Ele é um Potter?
Depois de ter passado muito tempo no hospital com sua mãe, Lílian, seu pai, Tia Wilma e Petúnia voltaram para casa, esperando ansiosamente pelo nascer do sol, pois isso significaria que Jolie estaria liberada, e Lílian teria até quarta para matar as saudades.
O dia amanheceu calmo, com um céu azul, mas meio coberto por nuvens cinzas que diziam que iria chover. Por mais ansiosa que Lílian estava ela não acordou, mas foi acordada por uma coruja muita bonita. Logo que a viu, Lílian a reconheceu. Era Éric, coruja de Tiago. Ela não entendeu muito bem porque a coruja estava lá, mas viu que ela segurava algo e ela se sentiu feliz por ter uma carta de Tiago Potter, apesar de tudo.
“Olá, Lils!
Antes de tudo você deve saber que essa carta não é do Tiago, é minha, sua querida amiga Beatriz! Antes que se pergunte, não mandei pela minha coruja porque ela sofreu um acidente na ultima entrega dela... Estou meio arrasada com isso. Meu pai precisou usa-la para enviar uma carta do ministério para a diretora da Beauxbatons (não me pergunte o motivo, porque também não sei) e alguém não queria que ela chegasse, então atirou uma sequencia de feitiços na minha pequena, e ela está incapacitada agora. Meu pai disse que ela sofreu muito, e por isso ele não vai me devolve-la. Ele acha que ela será mais feliz se não tiver que ficar voando para entregar cartas, então no momento ela esta em casa sob cuidados de uma veterinária bruxa. Quando ela melhorar ela passará os dias em casa com nosso elfo domestico. Do jeito que ela era meio preguiçosa, aposto que ela vai amar. Meu pai me disse que no próximo sábado ele virá me buscar em Hogwarts e iremos até o Beco Diagonal comprar outra coruja para mim. Enfim, chega de enrolação (enrolar é o que você mais sabe fazer, Bia! ) SAI TIAGO! Ele disse que queria ‘participar’ da carta, pois estou usando Éric... Tiago é um bobo mesmo! (NÃO SOU NÃO!!!) Chega Tiago, me deixa escrever! Ótimo! Enfim, vamos ao assunto da carta Lils! Estou mandando ela basicamente para contar ‘as novidades’ de ontem, antes de ir pra aula nessa segunda-feira chata, dizer que estou morrendo de saudade, te encher de perguntas, e mandar recados! UFA! Enfim, vamos por partes! Primeiro: VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR! Sonserina começou a treinar mais cedo então domingo tivemos nosso primeiro treino e eu arrasei! O Sirius e eu nos demos bem no jogo, descobri que há uma certa sintonia que não sei explicar (hmmm to sabendo hein Bia!) Para Tiago!!! Enfim, há essa certa sintonia que nos torna bons EM EQUIPE. Depois do treino eu fui dar uma volta com o Thomas, ele é um fofo e acho que gosta de mim! (Você acha? Ele se rasteja por você, Bia!) Um dia eu ainda mato o Tiago (: essas são as novidades básicas, tem também o lance do Tiago com a Giuly, mas ele não queria que eu falasse disso (SUA FILHOTE DE DEMENTADOR, VOU TE MATAR POR TER ESCRITO ISSO!) Agora que comecei vou terminar, ok Tiago? Ele disse ‘OK’ Lils! (é mentira... Eu não disse nada, mas conta, fazer o que. Já começou mesmo... ) Eles ficaram, Lils... Mas não perca tempo pensando nisso (não entendi essa parte...) Sabe, Ti, privacidade as vezes é bom e eu gosto! (Então use Lion, do ‘Six’) UUUH, PEGOU NO PONTO FRACO! NÃO VOU USAR LION E VOCÊ SABE DISSO! ODEIO O BLACK! (No jogo de domingo não pareceu isso... E já que comecei, vou terminar! Evans, no jogo ela chamou ele de SIX! Esse é o apelido mais meloso que existe, e ela o chamou assim! E hoje, quando levantamos pra vir escrever essa carta, ela e o Sirius se trombaram e ela SORRIU PRA ELE DE UM JEITO SUSPEITO!) Pois é, pois é, isso tudo é ‘verdade’ mas vale lembrar que eu esqueci minha pena, subi pra pegar e quando desci o Black estava sentado conversando com uma terceiranista qualquer, e isso me lembrou o quão cretino ele é, então esqueça isso Lils... (MAS EU ME MORDO DE CIUUUUMES!) PARA TIAGO! Antes de te passar os recados TALVEZ você deva saber que eu SEM QUERER contei pro Tiago da sua mãe. E eu não estava disposta a dizer pra você que eu contei mas ele disse que seria melhor. NÃO ME MATE E CONFIE EM NÓS! Ele não contará pra ninguém. (Prometo que não contarei, Evans) Recados:
Severo pediu pra eu te dizer que ele espera que sua mãe melhore logo, que está com saudades e que te ama. (ECA!)
Alice pediu pra dizer que é pra você lembrar de entregar o kit pois assim Túni ficará mais bonita, disse que quer muito que sua mãe melhore, mandou um beijo e disse que te ama.
Lene quer reforçar o pedido de desculpas pelo piripaque dela (que piripaque, Bia?) Não interessa, Tiago! Enfim, quer reforçar esse pedido de desculpas, dizer que sente sua falta, que espera que sua mãe melhore e que te ama.
Molly disse que te ama demais, disse pra você se cuidar, desejou melhoras pra sua mãe e disse que Art e ela estão mandando beijos.
Remo pediu pra te dizer (espera ai, Remo quer mandar recadinho também?) Qual o problema? Aff... Voltando, Remo pediu pra te dizer que sente muito pela sua mãe, quer que ela melhore, disse também que sente saudades (Sério isso? Aff...) Sai Tiago! E ele disse que se responsabiliza pelas anotações de História da Magia pois eu ‘não sou confiável’
Tiago pediu pra dizer que (DEIXA QUE EU MESMO ESCREVO! Eu desejo do fundo do meu coração que sua mãe melhore, estou pesquisando alguma magia para curá-la pois realmente quero ajudar. Eu não estou com saudades de você, Evans, mas seria legal te ter de volta logo... Beijos, Ruiva.) É, mais ou menos isso ai que ele tinha pedido pra eu te dizer...
Agora vamos as perguntas! Como sua mãe está? Ela vai melhorar logo? Você está melhor? Está com saudades de nós? Como é o hospital trouxa? Como seu pai, sua tia, e sua irmã estão? (Reencontrou algum ‘amiguinho’ da escola?) Vai ver a Amanda?
Por fim, quero dizer que estou morrendo de saudades de você, Lils! Não vejo a hora de ter você de volta! Hoje a noite mandarei uma carta mais curta contando alguma novidade se tiver alguma pra contar, e as anotações, ok? Eu te amo, Lils!
Beijos,
Beatriz Fearless (e Tiago Potter!)”
Lílian deu algumas risadas com a carta, se surpreendeu com algumas coisas e se sentiu incomodada com o fato de Tiago ter beijado Giuly. Logo Giuly, a sonserina que ela mais odeia! Mas invés de ficar pensando nisso decidiu seguir o conselho da amiga, e decidiu escrever uma carta em resposta, antes de ir chamar seu pai, sua irmã e sua tia para irem buscar Jolie no hospital. Lils pegou um pergaminho e uma pena com detalhes rosas, sentou-se em sua escrivaninha, olhou para Éric e disse:
--Sabe, Éric, você é a coruja mais fofa que existe! Obrigada por ter trazido a carta... Espere só mais um minutinho que responderei a carta, fofo!
A coruja piou suavemente, deu bicadinhas carinhosas na mão de Lílian e voou até a cama da menina se aconchegando lá.
“Olá Bia e Potter
Confesso que gostei de ter recebido essa carta mesmo com alguns comentários desnecessários da parte do Potter. Primeiramente, sinto muito pela sua coruja, Bia! É realmente uma pena o que aconteceu com ela. Segundo, tenho uma noticia incrível! Antes de eu partir, Dumbledore me deu uma coisa que curou minha mãe. Duvido que você, Bia, consiga adivinhar! Mas se Potter realmente tiver procurando uma cura, provavelmente ele já desconfia! Façam suas apostas! TAM TAM TAM! E quem disse ‘lágrima de Fênix’ ganhou! (aposto meu dedo mindinho que Potter venceu, Bia!) Bem, sobre os treinos, vocês sabem que sou péssima em Quadribol e não sei quase nada, mas acho realmente legal vocês terem começado a treinar, pois desejo de coração que Grifinória derrube Sonserina (Sev que me perdoe...) ! Quanto a você e Sirius, acho bom mesmo vocês se darem bem no jogo, pois vocês tem que trabalhar em equipe. Mas fora do jogo pode continuar odiando-o, eu deixo e, em tese, ele merece isso por enquanto. Respondendo os recados:
Diga a Severo que eu o amo também, conte sobre as lágrimas da Fênix e agradeça pelo carinho. Diga também que estou morrendo de saudades dele. E quanto ao “eca”, Potter, acho bom retirar, se não me vingarei de você.
Diga a Alice que me esqueci de entregar ontem mas de hoje não passa! Diga que eu a amo, sinto falta dela e conte da Fênix.
Diga a Lene que está tudo bem, de verdade. Diga que a amo muito e a apoio quando ao ‘motivo do piripaque’. Conte da Fênix e diga que estou morrendo de saudades.
Diga a Molly que eu também a amo, mande um beijo para ela e para Arthur. Conte da Fênix para ela e diga também que eu acho estranho o fato dela e Arthur terem se tornado um só. Hahaha
Agradeça ao Remo pelas anotações de História da Magia, você realmente não é confiável pra isso, sinto muito, mas o mais provável é que você durma, Bia! Mande a ele um beijo, conte da Fênix e diga que estou com saudades dele...
E Tiago, muito obrigada mesmo por se preocupar, guardar segredo e estar se empenhando tanto! Ela já está curada e hoje a buscaremos! Eu também não estou com saudades de você, mas concordo que seria legal voltar, afinal acho que te devo uma azaração pelo cocô que sua coruja acabou de fazer no meu travesseiro!
Acho que já meio que respondi as perguntas mas vamos lá. Minha mãe está ótima! Ela está curada e hoje será liberada! Eu estou feliz pela melhora da minha mãe. Estou morrendo de saudade de vocês (menos do Potter, claro). Meu pai, minha tia e minha irmã estão ótimos e felizes pela melhora da minha mãe. O hospital é normal, Bia, não da pra explicar... É branco, com coisas trouxas e vários quartos. Provavelmente Amanda dormirá aqui de terça para quarta, que é o dia que irei embora. Eu não te devo explicações, Tiago Potter, mas não reencontrei nenhum amigo, nem vou reencontrar.
Até hoje à noite, Bia e (provavelmente) Potter. Não esqueçam as anotações pelo amor que vocês têm à vida, ok?
Beijos!
Eu amo você, Bia. Não amo você, Potter.
Lílian Evans. (Não me chame de Ruiva, Potter! É apenas Evans, pra você) “
Quando Lílian terminou de escrever a carta ela enrolou o pergaminho e chamou Éric:
--Aqui, Éric! Obrigada por ter me trazido a carta deles, pequeno. Agora entregue essa nas mãos da Beatriz Fearless, ok? – A coruja bicou de leve sua mão, pegou o pergaminho e voou pela janela de Lils – Bom menino, Éric. Quem me dera seu dono fosse tão fofo quanto você!
Depois disso Lílian foi chamar seu pai, sua tia e Petúnia. Todos se trocaram rapidamente, pegaram o carro e foram em direção ao hospital. No carro Wilma perguntou à Lílian:
--Lils, meu amor, tinha alguém no seu quarto hoje? Tenho certeza que escutei você conversando...
--Não liga não, Tia Wilma, ela é estranha e fala sozinha! – Disse Petúnia com desdém.
--Não fale assim com a Lílian, Petúnia Evans! Ela não veio para ser maltratada. – Corrigiu o pai, e depois, mudando o tom de voz para o tom de preocupação acrescentou – Quem estava lá, Lils?
--Não era ninguém especial, gente. Somente o Éric. – Disse Lils, sorrindo.
--Como é? Um menino no seu quarto? LÍLIAN EVANS, COMO OUSA DEIXAR UM MENINO ENTRAR NO SEU QUARTO!? Quem é esse? Esse menino vai se ver comigo! QUEM É ELE? – Gritou John, histérico.
--Ah pai, não grita! Acalma-se, respira... – Disse Lílian, ao som das risadas abafadas de Wilma – Pai, não era um ‘menino’. Éric é uma coruja, pai! Ele veio me trazer uma carta dos meus amigos de Hogwarts!
--Ah... Entendi... – Disse Jonh, envergonhado e sorrindo amarelo. Tia Wilma gargalhava agora – Lils, eu sei que você me acha um histérico mas é que você é tão linda... Eu me preocupo. Não quero que qualquer marmanjo te tire de mim.
--Calma, John! Um dia a menina vai namorar, você terá que aceitar. – Disse Wilma, ainda rindo.
--Eu não quero que ela namore! Nem ela nem Petúnia! – Murmurou John, parecendo uma criança de cinco anos que chora pelo brinquedo quebrado.
--Hm, pai... Talvez você deva saber que eu já tenho 13 anos e estou quase namorando um menino... – Disse Petúnia, aproveitando que Wilma estava presente.
--COMO É QUE É? QUEM É ELE, PETÚNIA EVANS? E COMO ASSIM, QUASE NAMORANDO? – Gritou o pai, quase batendo em outro carro.
--JOHN, PELO AMOR DE DEUS, SE ACALME! – Gritou Wilma – Ou você pretende nos matar?
--É pai, presta atenção no transito! – Disse Lílian – Agora conta quem é, Túni!
--Isso, conta quem é e como assim ‘quase namorando’ ! AGORA, PETÚNIA! – Gritou John, dessa vez mais focado no transito.
--Droga, Lils, eu ainda te mato por ter lembrado ele disso!
--Desculpa... – murmurou Lílian.
--Enfim, o nome dele é Valter, pai. E não estamos namorando, mas nos beijamos e acho que namoraremos! – Disse Túni, com um tom de voz alegre.
--Como assim vocês se beijaram sem nem namorar?- Perguntou John, com rosto preocupado.
--John, como você é antiquado! – Disse Wilma – Hoje em dia eles ficam, ai se eles se sentem atraídos pelo outro depois de ficar mais algumas vezes eles namoram. É assim que funciona. Ela está certíssima de fazer isso e eu te proíbo de brigar com ela ou proibi-la!
--Wilma, você devia estar do meu lado! Tudo bem, não brigarei com Túni, mas eu te peço que me conte quando virar namoro, pois quero conhece-lo. – Disse John, primeiro para Wilma depois para Túni.
--Ok, papai...
--Lils... – disse John para a outra filha agora – Me promete uma coisa?
--Diz o que, papai... – Disse Lílian, sorrindo de leve.
--Promete não ficar no mesmo quarto que um garoto, só os dois, até seus 35 anos?—Pediu ele, fazendo carinha de piedade.
--Não, pai! – Respondeu, Lílian, acompanhando as risadas de Wilma e Petúnia.
--Minhas filhas estão perdidas... – Murmurou John – Promete então que até seus 19 anos não ficara sozinha com um garoto no mesmo quarto?
--Prometo, pai. – Disse Lils, rindo ainda.
--Duvido que ela vá cumprir! –Disse Wilma.
--Eu também! – Disse Túni.
O carro virou uma esquina e depois de cinco minutos chegaram no hospital. O pai trocou umas palavras com a recepcionista, que depois de pegar todas as informações necessárias permitiu a entrada deles.
Caminharam até o quarto de Jolie, entraram e sorriram ao vê-la melhor, mais corada e mais saudável. Ao seu lado tinha um médico, o oncologista que a acompanhou desde o começo.
--Olá Dr. – cumprimentou John – Olá, meu amor... – Disse ele, beijando-lhe a testa. – Como está, amor? Vamos pra casa?
--Oi, meu amor! Estou bem... Vamos sim, não é, Dr.? – Disse Jolie, sorrindo.
--Olá, Sr. John Evans . A Dra. Jolie teve uma melhora incrível de ontem para hoje. Não há explicação para isso, apenas acreditamos que seja milagre. Estava fazendo os últimos exames, ela está inteiramente saudável, então ela já terá alta, poderão partir às 11:30, pois tenho que preencher algumas papeladas antes. – Disse o médico, sorrindo de maneira simpática—Olá, Wilma... – Acrescentou ele, olhando-a com um olhar diferente, galanteador. – Olá, Lílian e Petúnia Evans. Vocês estão lindas.
--Obrigada! – Responderam as duas, ao mesmo tempo, e depois correram para a cama onde Jolie estava sentada, beijando a mãe.
--Olá, Dr. Cadmus Potter... – Disse Wilma, sorrindo. Quando ela disse esse sobrenome Lílian parou o que estava fazendo e disse:
--Hm... Com licença, você é um Potter?
--Sim, Lílian... Conhece algum outro? – Perguntou ele, não acreditando que uma menina trouxa realmente conhecesse a família Potter.
--Sim, conheço, Dr. Potter. Conheço Tiago Potter, um menino de 12 anos.
--Como...? Você é o que? -- Perguntou o médico.
--Eu estudo com ele... – Disse Lílian, evitando mencionar a palavra ‘bruxa’.
--Você também é bruxa? – Perguntou o médico.
--Sou, mas sou a única na família. – Respondeu Lílian, olhando para o médico de forma curiosa – Posso perguntar uma coisa?
--Sim... Pode, Lílian. – Respondeu o médico, surpreso – Mas eu também tenho algumas perguntas.
--Por que o Sr. trabalha com trouxas? – Perguntou Lílian.
Todos presentes no quarto olhavam curiosos, um pouco confusos. Petúnia olhava para Dr. Cadmus com desdém, tentando deixar sua aversão por bruxos bem clara. Jolie se perguntava como ela passou tanto tempo trabalhando ao lado daquele homem sem saber sua natureza. John não entendia como ele e Jolie nunca associaram o sobrenome, já que Lílian já contou de suas ‘aventuras’ pela escola e, possivelmente, mencionou o nome de seu colega.
--Bem, é uma história confusa. Eu sou irmão de Charlus Potter, pai de Tiago, ele é um auror. Eu sempre quis ser medibruxo, mas quando me formei em Hogwarts decidi passar um tempo na comunidade trouxa e descobri a ‘medicina’, fiquei interessado por isso e apesar de alguns conceitos não serem tão avançados, me interessei, principalmente pela parte de oncologia. Sempre procurei maneiras de curar o câncer dos trouxas com algo mágico, e até hoje só encontrei uma coisa que eu acredito profundamente que você, Lílian Evans, teve acesso. Lágrima de Fênix, estou certo? – Disse Cadmus, olhando para a menina de modo curioso.
--Entendi, Dr. Potter. E sim, está certíssimo. Já que você sabe desse método, por que não o usa para salvar todos? – Perguntou Lílian, já imaginando a resposta.
--Lílian, você sabe, uma fênix não derruba uma lágrima para qualquer pessoa. E não é um animal de fácil acesso... E também se tornaria algo suspeito. Pense, algumas pessoas se curando milagrosamente de uma hora para outra, enquanto outras não melhoram, só pioram. – respondeu o médico, com um pouco de tristeza na voz. Claramente ele queria poder curar todos – Lílian, você deve ser uma excelente bruxa, e tenho certeza que realizará grandes feitos, já que uma Fênix te julgou merecedora da lágrima que curou sua mãe. Tenha orgulho disso.
Lílian assentiu, e sorriu timidamente. Jolie olhava, ainda surpresa, para os dois.
--Cadmus, não acredito que você é um bruxo e nunca me contou! – Disse Jolie, de maneira brincalhona, levantando e indo até à filha.
--Ah, Jolie, como eu poderia imaginar que você tinha conhecimento do mundo bruxo? – Perguntou Cadmus, sorrindo para a companheira de trabalho.
--Pois é... John, o que você acha de preparar um daqueles churrascos incríveis que só você sabe fazer hoje a tarde? – Perguntou Jolie, olhando para o marido que sorriu com o ‘elogio’.
--Claro, querida! – Disse John, e entendendo o porquê a mulher tocou no assunto acrescentou – Seria ótimo se Cadmus fosse, para podermos conversar mais sobre esse mundo bruxo.
--Obrigada, Sr. John e Dra. Jolie! Será ótimo ir. Que horas devo chegar? – Perguntou o médico, animado com a ideia.
--Chegue umas 17:30 Cadmus. – Disse Jolie. – Será divertido.
Eles se despediram, Dr. Cadmus foi preencher os papéis para a liberação de Jolie, enquanto os outros ficaram no quarto, conversando sobre a melhora de Jolie, sobre Cadmus, sobre Lílian ter que voltar para Hogwarts na quarta e sobre Valter.
Um pouco depois das onze horas e trinta minutos, Cadmus entrou no quarto trazendo os papéis e dizendo que eles poderiam ir.
Todos agradeceram e se despediram do médico. Caminharam até o carro, felizes por Jolie. Petúnia estava conversando com Tia Wilma sobre como ela estava gostando de Valter. Lílian estava de mãos dadas com sua mãe, que estava envolvida nos braços de John.
Quando chegaram em casa, Wilma e Jolie foram arrumar algumas coisas, desfazer algumas malas e tomar um banho. John disse que estava cansado e sentou-se para ver TV. Petúnia subiu e disse que iria estudar.
--Pai, posso usar o telefone? – Pediu Lílian, já com ele na mão.
--Claro, querida. – Disse John, sorrindo para a filha.
Lílian discou para Amanda, que após três toques, atendeu.
--Amanda falando!
--Oi Amy! É a Lils... – Disse Lílian, feliz por ter sido atendida pela amiga.
--Oi Lils, tudo bem? – Disse Amanda, demonstrando entusiasmo na voz. Ela sentia saudade da amiga.
--Tudo, e você, Amy? Estou com saudades!
--Tudo sim, Lils. Também estou com saudades! Esta na sua casa? O que aconteceu? É feriado em Hogwarts?
--Estou sim, Amy. Não é feriado não, mas fui dispensada esses dias porque minha mãe estava com câncer, como você provavelmente já sabe – Amanda assentiu, do outro lado da linha, murmurando um ‘uhum’ cheio de tristeza – Vim para cá então e trouxe uma coisa que curou minha mãe.
--SÉRIO LILS? – Disse Amanda, com mais entusiasmo ainda. – COMO ASSIM?
--É uma lágrima de um animal chamado Fênix que tem o poder de curar qualquer coisa, Amy. – Disse Lílian, com tom orgulhoso na voz – Ficarei aqui até quarta, quer dormir aqui de terça pra quarta?
--Entendi, Lils! Que ótimo Lils! Quero sim, Ruiva! Tenho certeza que minha mãe deixará!
--Ok Amy... Preciso desligar agora, ok? – Disse Lílian, feliz por confirmar que verá sua amiga.
--Ok, Lils... Mande um beijo para Jolie e para John!
--Pode deixar, Amy. Mande um para tia Lea!
--Mandarei, Lils. Beijo, amiga, até terça.
--Beijo, Amy. Até!
Lils desligou e foi sentar-se com seu pai no sofá.
--Pai, Amy vai dormir aqui de terça para quarta!
--Eu ouvi, querida. – Disse John, sorrindo para Lílian – Filha, não é uma coincidência enorme Cadmus ser tio do seu amiguinho de Hogwarts?
--TIAGO POTTER NÃO É MEU AMIGO. Mas de qualquer maneira, sim, é uma coincidência grande, já que ele é sangue puro e tudo mais. – Disse Lílian, fazendo cara de brava para demonstrar o quanto não gostava de Tiago.
--Nossa filha, por que essa aversão toda por Tiago? – Perguntou John, estranhando um pouco.
--Por nada, pai. É só que ele é arrogante, prepotente, metido, exibido, idiota, mal educado, preconceituoso... – Lílian estava disposta a continuar mas foi interrompida por seu pai.
--Ele fez alguma piada de mal gosto sobre você ser de uma família trouxa? – John tinha uma voz preocupada.
--Não pai, por quê? – Perguntou Lílian.
--Você disse que ele é preconceituoso...
--Oh, não comigo! Ele é preconceituoso com os sonserinos, diz que eles são todos aliados de você-sabe-quem, um bruxo muito maligno que mexe com Arte das Trevas, pai. – Disse Lílian, acrescentando um tom de medo ao mencionar Voldemort.
--Severo é da sonserina, não é? – Lílian assentiu, e John entendeu porque ela tinha algo contra esse menino. – Quem é “você-sabe-quem”? Esse é o nome dele?
--Ah pai, na realidade ele tem um nome. Mas ele é tão perigoso que ninguém ousa pronunciar seu nome. Ele é um bruxo muito mal que mexe com Arte das Trevas... É maligno mesmo, pai. Ele tenta reunir aliados malignos como ele para exterminar todos os nascidos trouxas. Ele quer que todos sejam puros sangue, sabe? – O pai assentiu, tentando acompanhar a filha – Ele tem vários aliados, mas quer mais. Dizem que ele está tentando levar os sonserinos para o lado dele, já que ele foi da Sonserina e se considera descendente de Salazar Slytherin, o criador da casa, que preza sangue puro. Ele começou uma guerra em 1970, pai. É recente, ainda não é tão grande, já que o número de pessoas que o seguem ainda não é enorme. Mas bruxos mais sábios temem que esse número aumente muito quando a geração de alunos de Hogwarts, Durmstrang e Beauxbatons (são duas outras escolas para bruxos, pai) da turma de 1970/1971 chegarem aos 15 anos, já que muitos, inevitavelmente, passarão a lutar pelo lado das trevas.
--Lílian, ele representa um perigo enorme para você, que tem apenas 12 anos e é nascida trouxa. – Disse o pai, ainda meio pasmo por conta de tudo que sua filha disse.
--Pai, fica tranquilo, Hogwarts é o lugar mais seguro que existe. – Disse Lílian, sorrindo.
--Tudo bem, querida, mas ainda assim eu fico preocupado... E se essa guerra crescer, querida?
--Fique tranquilo, pai. Primeiro: tem muitos bruxos bons e sábios que não se juntarão à ele. Segundo: lembre-se, o bem sempre vence o mal. – Disse a filha, sorrindo gentilmente.
--Mas mesmo assim, até o bem vencer muitos morrerão e eu me preocupo com o fato de você poder ser uma vítima. – Disse o pai, realmente preocupado.
--Não acontecerá nada comigo, pai. – Disse Lílian, séria.
Wilma desceu as escadas e foi fazer o almoço, Lílian fez questão de ajudar, e as duas foram para a cozinha e se divertiram enquanto preparavam um strogonoff.
Depois do almoço Lílian disse que estava cansada e foi se deitar.
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Em hogwarts o dia amanheceu claro, e Tiago encontrou Bia como haviam combinado, sentaram-se em uma mesa redonda na sala comunal da Grifinória e começaram a escrever a carta para Lílian. Deram algumas risadas, e subiram para o corujal.
--Éric! – Chamou Tiago, e cinco segundos depois uma coruja linda apareceu piando suavemente e pousando no braço de Tiago – Leve essa carta para Lílian Evans. Se necessário, acorde-a. Queremos uma carta em resposta, mocinho.
A coruja voou para longe, segurando a carta que seu dono enviava. Bia sorriu para Tiago e disse:
--Sabe, Tiago, você usou uma voz tão fofa para falar com Éric que acho que me apaixonei. – Claro, a menina estava brincando, e por isso usou um tom irônico.
--Ah Bia, se eu não te conhecesse tão bem eu acreditaria. – Tiago deu risada e acrescentou – Vamos? Temos aula de Herbologia com Lufa-Lufa e ainda nem tomamos café.
--Ah Tiago, da uma preguiça só de pensar... Vamos. – Disse Bia, com voz demorada.
Os dois desceram as escadas e foram em direção ao salão principal, chegando lá notaram que quase todos os lugares já estavam ocupados, Tiago olhou atentamente para a mesa da Grifinória e localizou seus amigos.
--Bia, a Lene e a Lice estão sentadas em frente Remo, Sirius e Pedro... Vamos para lá? – Disse Tiago, apontando.
--Vamos sim. – Respondeu Bia.
Caminharam até lá e perceberam que Alice estava conversando alegremente com Frank sobre algo que ele não entendia. Marlene estava lendo alguma coisa, enquanto tomava seu suco de abóbora, sem perceber que Remo observava seu livro com o canto do olho. Sirius estava concentrado em equilibrar o garfo no copo enquanto Pedro se empanturrava de um bolo de caldeirão delicioso.
-- E aí, Sirius! – Disse Tiago, cumprimentando o amigo enquanto se sentava entre ele e Remo – Oi, Remo, beleza?
--E aí, Tiago! Levantou cedo hoje. – Disse Sirius, sorrindo e desistindo de equilibrar seu garfo em seu copo.
--Oi Tiago... Tranquilo, e aí? – Cumprimentou Remo, voltando a observar o livro.
--Tranquilo, Remo. Sirius, fui com a Bia despachar uma carta. – Respondeu Tiago, apontando para o único lugar vazio, ao outro lado de Sirius. Bia sentou-se, meio contra a vontade e cumprimentou todos na mesa acenando com a mão.
--Olá, Fearless! – Disse Sirius, virando as costas para Tiago e olhando para Bia, com seus olhos azuis acinzentados e chamativos.
--Olá, Black. – Respondeu a menina, procurando não olha-lo nos olhos, de modo curto e grosso.
--Tudo bem com você? Parece meio nervosa, Fearless. –Respondeu Black, sorrindo e colocando a mão no queixo da garota, para olha-la nos olhos.
--Tudo ótimo, Black. Não estou nervosa. E tire essas suas patas de cachorro de mim! – Disse Bia, arrancando risadinhas de alguns que sentavam em volta e em seguida olhando para frente séria e com cara amarrada.
--Nossa Fearless, calma, gatinha. – Respondeu Sirius, com muita calma e usando um tom irônico. – Fiz algo pra ela, Tiago?
--Eu é que sei, Sirius? – Respondeu o amigo, rindo de Sirius enquanto pegava uma torrada.
Depois disso Sirius ignorou Bia, que estranhou isso mas não se importou, e ficou conversando com Tiago sobre como é difícil equilibrar um garfo no copo.
--Assunto produtivo, cara. – Disse Remo, rindo da importância que os amigos davam pra isso.
--É mais produtivo do que ficar olhando a Marlene ler. – Respondeu Sirius, um pouco alto demais, atraindo um olhar curioso de Marlene.
--E-eu n-não esta-tava ob-observando a Marlene. – Gaguejou Remo, olhando nervoso de Sirius para Lene.
--Não estava? – Perguntou Tiago, irônico, enquanto bagunçava seus cabelos.
--Não, não estava. – Disse Remo, com mais firmeza, mas ainda nervoso. – Não tem nada demais pra observar ali.
--Não tem? – Dessa vez quem perguntou foi Marlene, com uma voz chorosa e os olhos já lagrimejando.
--Eu... Eu só... POXA EU ESTAVA OBSERVANDO A MARLENE SIM E EU ODEIO VOCÊ SIRIUS. – Gritou Remo, sem saber o que fazer, cruzando os braços como uma criança e arrancando risadas de todos.
--Calma, Remo! – Exclamou Tiago, rindo muito.
--Ah, Reminho, me ofendeu assim. – Brincou Sirius, fazendo bico.
--Parem com isso, os dois. – Disse Remo, ainda sério. – Me desculpe por isso, Marlene. É que não é todo dia que vejo alguém tão interessado em um livro como hoje vi você. Estava tentando perceber que livro é e como é a história pelas suas expressões.
--Tudo bem, Remo. Pode me chamar de Lene, por favor. – Respondeu a menina, sorrindo fracamente.
--Ok, Lene. Então, o livro é sobre o que? – Perguntou Remo, debruçando sobre a mesa.
--Ah, é sobre uma jovem bruxa que um dia tenta... – A menina foi interrompida por Sirius.
--Desculpe interromper mas acabo de notar que estamos quase atrasados para a aula. Todos os alunos da Lufa-Lufa e a maioria dos alunos da Grifinória já foram, então se eu fosse vocês eu combinava de conversar sobre isso depois, em um lugar mais reservado. – Bia deu um risinho abafado, sendo acompanhada por Tiago e Pedro. Alice e Frank já tinham levantado. Marlene estava corada e Remo também, pois entenderam o duplo sentido da frase. Eles assentiram e levantaram-se, caminhando em direção à estufa.
Sirius, Tiago e Bia foram na frente, conversando sobre as expectativas para o primeiro jogo de quadribol. Apesar de Bia não querer conversar com Sirius, como o assunto era esse ela deu uma trégua e mergulho na conversa, rindo e imaginando os sonserinos quebrando as vassouras. Remo e Lene foram um pouco atrás. Ela abraçando seu livro e olhando para os próprios pés, enquanto Remo olhava vagamente para frente, as vezes espiando a menina.
--Sabe, o que Sirius disse não é má ideia. – Disse Remo, ainda olhando para frente.
--Como assim? – Perguntou Lene, olhando para o garoto.
--Acho que a gente devia sentar hoje de noite em algum lugar e conversar um pouco sobre livros, sabe... – Disse Remo, um pouquinho nervoso, dessa vez encarando Lene.
--A-acho que seria ótimo, Remo... – Respondeu Lene, corada. – Onde?
--Acho que pode ser no meu dormitório. – Disse o menino, tranquilamente, e depois que notou a expressão um pouco assustada de Marlene acrescentou – Calma Lene! Acho que não me expressei muito bem... Tipo, não queria sair da sala comunal, por causa do toque de recolher e tudo mais. Mas na sala comunal tem bastante barulho as vezes, e no quarto seremos só nós então vai ser mais particular sabe? Por favor, não pense nada errado de mim, Lene. Eu não sou assim, sério. É só que não pensei em um lugar melhor e...
--Calma Remo, está tudo bem. Podemos ir lá mesmo. – Disse Marlene, sorrindo timidamente.
--Ok então... – Sorriu Remo.
Pouco depois chegaram na estufa e tiveram sua aula, Bia fez anotações para Lílian e guardou-as com cuidado em sua bolsa.
Depois da aula de herbologia seguiram para aula de transfiguração que seria com Sonserina, Minerva estava sentada em sua forma de animago, aguardando os alunos que chegaram pouco a pouco.
--Bom dia. Peguem o livro e abram na página 167, por favor. – Todos os alunos obedeceram, e pegaram pergaminhos para possíveis anotações – Hoje transformaremos esse botão que esta sobre a mesa de vocês em uma borboleta. Preciso que vocês se concentrem, e sigam as instruções da página. O aluno que conseguir fazer a transformação primeiro e perfeitamente, ganhará 75 pontos para a casa – Disse Minerva, olhando esperançosa para Tiago, que era excelente em sua matéria. – Comecem, e qualquer duvida, me chamem. – Ela sentou-se em sua cadeira e observou todos seus alunos, por ultimo, acrescentou – Por favor, não deixem as borboletas fugirem, pois depois disso preciso que as transformem de volta. Obrigada.
Os alunos assentiram e começaram a seguir as instruções atentamente. Não demorou muito e Tiago conseguiu.
--Professora, consegui! – Disse ele, contente, encurralando sua pequena borboleta vermelha com manchas verdes vibrantes. A professora aproximou-se dele para observar o resultado.
--Cores interessantes, Sr. Potter. Elas me lembram alguém. – A professora sorriu e anunciou em voz alta – 75 pontos para Grifinória! Potter, se você conseguir transforma-la de volta na primeira tentativa, te darei mais cinco pontos.
O menino assentiu, se concentrou e sob olhares atentos de todos presentes conseguiu fazer sua pequena borboleta voltar a ser um botão. A professora sorriu orgulhosa e disse:
--Mais cinco pontos para Grifinória. Quanto a vocês, continuem tentando. Ninguém sai da sala até que o último aluno consiga, nem que eu tenha que privar os senhores do almoço.
Os alunos resmungaram um pouco e continuaram tentando. Minerva segurou todos os alunos lá por quinze minutos após o ‘suposto’ fim da aula, até que o último aluno, que por sinal era um sonserino, conseguiu realizar a transformação perfeitamente.
--Estão todos liberados. Bom almoço para vocês. Parabéns, Grifinória, por terem sido tão excepcionais hoje. – Disse Minerva, arrancando sorrisos orgulhosos dos grifinórios presentes.
Depois dessa aula eles almoçaram e foram em direção à sala da aula de História da Magia. Remo que fez as anotações dessa vez, enquanto Bia dormia quase babando sob o livro.
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As aulas da tarde foram tranquilas, exceto a de História da Magia, pois, de acordo com Bia, Binns tem sonífero na voz. Quando as aulas terminaram os alunos sentaram-se a beira do lago para descansar um pouco, Éric chegou com a carta de Lílian, e entregou-a para Bia, que a leu junto com Tiago. Depois continuaram sentados à beira do lago, até que deu a hora do jantar. Hogwarts fornecia sempre uma comida excelente. Depois do jantar, eles foram até suas salas comunais, e Remo chamou a atenção de Marlene, já dentro da sala comunal.
--Hey, Lene. Vamos subir lá pra conversar um pouco? – Disse Remo, já se levantando e corando um pouco sob risinhos abafados de Bia, Alice, Molly, Tiago e Sirius.
--Va-vamos... Vamos sim, Remo. – Gaguejou Lene, corando também.
--Hmmmm juízo, hein? – Exclamou Sirius.
--Vamos apenas conversar, Black. Não somos como você. – Disse Lene, corada e nervosa.
--Nossa, me humilhou agora, Leninha. – Brincou Sirius, rindo da garota.
--Vamos Lene, esquece o Sirius. – Disse Remo rindo e subindo as escadas sendo seguido pela amiga.
Quando chegaram no dormitório Marlene sorriu ao notar que estava organizado, e Remo não entendeu como estava tão organizado daquele jeito.
--Pode sentar aqui, se quiser, Lene. Essa é a minha cama. – Disse Remo, olhando para os próprios pés e apontando para sua cama. A menina caminhou até ela e sentou-se, sendo seguida por ele.
--Qual seu livro preferido, Remo? – Perguntou ela, olhando para ele e tentando quebrar o silêncio.
--Eu gosto de um livro trouxa que se chama “Vinte Mil Léguas Submarinas”, Lene. Mas não diria que ele é meu favorito... Na verdade, não sei escolher um favorito. – Disse ele, sorrindo timidamente e olhando para ela. – E o seu, Lene?
--Bem, eu tenho dois livros favoritos. Um é um romance bruxo, chama-se “Antes daquele Crucio”. É um drama romântico muito bonito, sempre choro. E também tenho como favorito “Romeu e Julieta” que é um romance trouxa muito conhecido.
--“Romeu e Julieta” eu conheço, Lene, mas acredita que não conheço esse romance bruxo? É sobre o que? – Disse Remo, realmente interessado.
--É um casal de bruxos que se conheceram em uma festa de Halloween trouxa. Os dois se apaixonaram sem nem saber que ambos eram bruxos. Ela era francesa e tinha estudado na Beauxbatons, ele era brasileiro e tinha estudado na Escola de Magia e Bruxaria Brasileira. Depois de quase duas semanas juntos ela descobre que ele é um bruxo, e conta que é bruxa também. Ele fica muito surpreso e feliz ao mesmo tempo. Em determinado ponto da história eles precisam enfrentar os pais dela, que querem que ela se case com um duque bruxo francês. Eles lutam para se juntarem, até que o pai dela sem piedade alguma lança um Avada Kedavra nele e um Crucio nela, até ela enlouquecer e perder a memória de tudo. Ai, quando o mocinho tem que ‘passar para o outro lado’ ele escolhe viver na terra como fantasma para tentar salvar o amor da vida dele e condenar seus pais, que fizeram tamanha maldade. Ele consegue fazer os pais das meninas irem presos e depois vai procura-la, para tentar fazê-la recuperar a memória. Ele a encontra no St. Mungus, e começa a conversar com ela e contar a história deles todos os dias, até que chega um dia que ela recupera a memória. Eu sei que isso é impossível, mas livro é livro, né. Bem, ela recupera a memória mas não pode ficar com ele, já que ele é um fantasma. Depois que ela recebe alta ela diz que vai se matar para ficar ao lado de seu amado, mas ele não deixa e faz ela prometer por todo amor que tem por ele que vai seguir sua vida e encontrar um novo amor. Ela promete e, com muita dificuldade, consegue. Fim, Remo.
--Uau, Lene. A história é ótima, de verdade. Apesar de meio sonhadora demais, é ótima. É uma pena que eles não ficaram juntos... – Disse Remo, sinceramente.
Depois disso os dois ficaram conversando – e apenas conversando – sobre livros trouxas que ambos já tinham lido.
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Enquanto isso Tiago e Bia foram escrever uma carta pra Lílian. Contaram as poucas novidades e anexaram as anotações do dia. Enviaram a carta à Lils e voltaram para a sala comunal, jogaram snaps explosivos até Lene e Remo descerem, pouco depois todos foram se deitar.
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Lílian dormiu a tarde toda, e só foi acordar as 17:30, quando sua mãe a chamou, já que Cadmus tinha chegado. Lílian se trocou, e desceu para cumprimentar o doutor.
--Olá, Dr. Potter. – Disse a menina, sorrindo de leve.
--Por favor, me chame de Cadmus. – Lílian assentiu.
O médico foi ajudar John com o churrasco até a hora de servirem. Quando sentaram-se para comer, Cadmus se dirigiu à Lílian:
--De qual casa você é, mocinha?
--Sou da Grifinória. Mesma casa que Tiago Potter, Cadmus. – Disse ela, orgulhosa.
--Oh, eu também fui de lá! Junto com Charlus, pai do Ti. – Disse ele sorrindo – Você se da bem com meu sobrinho?
--Ah Cadmus, sem querer ofender, nem nada assim, mas não me dou muito bem com ele não. Tiago consegue ser extremamente arrogante, as vezes. – Disse ela, enquanto acrescentava mentalmente “na realidade, sempre!”.
--Lílian, acredite, sei dos defeitos de meu sobrinho, mas também sei das qualidades. – Disse Cadmus, sorrindo. – Ele é um bom garoto, quando quer.
--Sim, quando quer. – Murmurou Lílian.
--Dumbledore está lá, firme e forte? – Perguntou Cadmus.
--Está sim, Cadmus. Acho que os professores são os mesmos.
--Entendi, Lílian. Já entrou na floresta proibida? É assustador! – Disse Cadmus.
--Bem, se é proibida tenho certeza que ela não entrou. – Disse Jolie, esperando a filha confirmar.
--Na verdade, já entrei, mas super sem querer, e sai depressa de lá. – Disse Lils, corando. – É realmente assustadora.
--Lils! NÃO ENTRE MAIS! – exclamou John, preocupado.
--Ok, papai.
-- Você está no segundo ano, certo? – Perguntou Cadmus.
--Estou sim... – Respondeu Lílian, enquanto terminava de comer.
--Ah, ano que vem você irá conhecer Hogsmead! É incrível!
--Imagino, Cadmus... – Respondeu Lílian, sendo cortada por uma coruja que voou até ela –Éric! Você me trouxe uma carta! Com licença, gente, preciso ler e responde-la.
Lílian levantou-se e foi para dentro com Éric. Depois de ler e responder a carta foi se despedir de todos, pois queria estudar e dormir. Sua mãe estava sentada no colo de John, que a segurava de maneira protetora. Petúnia estava lendo um livro, e Cadmus conversava com Wilma sobre algo muito interessante.
Lílian sorriu ao ver tudo isso, se despediu, despachou Éric com a carta e foi para seu quarto. Ela admitia que sentia saudades de Hogwarts.
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N/A: Capítulo postado, gente!!! Comecei a escrever terça, mas falta de criatividade é uma coisa tensa! Hahahahah Desculpem ter demorado pra postar L minhas aulas começaram e já estou estudando feito uma Hermione na véspera dos N.O.M.s hahahhah
Obrigada por terem lido! Um super beijo para todos vocês!!!
PS: Liana, sua linda, obrigada por tudo, viu? Hahaha Beijos! Simplesmente AMO suas fics! *--*
Até o próximo capítulo!!!
Comentários (2)
Sua fic é pfta ! A carta da Bia e do James é hilária ! E o prêmio de pai super protetor do ano vai para ... John !E a Petúnia , chata como sempre ! E a Lene e o Remo deveriam ganhar o prêmio de casal do ano !Vc é a melhor escritora de fanfic de todas ! *-*
2014-04-07Ameeei o capitulo, Tiago super intrometido na carta da Lene, dei boas risadas com os dois hahahaha, Lene e Remo são uns fofos, tão timidos e ao mesmo tempo com muito em comum, adorei.Obrigada pelos elogios, eu também AMO sua fic, acompanho ela desde o inicio e a cada capitulo me apaixono mais um pouco. Vou esperar ansiosamente o próximo capitulo!! Beijinhos!
2014-02-10