A POÇÃO POLISSUCO (AGORA O TRU



Harry estava em seu quarto na casa dos trouxas vigiando seu dever de casa de férias...uma poção polissuco. Só mesmo o Snape para passar uma poção polissuco como dever de casa de férias de verão.  Aquela porcaria estava borbulhando no quarto dele, lançando um cheiro extremamente suspeito e desagradável há exatamente um mês, em que ele tivera um trabalho miserável para esconder de seus tios que fazia uma poção muy potente no seu quarto, que por sinal estava quente como o inferno por causa do fogo do caldeirão. Ele consultava o livro vendo se fizera tudo certinho... mas o que ele realmente temia era o último parágrafo da receita:
    “Se a poção não for feita de forma correta, muitas coisas podem dar errado... o efeito colateral mais comum é a mudança se tornar permanente...” – Harry teve um calafrio olhando para o fio de cabelo louro guardado cuidadosamente dentro de um vidrinho. Na falta de pessoa melhor, roubara um cabelo da escova de Duda, e ia se transformar no primo, documentando a experiência com um artefato bruxo especial que parecia uma câmera.... para evitar transtornos, tirou um fio de cabelo da própria cabeça e pôs em outro vidrinho. Se desse errado, era só tomar mais um gole e voltar a forma antiga... olhou a poção. Estava preocupantemente rala... abriu a tábua do assoalho e tirou um grande pedaço de bolo de dentro, para comer depois de tomar a poçao, para disfarçar o gosto horroroso. Era um dos bolos de aniversário que recebera e estava guardando para agüentar o período de férias, enquanto estava com seus tios e era obrigado a seguir a mesma dieta de Duda, que este ano estava testando uma dieta em que só tomava sopa de repolho. Realmente a casa não andava vá lá muito perfumada nos últimos tempos...
    Ficou olhando para o caldeirão, pensando seriamente em desistir... era melhor tirar um zero que passar algumas horas na pele de Duda...escolhera aquele momento porque os tios haviam ido ao mercado e ele estava quase sozinho na casa. Duda estava em seu quarto vendo televisõ, provavelmente aborrecido porque os pais não o levavam mais ao supermercado desde que ele fora flagrado escondendo chocolates na seção de doces sob a imensa barriga. Harry ia trancar a porta do quarto e ficar uma hora na pele do primo, escondido. Tirou um cálice da poção ainda preocupado e jogou o fio de cabelo lá dentro... ela borbulhou e ficou rosada com borbulhas laranja fluorescente... Harry olhou a poção pensando: “rosa”??
    Resolveu preparar logo a poção com seu cabelo também. Jogou o fio dentro de outro cálice e este ficou com uma cor simpática de chocolate... Hum, que estranho... hesitou um minuto em tomar a poção do primo. Nunca vira a poção ficar cor de rosa... e se isso fosse um problema? Consultou o livro, mas ele nada mencionava sobre a cor da poção, lembrando-se que estava sozinho com Duda, resolveu descer rapidamente e dar um discreto telefonema para Hermione. Se alguém sabia se isso era normal, era ela. Abriu a porta do quarto devagar e desceu pé ante pé a escada, sem perceber que deixara a porta do seu quarto entreaberta.
    Enquanto isso, Duda sentiu vontade de ir ao banheiro... levantou-se e saiu para o fim do corredor. Ao passar pelo quarto de Harry, viu a porta aberta e estranhou, nunca a porta do quarto dele ficava aberta... deu uma espiada curioso então ele viu... largado em cima da cama, pobrezinho... um maravilhoso pedaço de bolo!!!! Apetitoso, maravilhoso... quando viu já estava comendo, sem nem se importar se aquilo ia fazer a língua crescer... então, olhou sobre a cômoda, o cretino do primo então vinha fazendo lanchinhos escondidos, hein? Tudo bem... ele ia comer seu bolo e ainda tomar o achocolatado que ele largara ali...
    Harry subia as escadas preocupado, Hemione dera uma péssima notícia sobre a consistência rala da poção... ele entrou no quarto e...
-    Duda, não beba isto!
Tarde demais... duda segurava o cálice da poção onde Harry pusera seu fio de cabelo, vazio...levou as mãos ao rosto e começou a tremer e borbulhar, gritando que estava morrendo, Harry se aproximou e gritou:
-    Cale a boca!- Duda sacudiu-se mais um pouco enquanto encolhia... e repentinamente diante de si Harry viu surgir um perfeito clone... Duda estava com a sua aparência.
-    O...que que tinha naquele chocolate?
-    Não era chocolate, sua mula, era poção polissuco!
-    Poção o que? Porque eu tô vendo tudo embaçado? – Harry pegou o primo e carregou-o para diante do espelho. O queixo de Duda bateu no peito.
-    Porque tem você e você? Cadê eu?
-    Sua besta, você bebeu uma poção que te deixou com a minha aparência!
-    Que...qui..ai!
-    Droga... agora eu vou ter que esperar você voltar ao normal e...- um som petrificou Harry. O som do carro dos Dursley entrando na garagem! – Ah, não.. – sem pensar duas vezes, Harry pegou a poção para se transformar em Duda e tomou de uma só vez... depois de todo aquele processo que todo mundo já sabe de cor como ocorre, ele sentiu-se espremido nas suas roupas na pele de Duda.
-    As roupas! - Ele disse – depressa, precisamos trocá-las!
-    Mas...
-    Rápido, duda – disse Harry tirando a camisa e os sapatos, na medida que seu corpo agora obeso permitia. Duda o seguiu e ele estava abotoando as calças quando alguém apareceu na porta do quarto. Era tia Petúnia, que deu um grito.
-    Agh!!!!!! Duda meu  filho... o que você está fazendo...isso é culpa sua, seu pervertido – ela disse indo na direção de Duda virado em Harry.
-    Mãe , não é nada disso que você está pensando...- Disse Harry procurando uma desculpa suficientemente boa para justificar dois adolescentes sem camisa e sapatos abotoando as calças dentro de um quarto fechado.
-    Meu filhinho, tão inocente... – ela disse agarrando Harry – o que esse... esse gay estava fazendo... ?
-    Mãe... – Duda tentou dizer
-    Como ousa me chamar de mãe, seu bastardo... e porque o meu Duda está usando esses óculos horríveis? – ela disse atirando os óculos de Harry contra a parede – você vai se ver com seu tio, seu depravado... o que você estava fazendo pelado com meu filho?
-    Mas nós não estávamos pelados – disse Harry, tentando se livrar o abraço da tia – Harry estava me mostrando uma coisa....
-    Ah... meu Deus... chegou ao ponto de mostrar coisas ao meu filho... venha Dudinha...
Em menos de trinta segundos, Harry estava trancado no quarto de Duda, sem uma varinha, sem nada que pudesse usar para escapar. E ouvia Tio Valter dando bronca em Duda, tentando arrancar uma explicação decente para o fato de tia Petúnia ter flagrado os dois sem camisa e abotoando as calças dentro do quarto de Harry.
-    Duda, seu idiota... o que você foi fazer...- ele dizia, enquanto olhava o relógio, imaginando o que iria acontecer com ELE quando Duda se tornasse Duda de novo diante do Nariz de tio Válter... parecia o fim , e ficaria ainda pior... ele ouviu Tio Válter dizer:
-    E O QUE ESSE MALDITO CALDEIRÃO COM ESSA COISA FEDORENTA ESTÁ FAZENDO NO SEU QUARTO, MOLEQUE? VOCÊ VAI VER UMA COISA!!! – Harry ouviu o barulho dos passos pesados de Tio Válter indo na direção do banheiro, e logo depois um barulho de descarga. – Joguei aquela m... fora, seu bastardo... e ai de você se eu te pegar de novo importunando meu filho... – Duda replicava com balbucios surdos e inaudíveis... Harry imaginava o que fazer para sair dessa... pior que teria que dar um jeito de fazer toda a poção de novo depois, seria o cúmulo passar por tudo isso e ainda levar um zero de Snape quando chegasse a Hogwarts. Ouviu a porta do quarto dele bater e Tio Válter dizer que ele passaria o resto do verão trancado no quarto... então, a porta do quarto de Duda se abriu e o corpanzil de Tio Válter apareceu no vão.
-    Duda, meu filho... precisamos ter uma conversa de homem para homem...
 Ah, não... era o fim da picada. Tudo menos ser tratado como filho por tio Válter.
-    Sabe, meu filho, eu preciso conversar algumas coisas com você... coisas que eu e sua mãe vínhamos adiando... pois você é muito inocente... mas eu vou começar suavemente falando dos bichinhos... – Harry olhava para o tio como se este tivesse duas cabeças. Bichinhos? Abelinhas? So então percebeu que o tio estava tentando falar de sexo. Era só o que faltava, os tios acharem que os dois estavam fazendo sexo. Usando toda presença de espírito que possuía, Harry disse:
-    Pai, eu não estava fazendo sexo com o Harry se é isso o que o senhor está pensando.
-    Você... sabe o que é...  sexo? – Harry teve vontade de rir... era bem provável que o Duda não soubesse o que era sexo... era burro demais para saber.
-    Claro que sei... Mas  não era isso que estávamos fazendo, decididamente. O Harry estava me mostrando uma poção, sei lá, aquilo que o senhor jogou no vaso...era de mudar a cor da pele.
-    Mudar a cor da pele?
-    É – disse Harry na maior cara de pau, já olhando para o relógio imaginando quanto tempo ele demoraria para se livrar de tio Válter. – por isso a gente tirou a camisa, e só... sabe, o senhor deveria deixar ele fazer os deveres de casa dele...
-    Você acha, meu filho?
-    Acho... não tem nada demais esse negócio de magia... você e a mamãe são muito paranóicos...
Válter olhava para Harry desconfiado, afinal, argumentação inteligente não era o estilo de Duda. Harry olhou o relógio...um minuto para o fim do prazo de uma hora. Válter ainda o olhava desconfiado. Ele disse:
-    Hum, vou pensar sobre isso, meu filho...
-    Mas dava para o senhor pensar em outro lugar? É que está na hora do meu programa de TV – Harry foi empurrando o tio para fora do quarto e quando ele saiu, encostou-se na porta, aliviado... foi procurar algum espelho para ver se voltava ao normal, abriu todas as portas do armário para ver se achava... enfim, achou e ficou olhando atentamente, esperando que tudo voltasse ao normal... mas nada aconteceu. Continuava olhando para a cara gorda de Duda Dursley...como ele suspeitara, a poção estava incorreta, e ele provavelmente ia tirar zero... mas o pior seria continuar com aquela cara... tinha que dar um jeito. Lembrou-se que o tio jogara o que restara da poção pelo ralo e pensou:
-    E agora, o que eu faço? Sem poção, sem fio de cabelo e preso na pele do Duda?

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