao ventre avantajado, Hermione ajoelhou-se no chão e começou a arrancar algumas ervas-daninhas que haviam aparecido entre os temperos. Após finalizar o quarto do bebê, passou a se dedicar a plantação de condimentos, algo que aprendera quando era pequena. Ajudava a conter o nervosismo e a permitia estar mais perto da natureza e de Toy, que passava a maior parte do dia correndo pelos enormes jardins.
Ao longe viu Draco caminhando em sua direção. Não queria conversar com ele, não estava preparada para ouvi-lo dizer que partiria dentro de alguns dias. Sabia que ele sempre teria esse tipo de obrigação, mas não acreditou que continuasse a cumpri-las quando o bebe estava para nascer.
- O que você está fazendo?
- Se você passasse mais tempo em casa, descobriria que ando me dedicando ao jardim.
- Herms...
Com um pouco de dificuldade, Hermione colocou-se em pé, para encarar o marido.
- Falei alguma mentira? – questionou ela colocando as mãos na cintura. – Você já pensou na possibilidade de não estar aqui quando o bebê nascer?
Deixando os ombros caírem, Hermione notou que Draco sequer havia pensado nessa possibilidade. E pelo que havia entendido, as chances de Draco não estarem com ela no momento em que Alexander viesse ao mundo eram grandes. Havia tantas pessoas que poderiam fazer o papel de Draco, mas a Rainha havia escolhido ele, seu marido, mesmo sabendo que dali para frente poderia dar a luz a qualquer momento.
O nome de Catherine surgiu na mente de Hermione como um baque. Há alguns meses atrás, a futura Rainha havia aparecido em sua casa para lhe confrontar. Mas as palavras que proferira antes de sair da biblioteca retumbavam, agora, na mente de Hermione como se tivessem sido ditas alguns instantes atrás.
“Ela vai apreciar, tenho certeza que ele será de muita serventia durante a comemoração do Jubileu de Diamantes.”.
- Agradeça a mulher maravilhosa, e por quem você ainda deve suspirar, por essa situação Malfoy. – as palavras de Hermione eram como navalhas. – Catherine fez um favor para você. Ela mesma se ocupou de garantir que você não estivesse aqui nos próximos meses.
- Do que é que você está falando? – Draco segurou Hermione pelos ombros, seus olhos estavam fixos no da esposa. – De onde você tirou a ideia de que eu suspiro pela Catherine?
- Nunca foi segredo para mim e nem para ninguém, que Catherine foi a única mulher que você amou, Draco. – a voz de Hermione era um murmúrio. – Ela deixou bem claro o quanto você gosta de mulheres esbeltas.
- Hermione...
- Me deixe sozinha, Draco. Por favor.
Com um leve puxão, Hermione desprendeu-se dos braços de Draco e voltou a abaixar-se, para terminar de retirar as ervas que estavam prejudicando os temperos que havia plantado alguns dias atrás. Viu Draco sair de perto, caminhando a passos rápidos para dentro da casa. O que ele iria fazer não lhe interessava naquele momento, só queria um momento a sós. Toy aproximou-se, batendo o fucinho na mão da dona.
- Não estou triste, Toy.
O cachorro olhou para Hermione significativamente, até ele parecia saber que aquilo era uma grande mentira. Tirou a ultima planta indesejada do meio dos temperos e colocou em um saquinho onde estava juntando todas as ervas-daninhas. Iria pedir para alguém fazer adubo com aquelas plantas. Serviriam para alguma coisa. Levantou-se do chão, com as mãos, tirou o excesso de terra das roupas.
- Faça alguma coisa com essas plantas. Acredito que sirva de adubo. – disse Hermione entregando o saco para o jardineiro.
Andou pela propriedade por algum tempo com Toy sempre ao seu lado. Entrara em cada local, observara tudo com interesse. Gostava de conferir se as pequenas coisas estavam como ela gostava. Havia arrumado alguns enfeites de jardim, solicitado ao jardineiro que plantasse algumas rosas em um canto esquecido da enorme propriedade.
A tarde começou a cair, mas o calor não parecia ceder de maneira nenhuma. Fazia muitos anos que não via um calor como aquele em Londres. As nuvens de chuva, tão típicas, haviam sumido do céu, danto espaço para um sol sempre brilhante.
- O que você acha de um banho de piscina? – Hermione acariciou a cabeça do cachorro enquanto caminhava para piscina aquecida. – Não me anda sobrando muito tempo para esse tipo de coisa, sabe? Você sabe que quem vai tomar esse banho sou eu e não você, certo?
O cachorro levantou uma das orelhas e continuou seguindo Hermione de perto. Ao entrar no recinto, o bafo morno do aquecimento da piscina atingiu o rosto da castanha. Olhou ao redor, não havia ninguém por perto e nem câmeras. Tirou as peças de roupa, jogando-as em um canto. Tirou a calcinha e o sutiã, e jogou-os em direção a pilha de roupas. Caminhou até a escada e colocou um dos pés na água. Estava morna como deveria.
Ao sentir a água cobrindo até o pescoço, permitiu relaxar. Sentiu que o inchaço melhorava ao longo dos minutos. A água estava se tornando uma boa aliada ao longo da gravidez, naqueles minutos que passava ali, sentia seu corpo leve, até o bebê parecia ficar calmo. Os últimos dias quase não havia conseguido dormir, Alexander mexia-se o tempo inteiro, parecia dormir só quando Hermione entrava na piscina.
Apesar do aparente distanciamento de Catherine, Hermione parecia ainda mais tensa. A duquesa tinha razão ao falar que Draco gostava de mulheres esbeltas, altas e loiras. E ela? Jamais fora alta, ou loira, e no momento seu corpo lembrava uma grande melancia com pernas e braços. Iria conversar com Draco assim que o encontrasse, não havia sido justa ao falar aquelas coisas para ele. Para ele, aquele casamento não era composto de sentimentos. Hermione arfou para conter as lágrimas, o amor dela deveria bastar para o casamento, precisava que bastasse.
Horas mais tarde, Hermione olhou-se no espelho. A camisola que antes era de seda, havia sido substituída por uma de algodão. Até suas calcinhas de renda, que eram o prazer de Draco, haviam sido aposentadas, só podia usar as de algodão. Olhou pelo quarto, nenhum sinal de Draco, nem sequer um bilhete. Abriu o closet, suas roupas estavam intactas, nenhuma faltando, o marido deveria estar no escritório, mas depois da breve discussão não se achava no direito de ir incomodá-lo. Sentiu-se repentinamente culpada, ele havia tirado aquele dia de folga para ficar com ela.
O relógio marcou dez e meia da noite quando Hermione cansou de esperar. Ajeitou-se em meios aos lençóis e pegou o livro que estava lendo, deixava-o na cabeceira da cama. Tinha adquirido a mania de ler alguma coisa antes de dormir com o seu pai, há muitos anos atrás. Pegou os óculos de grau, e o pousou no nariz, iria esperar Draco lendo.
Horas depois Draco entrou no quarto, levemente embriagado. Há quanto tempo não bebia daquele jeito? Ficara horas e horas preso em seu escritório, bebendo um uísque que pertencera a seu pai. As palavras de Hermione ressoavam em sua cabeça, como se acabasse de escutá-las. Nada do que ela havia dito era mentira, com exceção da parte em que ela pressupunha que ele ainda suspirava por Catherine Middleton. Será que Hermione não conseguia perceber o quanto ele era apaixonado por ela? Fazia semanas que ele não passava o dia com ela, e naquele dia que ele finalmente havia conseguido, Hermione cuspira tudo o que estava entalado. Ela estava certa, a única coisa que ela cobrava era sua presença, sua atenção. Aproximou-se da cama, precisava conversar com ela, precisava dizer o quanto a amava, o quanto ela era importante para ele.
- Herms...
A respiração de Hermione era calma, o livro que ela estivera lendo estava caído em seu colo, enquanto os óculos estavam em uma posição estranha sobre o nariz. Draco suspirou, era a primeira vez, em muitas semanas que não a via dormindo com tal tranquilidade. Ela estava sempre agitada, e muitas vezes passava algumas horas em claro. O bebê... Draco sorriu, Alexander não parecia querer dar sossego. Talvez até a agitação do bebê fosse culpa de sua maldita ausência nos últimos tempos.
Tirou o livro das mãos de Hermione, marcando a página a qual a qual a castanha havia parado, aparentemente. Colocou-o no criado mudo. Fez a mesma coisa com os óculos, guardando-o dentro da caixinha. Draco teve que segurar para não rir ao lembrar-se do dia em que Hermione pegará seus óculos completamente mastigados, nunca havia visto-a tão brava com Toy como naquele dia. Tirou a fina coberta que a cobria, e a ajeitou melhor que pode, visto seu estado de embriaguez.
Por longos minutos, ou quem sabe horas, Draco ficou observando Hermione dormir de uma poltrona que ele havia puxado, até que ficasse perto o suficiente para ele ver cada detalhe do rosto da esposa. Algumas vezes fora capaz de ver Alexander mexer-se dentro do ventre de Hermione. Por fim, o sono parecia, em fim, estar chegando. Jogou os sapatos, tirou a camisa e a calça, jogando-as em qualquer canto também. Deu a volta na cama, afastou os lençóis e deitou-se devagar o suficiente para não movimentar muito a cama. Ela virou-se, ficando de costas para ele. E novamente, o impulso venceu Draco, como todas as noites, ele envolveu o ventre da esposa, deixando sua mão pousar no ventre distendido que abrigava o primeiro de muitos filhos que ele gostaria de ter com ela.
Comentários (13)
Oie!Finalmente retomei a leitura dessa fic! Começei a ler ela, mas parei. Aí recomeçei a ler ela, mas no Nyah! Mas agora vou acompanhar direitinho!Amo essa fic! Então, please, posta logo!Bjs!
2013-06-29Caralho amiga! Posta mais DIVA! Tá perfeeeeeeeeito! To amando! Conta logo que ama ela seu bobo! Bebeu pra que? Podendo amá-la na piscina a tarde toda? OMG! <3
2013-06-28Oooiii !!! Adorei o capítulo .... Será que alguém irá tentar fazer algo para a Hems quando o Alec nascer? ?? Desejo a ti melhoras ...... fique boa para continuar a escrever .... Bjo*-*
2013-06-17ai meu DEUS que lindo... fiquei muito emocionada com esse capitulo querida, parabéns... espero que vc continue com esse maravilhoso dom para escrever, não nos deixe tanto tempo aflitas assim por novos capitulos.li que a fic vai virar um livro, serei uma das suas fãns e vou querer o meu autografado... continue aquecendo nossos corações... escreva. GARANTO A VC QUE DEUS TE ABENÇOARA E VC VAI GANHAR MUITO DINHEIRO COM ISSO. pois o dom vc ja tem flor... bjs jac
2013-06-16Amei, meninas!Beijão!
2013-06-16Cap lindo, e a ansiedade pelo "eu te amo" tá maior! hahahha
2013-06-15Fala logo que ama ela caranba! Que cara enrrolão!E esse bebe que n nasce logo? eu quero que ele nasca mhhh (manha aqui) :-(
2013-06-15devo dizer que Hermione fez papel de idiota,em vez de aproveitar o dia com um marido amoroso e lindo,ela preferiu brigar,é assim que começa um divorcio,bem pensado Hermione,affffffffffff
2013-06-15Cada vez mais linda..E cara, "eu te amo" não tem hora. Draco bobo.Alexander, belo nome!
2013-06-15fiquei tão feliz qndo abri o Fb e vi que vc tinha postado :) Ameeei esse capítulo um dos mais fofos da fic, até chorei de pena da Mione *.* . Alguém avisa pro Draco que não existe hora certa pra falar "eu te amo" pelor amor de Deus fala isso logo, to ficando nervosa com isso!!!
2013-06-15