Prólogo



            Mais uma vez, Sirius Black estava no porão da grande mansão dos black acorrentado pelas mãos à parede e amordaçado para que não fizesse barulho e atrapalhasse a calma do resto da família.


- E fique bem quietinho Sirius, que isso é para o seu bem!


- “Claro! É pro próprio bem-estar da pessoa ficar acorrentada e amordaçada no porão da própria casa” – pensava o garoto.


            Sirius Black não sossegou nenhum minuto procurando um jeito de soltar das correntes, já não agüentava mais aquele tipo de castigo brutal, seus pulsos já estavam todo marcado dos castigos de sua “amável” mãe. Pensando consigo mesmo resolveu que já estava na hora de ir embora daquele lugar, os Potter falaram, quando viram as marcas em seu corpo, que ele seria bem vindo em sua casa à hora que ele estivesse cansado de aturar a sua “família”, e era isso que ele iria fazer!


            Algumas horas mais tarde, depois de não ter muito sucesso tentando se soltar, seu irmão voltou ao porão para lhe dar algo para comer. Aproveitando a oportunidade, agilmente, Sirius pegou a Varinha de seu irmão Régulos, o azarou e se soltou das correntes, saindo correndo para o andar de cima. Ao chegar a sala, encontrou sua mãe sentada no sofá lendo algo que ele não conseguiu identificar no momento.


- O que você ta fazendo aqui? Você deveria estar no porão acorrentado!


- Eu consegui escapar! – Disse com um sorriso no rosto.


            Somente nesse momento a mulher reconheceu a varinha que o garoto girava em sua mão direita como sendo a de seu filho mais novo.


- O que você fez com o seu irmão?


- Nada que ele não merecesse!


- Meu filho! O que você fez com o meu filho?


            A mulher tentou se levantar, mas Sirius foi mais rápido e a impediu.


- Primeiro nós vamos conversar velha!


- Olha como você fala comigo muleque! Eu ainda sou a sua...


- Mãe? Ta bom! Me conta outra! É capaz de você gostar mais do nosso Elfo Doméstico do que de mim!


- Você sempre foi à desgraça dos Black!


- E com muito orgulho! Eu apenas me recusei a servir do lado mais chato!


- Olha como você fala Moleque!


- Vamos encurtar esse papo que eu não agüento olhar para a sua cara de maracujá de gaveta nem mais um segundo!


            Ela fez menção de falar alguma coisa, provavelmente chingando-o, mas Sirius, novamente, foi mais rápido e começou a falar:


- É o seguinte! Eu to saindo de casa!


            E dizendo isso, deixou sua mãe sozinha na sala e foi para o seu quarto buscar as coisas que tinham algum valor para ele. Chegando ao seu quarto, pegou duas malas: uma com todo o material necessário para a escola e outro com os seus pertences necessários, as únicas coisas que valiam à pena naquela casa. Ele pegou várias fotos que tinha escondido dentro do armário e todas as roupas que havia ganhado de seus amigos. Ele fechou suas duas malas e seguiu para a porta do quarto, mas se deteve um momento na porta observando uma foto que tinha na parede perto de sua cama, uma foto dos marotos em seu 3º ano na escola. Aquela era uma foto que gostaria de levar consigo para onde fosse, mas a tinha colado na parede com um feitiço irremovível para que sua mãe não jogasse fora enquanto estava na escola, mas também não era ruim imaginar o quão furiosa sua mãe deve ter ficado quando não conseguiu tirar a foto da parede, e com um sorriso no rosto foi para a sala novamente.


            Chegando à sala, encontrou sua mãe, ainda no sofá, mas com seu irmão desacordado no colo.


- Aonde você vai?


- Eu vou embora daqui!


- Então vá! Mas não se esqueça que se você passar por aquela porta, você não será mais meu filho!


- Com muito prazer! Eu nunca me considerei seu filho mesmo...


            E com um sorriso no rosto, abriu a porta e foi noite adentro somente com o pensamento de que nunca mais teria que ver novamente aquela velha e aquilo o alegrava imensamente.

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