Scorpius, morto?



- E é gooooool da Sonserina - berrava um garoto que estava narrando o jogo da Grifinória versus Sonserina de quadribol - Está 50 a 0 pra Sonserina, será que a Grifinória recupera? O QUE É AQUILO PESSOAL? MALFOY, O APANHADOR DA SONSERINA! Pelo mergulho que ele deu ele achou o pomo! Será que a Sonserina vai ganhAAHH, MALFOY, CUIDADO!


 Um vulto preto bate em cheio na barriga de Scorpius, o derrubando da vassoura.


- Foi um balaço! BALAÇO! Acertou Scorpius em cheio, balaço de Fred Weasley... que continue o jogo! Não, pera. MALFOY, VOCÊ ESTÁ BEM?


 Mas Scorpius não se levantou do chão, parecia desmaiado. Afinal, caíra de uma altura muito alta. O apito soou e todos os jogadores voltaram pro chão, todos se perguntando o que acontecera com Malfoy.


- QUEITOS, TODOS! - berrou a juíza - MALFOY, TUDO BEM AÍ?


 Mas ele não respondeu.


- POTTERS! - chamou ela - levem-o na enfermaria.


- Por que nós? - perguntou Alvo.


- Porque eu to mandando, vai logo! - respondeu a juíza, e saiu par afalar com o diretor Longbottom, que descia as arquibancadas. Os alunos que estavam assistindo nas arquibancadas também começaram a sair para ver o que acontecera.


 - Malfoy? - perguntava Rose enquanto descia as escadas das arquibancadas - Malfoy! MALFOY! MALFOOOY!!


 A cada "Malfoy" que a garota gritava, mais lágrimas saiam de seu rosto. "Por quê?", choramingava ela. Até que ela chegou onde Alvo e Tiago estavam, carregando Scorpius.


- Que cara gordo, ein?


- Você que é fracote, panaca! Hahahah


- Cala a boca, Tiago!


- Oi, por favor, posso levar ele? - choramingou Rose, com a cara vermelha.


- Ele é seu namorado? - perguntou Tiago.


- Não, não é, é... é meu amigo! - disse a garota, chorando, que agarrou Scorpius e saiu correndo arrastando ele.


 Quando chegaram na enfermaria, depois de minutos cansativos de carregar Malfoy, Rose parou.


- Madame Freitas, por favor... Malfoy, ele... - começou a garota, chorando mais que nunca, mas ela nem precisou contar a história.


- Eu sei o que aconteceu, querida. Passe pra cá. - disse a enfermeira, que pôs o garoto na cama. Ela feixou as cortinas e Rose ficou pra fora, esperando. Alguns minutos depois, Madame Freitas saiu de dentro das cortinas.


- E então, ele está bem? - perguntou Rose, ansiosa.


- Meus pêsames, srta. Weasley.


- Não, espera. Ele... ele mo... ele morr... ELE MORREU?


- Isso não acontecia a anos... eu lamento muito.


- Não... não não não não não! NÃÃÃÃÃO!! SCORPIUS!!! RESPONDE, SCORPIUS!!!! - disse Rose, que nesse momento já estava agarrada no cadáver.


- Largue dele, srta. Weasley, por favor. Não podemos fazer nada... querida... - mas ela não ligou, e saiu correndo aos berros de volta para a Sala Comunal.


 De repente, Rose sentiu uma dor no joelho. Estava no chao da Sala Comunal da Grifinória. Batera o joelho na quina da mesa.


- Scorpius... não... NÃO! - choramingava a garota, ainda no chão.


- Rose, você está bem? - perguntou Alvo, que estava ao seus lado. O garoto estava coberto de barro, completamente feliz.


- COMO VOCÊ PODE ESTAR FELIZ? DEPOIS DO QUE ACONTECEU? SEU INSENSÍVEL! - berrou ela.


- Tudo o que aconteceu... quê? Tudo o quê? Rose, tem certeza que você está bem? - perguntou,  muito confuso.


- COMO ASSIM TUDO O QUÊ? ALVO, VOCÊ VIU! SCORPIUS MORREU!


- Morreu? Ã? Não morreu não. Infelizmente, porque ele ficou me zoando o caminho todo de volta para cá, desde o treino de quadribol... - resmungou Alvo. Porém Rose não respondeu. - Olha, acho que você sonhou com isso. Quando cheguei, você ainda tava dormindo.


- Um sonho? Mas... Parecia tão real... - falou Rose. Mas o amigo nem teve tempo de responder e a garota pulou e deu um abraço enorme no amigo.


- Rose... - mas ele não quis continuar. Abraçou a amiga com mais força ainda. Era a segunda vez que faziam isso.


- Eu já volto. Vou... hm, pegar um chá. - disse Rose, se soltando do amigo.


- Não precisa mentir, eu sei que você quer ver o Scorpius. Não precisa esconder nada de mim, você é minha melhor amiga e eu to satisfeito assim.


- Que fofo! Você é o melhor amigo do mundo que eu poderia ter, e Scorpius...


- Pode namorar ele, eu não ligo. Pode beijar, trans...


- ALVO! CALA A BOCA, SEU IDIOTA! - berrou Rose, meio rindo, meio séria.


- Hahahahah, eu gosto de te provocar.


- Tá, eu to indo então, eu já volto. - disse ela, e saiu correndo.


  Rose saiu correndo nos corredores em direção a Sala Comunal da Sonserina. Ela foi descendo, pois sabia que era em uma masmorra. Quando se deu conta, persebeu que tinha se perdido. Mas então ouviu alguém a chamar.


- Rose? Você por aqui?


- SCORPIUS!! - gritou Rose, completamente alegre.


- Ros...Weasley? O que deu em você? - perguntou Malfoy, completamente confuso. A garota pulou em seus braços e o abraçou com a maior força que tinha. Scorpius ficou impressionado com aquele abraço inesperado, e retribuiu, envolvendo a amiga em seus braços. Só alguns minutos depois se soltaram.


- Weasley...


- Pode me chamar de Rose.


- Rose... o que aconteceu? Hoje de manhã disse que me odiava que queria me ver morto.


- Desculpa por ter dito aquilo, sério, e... - e começou a contar o sonho que teve. Quando terminou, haviam lágrimas em seus olhos.


- Rose... - mas ele não continuou. Sem pensar, agarrou a garota e beijou-a.

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