Capitulo 3



 


Após a chegada dos gêmeos, James e Lily Potter foram informados de uma estranha profecia, que punha em risco a vida dos seus pequenos filhos. James que já imagina do que a profecia se tratava, ainda conseguiu ficar assustado ao ouvir dos lábios do próprio Albus Dumbledores que ele era o ultimo parente vivo de ninguém menos que o Lord das Trevas. O velho diretor tentou explicar ao jovem casal como a hereditariedade magica funcionava, e o porquê desse fato ser tão importante. Ao que tudo indicava Voldemort viria atrás dos gêmeos pelo simples fato de que seria derrotado por alguém a qual possui-se o mesmo sangue que o seu. Ou seja, James e os filhos, mais outro fator importante que tanto as criança como o famoso Lord, eram mestiço, sendo um pai bruxo e outro trouxa, ou no caso de Lily, nascida-trouxa.


 


 


(...)


 


 


- Vocês ficaram escondidos ate conseguirmos derrotar o Lord das Trevas, até lá sua localização será mantida em segredo para todos com exceção do fiel designado. Aconselho-os a escolher muito bem quem será essa pessoa, pois nas mãos dela estará a segurança de sua família. – explicava Dumbledore ajeitando o seu delicado oclinhos de meia-lua enquanto encarava o casal a sua frente.


 


 


- Compreendo diretor. Mais ainda não sei aonde iremos ficar. Todos os locais que tenho em mente são de fácil acesso a Voldemort e sua corja, não tenho ideia de onde poderíamos nos esconder. – comenta Lily um tanto temerosa, pois não sabia aonde iria ficar com os filhos.


 


 


- James, meu caro. Se muito minha velha mente não se engana, sua falecida tia Meredith possuía uma pequena casa em Godric’s Hollow? – questiona Albus sondando o jovem bruxo.


 


 


- Correto tia Meredith, deixou a casa para minhas primas Lilá e Rose, mais ambas estão casadas e preferiram construir suas próprias residências. – responde James rapidamente ajeitando Ariana no seu colo que como sempre tinha o sono mais agitado.


 


 


- Você acha que suas primas se importariam, se você se abriga-se na antiga casa de sua tia? – pergunta Dumbledore tentando com isso achar uma saída para o jovem casal.


 


 


- Tenho certeza que não, mesmo não mantendo muito contato com minhas primas. Sei que nenhuma das duas se interessa pela residência de Godric’s Hollow. – explica James rapidamente.


 


 


- Então achamos o local para vocês se esconderem. Agora só lhes falta escolher o fiel. – comunica Dumbledore mais tranquilo ao ver que enfim achou uma saída para o jovem casal.


 


 


Os dois bruxos se olham e com um simples movimento confirmam que ambos pensavam na mesma pessoa para ser o fiel de seu segredo. E sem delongas revelam a Dumbledore quem seria o bruxo designado para isso.


 


 


- Sirius. – anuncia o jovem casal sorrindo ao falar do melhor amigo de ambos.


 


 


(...)


 


 


Após a escolha do fiel, tudo ocorria bem para os Potter com a única modificação de que Sirius não era mais o fiel de seu segredo, na ultima hora o herdeiro dos Black declinou do convite por julgar ser muito obvio para Voldemort e seus aliados que sendo o melhor amigo do casal bruxo Sirius saberia de sua localização. Foi com muito custo que o jovem consegue-se convencer James e Lily a escolherem outra pessoa que não fosse tão obvia. Os três passaram semanas discutindo quem seria a melhor pessoa, ate acharem o escolhido certo: Peter Pettigrew. Os dos antigos amigos de James e Sirius em seu tempo de Hogwarts, Peter sempre fora solitário e quieto, ou seja, seria a pessoa perfeita para tão alto ninguém jamais desconfiaria que dele.


 


 


(...)


 


 


31 de outubro de 1980


 


Era uma noite fria de outono e todas as crianças do pequeno povoado de Godric’s Hollow corriam alegremente pela rua. Como tradição o Halloween era motivo de agitação por entres os pequenos que se fantasiavam e saiam à rua atrás de doces ou travessuras.


 


 


Em meio a uma confusão de rostos infantis que sorriam e gritavam a cada casa visitada. Surge em meio à praça principal da cidade uma criatura estranha, vestida com um manto negro que o cobria por completo escondendo assim sua identidade. Com passo preciso o ser a qual ninguém dava importância segue em direção à rua principal passando por um pequeno exercito mirim de fadas, caubóis, palhaços e bruxinhas e seguindo em direção à velha casa de numero 85, localizada na exterminada da Rua Magnólia.


 


 


Uma casa pequena e delicada com um muro baixo pintado de branco, gramado verde, e próximo à varanda um pequeno jardim de flores silvestres tornando o lugar ainda mais encantador. Mais o bruxo que caminha agora de forma mais frenética pouco se importava com toda essa beleza.


 


 


(...)


 


 


O casal de bruxo sentava-se em frente à lareira para descansar, afinal ter gêmeos não era lá essas maravilhas que todos falavam. Ainda mais com um pai bobão como James que sempre fazia a vontade dos filhos. Lily já estava para ficar louca com o isolamento e as três crianças que tinha em casa (James era a terceira), mais a ruiva estava feliz com sua nova família. Claro que queria as coisas diferentes, a bruxa planejava criar os filhos num local mais calmo e feliz, sem o medo de que seriam mortos a qualquer momento. Mais não eram bem assim que as coisas estavam ocorrendo, depois de serem avisados por Dumbledore sobre a estranha profecia que envolvia os seus filhos, a ruiva e o marido tiveram que se esconder naquele pequeno povoado para assim manter os bebês a salvo.


 


 


- O que você tem Lils? – pergunta James acariciando os cabelos ruivos da esposa que estava com a cabeça repulsando em seu ombro esquerdo.


 


 


- Nada James, sou estou cansada. – responde a bruxa com o semblante triste.


 


 


- Eu lhe conheço há anos ruiva, sei melhor do que ninguém quando você está mentindo. – comunica o rapaz encarando a bruxa de olhos verde que o olhava de forma fixa.


 


 


- Não aguento mais viver assim, há meses que não saímos. Mal sabemos o que acontece-se lá fora. Nossos filhos só conhecem essas paredes, não mantemos contado com ninguém que conhecemos, nem mesmo minha irmã. Claro que Petúnia não quer nenhum tipo de aproximação da nossa espécie como ela mesma afirma. Me sinto tão mal em estar aqui presa. – se lamuria Lily, desabafando com o marido todas as suas tristezas.


 


 


- Lily você não sabe o quando desejo que isso tudo acabe. Sonho com o dia que iremos sair daqui e viver em paz com a criança. Mais ate Voldemort ser derrotado, não poderemos sair daqui e andar livremente sem ter aquele receio de que ele vira atrás dos nossos filhos. – explicava o bruxo confortando a esposa que chorava de forma silenciosa em seu peito.


 


 


- Eu não quero cria-los assim, nossos filhos merecem mais do que uma vida enclausurada. Não foi assim que sonhei cria-los. O que me faz sentir pior nisso tudo e olhar para eles e ver que ambos não conhecem nada, que não tem a mínima noção de como a vida deles e valiosa. – comentava a bruxa secando as lagrimas. – Outra coisa que me dói muito, e saber que James está enterrado aqui. A duas quadras de distancia e eu não posso ir ver meu filho.


 


 


- Isso também me dói, promete a mim mesmo que iria protegê-los de tudo e todos se fosse possível. Mais presos aqui à única coisa que posso fazer e ama-los como se fosse sempre o ultimo dia. Sei que Voldemort não ira desistir ate acha-los, e me sinto impossibilitado de ajuda-los, pois sei que se sairmos daqui estaremos dando eles de bandeja para aquele monstro. E enquanto a James não a com o que se preocupar, tenho certeza que aonde quer que ele esteja nosso filho está olhando por nós. Afinal ele está muito melhor do que nos dois nesse momento. – comenta o moreno dando um sorriso triste por esta vivendo toda essa situação.


 


 


O jovem nunca acreditou que teria que passar por tantas provações para ficar ao lado de Lily, mais se conformava em saber que ao final tudo seria resolvido nem que para isso tivesse que morrer para proteger a esposa e os gêmeos que agora dormiam tranquilo no quarto ao lado da sala. Mais como sempre o momento de harmonia do casal foi quebrado pelo choro de um dos bebês.


 


 


- Mini-Lily acordou! – brinca James ao reconhecer o choro de sua filha.


 


 


- Não sei o que você vê de mim nessa menina. Tirando os olhos, Harry e Ariana são idênticos a você, Potter. – resmunga a ruiva, indo para o quarto dos gêmeos.


 


 


Como em um timing perfeito no mesmo momento que Lily dera as costas para sala principal, a porta da mesma fora aberta abruptamente num baque estrondoso. E por ela surge a criatura a qual o jovem casal de bruxos vinha tentando se esconder nos últimos meses. James ainda tomado pela supressa não tem muitas chances contra o Lord das Trevas que ao ver o jovem empunhar a varinha lhe ataca.


 


 


- Lily, foge. – são as ultimas palavras proferidas por James Potter, antes que cair extático no chão, após ser atingindo pela maldição da morte lançada por Voldemort.


 


 


Enquanto isso a jovem bruxa adentra o quarto dos gêmeos que estavam chorando alto devido a todo o barulho causado no lado externo do quarto. A ruiva olhava para os filhos amedrontada, por não saber como escapar com eles daquele tormento. Lily lança um patrono em forma desesperada tentando inutilmente pedir ajuda.


 


 


‘Ele nós achou, preciso de ajuda’. – era a mensagem que a linda e delicada corça prateada iria transmitir aos membros da Ordem da Phoenix.


 


 


Após lança o patrono a ruiva pega os gêmeos no colo tentando acalma-los. Lily sempre teve um pouco de dificuldade em aparatar, e por esse motivo ainda tinha tentado essa alternativa para a fuga. Os gêmeos continuavam a chora de forma descontrolado o que deixava a jovem ainda mais nervosa.


 


Assim como havia ocorrido com a porta principal, a porta do quarto dos gêmeos fora arrombada num rompante por mais um dos feitiços lançado por Voldemort que olhava a jovem bruxa em desespero carregando os seus dois bebês.


 


 


- Vejam que maravilhosa supressa. Vim com o intuito de matar dois Potter e acabo por descobrir que são três. – questionava-se Voldemort em seu tom sarcástico.


 


 


- Como nós descobriu? – pergunta Lily, tentando com isso ganhar tempo.


 


 


- Tenho meus informantes, minha cara. – comunica o bruxo das trevas com seu sorriso perverso.


 


 


- O que você quer, porque esta atrás dos meus filhos? – interroga Lily já sabendo a verdade mais querendo ouvir isso dos próprios lábios do bruxo a sua frente.


 


 


- Ora minha cara, pensei que fosse mais inteligente do que isso. Severus fala tanto de você em como sua genialidade e acima da media e como você seria uma bruxa fenomenal ao meu lado como uma de minhas aliadas. – debocha Voldemort menosprezando os atributos de Lily.


 


 


- Sev. – sussurra Lily ao relembra o amigo de infância. – O mesmo Severus Snape que eu conheci quando mais nova? – questiona Lily com duvida em crê que seu ex-melhor amigo a havia mencionado para o Lord das Trevas.


 


 


- Sim, Severus tem muito apresso por você minha cara. E por ele ser um dos meus mais fieis súditos, irei poupar sua vida. – comunica o bruxo sem demonstrar nenhum tipo de sentimento. – Agora dei-me sei filhos. – ordenava Voldemort de forma autoritária.


 


 


- Não, nunca iria entregar meus filhos a você. – anuncia Lily demonstrando uma coragem que nem ela mesma sabia de onde havia surgido.


 


 


- Sua tola, promete a Severus que não iria mata-la, mais vejo que ele merece algo melhor do que sangue ruim imunda como você. – responde Voldemort indo para cima de Lily que ao ver que iria ser atingida por um feitiço vira-se de costa tentando assim proteger o seus filhos.


 


 


- Avada Kebrava – brada o bruxo lançado novamente a maldição da morte naquela noite.


 


 


Ao ver que Lily havia morrido Voldemort vira seu corpo para cima, para assim poder colocar as mãos em seu alvo principal, os dois pequenos bebês ainda estava assustados com todo o barulho que os cercavam. Com os olhos em fenda o bruxo sente-se irado ao ver que os gêmeos sobreviveram à maldição, e tomado pela fúria decide lança novamente o feitiço em cima das crianças que tanto lhe ameaçavam.


 


 


- Avada Kebrava. – falava Voldemort pela terceira vez àquela noite. Tentando assim por fim a seu tormento.


 


 


Mais diferente das outras duas vezes, algo estranho aconteceu, a luz verde que sairá de sua varinha não conseguira tocar em nenhum dos dois irmãos. Um pequeno escudo em tom dourado surgira no exato momento em que a maldição da morte fora lançada contra eles. Voldemort assistira extático, a maldição bater no escudo e ricochetear contra o seu débil corpo, que após diversas mutações ocorridas nos últimos anos não fora capaz de suporta tão feitiço.


 


 


A última coisa que foi vista aquela noite, antes de toda a história começa, fora duas pequenas cicatrizes serem formadas em ambos os gêmeos, ao mesmo tempo em que em que um nevoa cinzenta se desprendeu do corpo decrepito do poderoso Lorde das Trevas.

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