O Silêncio...



Hermione desvia os olhos de Harry ao perceber que ele não pára de contemplá-la. Ele parece sem ação, perdido em mais do que seus pensamentos. Parece agoniado. O silêncio dela parece corremper sua alma, de uma maneira inimaginável.
- Mione, do que você se lembra, exatamente? – pergunta ele, pressionando-a a falar.
- Bem...
Hermione não conseguiu prosseguir. Ela precisava pensar bem no que responder, afinal, era verdade que não se lembrava do que houvera com ela, mas se lembrava bem de que amassara as cartas que Harry havia enviado para ela no verão e também, lembrava que não as respondera e lembrava que estava sozinha em sua casa, sabendo que não era certo, afinal, o mundo bruxo parecia estar entrando em colapso. Lembrava-se de que seus sentimentos haviam mudado, lembrava-se de uma dor que não queria lembrar, uma dor na alma, não aquela que havia agora em sua cabeça, uma dor mais profunda e que ainda não sabia entender sua razão.

O silencio permaneceu para a angústia de Harry e a irritação do medi-bruce Bruce Stavlos, mas ela simplesmente não podia responder assim, sabia que as palavras que usasse podiam revelar seus sentimentos e isso, ela não queria. Sabia que eles, pelo que Bruce havia falado, já sabiam que ela estava sozinha em casa e agora, previa que Harry quereria saber porque razão ela havia desobedecido a ele, sem informar que estava só, e sem dar notícias, arremessando-se num silêncio torturante. Mas, o que ele mas pressionaria para saber era porque ela não havia respondido suas cartas.
- Hermione... ? – disse Harry, tirando-a dos devaneios. – Você precisa dizer alguma coisa para nós.
Ele sentou-se do lado dela na cama e colocou sua mão sobre a dela. A mão dele estava quente em contraste com a sua. O calor dele parecia transmitir-lhe uma energia que lhe faltava. Queria, com certeza, aconchegar-se nos braços de seu amigo naquele momento, mas sabia o quão ridícula ela pareceria.
- Bom eu... Eu me lembro de estar em casa no meu quarto e de repente ver um vulto do lado de fora, depois escutar um barulho no andar de baixo. Então eu acho que devo ter descido para ver...
Hermione sente a respiração pesada e leva a mão imediatamente à cabeça. Sentia uma pontada. Uma dor aguda e lancinante.
- Hermione? O que foi que houve...? Você está sentindo algo? – perguntou Harry, preocupado, ao ver que ela sentia dificuldade para respirar.
Bruce também se aproxima e coloca a mão no pulso dela, do outro lado de Harry.
- Seu pulso está fraco! – disse o medi-bruxo.
- Hermione? – Harry a chama novamente, sentindo que Hermione estava prestes a desmaiar. – Meu Deus, você está bem?
Harry coloca a mão sobre a testa de Hermione. Ela estava com febre.
- Har... uma dor... eu... – Hermione estava ofegante. – Eu não consigo lembrar de mais nada...
- Faça uma força, senhorita Granger - interrompe o Médico, sem dar bola para a reclamação de Hermione que parecia cada vez mais pálida – A senhorita precisa tentar se lembrar do que houve antes do ataque. O que a senhorita fazia sozinha em casa? Pelo que eu soube, a senhorita não deveria estar sozinha...
Hermione estava extremamente agoniada. A dor, a respiração dificuldade e aquela pressão para que ela revelasse suas memórias não a faziam se sentir melhor. Ela precisava achar uma saída rápida, ou teria que dizer que...
Harry estava preocupado. Não queria que Hermione se sentisse mal, mas esperava muito por aquela resposta. Havia esperado muito pelas respostas daquelas cartas que jamais retornaram.
- Senhorita, faça um esforço.
- Eu não quero...
Os lábios de Hermione tremiam numa súplica quieta. A mão de Hermione que Harry segurava suava frio.
- Mione, você está bem? – perguntou ele ao perceber que ela resistia.
Ela vira o rosto para ele com um estranho brilho no olhar. Era um olhar suplicante.
- Eu não sei do que me lembro... já disse que não sei...
Uma nova dor aponta em sua fronte, como se um martelo ali batesse forte.
- Ai... – ela soltou a mão de Harry para levar a testa. E depois cobriu os olhos com ambas as mãos. Sua visão estava turva e ela parecia não saber por quanto tempo mais ficaria consciente. – Por favor, vão embora...
- Senhor Potter, peço que saia, eu preciso examinar minha paciente e falar com ela.
Harry fica irritado. Ela não estava bem, mas ele tinha paciência. Uma hora ela lhe contaria a verdade. Esperaria com calma até que ela estivesse preparada, mas esse... esse... idiota atrapalha tudo e ainda a deixa neste estado, forçando-a a lembrar-se dessa forma.
- Não... – diz Hermione, olhando para Bruce com os olhos marejados. – Saiam todos, eu quero ficar só.
- Sinto muito, senhoria, mas tenho que lhe examinar, a senhorita não está bem. Não é normal essa sua falta de memória....
- NÃO... – berrou Hermione, irritada com o médico – SAIAM TODOS, AGORA, NÃO QUERO EXAME ALGUM... SAIAM!!!
Harry estava aflito, não entendia o que estava acontecendo com ela. Por que ela agia daquela maneira.
Mas, vendo que o médico estava insistindo, ele resolve interferir.
- Vamos deixá-la em paz. Ela não quer ser examinada, vamos sair – diz ele, firmemente.
- Não, ela não está bem e é meu dever de examiná-la.
- Não digo eu... ela não vai se ela não quer e eu não vou permitir que o senhor continue a perturbá-la, vamos, saia agora eu assumo a responsabilidade.
O médio bruxo fica indignado e vendo que Hermione estava irritada resolve não prosseguir.
- Ok não irei insistir. – diz Bruce, com um olhar irritado para Harry - Mas amanhã eu votarei e a levarei para o Hospital. Era o que veria ter sido feito de começo lá a senhorita sera devidamente atendida sem interrupções de seu namoradinho.
E sai em seguida batendo a porta deixando uma Hermione e um Harry sem palavras...

Harry então se volta para ela, mas assim que abre a boca ela tbm o manda sair.
Ele ainda tenta ficar, mas ela o expulsa e ele para não agravar sua situação sai triste e desconcertado.

CONTINUA....
cont....

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