A Seleção



 


A porta abriu-se de chofre. E apareceu uma bruxa alta de cabelos negros e veste verde-esmeralda. Tinha o rosto muito severo e o primeiro pensamento de Harry foi que era uma pessoa a quem não se devia aborrecer.


 


– A tia Miny – falou Sirius e James sorrindo.


– vocês não podem ter um pouco de respeito a uma professora – falou Lilian.


– mais temos meu lírio, mais gostamos muito da professora, por isso que a chamamos assim – falou Tiago serio.


 


–Alunos do primeiro ano, Professora Minerva McGonagall informou Hagrid.


–Obrigada Hagrid. Eu cuido deles daqui em diante.


 


Ela escancarou a porta. O saguão era tão grande que teria cabido à casa dos Dursley inteira dentro. As paredes de pedra estavam iluminadas com archotes flamejantes como os de Gringotes, o teto era alto demais para se ver, e um a um subiram a imponente escada de mármore em frente que levava aos andares superiores.


 


– ai que emoção! Eu me lembro na primeira vez que eu subir as escadas – falou Remo feliz.


– eu também lembro, estava tão nervosa- falou Lene sorrindo.


– quem não ficaria nervoso – falou Snape.


– verdade, ainda mais aqueles que nunca ouviram sobre nos, descobrir que e uma bruxo ou bruxa- falou Lilian emocionada.


 


Eles acompanharam a Professora Minerva pelo piso de lajotas de pedra. Harry ouviu o murmúrio de centenas de vozes que vinham de uma porta á direita, o restante da escola já devia estar reunido.


Mas a Professora Minerva levou os alunos da primeira série a uma sala vazia ao lado do saguão. Eles se agruparam lá dentro, um pouco mais apertados do que o normal, olhando, nervosos, para os lados.


 


– Merlin! eles deve esta uma pilha de nervos não e mesmo – falou Alice.


– quem não estaria – falou todos juntos.


 


Bem-vindos a Hogwarts disse a Professora Minerva. O banquete de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco, mas antes de se sentarem às mesas, vocês serão selecionados por casas. A seleção é uma cerimônia muito importante porque, enquanto estiverem aqui sua casa será uma espécie de família em Hogwarts. Vocês assistirão a aulas com o restante dos alunos de sua casa, dormirão no dormitório da casa e passarão o tempo livre na sala comunal. As quatro casas chamam-se Grifinoria, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina.


 


– espero que meu filho não vá para sonserina – falou James.


– voce tem preconceito com os Sonserinos – falou Severo.


– coisa feia, não e por que são Sonserinos eles não vão ser ruins – falou Lilian.


– o que você acha Lilian, e na sonserina que tem os comensais – falou Sirius.


– o meu Neville, pode ir para qualquer casa menos a sonserina – falou Alice.


 


Cada casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários. Enquanto estiverem em Hogwarts os seus acertos renderão pontos para sua casa, enquanto os erros a farão perder. No fim do ano, a casa com o maior numero de pontos receberá a Taça da Casa, uma grande honra. Espero que cada um de vocês seja motivo de orgulho para a casa a qual vier a pertencer. A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam.


Sempre o mesmo discurso - disse Sirius. Todos riram.


O olhar dela se demorou por um instante na capa de Neville, que estava afivelada debaixo da orelha esquerda, e no nariz sujo de Rony, Harry nervoso, tentou achatar os cabelos.


 


Desiste isso é impossível eles riram


 


Voltarei quando estivermos prontos para receber vocês disse a Professora Minerva. Por favor, aguardem em silêncio.


E se retirou da sala. Harry engoliu em seco.


Mas como é que eles selecionam a gente para as casas? Harry perguntou a Rony.


Devem fazer uma espécie de teste, acho. Fred diz que dói à cabeça, mas acho que estava brincando. todos riram.


O coração de Harry deu um pulo terrível. Um teste? Na frente da escola toda? Mas ele ainda nem conhecia mágica nenhuma, que diabo teria que fazer? Não previra nada do gênero assim logo na chegada. Olhou à volta, ansioso, e viu que os outros também pareciam apavorados. Ninguém falava muito a não ser Hermione, que cochichava muito depressa todos os feitiços que aprendera, sem saber o que precisaria mostrar. Harry fez força para não escutar o que ela dizia. Nunca se sentira tão nervoso, nunca, nem mesmo quando tivera que levar um boletim escolar para os Dursley dizendo que, não sabiam como, ele fizera a peruca do professor ficar azul.


Uau eles disseram juntos


Deve estar muito nervoso mesmo disse Lilian


Ele manteve os olhos grudados na porta. A qualquer segundo agora a Professora Minerva voltaria e o conduziria ao seu triste fim.


Que auto estima em falou Alice todos concordaram


É apenas o começo falou Lilian todos concordaram Remo continuou


Então aconteceu uma coisa que o fez pular bem uns trinta centímetros no ar, várias pessoas atrás dele gritaram.


Que di... todos riram.


Ele ofegou. E as pessoas à sua volta também. Uns vinte fantasmas passaram pela parede dos fundos. Brancos-pérola e ligeiramente transparentes, eles deslizaram pela sala conversando e entre si, mal vendo os alunos do primeiro ano. Pareciam estar discutindo. O que lembrava um fradinho gorducho ia dizendo:


Perdoar e esquecer eu diria, vamos dar a ele uma segunda chance...


Pirraça eles disseram juntos rindo


Meu caro Frei, já não demos a Pirraça todas as chances que ele merecia? Ele mancha a nossa reputação e, você sabe, ele nem ao menos é um fantasma. Nossa, o que é que essa garotada está fazendo aqui?


Um fantasma, que usava uma gola de rufos engomados e meiões, de repente reparou nos alunos do primeiro ano.


Ninguém respondeu.


Alunos novos! disse o frei Gorducho, sorrindo para eles.


Estão esperando para ser selecionados, imagino?


Alguns garotos confirmaram com a cabeça, mudos.


Espero ver vocês na Lufa-Lufa! falou o frei. A minha casa antiga, sabe?


Vamos andando agora disse uma voz enérgica. A Cerimônia de Seleção vai começar.


Aleluia eles disseram juntos


A Professora Minerva voltara e um a um os fantasmas saíram voando pela parede oposta.


Agora façam fila e me sigam.


Sentindo-se pouco à vontade como se suas pernas tivessem virado chumbo, Harry entrou na fila atrás de um garoto de cabelos cor de palha e na frente de Rony, e todos saíram da sala, tornaram a atravessar o saguão e as portas duplas que levavam ao Grande Salão.


Harry jamais imaginara um lugar tão diferente e esplêndido era iluminado por milhares de velas que flutuavam no ar sobre quatro mesas compridas, onde os demais estudantes já se encontravam sentados. As mesas estavam postas com pratos e taças douradas. No outro extremo do salão havia mais uma mesa comprida em que se sentavam os professores. A Professora Minerva levou os alunos de primeiro ano até ali, de modo que eles pararam enfileirados diante dos outros, tendo os professores às suas costas.


As centenas de rostos que os contemplavam pareciam lanternas fracas à luz trêmula das velas. Misturados aqui e ali aos estudantes, os fantasmas brilhavam como prata envolta em névoa.


Principalmente para evitar os olhares fixos neles, Harry olhou para cima e viu um teto aveludado e negro salpicado de estrelas. Ouviu Hermione cochichar:


É enfeitiçado para parecer o céu lá fora li em Hogwarts, uma história.


–Não é preciso ler pra saber o que é obvio - disse Sirius todos reviraram os olhos Remo continuou


Era difícil acreditar que havia um teto ali e que o Salão Principal simplesmente não se abria para o infinito.


Harry baixou depressa os olhos quando a Professora Minerva silenciosamente colocou um banquinho de quatro pernas diante dos alunos do primeiro ano. Em cima do banquinho ela pôs um chapéu pontudo de bruxo. O chapéu era remendado esfiapado e sujíssimo. Tia Petúnia não teria permitido que um objeto nessas condições entrasse em casa.


Talvez tivessem que tentar tirar um coelho de dentro dele, Harry pensou delirando, parecia apropriado, reparando que todos no salão agora olhavam para o chapéu, ele olhou também. Por alguns segundos fez-se um silêncio total. Então o chapéu se mexeu. Um rasgo junto à aba se abriu como uma boca e o chapéu começou a cantar:


Ah, você podem me achar pouco atraente,


Mas não me julguem só pela aparência


Engulo a mim mesmo se puderem encontrar


Um chapéu mais inteligente do que o papai aqui.


Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos,


Suas cartolas altas de cetim brilhoso


Porque sou o Chapéu Seletor de Hogwarts.


E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu.


Não há nada escondido em sua cabeça


Que o Chapéu Seletor não consiga ver,


Por isso é só me porem na cabeça que vou dizer


Em que casa de Hogwarts deverão ficar


Quem sabe sua morada é a Grifinória,


Casa onde habitam os corações indômitos.


Ousadia e sangue-frio e nobreza


Destacam os alunos da Grifinória dos demais,


Quem sabe é na Lufa-Lufa que você vai morar,


Onde seus moradores são justos e leais


Pacientes, sinceros, sem medo da dor,


Ou será a velha e sábia Corvinal


A casa dos que têm a mente sempre alerta,


Onde os homens de grande espírito e saber


Sempre encontrarão companheiros seus iguais,


Ou quem sabe a Sonserina será a sua casa


E ali estejam seus verdadeiros amigos,


Homens de astúcia que usam quaisquer meios


Para atingir os fins que antes colimaram.


Vamos, me experimentem! Não devem temer!


Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos!


(Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos)


Porque sou único, sou um Chapéu Pensador!


Eles aplaudiram


O salão inteiro prorrompeu em aplausos quando o chapéu acabou de cantar. Ele fez uma reverência para cada uma das quatro mesas e em seguida ficou muito quieto outra vez.


Então só precisamos experimentar o chapéu! Cochichou Rony a Harry. Vou matar o Fred, ele não parou de falar numa luta contra um trasgo.


–Nunca fariam alunos do primeiro ano lutar com trasgos -disse Minerva todos concordaram


Harry deu um sorriso sem graça. É experimentar um chapéu era bem melhor do que precisar fazer um feitiço, mas desejou que pudessem ter experimentado o chapéu sem toda aquela gente olhando. O chapéu parecia estar pedindo muito, Harry não se sentia corajoso nem inteligente nem qualquer outra coisa naquele momento. Se ao menos o chapéu tivesse mencionado uma casa para gente que se sentia meio nervosa, quem sabe teria sido a sua casa.


 


– ele esta nervoso, que ficar se desmerecendo – falou James triste.


– não quero que ele fique assim James – falou Lilian deixando cair lagrimas.


 


A Professora Minerva então se adiantou segurando um longo rolo de pergaminho.


Quando eu chamar seus nomes, vocês porão o chapéu e se sentarão no banquinho para a seleção. Ana Abbott!


Uma garota de rosto rosado e marias-chiquinhas louras saiu aos tropeços da fila, pôs o chapéu, que lhe afundou direto até os olhos, e se sentou. Uma pausa momentânea...


LUFA-LUFA! anunciou o chapéu.


A mesa à direita deu vivas e bateu palmas quando Ana foi se sentar à mesa da Lufa-Lufa. Harry viu o fantasma do fradinho Gorducho acenar alegremente para ela.


Susana Bones!


LUFA-LUFA! Anunciou o chapéu outra vez, e Susana saiu depressa e foi se sentar ao lado de Ana.


Teo Boor!


CORVINAL!


 


– meu Merlin como demora o meu afilhado ser chamado – falou Sirius.


 


Desta vez foi a segunda mesa à esquerda que aplaudiu, vários alunos da Corvinal se levantaram para apertar a mão de Teo quando o menino se reuniu a eles.


Mádi Brocklehurst foi para a Corvinal também, mas Lilá Brown foi a primeira a ser escolhida para a Grifinoria e a mesa na extrema esquerda explodiu em vivas, Harry viu os irmãos gêmeos de Rony assobiarem.


Mila Bulstrode se tornou uma Sonserina. Talvez fosse a imaginação de Harry, mas depois de tudo que ouvira sobre a Sonserina, achou que eles formavam um grupo de aparência desagradável.


 


– quem ainda não sabe disso – falou Remo.


– que isso gente – falou Marlene


– desculpa gente só eles são muito mal – falou James olhando para Snape.


– lembram o que foi se dito antes para ninguém jugar as outras pessoas antes de termina os sete livros – falou Alice e Lilian.


 


Estava começando a se sentir decididamente mal agora.


Lembrou-se da seleção para os times, nas aulas de esporte de sua velha escola. Sempre fora o último a ser escolhido, não porque não fosse bom, mas porque ninguém queria que Duda pensasse que gostavam dele.


 


– Meu filhinho - disse Lilian deixando escorrer uma lágrima.


– eu te prometo que agente vai muda isso minha amiga – falou Marlene.


– e Lily vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance – falou Alice.


 


Justino Finch-Fletchlev!


LUFA-LUFA!


Às vezes, Harry reparou, o chapéu anunciava logo o nome da casa, mas outras levava um tempo para se decidir.


Simas Finnigan, o menino de cabelos cor de palha ao lado de Harry na fila, passou sentado no banquinho quase um minuto, antes de o chapéu anunciar que iria para a Grifinoria.


Hermione Granger!


Hermione saiu quase correndo até o banquinho e enfiou o chapéu, ansiosa.


GRIFINÓRIA! anunciou o chapéu. Rony gemeu. eles riram.


 


– acho que esses dois ainda vão brigar muito – falou Frank.


– e mais eles parecem que vão ficar juntos – falou Snape.


– nossa pela primeira vez eu concordo com o ranhoso – falou James.


 


Um pensamento horrível ocorreu a Harry, como fazem os pensamentos horríveis quando a pessoa está nervosa. E se ele não fosse escolhido? E se ficasse ali sentado com o chapéu na cabeça cobrindo seus olhos durante um tempão, até a Professora Minerva arrancá-lo de sua cabeça e dizer que obviamente houvera um engano e era melhor ele pegar trem de volta?


– o chapéu nunca faria isso, ele sempre acha a casa certa – falou Minerva.


– todos concordaram


Quando Neville Longobottom,


 


– meu filhote, que lindo nome e Neville Longobottom – falou Alice.


– parabéns amiga – falou Marlene.


 


O menino que não parava de perder o sapo, foi chamado, levou um tombo a caminho do banquinho.


 


– ele e um pouquinho atrapalhado – falou Remo.


– meu bebe - disse Alice triste.


 


O chapéu demorou muito tempo para se decidir sobre Neville. Quando finalmente anunciou "GRIFINÓRIA", eles comemoraram. Neville saiu correndo com o chapéu na cabeça, e teve de voltar em meio a uma avalanche de risadas para entregá-lo a Morag MacDougal.


Malfoy se adiantou, gingando, quando chamaram seu nome e teve seu desejo realizado imediatamente, o chapéu mal tocara sua cabeça quando anunciou:


 


– SONSERINA eles disseram juntos rindo.


– tomara que ele não seja igual aos pais, mais pelo que parece deve ser né – falou Sirius.


 


SONSERINA!


Faltava pouca gente agora.


Moon..., Nott..., Parkinson..., depois duas gêmeas, Patil e Patil..., depois Perks, Sara... E então, finalmente...


 


– Harry Potter eles disseram juntos


– ainda bem – falou Sirius.


 


Harry Potter!


Quando Harry se adiantou, correu um burburinho por todo o salão como um fogo de rastilho.


Potter, foi o que ela disse?


O Harry Potter? Eles riram


A última coisa que Harry viu antes de o chapéu lhe cair sobre os olhos foi um salão cheio de gente se espichando para lhe dar uma boa olhada. Em seguida só viu a escuridão dentro do chapéu.


Difícil. Muito difícil. Bastante coragem vejo. Uma mente nada má. Há talento, há, minha nossa, uma sede razoável de se provar. Ora isso é interessante... Então onde vou colocá-lo?


 


– ele e tão corajoso – falou Lilian feliz.


 


Harry apertou as bordas do banquinho e pensou "Sonserina não, Sonserina, não".


– Sonserina não eles disseram juntos


– por favor, qualquer casa menos Sonserina – falou James.


 


Sonserina não, hein? disse a vozinha. Tem certeza? Você poderia ser grande, sabe, está tudo aqui na sua cabeça, e a Sonserina lhe ajudaria a alcançar essa grandeza, sem dúvida nenhuma, não? Bem, se você tem certeza, ficará melhor na GRIFINÓRIA!


 


– ebaaa – falou James dançando do jeito doido.


– Feito eles disseram juntos


– Sabia quer ia pra Grifinoria disse Lilian todos concordaram


Harry ouviu o chapéu anunciar a última palavra para todo o salão. Tirou o chapéu e se encaminhou trêmulo para a mesa de Grifinoria. Sentia tanto alívio por ter sido selecionado e ter escapado de Sonserina, que nem reparou que estava recebendo a maior ovação da cerimônia. uau eles disseram Percy, o Monitor, se levantou e apertou sua mão com energia, enquanto os gêmeos Weasley gritavam"Ganhamos Potter! Ganhamos Potter!"


 


– todos riram.


 


Harry sentou-se defronte do fantasma com a gola de rufos que vira antes da cerimônia. O fantasma lhe deu uma palmadinha no braço, produzindo em Harry a sensação horrível e repentina de que acabara de mergulhar num balde de água gelada.


Ai, por que eles sempre fazem isso – falou Sirius.


Agora ele via bem a Mesa Principal. Na extremidade mais próxima sentava-se Rúbeo Hagrid, cujo olhar encontrou o seu e lhe fez um sinal de aprovação. Harry retribuiu o seu sorriso. E ali, no centro da Mesa Principal, em um cadeirão dourado, encontrava-se Alvo Dumbledore. Harry o reconheceu imediatamente pela figurinha que tirara no sapo de chocolate comprado no trem. Os cabelos prateados de Dumbledore eram a única coisa no salão inteiro que brilhava tanto quanto os fantasmas. Eles riram


Harry viu o Professor Quirrell também, o rapaz nervoso do Caldeirão Furado. Parecia muito extravagante num grande turbante púrpura.


E agora só faltavam três pessoas para serem selecionadas. Lisa Turpin virou uma Corvinal e depois foi a vez de Rony. A essa altura ele estava branco-esverdeado. Harry cruzou os dedos sob a mesa para dar sorte e um segundo depois o chapéu anunciou GRIFINÓRIA!


Harry bateu palmas bem alto como os demais quando Rony se largou numa cadeira a seu lado.


Muito bem, Rony excelente disse Percy Weasley pomposamente por cima de Harry na mesma hora em que Blás Zabini era mandado para a Sonserina. A Professora Minerva enrolou o pergaminho e recolheu o Chapéu Seletor.


Harry baixou os olhos para o prato dourado e vazio diante dele.


Acabara de perceber como estava faminto. As tortinhas de abóbora pareciam ter sido comidas havia anos.


 


– o banquete vai lhe dar uma surpresa e tanto – falou Remo.


– todos concordaram.


 


Alvo Dumbledore se levantara. Sorria radiante para os estudantes, os braços bem abertos, como se nada no mundo pudesse ter-lhe agradado mais do que vê-los todos reunidos ali.


Sejam bem-vindos! disse. Sejam bem-vindos para um novo ano em Hogwarts! Antes de começarmos nosso banquete, eu gostaria de dizer umas palavrinhas: Pateta! Chorão! Desbocado! Beliscão! Obrigado. eles riram


E sentou-se. Todos bateram palmas e deram vivas. Harry não sabia se ria ou não.


Ele é... Um pouquinho maluco? perguntou incerto, a Percy.


– todos gargalharam


– é muitos acham isso - disse Dumbledore


– todos riram


– eu perguntei a mesma coisa quando fui selecionado disse James.


– vocês são idênticos em tudo em – falou Frank.


Maluco? disse Percy despreocupado. ele é um gênio! O melhor bruxo do mundo! Mas é um pouquinho maluco, sim.


Batatas, Harry?


O queixo de Harry caiu. Os pratos diante dele agora estavam cheios de comida. Ele nunca vira tantas coisas que gostava de comer em uma mesa só: rosbife, galinha assada, costeletas de porco e de carneiro, pudim de carne, ervilhas, cenouras, molho, ketchup e, por alguma estranha razão, docinhos de hortelã.


 


– todos estavam felizes aparti daquele momento Harry teria uma vida mais digna.


 


Não é que os Dursley tivessem deixado Harry com fome, mas nunca lhe permitiram comer tanto quanto quisesse. Duda sempre tirava tudo que Harry realmente queria, mesmo que acabasse doente. Harry encheu o prato com um pouco de cada coisa exceto os docinhos e começou a comer. Estava tudo uma delícia.


Isto está com uma cara ótima disse o fantasma de gola de rufos observando, tristemente, Harry cortar o rosbife.


O senhor não pode...?


 


– claro que fantasma não come – falou Sirius.


– voce precisa ser um pouco mais sensível Black – falou Marlene.


Não como há quase quatrocentos anos explicou o fantasma. Não preciso, é claro, mas a pessoa sente falta. Acho que ainda não me apresentei? Cavalheiro Nicholas de Mimsy-Porpington às suas ordens. Fantasma residente da torre da Grinfinória.


 


– Nick quase sem cabeça eles disseram juntos.


 


Eu sei quem o senhor é! Disse Rony inesperadamente. Meus irmãos me falaram do senhor. O senhor é, o Nick Quase Sem Cabeça.


Eu prefiro que você me chame de cavalheiro Nicholas de Mimsy. O fantasma começou muito formal, mas o louro Simas Finnigan o interrompeu.


Quase Sem Cabeça? Como é que alguém pode ser quase sem cabeça?


Sir Nicholas parecia muitíssimo aborrecido, como se aquela conversinha não estivesse tomando o rumo que ele queria.


Assim disse com irritação. E agarrou a orelha esquerda e puxou. A cabeça toda girou para fora do pescoço e caiu por cima do ombro como se estivesse presa por uma dobradiça. Era óbvio que alguém tentara decapitá-lo, mas não fizera o serviço direito.


 


– que nojo, ele adora fazer isso quando pergunta isso – falou Alice.


 


Satisfeito com a cara de espanto dos garotos, Nick Quase Sem Cabeça empurrou a cabeça de volta ao pescoço, tossiu e disse:


Então, novos moradores da Grifinoria! Espero que nos ajudem a ganhar o campeonato das casas este ano! Grifinoria nunca passou tanto tempo sem ganhar a taça. Sonserina tem ganhado nos últimos seis anos! O barão Sangrento está ficando quase insuportável. Ele é o fantasma da Sonserina.


 


– todos nos esperamos por isso – falou Sirius.


– todos concordaram


 


Harry deu uma olhada na mesa de Sonserina e viu um fantasma horroroso sentado lá, os olhos vidrados, uma cara muito magra e vestes sujas de sangue prateado. Estava ao lado de Malfoy, que, Harry ficou contente de ver, não parecia muito satisfeito com a distribuição dos lugares.


 


– também to feliz disse Lilian todos Riram Remo continuou.


 


Como foi que ele ficou coberto de sangue? Perguntou Simas muito interessado.


Nunca perguntei respondeu Nick Quase Sem Cabeça, educadamente.


Depois que todos comeram tudo o que podiam, as sobras desapareceram dos pratos deixando-os limpinhos como no início.


Logo depois surgiram as sobremesas. Tijolos de sorvete de todos os sabores que se possa imaginar, tortas de maças, tortinhas de caramelo, bombas de chocolate, roscas fritas com geleia, bolos de frutas com calda de vinho, morangos, gelatinas pudim de arroz...


Quando Harry se serviu das tortinhas de caramelo, a conversa se voltou para as famílias.


Eu sou meio a meio disse Simas. Papai é trouxa. Mamãe não contou a ele que era bruxa até depois de casarem. Teve um choque horrível. Os outros riram.


E você, Neville? Perguntou Rony.


Bom, minha avó me criou e ela é bruxa,


 


– por que ele foi criado pela a vó – falou Marlene.


– o que será que aconteceu com vocês – falou Lilian triste.


– Isso só pode significar uma coisa vocês foram mortos Alice e Frank choraram


mas a família achou durante anos que eu era completamente trouxa. Meu tio-avô Algi vivia tentando me pegar desprevenido e me forçar a recorrer à magia. Ele me empurrou pela borda de um cais uma vez, eu quase me afoguei. Mas nada aconteceu até eu completar oito anos. Meu tio Algi veio tomar chá conosco e tinha me pendurado pelos calcanhares para fora de uma janela do primeiro andar, quando a minha tia-avó Enid lhe ofereceu um merengue e ele sem querer me deixou cair. Mas eu desci flutuando até o jardim e a estrada. Alice sorriu Todos ficaram realmente satisfeitos. Minha avó chorou de tanta felicidade. E vocês deviam ter visto a cara deles quando entrei para Hogwarts. Achavam que eu não era bastante mágico para entrar, entendem. Meu tio Algi ficou tão contente que me comprou um sapo.


Do outro lado de Harry, Percy e Hermione conversavam sobre as aulas.


Espero que elas comecem logo, tem tanta coisa para a gente aprender, estou muito interessada em Transfiguração, sabe, transformar uma coisa em outra, claro, dizem que é muito difícil, a pessoa começa aos poucos, fósforos em agulhas e coisas pequenas assim.


Harry, que estava começando a se sentir aquecido e cheio de sono, olhou outra vez para a Mesa Principal. Hagrid tomava um grande gole de sua taça. A Professora Minerva conversava com o Professor Dumbledore. O Professor Quirrell, com aquele turbante ridículo, conversava com um professor de cabelos negros e oleosos, nariz de gancho e pele macilenta.


Aconteceu muito de repente. O olhar do professor de nariz de gancho passou pelo turbante de Quirrell e se fixou nos olhos de Harry, e uma pontada aguda e quente correu pela testa de Harry.


Ai! Harry levou a mão à testa.


Que foi? Perguntou Percy.


N-nada.


 


– o que será que aconteceu – falou Snape.


 


A dor se foi com a mesma rapidez com que viera. Mais difícil foi se livrar da sensação que Harry teve sob o olhar do professor. Uma sensação de que ele não gostava nada de Harry.


– que professor sera esse – falou James.


 


Quem é aquele professor que está conversando com o Professor Quirrell? Perguntou a Percy.


Ah, você já conhece Quirrell é? Não admira que ele pareça tão nervoso, aquele é o Professor Snape.


– Sev voce e professor – falou Lilian.


– como o Snape chegou a professor disse Tiago


– vai ver as opções eram ruins – falou Sirius.


Ele ensina Poções, mas não é o que ele queria. Todo o mundo sabe que está cobiçando o cargo de Quirrell. Conhece um bocado as Artes das Trevas, o Snape.


– todos olharam pra Snape


– Esse é eu do futuro não se esqueçam – falou Snape.


Harry observou o professor por algum tempo, mas Snape não voltou a olhar em sua direção.


Finalmente, as sobremesas também desapareceram, e o Professor Dumbledore ficou de pé mais uma vez. O salão silenciou.


Hum... Só mais umas palavrinhas agora que já comemos e bebemos. Tenho alguns avisos de início de ano letivo para vocês. Os alunos do primeiro ano devem observar que é proibido andar na floresta da propriedade. E alguns dos nossos estudantes mais antigos fariam bem em se lembrar dessa proibição.


Os olhos cintilantes de Dumbledore faiscaram na direção dos gêmeos Weasley.


– gostei deles – falou Remo.


– e gostam de quebrar as regras completou Sirius


– todos reviraram os olhos


 


O Sr. Filch o zelador, me pediu para lembrar a todos que não devem fazer mágicas no corredor durante os intervalos das aulas. Os testes de Quadribol serão realizados na segunda semana de aulas. Quem estiver interessado em entrar para o time de sua casa deverá procurar Madame Hooch. E, por último, é preciso avisar que, este ano, o corredor do terceiro andar do lado direito está proibido a todos que não quiserem ter uma morte muito dolorosa.


Harry riu, mas foi um dos poucos que fez isso.


Ele não está falando sério! Cochichou a Percy.


– parece que Harry vai gostar de quebrar as regras igual voce James - disse Frank


– todos concordaram


 


Deve estar respondeu Percy franzindo a testa para Dumbledore. E estranho porque em geral ele sempre nos diz a razão porque somos proibidos de ir a algum lugar A floresta está cheia de animais selvagens, todo o mundo sabe disso. Acho que poderia ter dito aos monitores, pelo menos.


E agora, antes de irmos para a cama, vamos cantar o hino da escola! exclamou Dumbledore. Harry reparou que os sorrisos dos outros professores tinham amarelado.


Dumbledore fez um pequeno aceno com a varinha como se estivesse tentando espantar uma mosca na ponta e surgiu no ar uma longa fita dourada, que esvoaçou para o alto das mesas e se enroscou como uma serpente formando palavras.


Cada um escolha sua música preferida convidou Dumbledore e lá vamos nós!


E a escola entoou em altos brados:


 


– eles cantaram juntos


 


Hogwarts, Hogwarts, Hogwarts, Hogwarts,


Nos ensine algo por favor,


Quer sejamos velhos e calvos


Quer moços de pernas raladas,


Temos às cabeças precisadas


De idéias interessantes.


Pois estão ocas e cheias de ar,


Moscas mortas e fios de cotão.


Nos ensine o que vale a pena.


Faça o melhor, faremos o resto,


Estudaremos até o cérebro se desmanchar.


Todos terminaram a música em tempos diferentes. E por fim só restaram os gêmeos Weasley cantando sozinhos, ao som de uma lenta marcha fúnebre.


– eles riram


– que coisa esquisita – falou Marlene.


Dumbledore regeu os últimos versos com sua varinha e, quando eles terminaram, foi um dos que aplaudiram mais alto.


Ah, a música disse secando os olhos. Uma mágica que transcende todas que trazemos aqui! E agora hora de dormir.


Andando!


Os novos alunos de Grifinoria seguiram Percy por entre os grupos que conversavam, saíram do salão principal e subiram a escadaria de mármore. As pernas de Harry pareceram chumbo outra vez, mas só porque estava muito cansado e saciado. Estava cansado demais até para se surpreender que as pessoas nos retratos ao longo dos corredores murmurassem e apontassem quando eles passavam, ou que duas vezes Percy os tivesse conduzido por portais escondidos atrás de painéis corrediços e tapeçarias penduradas. Subiram outras tantas escadas bocejando e arrastando os pés, e Harry começou a se perguntar quanto ainda faltava para chegar quando de repente pararam.


Um feixe de bengalas flutuava no ar à frente deles, e quando Percy avançou um passo em sua direção, começaram a assaltá-lo.


Pirraça cochichou Percy para os alunos do primeiro ano. Um Poltergeist. E falou em voz alta Pirraça, calma.


Um som alto e grosseiro, como o ar escapando de um balão respondeu.


Quer que eu vá procurar o barão Sangrento?


Ouviram um estalo e um homenzinho com olhos escuros e maus e a boca escancarada apareceu, flutuando de pernas cruzadas no ar, segurando as bengalas.


Oooooooooh! disse com uma risada malvada. Calourinhos! Que divertido!


E mergulhou repentinamente contra eles. Todos se abaixaram.


Vá embora, Pirraça, ou vou contar ao barão, e estou falando sério! ameaçou Percy.


– ele só tem medo do barão sangrento – falou todos.


Pirraça estirou a língua e desapareceu, largando as bengalas na cabeça de Neville. Eles o ouviram partir zunindo, fazendo retinir os escudos de metal ao passar.


Vocês tenham cuidado como Pirraça recomendou Percy, quando retomaram a caminhada. O barão Sangrento é o único que consegue controlá-lo, ele não dá confiança aos monitores. Chegamos.


No finzinho do corredor havia um retrato de uma mulher muito gorda vestida de rosa.


Senha? pediu ela.


Cabeça de Dragão disse Percy e o retrato se inclinou para frente revelando um buraco redondo na parede. Todos passaram pelo buraco. Neville precisou de um calço. E se viram na sala comunal da Grifinória, um aposento redondo cheio de poltronas fofas.


Percy indicou às garotas a porta do seu dormitório e, aos meninos, a porta do deles. No alto de uma escada em caracol era óbvio que estavam em uma das torres encontraram finalmente suas camas, cinco camas com reposteiros de veludo vermelho-escuro.


As malas já haviam sido trazidas. Cansados demais para falar muito, eles enfiaram os pijamas e caíram na cama.


Comida de primeira, não foi? comentou Rony para Harry pelos reposteiros. Se manda, Perebas! Ele está roendo os meus lençóis.


Harry ia perguntar a Rony se ele provara as tortinhas de caramelo, mas adormeceu quase imediatamente.


Talvez Harry tivesse comido demais, porque teve um sonho muito estranho. Estava usando o turbante do Professor Quirrell, que não parava de conversar com ele, dizendo que devia se mudar para Sonserina imediatamente, porque era seu destino. Harry disse ao turbante que não queria ir para Sonserina, o turbante foi ficando cada vez mais pesado, Harry tentou tirá-lo, mas ele começou a apertar sua cabeça até doer e aí Malfoy apareceu, rindo do esforço dele. Depois Malfoy se transformou no professor de nariz de gancho, Snape, cuja gargalhada ecoou alta e fria, houve um clarão verde e Harry acordou, suado e trêmulo.


 


– por que ele só tem sonhos assim em – falou Alice.


– eu fico preocupada com isso – falou Lilian.


 


Mudou de posição e voltou a dormir, e quando acordou no dia seguinte, nem se lembrou que tinha sonhado.


 


Fim!!!


 


– meu bebe vai ser feliz em hogwarts tenho certeza disso – falou Lilian.


– tomara que ele não seja igual ao James, pois se não ele vai se mete em cada coisa – falou Sirius.


– todos concordaram rindo.

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