Enlace/Desenlace



O coração de Sheeba batia apressadamente naquele dia 3 de agosto de 1978. Aos 17 anos, bruxa recém formada, era admitida na Comissão de futurologia do Ministério da magia, por indicação de Viviane Lake e Alvo Dumbledore. Em sete anos de Hogwarts, nunca tirara em adivinhação uma nota menor que dez, aos quatorze anos, livrara um inocente da cadeia... era badalada como a maior pitonisa nascida nos últimos cem anos (até porque era a única). A sua entrevista foi muito breve. Seu patrão era um homem de olhos lacrimosos e azuis, que pareciam duas grandes bolas de vidro atrás dos óculos que deixavam seus olhos enormes. Seu nome era Magno Alvin e ele era um farejador da verdade.
    - Minha filha... eu só conheci uma como você... a velha Zara. E ela nunca teve esse seu otimismo, achava sempre que o futuro seria pior e pior... acho que vamos nos dar muito bem...
    Sheeba deu um grande sorriso. Ela estava disposta a começar naquele momento, se preciso. O velho olhou-a por cima de  seus óculos e disse-lhe:
-    Você pretende se casar? – o sorriso de Sheeba murchou de repente ao sentir o tom que ele usara para dizer estas palavras, um tom de óbvia censura.
-    Bem... eu estou namorando um rapaz há algum tempo, nós planejávamos marcar o casamento para breve.
-    Minha filha... aceite meu conselho... você vai trabalhar muito, não vai ter pouso certo... acho melhor você não se casar agora.
-    Mas, mas...
-    Entenda... estamos num período difícil... depois, quem sabe?
    Sheeba saiu do lugar chateada...como diria aquilo para Sirius? Ia olhando para o nada quando um chamado a surpreendeu... ela olhou distraída na direção de um trouxa que estava acompanhando-a, andando devagarzinho numa moto desde que saíra do predio por onde se chegava ao ministério... mas não era um trouxa.
-    Sirius? – ela riu – onde você arrumou essa moto?- ele usava uma roupa preta de motoqueiro, com sua velha jaqueta e cortara os cabelos também.
-    Presente de formatura que eu me dei... acabei de comprar, recém encantada...
-    Sirius... isso é?
-    Um objeto mágico da melhor qualidade... encantado com uma personalidade canina.... não é a minha cara? Tem um detalhe surpreendente... suba. – Sheeba subiu apreensiva na moto e eles saíram da cidade... então, ele fez alguma coisa e a moto ficou invisível e eles levantaram vôo, com ele gritando:
-    Além de tudo essa belezinha sabe voar, acredita?
-    Realmente, essa coisa é a sua cara.
-    Eu disse...
    Pousaram num campo, bem longe da cidade, ele fez um encantamento para que ninguém se aproximasse por horas... então ele pegou um almoço que encomendara e estendeu magicamente uma toalha na grama. Ela sabia o que viria a seguir.
-    Isso está suficientemente bom para um almoço de noivado?
-    Sirius... eu preciso dizer uma coisa. – ela falou tudo que ouvira na comissão, e finalizou dizendo que achava melhor eles adiarem um pouco, pois afinal veriam-se muito pouco. Realmente, naquele mesmo fim de semana Sirius iria apresentar-se à ordem e eles não sabiam para onde ele iria... ela também tinha que ficar à disposição do ministério...- ele olhou-a bastante contrariado.
-    Por mais que eu queira, não posso me sentir conformado com isso... Lílian e Tiago casam semana que vem... podíamos fazer o mesmo.
-    Mas Lilian pode acompanhar Tiago... ela pode se dar ao luxo de fazer isso, fez aquele pequeno curso nas férias e se tornou enfermeira... vai ser necessária em qualquer lugar... você entende?
-    Entendo. Eu tenho uma coisa para te dizer... eu vou a Nova Iorque semana que vem. Um amigo de meu irmão diz que tem algo a me dizer sobre a morte dele...
-    Vá, vai ser melhor para você.
    O resto da tarde não foi tão bom quanto poderia ter sido, afinal, pairava uma nuvem negra sobre eles.
    Lilian e Tiago casaram-se no fim de semana seguinte... Sirius e Sheeba foram padrinhos e ela estranhou porque ele não disse a ela absolutamente nada sobre o que ocorrera em Nova Iorque... ela não o tocara ainda sem as luvas de bons pressentimentos, e era aflitivo ver que não havia nada de bom a respeito do futuro dele.
    Sheeba abraçou Lilian, ela estava muito linda em uma veste branca seus olhos verdes refulgiam de felicidade. Ela segredou a Sheeba:
-    Eu sei que é difícil mandar corujas atualmente... mas mantenha-me informada... eu quero ir ao seu casamento também – Sheeba sorriu, procurando disfarçar a tristeza que lhe ia na alma quando falava no próprio casamento, porque sempre lembrava de uma frase, ouvida há muitos anos: “Eu te vejo esperando-o por muitos anos... o homem que você já ama sem saber” – ela não tinha certeza se já amava Sirius naquela época... mas não queria espera-lo por longos anos.  Olhou em volta e viu Pedro Pettigrew, perguntou discretamente para Sirius o que ele andava fazendo e Sirius sussurou:
-    Parece que arrumou um emprego fora do país. Ele não quis entrar para a ordem... acho que foi por medo, mas ele diz que está trabalhando num plano secreto, algo que pode destruir Voldemort.
-    Espero que ele esteja sendo sincero.
-    Pedro é medroso, mas nunca foi um mentiroso. – os olhos dela desviaram-se para Remo Lupin.
-    Remo também está na ordem?
-    Está, mas muitos não confiam nele... rumores, você sabe... as pessoas desconfiam de quem é...como ele.
-    Eu confiaria a ele minha vida.
-    Eu também, mas muitos não pensam assim
    Olhando Lílian e Tiago partindo em lua de mel, Sheeba lembrou-se novamente de Zara: “Você perderá muitos amigos, todos de uma vez...”  e pela primeira vez em sua vida, desejou que o Toque de Prometeu não fosse infalível.

    Os meses seguintes foram os mais cansativos da vida de Sheeba... ela ficava fora de casa a semana quase toda, aparatando e desaparatando onde lhe mandavam. Continuava se comunicando com a professora Viviane através da sua jóia de comunicação, e mantinha contato com alguns amigos através de corujas, mas agora até mesmo corujas estavam sofrendo problemas, muitas não chegavam ao seu destino. Mas nada entristecia mais Sheeba que as quartas feiras... era o dia em que ficava no seu pequeno gabinete no ministério para atendimento ao público. Quando chegava, já havia em frente à sua sala uma longa fila de pessoas, todas com objetos pessoais de bruxos desaparecidos, algumas com lágrimas nos olhos. Ela sentava-se em sua mesa e começava a chamá-los pelos números.
    Lutava para não tornar-se fria diante do que via... as pessoas entravam na sua sala esperançosas e muitas vezes saíam desesperadas... ela providenciou que saíssem sempre por uma porta diferente da que entravam. Normalmente ela pegava um objeto e esperava a imagem se formar, focalizando o presente da pessoa, então dizia com voz neutra onde estava a pessoa, ou incontáveis vezes, seu corpo. Mas o pior era quando pegava um objeto e era obrigada a dizer para um pai, uma mãe ou uma esposa que a pessoa juntara-se aos comensais da morte... Era nestes dias que chegava em casa pior.
    Muitas vezes, ela chegava em casa e encontrava Sirius, que nunca se demorava mais que uma noite, várias vezes estavam tão abalados que apenas se abraçavam e ficavam assim, logas horas no escuro, como crianças assustadas, ele pelo que via, pessoas morrendo, pessoas que resgatava enlouquecidas, trouxas que mesmo desmemoriados teriam pesadelos pelo resto da vida... ela pelo que via da mente dos comensais, mesmo que só tivesse contato com eles à distância, em lugares por onde eles já haviam passado. Eles tinham rapidamente aprendido a fazer gelos de confusão, e era cada vez mais difícil ela dizer exatamente quem era um deles.
    Às vezes, Sirius chegava no meio da noite, aparatando direto dentro do quarto e abraçando-a no meio do sono... murmurando aliviado que era bom que ela estivesse bem. Nos poucos fins de semanas que ambos estavam livres, se divertiam voando na moto dele para lugares isolados, que ele protegia com feitiços ferozes. E assim o tempo passou até o dia que ele chegou com uma carta de Lílian... agora ninguém mais usava corujas. Era novembro de 1979 e Lilian descobrira que estava grávida. Era um consolo para ela e Tiago depois das coisas horríveis que haviam acontecido com eles...
    Embora o pai de Lílian tivesse consentido e até comparecido ao casamento dos dois, logo depois, havia sofrido um infarto fulminante e morrera... Lílian foi obrigada a romper relações com a própria irmã, que espalhara para todos os amigos da família que a causa da morte do pai fora que a irmã fugira com um vagabundo desocupado. E logo depois, Tiago estava numa manhã de quarta-feira entre as pessoas que aguardavam Sheeba na porta de seu gabinete.Quando ele entrou, o semblante carregado, ela soube porque. Ele uma gravata de seda e uma bolsa de mulher... objetos pessoais de seus pais. Começou a falar:
-    Eles desapareceram, Sheeba, desapareceram... – ele estava visivelmente transtornado – meu pai levou minha mãe para a fazenda onde ele criava Hipogrifos... eles fizeram uma vistoria e não voltaram mais para casa...sumiram
-    Tiago, calma.
-    Por favor... me diga que eles estão vivos.
Não estavam. Sheeba pensava nisso quando Sirius falava sobre como Lílian e Tiago estavam indo bem agora, a ordem o tinha enviado para um lugarejo mais tranqüilo, que ele podia patrulhar em paz... ele vendera as fazendas da família e pusera todo o dinheiro no Gringotes, quando isso tudo passasse e a vida estivesse mais tranqüila, Tiago decidiria como investir todo aquele dinheiro.
Sirius por sua vez se conformava cada vez menos com a situação deles... achava que aquilo ainda duraria muito, queria casar-se com ela, queria logo poder oficializar a relação... não que  naquelas circunstâncias alguém se preocupasse com isso... mas ele queria comprar para os dois um apartamento maior que o esconderijo onde ela morava e o cubículo onde ele se escondia. Então, Tiago avisou-o que seu filho nascera... um menino. E eles seriam padrinhos. Mas demorou muito tempo até que todos pudessem comparecer a cerimônia
Quando eles chegaram no pequeno povoado, voando na moto de Sirius, Sheeba viu Lílian com um pequeno bebê nos braços, magrinho, Harry estava com dez meses, mas era um pouco mirrado. Lílian explicou que por mais que quisesse, não conseguia fazê-lo ganhar peso.
-    Não adianta, ele é como o pai – disse Tiago, mostrando a própria magreza.
Pouco depois da cerimônia, eles se reuniram na casa dos pais, Harry brincando num canto  dentro de um cercadinho... Sheeba sentiu falta de alguém.
-    Onde está Remo? – ela perguntou para Sirius
-    Quase ninguém vê Remo agora... ele é meio isolado na ordem, muitos desconfiam dele
-    É injusto o que a dizem dele  – disse Tiago exasperado – desconfiam  por causa de sua condição, mas eu o conheço bem, ele jamais se bandearia para o outro lado.
-    Atualmente ninguém confia em ninguém  - disse Sirius.
-    Sheeba – interrompeu Lilian – eu gostaria de te pedir uma coisa... os espiões de Dumbledore, eles acham que Tiago corre perigo, você podia verificar?
-    Claro... mas é melhor fazermos isso numa sala reservada.
Eles entraram no escritório de Tiago e Sheeba descalçou as luvas, tomando entre suas mãos a de Tiago. Concentrou-se no futuro e viu... Tiago lutava bravamente contra um bruxo, que Sheeba só via de costas... repentinamente “Avada Kedavra” o bruxo disse e ela viu Tiago caindo morto, sobre os escombros da casa onde estavam... então viu o rosto do bruxo, e mesmo nunca o tendo visto reconheceu que só podia ser Voldemort. Olhou Tiago nos olhos e disse:
-    Precisamos proteger você...
-    E Lílian?
-    Traga-a aqui agora. – minutos depois, Lílian entrou com Harry nos braços, parecia apreensiva. Sheeba tocou-a sem dizer nada. Então ela ouviu gritos... e novamente a risada de Voldemort. Abriu os olhos e disse: - O que os espiões de Dumbledore disseram?
-    Que Voldemort quer nos pegar.
-    Lilian... ele pode realmente conseguir... vocês precisam fazer alguma coisa, estão em grande perigo.
-    Sheeba... veja Harry – Sheeba olhou o bebê. Por um curto instante, os olhos do menino perscrutaram seu rosto. Ele era muito pequeno para entender qualquer coisa, mas estava estranhamente sério. Ela o tocou e ele estremeceu ligeiramente. Sheeba sentiu um calafrio, uma luz verde intensa surgiu em sua mente e ela viu o Lord das Trevas desfazendo-se nesta luz... ela soltou uma exclamação alta.
-    Lilian... seu filho, de alguma forma, Harry tem todo poder para acabar com Voldemort, não me pergunte como... precisamos proteger vocês, e ele... deve ser por isso, deve ser por isso que ele quer pegá-los.
-    Feitiço Fidelius – a voz calma de Sirius soou atrás deles – acho que só assim eles estarão a salvo. Eu posso cuidar de tudo, e ser o fiel do segredo.
    
    Horas depois, Sheeba e Sirius estavam no pequeno esconderijo dele. Lilian e Tiago tinham abandonado a casa que ocupavam naquela noite indo para uma outra, que por enquanto, apenas Dumbledore sabia onde ficava... Sirius andava de um lado para outro:
-    Seis meses. Seis meses para preparar o feitiço... é muito tempo.
-    Ganhamos tempo... Foi muito sábio da parte de Dumbledore mandar Lilian e Tiago para um lugar que apenas ele sabe onde fica até que o feitiço esteja concluído... Sirius, você entendeu o que e disse, não entendeu? Só você pode ser o fiel do segredo... só você.
-    Eu ouvi, Sheeba. Porque você está me dizendo isso?
-    Porque eu acho que esse é o ponto fraco do plano.
-    Você não confia em mim?
-    Confio... mas essa noite, quando toquei em você uma voz sussurrou ao meu ouvido: “cuidado com o traidor”
-    Traidor? – Sheeba balançou lentamente a cabeça
-    E quem é esse traidor?
-    Não sei, ele deve estar usando um gelo de confusão... quando o feitiço estiver pronto e Dumbledore lhe disser onde eles estão, não conte a ninguém. Promete?
-    Prometo. Só mais uma coisa... – ele sorriu – eu queria lhe dar isso na festa, mas não deu... – ele retirou um anel do bolso e enfiou no dedo dela. – agora estamos noivos, é oficial – ele pôs um outro anel, uma aliança e o deu para que ela pusesse no próprio dedo – quando isso tudo acabar, nos casamos. – Ela sorriu tristemente, sabia que não teria um casamento de sonhos... os tempos eram muito difíceis.

    Naqueles seis meses, Sheeba trabalhou tanto que mal viu Sirius, mesmo ele estava andando quase o tempo todo escondido enquanto preparava o feitiço, mas todas as vezes que se encontravam, ela perguntava como ele estava indo e ele informava que estava tudo bem. Uma noite, ele chegou na sua casa com o braço enfaixado. Ela ficou horrorizada ao ver a maior queimadura que já vira sob as ataduras.
-    Não se preocupe... foi uma criatura, um pequeno demônio de fogo... sorte que Pedro viu primeiro.
-    Pedro?
-    Sim... descobri no que ele trabalha, ele segue essas criaturas malignas de Voldemort, não tem muito jeito com isso, coitado... não tem talento para enfrentar bruxos reais, tem que tentar controlar bichos...
-    E ele matou a criatura?
-    Matou... antes que ela fizesse um estrago maior... conversamos brevemente...
-    Ele estava te procurando?
-    Não, estava no rastro da criatura... ele me falou umas coisas... parece que Voldemort anda se aliando com todo tipo de criatura, lobisomens...
-    Você não está desconfiando de Remo, está?
-    Você não disse que havia um traidor?
    Sheeba ficou calada... há quase dois anos não via Remo Lupin. Mas não podia acreditar que ele fosse um traidor.
    
    Era uma quarta feira, quase seis meses depois que fora à casa de Lílian e Tiago. Sheeba sentia-se esgotada depois de tocar pela vigésima vez em objetos de desaparecidos que haviam morrido. Uma bruxa magra sentou-se na sua frente e passou a ela um anel em forma de cobra. Sheeba tocou o anel e seus olhos arregalaram-se:
-    Como é seu nome? – ela perguntou, olhando diretamente nos olhos azuis  da bruxa
-    Irina – ela disse numa voz fraca.
-    Você é casada com Severo Snape?
-    Desde o início deste ano – a bruxa falou num tom receoso.
-    Me dê sua mão. – a bruxa obedeceu assustada. Sheeba segurou-lhe a mão por um minuto e disse:
-    Você corre risco de vida, e a criança que espera também... o mestre das trevas não gosta de quem o abandona... vou pedir proteção para você agora.
-    E Severo?
-    Ele não quis abandonar Voldemort... não é mesmo?
-    Não...
-    Ele não é mais assunto seu... deixe-o com os aurors.  Você não sai dessa sala sem proteção. – a mulher abriu a porta de entrada de entrada da sala e saiu correndo abruptamente. Sheeba  levantou-se e gritou que alguém a detivesse, mas muito agilmente, ela conseguiu se esquivar e sumir por um corredor. Mais tarde  soube que ela desaparatara assim que saíra do prédio. Sheeba ficou olhando para o anel de Snape que ficara em sua mão... mais um que se tornara um comensal da morte. No dia seguinte ela tinha que sair a campo... algo naquele anel dizia que ela tinha que ir atrás de Snape.
    No fim da tarde, Sirius apareceu na sua casa, e ela contou-lhe que alguém havia procurado Snape, omitiu o fato que era a mulher deste, por orientação de seus superiores.
    -    Eu sempre achei que ele aderiria ao lado das trevas – Sirius disse sombriamente.
-    E o feitiço?
-    Amanhã, ao anoitecer. Então vou para meu esconderijo de onde só sairei para ver se eles estão bem... – ele abriu um amplo sorriso – e para o nosso casamento...
-    É estranho casar escondido... mas isso não importa – ela sorriu e os dois abraçaram-se.
    Naquela noite amaram-se como Sheeba não lembrava-se de terem feito nunca... depois ficaram horas acordados em silêncio, num misto de temor e apreensão. Sheeba estava achando muito estranho porque havia algo novo no futuro dele... algo que não combinava, como se ele estivesse protegido com um gelo de confusão. Pensando nisso, adormeceu. Ele levantou-se antes do sol nascer e depositou um beijo em seu rosto adormecido... ela acordou um instante antes dele desaparatar e disse sonolenta:
-    Fique mais um pouco...
-    Não posso – ele disse brandamente, vindo até ela e beijando-lhe suavemente a testa. Piscou um olho para ela.  - São só alguns dias – sorriu e desaparatou.
    O sorriso dele ficou por uns instantes gravado em sua retina... não sabia, mas só tornaria a vê-lo quatorze anos depois.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.