A detenção
Vasculhou todo seu material e viu que tinha somente uma redação sobre antídotos e que levaria cerca de dez minutos a ser feita, então começou a fazê-la. Mas como sempre ela se excedeu, em vez de fazer um metro, ela fez oitenta centímetros a mais, e já estava atrasada para a detenção. Mas nem se importou. Enrolou o pergaminho e jogou em sua cama, pegou sua varinha e distintivo de monitor, colocou-o nas vestes e saiu depressa do dormitório. Passou voando, literalmente, por Sirius, Remo, Pedro, Anna e Carol, que jogavam Snap Explosivo.
- E acabamos de realizar o lançamento do foguete Evans – Sirius falou brincando com uma voz estranha, daquelas que falam de dentro da cabine de lançamentos de foguete.
- Nem dá tchau não? – falou Anna.
- To atrasada para a detenção. – falou rapidamente.
- Hum, pra detenção do Tiago ela vai correndo – Anna disse arrancando risada de todos, Lily corou e ficou brava.
- Ah, cala a boca Prett. – e saiu disparada pelo buraco do retrato. Tinha combinado com a McGonagall de encontrá-lo na sala de troféus para então limpá-la sem a varinha. Chegou lá ofegante, abaixou e colocou suas mãos em seu joelho, sentindo a pontada no canto da barriga. Consultou o relógio e viu que chegara cinco minutos atrasada.
- Ora, ora, atrasada Srta. Evans – ela ergueu os olhos e viu o riso desdenhoso de Tiago Potter. – será castigada por isso. - com um sorriso maroto se aproximou dela, mas rapidamente, sendo mais esperta que ele, saiu do seu caminho e disse:
- Eu posso você não! Isso é vantagem de ser monitora – disse desdenhosa.
- Oho! Desculpa senhora monitora – disse com as mãos levantadas, como que se rendia – Então, o que terei de fazer? Dar uns beijinhos em você? – disse maroto.
E sem esperar Lily segurou firma sua camisa, bem no peito, e foi trazendo-o para ela. Ele sorriu marotamente e foi indo devagar até ela. Lily colocou suas mãos na cintura dele e puxou mais para perto. Ele colocou sua mão esquerda na cintura dela e a direita em seu pescoço. Sem querer ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Então faltando uns cinco centímetros para encostarem os lábios, ela rapidamente puxou a varinha dele e se afastou com um sorriso vitorioso no rosto.
- Assim não vale Evans! Essas suas técnicas de sedução poderiam servir para outra coisa. – sorriu mais uma vez marotamente, no que ela corou, mas fingindo não ter ouvido disse:
- O balde com argua, o sabão, a esponja e o pano estão ai atrás. Lave os vidros e seque-os, por dentro e por fora. Depois retire todos os troféus e limpe as prateleiras. Coloque os troféus novamente no lugar certo, depois disso poderá se divertir com seu fã-clube – disse rispidamente.
- Isso te chateia muito não é? – Tiago disse levantando sua sobrancelha e cruzando seus braços.
- Até parece! – ela disse brava e com a voz esganiçada.
- Então por que esse alvoroço todo quando me tirou de perto delas?
- Por que você não faz seu dever?
- Só me responde com perguntas Evans?
- E se for? – foi a vez dela de cruzar os braços e erguer a sobrancelha. – Volta pro seu dever.
Ela se se encostou a uma mesa que estava logo atrás dela, e Tiago se abaixou para começar a limpar. Ficou um silêncio chato entre eles durante meia hora. Tiago limpando e Lily vendo-o fazer isso e quase cochilando de tanto sono que estava.
- Posso te fazer uma pergunta? – Ele disse de repente, e ela se assustou, pois tinha fechado os olhos para descansá-los. Vendo essa cena ele deu risada. – Você não quer ir dormir? Juro que termino, mas com a varinha, claro.
- Cala boca e volta a fazer o que tem de fazer. – disse cruzando as pernas e os braços.
- Só uma pergunta – ele disse fazendo cara de coitado.
- Você não sabe ficar quieto não é? – riu sarcástica.
- Não, odeio ficar parado, tenho sempre que fazer alguma coisa, deve ser algum problema, tenho isso desde criança.
- Problema você tem muitos – e os dois riram – Fala logo!
- Por que você me odeia tanto? – disse simplesmente.
- Odiar é uma palavra forte. Eu só não te suporto.
- Nossa, que diferença. – disse irônico e sorriu.
- Você queria saber não é? – ergueu sua sobrancelha.
- Mas por que – ele se levantou do chão – você não me suporta. Qual é a razão disso?
- Porque você se acha demais! – disse erguendo os ombros.
- Eu não me acho, eu sou! – ele disse cruzando os braços e rindo desdenhosamente.
- Viu – e apontou para ele – é por isso que não te suporto.
- Mas você nem me conhece direito – o garoto disse indignado.
- Nem quero conhecer – disse irônica – Mesmo sendo bonito isso estraga.
- Você me acha bonito? – o garoto levantou a sobrancelha.
- É que... que... todas falam...
- Mas e você? O que você acha? – disse interrompendo-a.
- Ok, eu te acho tá bom, faz o tipo de garotos que eu acho bonito. Mas se você mudasse o seu jeito, até poderia pensar em te conhecer, mas você não é obrigado a isso, terá de fica com alguém que gosta de você desse seu jeito. – ela mudou rapidamente de assunto, e ele percebendo, riu.
- As é você que quero ficar – disse se aproximando dela e a fazendo corar.
- Você precisa parar de se achar – disse fingindo não ter ouvido a última frase dita pelo garoto – você tem que parar de ficar saindo com meninas diferentes a cada dia, isso é ridículo, mulheres não são brinquedos. Você tem que para de azarar o Snape, isso é criancice.
- Se eu fizer isso tudo você sairia comigo? – disse com um sorriso maroto.
- Viu, é isso que me irrita. Você atira pra todos os lados.
- Mas preciso ficar com muitas para saber qual é a certa. – ele cruzou os braços.
- Então vai ficar nisso até achar a certa?
- E se ela não estiver aqui na minha frente e me der uma chance eu paro com isso na hora. – ele se aproximou mais dela, a fim de ficar um metro de distância. Lily abaixou a cabeça, mas antes Tiago viu que ficara corada. – Não tem nada em mim que você goste?
- Não! – disse decidida, ainda com as pernas e braços cruzados, e a cabeça baixa.
- Ah, fala! Não vou contar pra ninguém! Mesmo me achando lindo. – ela suspirou, revirou os olhos, e levantou a cabeça.
- Ok! Só há uma coisa que eu gosto em você! – levantou um dedo.
- O quê? Fala!
- O seu sorriso! – disse simplesmente, e corou. Na mesma hora ele sorriu, não para mostrá-lo, mas porque na hora deu vontade até de acender fogos Filibusteiros. – o teu sorriso é muito lindo, mas só quando é sincero, e quando faz isso aparece uma covinha de cada lado de sua bochecha, ele é maravilhoso. Gosto também do seu sorriso de lado. – ela disse sorrindo ao ver a cara de felicidade dele – esse sorriso de lado parece ao da criancinha que ganhou o que mais queria de Natal.
Ele se aproximou, bem lentamente dela e pegou as suas mãos.
- Nunca imaginaria isso de você. – e puxou-a um pouco para si. Ela era bem baixa em relação a ele, seus olhos batiam bem na boca dele, ela teve de olhar para cima para olhá-los nos olhos. Ela estava toda vermelha, e ele com um sorriso de bobo. – E eu gosto dos seus olhos. São únicos, nunca vi em ninguém. Igual a você. Você é única em tudo. – E então a puxou pela cintura e a beijou. Era um beijo meio acelerado, mas era bom. Ela ainda conservava os olhos abertas, e suas mãos de cada lado do corpo, só foi depois de uns segundos que sua consciência ligou novamente, e mostrou o que estava acontecendo. Então colocou suas mãos no peito dele e o empurrou. Ele ainda estava de olhos fechados quando
TAP
Abriu os olhos rapidamente e passou a mão em sua bochecha esquerda que acabar de ficar vermelha com o tapa que Lily acabara de dar.
- Nunca mais faça isso – voltou a se encostar, brava, e corada, mais vermelha que seu cabelo. Ele sorriu marotamente e voltou a limpar as prateleiras. Quando não estava olhando, Lílian passou seus dedos em seus lábios, e sorriu bem fraquinho.
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- Então gente, esse é o último ano e devemos fazer alguma coisa com esses dois. – Anna ia dizendo isso aos outros, logo depois de Lily ter passado por lá.
- Eu não acho que devemos nos meter nisso. Lily ficaria super brava com a gente Anna – Carol disse timidamente.
- Olha Carol, eu tenho certeza que ambos querem a mesma coisa. – Sirius disse e sorriu marotamente.
- Vocês são uns depravados, isso sim. – Anna ergueu sua sobrancelha.
- Ah, qual é minha Anninha, vai dizer que a ruivinha não quer o Pontas?
- Não sou sua Anninha seu cachorro. – disse cruzando os braços.
- AAAAAAAAAUUUUUUUUU! – disse arrancando novamente risos de todos, até de Anna. – A Lily gosta do Pontas, só não quer admitir.
- Eu devo concordar com a Carol Almofadinhas! – foi Remo que disse isso. – Devemos deixar os dois se resolverem.
- Você só concordou com a Carol, Aluado, porque quer ela. – E todos riram menos Carol e Remo, e ambos ficaram corados.
- Ei, essa atitude é da Lily, ela que fica vermelha igual ao cabelo. – disse Anna, e Remo deu uma risada sem graça, e olhou para Carol, que o olhava também, mas rapidamente desviou o olhar.
- É mesmo Aluado – começou Sirius – quando é que vai...
- Cala a sua boca seu cachorro – Remo ficou escarlate temendo o que o amigo iria dizer a seguir. Sempre disse para todos os três marotos que gostava demais de Carol, e que queria que acontecesse alguma coisa entre eles, mas de tão tímido que era não conseguia nem chegar pra conversar normalmente sem ter alguém junto. Houve uma vez em que eles quase se beijaram. Ele estava fazendo sua ronda noturna pelos corredores, e nesse mesmo dia Lily tinha dito sem querer que Carol gostava dele, e ele já estava gostando dela, então ela apareceu no corredor por onde ele passava e disse que tava voltando da biblioteca, e tinha pedido por favor de não colocá-la em detenção, ele assentiu, e então uma força marota que ele desconhecia até então o percorreu todo e começou a se aproximar da garota, colocou suas mãos na cintura dela e a puxou bem pra perto, e ficaram a alguns centímetros de se beijarem, somente se olhando, só que sem querer ela deixara cair o livro que estava na mão dela e ambos se assustaram com o estrondo. Então ele a largou, e seguiram caminhos diferentes. Isso tinha acontecido no ano anterior.
Anna também percebeu o que iria acontecer, e olhou maliciosamente para Sirius. Ele retribuiu o olhar e começou a olhar em volta pra ver se tinha muitas pessoas no Salão Comunal. Como Carol e Remo eram tímidos, tinham que ter privacidade a tudo. Tinham restado somente eles quatro (Pedro já tinha ido dormir), porque já se passava das onze da noite, e todos tinham que levantar cedo no outro dia. Anna entendeu o recado que Sirius lhe dera, e disse:
- Sirius, preciso conversar com você agora. – saiu decidida para passar pelo buraco do retrato.
- Já estou indo meu anjo. – disse entre risos. Anna revirou os olhos, mas sorriu.
- Já passou o toque de recolher seus loucos, vocês vão pegar detenção. – Carol disse, não percebendo o que estavam armando.
- É por uma causa nobre Carolzinha. – disse Sirius com um sorriso maroto. Remo na hora percebeu, e sorriu. Sirius sorriu de volta para ele. Mesmo sendo tímido, Remo iria gostar de ficar sozinho algum tempo com a Carol. Então, Anna e Sirius saíram pelo buraco do retrato da Mulher Gorda.
- Eles vão se meter em encrenca e eu... – Mas Carol parou de falar abruptamente, porque começou a olhar em volta, e percebeu o que tinham armado. Na hora ficou da cor dos cabelos de Lily, e olhou de soslaio para Remo. O maroto a observava com um sorriso tímido, e corado também. – Eles não deveriam ter feito isso. – E se virou para olha-lo.
- Eu... me desculpa. Não queria que acontecesse assim. – Remo disse desconcertado. Os dois estavam no mesmo sofá, um do lado do outro. As mãos do garoto tremiam, e o rosto da garota ficava cada vez mais vermelho.
- Não, não! Não se preocupe. Você não tem nada a ver com o que aqueles dois armam.
- Talvez sim. – disse com um sorriso nos lábios, e se aproximou de Carol. Viu-a estremecer, então pegou suas duas mãos.
Carol olhou de suas mãos dadas até o rosto de Remo, que exibia um sorriso lindo. Ela sorriu tímida. Por esse sinal, ele começou a se aproximar d//ela devagar, e então colocou suas mãos na cintura da garota, e ela, colocou sua mão direita na bochecha dele. E os dois estavam chegando perto... E mais perto... E mais... E mais...
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- Aqueles dois não tem jeito, deveriam dar as mãos e pularem da torre da Astronomia juntos, de tão tímidos que são. – dizia Sirius.
- Às vezes você se esquece de que Remo não é safado igual você seu cachorro.
- Mas você gostou desse cachorro quando ele te beijou há dois anos não é? – disse marotamente, olhando para a garota.
- Naquela época eu era uma garotinha estúpida e inocente, que nunca reconheceu o safado que você era e que me deixou levar com seu papo idiota. – Anna disse relembrando de quando estavam no quinto ano e Sirius a chamara para sair e ela aceitara.
- Mas você gostou do meu papo idiota. – Sirius surpreendeu Anna agarrando a garota pelos braços e jogando-a na parede. Ela estava se debatendo para sair dos braços fortes do maroto, só que não era forte o bastante. Ele colou seus corpos, para ela não conseguir escapar por baixo. – E eu sei que você gostou do meu beijo, eu senti na hora que você estremeceu toda, e depois ficou sorrindo pra mim.
- Estremeci porque naquele dia estava frio e sorri pra não te deixar sem graça, fofinho. – Ela riu debochada, mas os lábios dele já começaram a pressionar os dela com força. O beijo de Sirius era caloroso, e bem rápido, parecia que não queria perder nenhum minuto sequer daquele momento. Ele passava as mãos pelo corpo inteiro da garota. Ia de seus cabelos para a nuca, depois para as bochechas. Descia até a barriga, e passava pela cintura que ele sempre apertava. Passava as mãos por dentro da blusa, apertando-a, depois descia até sua bunda e cochas apertando-as também.
Carol também não ficava para trás, percorria o corpo do garoto com muita agilidade, mesmo não querendo mais beijá-lo, mas que mal tinha em um beijo?, ela pensava. Passava as mãos pelos cabelos sedosos do garoto, depois abaixava até a nuca, e por fim as bochechas. Descia as mãos pelo tórax do garoto, pressionando, e depois pelas costas, apertando-as e passando as unhas. Depois de uns cinco minutos nisso os dois, precisando de ar, separaram as bocas, mas continuavam a dar selinhos. Ambos estavam ofegantes, e com os lábios totalmente vermelhos, quase roxos. Os dois riram, divertidos, depois ele deu passagem a ela e eles saíram para voltar à Sala Comunal. Decidiram que a essa hora Remo e Carol já tinham feito o que queriam.
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Os lábios de Remo tocaram nos lábios de Carol bem de leve. Beijou primeiramente o lábio inferior dela, para depois aprofundar o beijo. Os dedos da garota se entrelaçavam delicadamente pelos cabelos macios do garoto, e depois passavam na nuca dele. Ele ainda conservava as mãos na cintura da garota, e a pressionava devagar, para não assustá-la. Depois subiu as mãos delicadamente até o rosto dela e começou a acariciar. O beijo do maroto era terno, cheio de amor e delicadeza. Dava vontade de beijá-lo até o fim do mundo. Eles pareceram se esquecer do tempo. Não saberiam dizer se o beijo demorara um minuto ou se demorara dez. E então, precisando de ar, descolaram os lábios. Ele deu um beijo bem de leve, mas demorado, e então sentiu ela sorrindo por entre seus lábios. Ele sorriu também, e se afastando um pouco pôde ver ela de olhos fechados com a boca vermelha e suas bochechas da mesma cor.
- Eu preciso ir dormir. Me desculpa. Queria ficar mais tempo aqui com certeza. – ele disse num sussurro rouco, ainda com as mãos no rosto da Carol. Ela abriu os olhos e assentiu. Então deu um beijinho de leve em seus lábios, e outro na testa, e subiu as escadas para seu dormitório.
Carol encostou-se ao sofá sorrindo, e passando a mão por seus lábios, mas parou abruptamente quando Sirius e Anna passaram pelo buraco do retrato.
- Ué, cadê o Aluado? – disse Sirius.
- Foi dormir. – Carol disse tímida.
- Ah, eu mato aquele idiota. – e subiu rapidamente pelas escadas, mas antes mandou um beijo para Anna, e ela riu.
- Vamos esperar a Lily? – Carol disse.
- Ah não, vamos esperá-la lá no dormitório. Já, já ela chega. – e então as duas subiram a escada, até seus dormitórios.
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N/A: Esse capítulo tá bem mais extenso que o primeiro, mas a maioria dos capítulos estão assim. Obrigada por lerem mesmo só tendo um capítulo. A maioria das pessoas lê ou quando está no meio ou quando termina. Obrigada B.Evans pelo comentário, adorei *-* Bom, é isso. Xox.
Comentários (1)
Own Amr d nda (:Achei tão fofo o Remo e a Carol *-*
2012-12-13