Capítulo 02
Cap. 02 – Flashback: A Vida de Ginevra Potter! Part. II
Logo o dia primeiro de Setembro chegou e com ele, a ida para Hogwarts. Como Gina chegou à estação? Simples, depois de conversar com Tom, o dono do Caldeirão Furado, a ruiva convocou o Nôitebus Andante, um ônibus roxo de três andares que leva os bruxos para qualquer lugar sem os trouxas verem. Na estação, a ruivinha procurava de todo o jeito a passagem para a plataforma 9 ¾ até que encontrou os Weasley.
Molly repetia como era sempre a mesma coisa, a estação sempre lotada de trouxas. Foi assim que Gina soube que eles eram bruxos. Sem alternativa, a garota empurrou seu carrinho de bagagens com Lua em sua gaiola até a família composta de ruivos e um moreno arruivado.
- Com licença... – começou Gina com um lindo sorriso no rosto.
- Quer saber como chegar à estação 9 ¾, querida? – perguntou Molly docemente, ao que a ruivinha assentiu. – É simples, só passe pela parede que separa as estações, se preferir, vá correndo. Seu primeiro ano também?
- Sim, senhora... – respondeu Gina educadamente.
- Weasley, Molly Weasley. – respondeu Molly sorrindo. – É o primeiro ano do Harry e do Ron também.
Gina viu os dois meninos menores rindo e brincando com os irmãos mais velhos e sorriu, como queria poder ter uma família assim. Logo em seguida, Molly foi se despedindo dos filhos conforme eles atravessavam a “parede”. Antes de atravessá-la, Gina sorriu e agradeceu Molly.
Assim que chegou à estação, Gina parou alguns segundos para admirá-la. Era uma das coisas mais incríveis que já havia visto. Logo levou suas malas e a gaiola de Lua para um compartimento vazio, sem muito esforço. Enquanto via pela janela todos se despedindo de pais, reencontrando amigos ou admirando o gigantesco Expresso de Hogwarts, Gina dava um sorriso fraco acariciando sua bela coruja alva.
Logo que o expresso começou a andar, a porta da cabine foi aberta e dois garotos passaram por ela. Não foi difícil para ninguém reconhecer os cabelos castanhos claros de Dan e nem o cabelo negro de Gab. Os dois sorriram para a ruiva assim que a viram.
- Será que podemos ficar aqui? O resta do trem está cheio. – perguntou Dan todo educado.
- Claro. – disse Gina sorrindo.
- Prazer, Gabriel McKinnon B. – disse Gab sorrindo maroto igual o pai.
- Daniel Lupin. – cumprimentou Dan.
- E eu sou Gina e essa aqui é a Lua. – disse Gina ainda acariciando sua coruja.
Antes que eles pudessem perguntar Gina do quê, a porta novamente foi aberta. Dessa vez, eram os dois filhos menores da família Weasley. Ron e Harry. Assim como os dois primeiros, eles estavam em busca de uma cabine.
- Podem ficar sim. – disse Gina sorrindo para eles também. – Aquele ali é o Gabriel e esse o Daniel. – disse apontando para os dois garotos. – E eu sou Gina e essa coruja linda aqui é a Lua.
Os cinco ficaram conversando durante todo o trajeto e, quando o carrinho de doces passou, fizeram a festa. Os cinco se divertiram muito juntos e, os quatro garotos, ficaram felizes por poderem explicar algumas coisas do mundo bruxo para a nova amiga. Quando começou a escurecer, um dos monitores apareceu lá avisando que era melhor eles vestirem os uniformes, pois estavam chegando.
- Foi assim que começou a amizade de vocês? – perguntou Ana, curiosa, para Harry.
- Foi sim. – disse Harry sorrindo. – Nem imaginávamos que estávamos falando com a famosa Ginevra Potter, a Menina-Que-Sobreviveu.
Assim que saíram do trem, foram recebidos com um grito de Hagrid, - ALUNOS DO PRIMEIRO ANO, POR AQUI! ALUNOS DO PRIMEIRO ANO! – que estava próximo a pequenos barcos no gigantesco lago. Em cada barquinho, iam quatro alunos, exceto no de Hagrid, que ia apenas ele. Gina acabou em um barco com Neville Longbottom, Draco Malfoy e outro menino que não se apresentou.
Assim que se aproximaram do castelo, Gina ficou paralisada. Era grandioso e, só por fora, já tinha um ar que ela sabia muito bem reconhecer. Magia. Estava encantada com o castelo, seus olhos esmeraldas brilhavam imensamente. Ao chegaram à outra margem do lago, todos foram encaminhados para as grandes portas do castelo e, depois, para uma espécie de antessala. Lá, eles foram apresentados a Minerva McGonagall.
- Bem-vindos a Hogwarts - disse a Professora Minerva - O banquete de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco, mas antes de se sentarem às mesas, vocês serão selecionados por casas. A seleção é uma cerimônia muito importante porque, enquanto estiverem aqui, sua casa será uma espécie de família em Hogwarts.
“Vocês assistirão a aulas com o restante dos alunos de sua casa, dormirão no dormitório da casa e passarão o tempo livre na sala comunal. As quatro casas chamam-se Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Cada casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários. Enquanto estiverem em Hogwarts os seus acertos renderão pontos para sua casa, enquanto os erros a farão perder. No fim do ano, a casa com o maior número de pontos receberá a Taça da Casa, uma grande honra. Espero que cada um de vocês seja motivo de orgulho para a casa a qual vier a pertencer. A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam.”
Logo em seguida, ela adentrou no grande salão. Enquanto todos se apressavam em verificar suas vestes, Gina simplesmente verificou se sua franja continuava a esconder sua cicatriz. Assim que voltou, Minerva os encaminhou para dentro do salão principal. Eram quatro grandes mesas, cada uma era enfeitada de uma cor, amarelo, verde, azul e vermelho. E, em frente das grandes portas, outra mesa, esta para os professores. Em frente à mesa dos professores, um banquinho de três pernas e um chapéu velho e rasgado se encontrava. Esse mesmo chapéu começou a cantar:
“Ah, você podem me achar pouco atraente,
Mas não me julguem só pela aparência
Engulo a mim mesmo se puderem encontrar
Um chapéu mais inteligente do que o papai aqui.
Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos,
Suas cartolas altas de cetim brilhoso
Porque sou o Chapéu Seletor de Hogwarts
E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu.
Não há nada escondido em sua cabeça
Que o Chapéu Seletor não consiga ver,
Por isso é só me porem na cabeça que vou dizer
Em que casa de Hogwarts deverá ficar
Quem sabe sua morada é a Grifinória,
Casa onde habitam os corações indômitos.
Ousadia e sangue-frio e nobreza
Destacam os alunos da Grifinória dos demais.
Quem sabe é na Lufa-Lufa que você vai morar,
Onde seus moradores são justos e leais
Pacientes, sinceros, sem medo da dor,
Ou será a velha e sábia Corvinal
A casa dos que têm a mente sempre alerta,
Onde os homens de grande espírito e saber
Sempre encontrarão companheiros seus iguais,
Ou quem sabe a Sonserina será a sua casa
E ali estejam seus verdadeiros amigos,
Homens de astúcia que usam quaisquer meios
Para atingir os fins que antes colimaram. Vamos, me experimentem! Não devem temer!
Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos!
(Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos)
Porque sou único, sou um Chapéu Pensador!”.
Logo em seguida, Minerva começou a chamar cada um dos alunos. Não fora surpresa para ninguém, Gab, Dan, Harry e Ron irem para Grifinória, assim como Neville. Assim como Draco também foi para a Sonserina. Foi então que chamou.
- Ginevra Potter! – disse Minerva e todo o salão se silenciou.
Gina respirou fundo e caminhou em direção ao chapéu, sobre os olhares de todos, inclusive dos fantasmas. Assim que se sentou e colocou o chapéu, ele já começou a falar:
- Interessante, muito interessante! – dizia o chapéu. – Temos aqui uma viajante do tempo e espaço. Discípula de Merlin, Mirian e Joshua? Incrível! Vejo coragem típica dos grifinórios em você, assim como a inteligência dos corvinais, a justiça dos lufa-lufa e a vontade de se sobressair dos sonserinos. A questão é: Onde te mandarei?
“Para a casa amarela, acredito que não seja o melhor, mas talvez, você se de bem lá; já na casa azul, encontraria mentes espertas iguais a você, mas não se sobressairá; talvez na casa verde, eles com certeza que ajudaram a se tornar a melhor; já na casa vermelha, encontrará o que tanto deseja uma família. Mas, já que não consigo me decidir, diga-me, para qual casa você deseja ir?
- Então, foi assim, ela podia escolher qualquer casa que desejasse?
- Lily, vamos ouvir. – disse Sirius concentrado na afilhada.
- Bom meu caro chapéu, acredito que, como você mesmo viu em minha mente, a única coisa que eu realmente acredito sobre mim, é o fato de ser corajosa, isso sempre fui. – disse Gina em sua própria mente. – Acho que ficarei com a Grifinória mesmo.
- Já que assim deseja... – disse o chapéu. – Você ainda tem um longo caminho pela frente Herdeira, muitos obstáculos em seu caminho. Mas se assim deseja...
- Sim, é isso que desejo. Além do mais, vermelho é a minha cor. – disse Gina com um sorriso.
- Muito bem, melhor que seja mesmo... – disse o chapéu para a garota antes de anunciar – GRIFINÓRIA!
A mesa vermelha e dourada aplaudiu entusiasmadamente e os gêmeos mais velhos dos Weasley, Fred e Jorge, começaram a grita cantando: Ganhamos a Potter! Ganhamos a Potter! Com um sorriso no rosto, a ruivinha se dirigiu a mesa, sentando-se ao lado de Harry. Após o final da seleção e de todos os cumprimentos e apresentações a Gina, a mesa vermelha e amarela se rendeu aos encantos do maravilhoso banquete de boas-vindas. Quando finalmente todos acabaram de jantar, o diretor, Alvo Dumbledore, se levantou para fazer os anúncios.
- Sejam bem-vindos alunos novos e boa volta aos antigos! – disse Alvo. - Hum... Só mais umas palavrinhas agora que já comemos e bebemos. Tenho alguns avisos de início de ano letivo para vocês. Os alunos do primeiro ano devem observar que é proibido andar na floresta da propriedade. E alguns dos nossos estudantes mais antigos fariam bem em se lembrar dessa proibição. - os olhos cintilantes de Dumbledore faiscaram na direção dos gêmeos Weasley.
“O Sr. Filch o zelador, me pediu para lembrar a todos que não devem fazer mágicas no corredor durante os intervalos das aulas. Os testes de Quadribol serão realizados na segunda semana de aulas. Quem estiver interessado em entrar para o time de sua casa deverá procurar Madame Hooch. E, por último, é preciso avisar que, este ano, o corredor do terceiro andar do lado direito está proibido a todos que não quiserem ter uma morte muito dolorosa. Tenham uma boa noite.”
Aos poucos, o salão principal foi se esvaziando e, os alunos do primeiro ano, seguiram seus respectivos monitores em direção a seu salão comunal. Assim como tudo da Grifinória, seu salão era todo decorado em vermelho e dourado. Percy Weasley, o mais velho Weasley em Hogwarts e monitor, indicou o caminho para os dormitórios e Gina logo se dirigiu ao seu.
No meio da noite, diferente do que todos pensavam, a ruiva não acordou nem nada. Na verdade, ela nem dormiu. Gina esperou todos irem para seus quartos antes de pegar sua varinha e sair pelo buraco do retrato que escondia sua sala comunal.
Enquanto passeava pelos corredores escuros, Gina conversava com os quadros sobre passagens secretas, lugares abandonados ou desconhecidos, entre outros. Foi então que chegou ao lugar que queria. Desde que pusera os pés em Hogwarts, tinha sentido grande energia ali. A Sala Precisa. A ruiva parou em frente da parede vazia e, ao em vez de passar por ela três vezes como todos, ela simplesmente fechou os olhos e acertou um raio dourado, fazendo a sala se abrir.
- Como ela fez isso? – perguntou Ron abismado.
- Raios de energia. – disse Marine. – Se tiver poder e concentração o suficiente, pode fazê-los fazer qualquer coisa para você.
- Uou! – disse Juliana surpresa. – Poderosa desde pequena!
A sala, nada mais era, do que uma sala vazia, com várias escritas inidentificáveis nas paredes. Mas parecia que Gina conseguia entender o que estava escrito, pois sorria realizada, como tivesse acabado de descobrir uma coisa nova. Mas, realmente, ela havia descoberto como a Sala Precisa funcionava, estava tudo escrito ali. Após observar por alguns minutos todos aqueles escritos, Gina abriu o portal dimensional para poder conversar com Gryff enquanto ela treinava usar sua nova varinha do jeito bruxo do qual teria que se acostumar, fazendo movimentos e proferindo palavras.
- Sinceramente? Prefiro só estralar os dedos e fazer minha magia me auxiliar. – disse Gina depois de alguns minutos treinando o feitiço de levitação.
- Realmente é mais fácil, além de ser menos cansativo. – disse Gryff. – Já que cada fabricante de varinha coloca um pouco de sua própria magia na varinha feita.
- Pois é... – disse Gina – Mas tenho que fazer desse jeito, então vou treinar.
- Não tens que dormir não? – perguntou Gryff a encarando.
- Relaxa Gryffinho lindo. – zombou Gina e continuou a treinar.
Os dias foram passando e todos se surpreendiam com a ruiva. Sem ter uma educação mágica fundamental, ela era a melhor aluna do ano. Mas foi na primeira aula de voo que todos se surpreenderam. Depois de dar as dicas básicas, Madame Hooch disse que eles iriam dar uma pequena volta no ar, mas antes mesmo de serem liberados, a vassoura de Neville o levantou pelo ar.
Quando conseguiram trazer o garoto para o chão, seu bisbilhoscópio foi, de alguma maneira, arremessado pelo ar. Como a maioria sabia, quando um bisbilhoscópio se quebra, a fumaça que ele libera causa vários danos aos bruxos. Gina não pensou, simplesmente montou na vassoura velha e desgasta da escola e fui atrás do objeto. Alguns segundos antes da colisão com o solo, com um perfeito Giro-da-Preguiça, a ruivinha conseguiu captura-lo.
- Como ela fez isso? – perguntou Carlinhos mais do que surpreso. – Demorei semanas para aperfeiçoar essa manobra, mesmo já voando há tempos.
- Digamos que a Gi nunca fez nada normal, sempre adorou uma entrada triunfal. – disse Gab com um sorriso saudoso.
Depois de ser parabenizada por todos, Mad. Hooch encaminha a ruiva para a prof.ª McGonagall e, após trocarem algumas palavras, Gina e Minerva seguem em direção a sala de Defesa Contra Artes das Trevas, aonde o prof.º Quirreus Quirrelll dava sua aula. Enquanto Minerva trocava algumas palavras com o colega e, depois, com um aluno, Olívio Wood, Gina observa a paisagem. Foi assim que Ginevra Potter entrou para o time de Quadribol de Hogwarts.
Um pouco depois, todos em Hogwarts já sabiam que Gina Potter era a mais nova apanhadora da Grifinória. Durante o primeiro treino do time, Gina foi apresentada aos outros jogadores, Olívio era o goleiro; Alicia, Angelina e Kate era as artilheiras; Fred e Jorge, os batedores. Nem era preciso mencionar que Gina se deu mais do que bem com todos, principalmente com os gêmeos que já a viam como uma irmãzinha.
Após o treino, Olívio ficou algum tempo a mais para poder auxiliar Gina nas manobras de apanhadora. Foi assim que Ollie descobriu que Gina, além de ser uma apanhadora de primeira, poderia ser ainda, uma excelente artilheira e uma boa batedora.
- Estou passado meu caro irmão. – disse Fred boquiaberto.
- Como assim nossa baixinha tem tanta força!? – concordou Jorge.
- E porque o Ollie não nos contou? – perguntaram juntos.
- Porque não para ninguém saber. – disse uma voz atrás deles.
- Gryff?! – perguntou Marine espantada.
- Olá Marie. – disse o grifo. – Não deviam ver isso.
- Mas como você veio parar aqui? – perguntou Bruno.
- Eu vivo no mundo que a Gina criou com seu poder, esse livro, como verão depois, abre um portal entre o seu mundo e o dela. – explicava o grifo. – Ao começarem a ver a vida de Gina, vocês foram trazidos até aqui.
“Aqui, o tempo corre diferente do normal. A cada vez que vocês pararem para conversar, as lembranças pararam, mas Gina estará revivendo todas as lembranças que ela sempre guardou para si. Eu só pude entrar no ciclo mágico que as lembranças criam agora, mas estava acompanhando tudo por fora. Gina nunca quis falar ou mostrar o que realmente aconteceu com ela, agora dá para entender o porquê.”
Logo eles foram levados para uma nova lembrança, o primeiro jogo de Quadribol de Gina. Grifinória X Sonserina. Assim que o time vermelho entra em campo, é recebido por aplausos de quase toda a arquibancada, coisa que não ocorre com o time verde. Após Mad. Hooch pedir/exigir um jogo limpo, eles começam a jogar.
Logo que o jogo se iniciou, Gina fora recebida pelos batedores adversários com balaços certeiros, que ela rapidamente se desviou. O jogo contra a Sonserina estava, como sempre, acirrado e desonesto. Olívio havia levado um balaço na barriga e estava fora de jogo, assim como Kate. Sonserina ganhava por uma diferença de 50 pontos, Gina tinha que apanhar rapidamente o pomo.
Foi então que ela o achou, a poucos metros do apanhador verde que a observava atento. Ela ficou pensativa, estava decidindo se usaria uma manobra que aprendeu sem Olívio saber, já que depois dos treinos ela ia à sala precisa treinar sozinha. Achou melhor arriscar e se preparou. Como estava pensativa e concentrada, o apanhador sonserino não imaginou uma finta quando a ruiva voou rapidamente para cima. Aproveitando que ele caiu na sua finta, Gina deu continuidade a Finta de Wronski, a manobra mais arriscada para um apanhador. Mesmo sendo novata no quesito Quadribol e voo de vassoura, a ruiva a executou perfeitamente e apanhou rapidamente o pomo. Com a manobra da ruiva, Alicia e Angelina aproveitaram toda a atenção voltada para ela e marcaram alguns gols, resultando na vitória gigantesca da Grifinória sobre a Sonserina. A festa no salão comunal foi a melhor. Todos estavam surpresos pela manobra da ruiva, ainda mais que ela não ficou muito na comemoração.
A próxima lembrança foi o primeiro Natal de Gina em Hogwarts. Quando acordou na manhã de Natal, sendo a única de seu dormitório a ficar no castelo, se surpreendeu a ver presentes em volta de sua cama. Entre eles havia um suéter, uma carta e doces caseiros da Sra. Wesley; uma carta e algumas fotos de seus pais do Sr. Lupin e, para a surpresa da ruiva, uma vassoura novinha e uma carta da Sra. McKinnon. Mas não era qualquer vassoura, era uma Nimbus 2000, a vassoura mais rápida da atualidade. Depois de abrir todos os presentes, resolveu ler as cartas para entender o porquê daquilo tudo para ela.
Na carta da Sra. Weasley, a mulher ruiva lhe desejava boas festas e lhe agradecia por ser uma boa amiga para seus filhos. Também lhe contava que nunca tinha visto Fred e Jorge tão protetores e amigos de alguém como eram com ela, que Percy lhe elogiava pela boa conduta e que Harry e Ron já lhe consideravam como melhor amiga, sendo assim, para ela, Gina já era da família. Ao ler isso, a ruivinha não pode deixar de segurar um sorriso e uma lágrima de alegria. Família. Isso era algo que ela sempre procurou.
Após um tempo admirando a carta da Sra. Weasley, ela tomou coragem e abriu a do Sr. Lupin. Remo lhe explicava que era amigo de seus pais e, imaginando que Petúnia não lhe falara nada e nem lhe entregava as cartas que escrevia, resolveu lhe contar um pouco sobre seus pais e lhe enviar algumas fotos. Um sorriso mais do que emocionado se abriu no rosto de Gina enquanto ela “conhecia” seus pais.
Depois que guardou as fotos e a carta de Remo, ela abriu a de Marlene. Assim como Remo, Marlene também lhe falou que era amiga de seus pais e contou um pouco deles também. Disse que, nas férias, gostaria de se encontrar com a ruiva para lhe contar uma coisa, que não deveria ser contada por carta. E, por fim, disse para aproveitar muito bem a vassoura e levar a Grifinória para a vitória do Campeonato de Quadribol.
Estava para sair do quarto e se encontrar com os amigos quando o viu. Era um embrulho simples e, com um ainda mais simples, cartão. Estava apenas escrito: “Seu pai me deixou com isso antes de morrer, hora de voltar para a verdadeira dona. Faça bom proveito.”. Ao abrir se viu segurando uma capa, mas não uma capa qualquer, e sim uma capa de invisibilidade.
Foi então que, pela primeira vez, eles viram o tão conhecido sorriso maroto de Gina surgir. Guardando a capa com cuidado, a ruiva foi em direção ao salão comunal com um sorriso sapeca no rosto, planejando suas brincadeiras, era hora de se divertir um pouco.
Gina, os cinco Weasley, Dan e Gab se divertiram bastante no Natal. Fred e Jorge obrigaram Percy a participar de uma guerra de neve individual, mas com os dois gêmeos juntos. Mas, apesar de tudo, foi a ruivinha que ganhou, afinal era bem rápida e ágil.
Mas uma coisa aconteceu nesses dias, uma coisa que Gina guardou apenas para ela. Durante uma de suas jornadas noturnas, agora acompanhada pela capa, a ruiva achou uma sala abandonada, com apenas um espelho velho. O Espelho de Ojesed. Ao olhar-se no espelho, a ruiva viu a si própria, com pais, uma família e amigos, como sempre desejou. Uma fina e solitária lágrima desceu pelo rosto da garota antes dela virar as costas para o espelho.
- Não Ginevra, você não cairá no truque do espelho. – repetia para si mesma. – Você é uma aberração, nunca terá família, nem felicidade. Você não tem esse direito.
- É por isso? – perguntou Gab num sussurro para Harry e Gryff.
- Sim, apesar de não demonstrar, o tempo que passou com os tios marcou muito Gina. – disse Gryff enquanto todos tinham lágrimas nos olhos. – Ela sempre vai negar, mas ela não tem mais uma autoestima e não vê nada de bom em si. Ela se culpa até por coisas que nem acontece ou poderia acontecer. Ela se acha uma aberração.
Um silêncio caiu sobre eles enquanto refletiam tudo. Agora, as coisas estavam começando a serem entendidas. Por culpa dos Dursley, Gina se culpava por tudo, se achava uma aberração. Tudo bem que ela não era muito normal, mas ofender a si própria? Achar que não tem direito de ser feliz? Já era demais.
Pouco depois do Natal, Gina pegou sua primeira detenção. Havia impedido dois sonserinos do sétimo ano de amaldiçoarem outra primeiranista, mas mesmo assim, ficou de castigo. Iria junto com Gab, que pegou uma detenção por colocar bomba de bosta na sala do Filch, cumpri-la com Hagrid.
Os dois iriam entrar na Floresta Proibida com o meio gigante e seu cão, Canino, em busca de um unicórnio ferido. Juntos adentraram a floresta, até encontrarem com um centauro, Roran.
- Boa noite Hagrid. – cumprimentou Roran.
- Boa noite Roran. – disse Hagrid. - Tem alguma coisa à solta nesta floresta. Ah, sim, estes são Gina Potter e Gabriel McKinnon. Alunos lá da escola. E este é Ronan. É um centauro.
- Boa noite. - cumprimentou Ronan. – Marte está brilhante hoje.
- Com toda a certeza. – sussurrou Gina encarando os céus, assim como o centauro. - Os inocentes são sempre as primeiras vitimas. Foi assim no passado, é assim agora.
- Verdade. – disse Roran encarando a menina. - A floresta esconde muitos segredos. Se prepare Ginevra, logo descobrirá o que deseja.
- Pode apostar. – disse Gina sorrindo. – Tenha uma boa noite Roran, e que Marte lhe ilumine.
- Que assim seja. – disse Roran com uma reverência, correspondida por Gina.
- O que foi isso? – perguntou Gab atônico.
- Roran disse que estamos perto unicórnio, mas que a coisa que o atacou está em outra direção. – disse Gina acariciando Canino. – Ficará mais rápido nos separarmos. Vocês dois vão por ali e eu e Canino, por aqui.
- Ok, qualquer coisa lance fagulhas verdes no céu. – disse Hagrid andando com Gab, ainda surpreso com a menina.
Enquanto caminhava, Gina estava tranquila e logo chegou a uma clareira, onde havia um unicórnio caído e um ser chupando seu sangue. Canino logo saiu correndo, enquanto o ser teve sua atenção voltada para si. Foi apenas um olhar, e o ser sumiu. Gina se dirigiu para o unicórnio e ajoelhou-se ao lado dele.
- Pobre unicórnio, vitima de um ser repugnante. – sussurrava a garota. – Isso não vai ficar assim, eu prometo por minha magia e minha vida que um dia isso vai acabar.
- Ela jurou por sua magia? – perguntou Remo surpreso. – É pior do que fazer um voto perpetuo.
- Sempre impulsiva demais. – disse Gryff.
Então, a ruiva colocou uma mão sobre o próprio peito e outra sobre o unicórnio, recitando algumas palavras em alguma língua desconhecida, fazendo aparecer o circulo mágico já conhecido deles, abaixo dos dois seres. Aos poucos, o unicórnio foi sumindo, deixando apenas uma esfera de luz, que ganhou os céus.
- Descanse em paz, caro unicórnio. – sussurrou Gina antes de voltar para onde Hagrid e Gab estavam.
Ao longo dos dias, Gina, Harry, Ron, Dan e Gab começaram a perceber coisas estranhas acontecendo em Hogwarts, principalmente envolvendo Snape e Quirrelll. Como não eram nada curiosos, aproveitaram a capa de Gina e iniciaram as investigações.
Juntos, descobriram que Hogwarts estava escondendo a Pedra Filosofal, uma pedra que pode transformar qualquer metal em ouro e produz o elixir da vida. A Pedra estava protegida por provas de alguns professores que Dumbledore mais confiava, além de Fofo, um cachorro de três cabeças que Hagrid emprestou ao diretor.
Uma dúvida passava pela cabeça dos jovens aventureiros, Snape ou Quirrelll? Qual dos dois queria roubar a Pedra e entregar para o resto de Voldemort. Apenas Gina não tinha uma opinião formada, o resto, todos optavam por Snape.
- Snape, com toda a certeza. – dizia Gab raivoso. – Aquele ali não presta para nada.
- Apesar de concordar com você, não gosto desse Quirrelll também não. – disse Marie.
- Verdade, alguma coisa nele não me dá uma boa sensação. – concordou Bruno.
No fim, o que aconteceu foi que os meninos descobriram que a Pedra seria roubada na noite em que Dumbledore não estivesse na escola e, como nenhum professor acreditou neles, eles foram tentar salvá-la.
Passaram pelo cão de três cabeças facilmente, como? Fofo adormece se escutar uma música e Gina soltou a voz. Logo que passaram pelo alçapão embaixo de Fofo, caíram em Visco do Diabo, se mexa e saberá como o inferno é. Gina conseguiu relaxar e, com isso, o visco a liberou. Logo em seguida, foram Dan e Harry, aonde Gina amorteceu suas quedas com um feitiço de levitação, e, depois, Gab. Apenas Ron não conseguia relaxar e ser liberado pela planta. Com uma sincronia impressionante, Gina lançou um feitiço de claridade onde Ron estava e Harry amorteceu a queda do irmão igual Gina havia feito anteriormente com eles.
- Excelente trabalho em equipe! – elogiou Gryff, ao que Harry corou levemente.
- Eles dois sempre foram assim. – disse Ron dando os ombros.
- Interessante... – disse o grifo.
Depois de passar pelo Fofo e pelo Visgo do diabo, eles foram para a próxima prova. Várias chaves aladas voavam pela sala fechada e, no centro, uma vassoura velha. Tentaram passar pela porta trancada com um Alohomora, mas não deu certo.
- Ok, estamos procurando uma chave velha e enferrujada. – disse Ron analisando a fechadura.
- Certo, uma dessas chaves aladas deve abrir, vejam se conseguem achá-la. – disse Gab e todos procuraram pela chave.
- Ali. – disse Gina apontando para uma chave. – Aquela sem uma das asas.
- Ótimo Gin! – disse Dan. – Consegue capturá-la?
- Claro que sim Dan. – disse Harry. – A Gi é a melhor e mais nova apanhadora do século.
- Que foi Gin? – perguntou Gab vendo a garota encarando a vassoura.
- Nada não, só acho que está fácil demais, mas vamos logo. – disse Gina montando na vassoura.
Foi só a ruiva encostar-se à vassoura velha, que as chaves pararam de voar calmamente e passar a persegui-la. Com rapidez e maestria impressionante para aquela vassoura, Gina desviava o máximo possível das chaves, sendo acertada poucas vezes. Quando, enfim, conseguiu agarrar a chave certa, se aproximou um pouco dos amigos e a jogou para Ron. Enquanto o ruivo abria a porta rapidamente, Gina distraia as chaves.
Assim que a porta foi aberta, os quatro garotos rapidamente a atravessaram, sendo seguidos por Gina. Eles fecharam a porta antes que as chaves pudessem alcançá-los. A nova sala era estranhamente parecida com um tabuleiro de Xadrez. Inclusive, havia resto e peças inteiras, gigantescas, que deixava claro a nova prova.
Para passar para a próxima porta e realizar o primeiro teste, teriam que vencer aquele Xadrez bruxo gigante. Ron e Dan rapidamente assumiram o comando do jogo. Cada um ficou no lugar dos cavalos, Harry foi para a posição de rei, Gab para a de bispo e Gina ficou na de rainha. Durante o jogo, em um momento, Dan e Ron tiveram que fazer duas manobras arriscadas, sacrificar. Primeiro foi Dan e depois o Ron, deixando o jogo pronto para um xeque-mate de Gab. Assim que o jogo acabou, os três sobressalentes correram para os amigos feridos.
Depois de muita enrolação, Gab convenceu Harry e Gina a seguirem viagem, enquanto ele cuidava dos dois e tentava dar um jeito de voltar. Após passar pelo o que eles esperavam ser uma das últimas portas, encontraram um lugar circulado por chamas roxas, para seguir em frente, e por chamas pretas, para voltar. No centro, uma mesa com sete garrafas em formatos diferentes e um pergaminho. Os dois encararam as garrafas e lerem o papel:
“O perigo o aguarda à frente, a segurança ficou atrás,
Duas de nós o ajudarão no que quer encontrar,
Uma dos sete o deixará prosseguir,
A outra levará de volta quem a beber,
Duas de nós conterão vinho de urtigas,
Três de nós aguardam em fria para matá-lo,
Escolha, ou, ficará aqui para sempre,
E para ajudá-lo, lhe damos quatro pistas:
Primeira, por mais dissimulado que esteja o veneno,
Você sempre encontrará um à esquerda do vinho de urtigas,
Segunda, são diferentes as garrafas de cada lado,
Aliás, se você quiser avançar nenhuma é sua amiga,
Terceira, é visível que temos tamanhos diferentes,
Nem a anã nem a gigante leva a morte no bojo,
Quarta, a segunda à esquerda e a segunda à direita,
São gêmeas ao paladar, embora diferentes a vista.”
- Brilhante! – sussurrou Gina após ler o pergaminho. – Pura lógica, uma bem simples por sinal.
- Oi? Você entendeu alguma coisa que ele disse? – perguntou Harry surpreso.
- Nem eu entendi assim de imediato, precisaria pelo menos reler as charadas. – disse Bruno coçando a nuca, ao que Marine concordou.
- Claro muito simples. – disse Gina. – A garrafa menor nos leva adiante, já a arredondada da ponta dianteira, fará voltar à sala de Xadrez.
- Só tem o suficiente para uma pessoa tomar a poção pra seguir adiante. – sussurrou Harry, e fechou os olhos, já imaginava o que a ruiva iria fazer.
- Você toma a poção para voltar, ajuda o Gab a levar os meninos de volta para o alçapão e tenta falar com algum professor, até lá, eu dou um jeito no espião. – disse Gina indo pegar a poção.
- Tem certeza? – perguntou/sussurrou Harry impedindo-a de pegar a garrafinha.
- Não se preocupe Hazza, - disse Gina sorrindo fofa. – Eu vou ficar bem tá?
Dito isso a ruivinha tomou toda a poção de uma vez, deu um beijinho na bochecha do amigo e passou pelas chamas para encontrar não Severo Snape, como todos achavam.
- Olá Prof. Quirrelll. – saudou Gina assim que passou pelas chamas. – Por que será que não me surpreendo?
- Eu me vejo segurando a pedra, mas não a tenho. – disse Quirrelll, ele estava em frente do espelho de Ojesed.
- Use a garota. – sussurrou uma voz fria, cortante, maligna.
Antes que Gina pudesse fazer qualquer coisa, foi puxada para frente do espelho, mas ela não quis olhar. Quirrelll segurou sua cabeça com força e a fez encara o espelho. Só que dessa vez, o reflexo mostrava a si mesma, segurando uma pedra meio avermelhada, colocando-a no bolso da calça que usava. Ambas as Gina sorriram marotamente.
- O que vê! – ordenou a voz. – Diga-me o que vê!
- Não vejo nada não Voldeco. – disse Gina se se livrando de Quirrelll e correndo para a saída.
- Impeça-a! – ordenou Voldemort.
- Crucio! – gritou Quirrelll apontando a varinha para a menina que desviou.
Mas Gina não conseguiu ir muito longe, Quirrelll tampou a passagem para a saída com fogo maldito e a desarmou. Enquanto Gina ficava acuada, Quirrelll tirava o turbante que sempre utilizava, mostrando o rosto ofídico de Voldemort atravessando sua nuca.
- Você é a garotinha que me derrotou? – dizia Voldemort. – Incompreensível!
- Olha quem fala o grande bruxo das Trevas que perdeu seus poderes para um bebê de um ano de idade. – zoou Gina com maldade.
O bruxo se irritou e começou a lançar vários feitiços na ruiva, que graças ao Quadribol e seu treinamento com seus professores antigos, não fora acertada nenhuma vez. Com todo esse “duelo”, a garota conseguiu chegar a sua varinha, já que mesmo não precisando dela não utilizou magia. Com varinha em mãos, Gina lançou um feitiço não verbal, que prendeu Quirrelll num circulo mágico.
- Mas como? – perguntava o professor e Voldemort.
- Tenho meus truques Voldy. – disse Gina brincalhona. – Mas sabe? Quando uma pessoa é possuída por um expecto, ela deixa de existir, passa a ser um simples hospedeiro. Você pagará por todos os unicórnios que matou, Voldeco. E sabe o que acontece quando hospedeiros são expostos à magia pura e carnal Voldemort?
- Você não se atreveria a fazer isso! – rosnou Voldemort, fazendo surgir um sorriso maldoso em doce rosto de Gina. – Você nem saberia como fazer!
- Só uma dica para situações futuras, - disse Gina com um falso sorriso doce. – Nunca, ouviu bem? NUNCA duvide de Ginevra Lilian Evans Potter! Ficou claro ou quer que desenhe?
Mas ela nem esperou ele responder, ela simplesmente expandiu sua magia. Uma esfera de magia dourada surgiu em suas mãos e, rapidamente, Gina a lançou contra Quirrelll, desintegrando-o. Após se livrar de Quirrelll, o expecto de Voldemort se lançou contra Gina, atravessando-a. quando isso ocorreu, o corpo da pequena garota não mais resistiu, a ruiva perdeu a consciência.
- Eu nunca imaginaria... Que tivesse acabado assim... – disse Harry mais do que surpreso. – Eu não deia ter a deixado ir, não sozinha.
- Você não poderia fazer nada Harry. – disse Gryff. – Gina nunca aceitaria e outra com onze anos você não tinha nem um quarto da magia e do conhecimento que tem hoje, acabaria por atrapalhá-la.
- Ele tem razão Harry. – disse Marcela apertando seu ombro em forma de consolo. – Você fez o que achou melhor na época, não se culpe.
A próxima lembrança foi após Gina ter acordado na ala hospitalar, uma conversa entre ela e Dumbledore. Gina se encontrava na sala do diretor, já que o mesmo queria conversar e saber o que aconteceu na sala do espelho.
- Então senhorita Potter, o que aconteceu do momento em que deixou seu colega, Harold Weasley, e seguiu sozinha até eu encontra-la desacordada?
- Bom professor Dumbledore, com todo o respeito do mundo, mas isso não é a sua conta. – disse Gina com um sorriso amarelo.
- Porque ela está assim com Dumbledore? – perguntou Artur. – Alvo fez de tudo para a menina viver em segurança, tudo bem que ele errou em manda-la para os Dursley, mas...
- Como Srta. Potter? – perguntou Alvo olhando intensamente para a aluna.
- Como o senhor entendeu professor. – disse Gina sorrindo irônica. – E aconselho ao senhor parar de tentar ler minha mente sim? Isso é antiético.
- Por que está me tratando assim Ginevra? – perguntou Alvo dando um suspiro cansado.
- Há muito que o senhor desconhece de mim professor. – disse Gina séria. – Enquanto o senhor estava ai, sentado em sua majestosa cadeira, comandando Hogwarts, eu estava morando com meus tios que me detestam e detestam a magia.
- Fiz isso para seu bem. – disse Alvo se irritando. – Você não sabe, mas sua mãe se sacrificou por ti e isso lhe deu uma proteção inimaginável. Lilian era uma grande bruxa, conhecedora de muitas magias antigas.
- Disso eu sei professor, afinal há um livro na biblioteca de Hogwarts que só fala sobre magia antiga, e nele, explica o que é uma barreira protetora feita pelo sacrifício. – disse Gina surpreendendo Alvo. – Sabe o que e mais interessante professor? Que as últimas pessoas a utilizar esse livro, pelo registro magico dela, foram justamente o senhor e minha mãe.
- Sim, eu li esse livro um pouco antes de seus pais morrerem, Lilian me disse que pretendia lhe proteger com essa magia. – confessou Dumbledore.
- Então o senhor deveria ter prestado mais atenção em sua leitura professor, pois o livro dizia claramente que o protegido deveria ser acolhido por algum parente sanguíneo E/OU por qualquer família que o amasse como próprio filho, coisa que seria facilmente encontrada não? – Gina sorriu irônica. – Afinal, quem não gostaria de ter a menina-que-sobreviveu como filha? Mas não, seu egocentrismo achou perigoso uma bebezinha que venceu Voldemort ser criada por bruxos não é professor?
- O QUÊ?! – gritaram todos.
- Todo o sofrimento dela poderia ser evitado? – falou Molly pela primeira vez.
- Alvo poderia muito bem tê-la deixado com algum de nos. – disse Narcisa. – Pois até numa casa de comensal da morte ela seria mais bem tratada.
- Então professor, eu irei respeitá-lo dentro dessa instituição por ser diretor, mas fora assuntos restritamente disciplinares, não tenho mais assuntos com o senhor até ter conquistado um pouco de minha confiança e respeito como pessoa, coisa que será muito difícil. – disse Gina saindo da sala sem mais nem menos.
- Se fosse numa situação menos crítica, - começou Fred surpreso.
- Até aplaudiríamos. – continuou Jorge. – Mas assim?
- Nem nós fazemos piadinhas. – completaram juntos.
Agora eles estavam vendo novamente Gina na casa dos tios. Mas dessa vez, com um diferencial. A ruiva estava trancada em seu quarto, sem nenhum de seus livros de magia e sem Lua. Ela até poderia usar seus poderes, mas não sabia das regras sobre magia de magos perante a sociedade bruxa, ela não arriscaria perde sua vaga em Hogwarts por causa disso. Pelo menos, Gina não precisava fazer nenhuma tarefa, nem domesticas nem de Duda, menos ainda ler os documentos e Valter.
Durante todo o mês de julho, Gina recebia cartas preocupadas de Gab, Dan, Harry e Ron durante a noite, mas nunca conseguia responder. Foi então, que na véspera de seu aniversário de doze anos, a ruiva recebeu uma visita. Pouco após o almoço, Gina estava novamente trancada em quarto quando a campainha da casa tocou, logo em seguida, Petúnia a destrancou e lhe disse que tinha visitas.
Gina desceu a escada saltitante e, quando viu Gab parado na porta junto a uma linda mulher morena, saltou sore ele, abraçando-o apertado. O moreno não se surpreendeu e logo apertou o abraço perante a amiga.
- Gabezinho, que saudades! – disse Gina para o amigo.
- Também estava Ginny! – disse Gab dando um beijo na bochecha da garota e a soltando. – Por que não respondeu nem as minhas cartas nem as dos meninos?
- Ah Gab! Por umas coisas ai não consegui enviar, mas lia todas as cartas. – disse Gina e virou-se para a mulher. – A senhora deve ser a Sra. McKinnon não?
- Pode me chamar apenas de Marlene ou Lene, querida. – disse Lene lhe dando um abraço. – Poderíamos conversar um pouco?
- Err... – disse Gina olhando para a tia. – Claro, aqui perto tem um parque, podemos ir para lá.
Chegaram rapidamente no parque e logo se sentaram nos bancos que ali havia.
- Bom Gina, não sei se leu, mas te mandei uma carta no Natal passado. – começou Marlene.
- Li sim e, aliás, muito obrigada pela vassoura. – disse Gina sorrindo docemente. – E pelas histórias que a senhora me contou de meus pais, sei que deve ter sido difícil para você.
- Que isso querida. – disse Lene com tristeza no olhar. – Bom, como disse, fui melhor amiga da sua mãe e, quando você nasceu, me tornei sua madrinha. Após o... Acidente... Eu tente pegar sua guarda, mas Dumbledore achou melhor você ficar afastada do mundo da magia e, como tenho certeza, Petúnia nunca deve ter lhe entregado as cartas e presentes que lhe mandei, já que não pude vir lhe visitar.
- Por que está chorando madrinha? – disse Gina sorrindo docemente para Lene, enquanto enxugava algumas lágrimas da mesma.
- Não está magoada comigo por não ter te criado? – perguntou Lene surpresa.
- Tudo bem que eu preferiria ter crescido com você e o Gab, mas agora sei que tenho alguém sem serem meus tios. – disse Gina e Lene a abraçou apertado.
- Bom, não viemos aqui só para lhe contar isso... – disse Gab.
- Então já sabia sua peste? – perguntou Gina arqueando uma sobrancelha para o “primo”.
- Claro que sim. – disse Gab e recebeu um tapa de Gina. – Ai! Doeu, sabia?
- Que bom, atingi meu propósito. – disse Gina marota. – Isso é para aprender a não me esconder as coisas.
- Ok... – disse Gab. – Viemos para descobrir o motivo da falta de notícias e para saber se...
- Se você não gostaria de passar o resto das férias conosco. – disse Lene. – Adoraria lhe contar algumas histórias de seus pais e falar sobre um assunto um tanto quanto delicado, para você e para Gab.
- Iria adorar! – disse Gina com os olhos brilhando. – Mas não vou atrapalhar nada?
- Claro que não! – disseram os dois juntos.
- E mais para o final das férias, Dan e Remo iram para lá também. – completou Marlene.
- Remo? Remo Lupin? – perguntou a ruivinha enquanto voltavam para casa.
- Esse mesmo. Conhece? – perguntou Lene.
- Mais ou menos. Recebi uma carta dele no Natal. – contou a ruiva e, assim, chegaram a casa. – Vou pegar minhas coisas e já volto.
- Não quer ajuda? – perguntou Gab para a prima.
- Não precisa não, Gab. – disse Gina entrando. – Volto em alguns minutinhos.
Gina adentrou a casa, foi para seu quarto e arrumou suas vestes e outras utilidades na cama, colocando tudo numa mochila vermelha, fazendo um discreto feitiço extensor sem varinha. Depois, voltou para o hall e se dirigiu a seu antigo quarto. Com um grampo de cabelo, abriu o armarinho e pegou seu malão de Hogwarts, a gaiola com Lua e sua vassoura, seguindo para fora da casa, depois de avisar a tia que voltava nas próximas férias.
Quando voltou para a companhia da madrinha e do primo, aparataram para a casa deles. Após acomodar Gina num quarto, os três se reuniram na sala de estar e Lene explicou o que aconteceu com o “marido”.
Segundo a marota, os Potter sabiam que estavam sendo perseguidos, portanto utilizaram do Feitiço Fidelius para a proteção da casa. Porém, como Lupin estava viajando com a esposa e Lene estava grávida, só restava Sirius Black, pai de Gab e padrinho de Gina, e Pedro Pettigrew para serem os fieis. Como sendo Sirius ficaria muito óbvio, utilizaram Pedro. Só que não sabiam que o ex-maroto era um comensal da Morte e, com isso, entregou a localização dos Potter para Voldemort, resultando na morte de Tiago e Lilian.
Como todos achavam que o fiel era Sirius, logo caiu a suspeita dele ser o traidor. Mas o maroto, assim que soube do acontecido, foi atrás de Pedro e o encontrou numa rua trouxa. Pedro arquitetou tudo e fez parecer para vários trouxas do local que o culpado da morte era Sirius, explodindo a rua logo em seguida. Quando o Ministério da Magia apareceu, não havia nada de Pedro, a não ser seu dedo, logo culparam Sirius e o puseram em Azkaban.
- Azkaban? – disseram todos os marotos, ao que Harry e Gryff assentiram com pesar.
- Duvido que vá aparecer, mas nesse mesmo dia Gina conseguiu livros sobre a prisão e ficou assustada com o que descobriu. – disse Gryff. – E, pela primeira vez a vi com raiva de alguém.
Logo foram encaminhados para outra lembrança, à volta para Hogwarts. Dan e Gab ficavam tentando irritar Gina, que lia um livro de defesa dado por Remo, enquanto os adultos riam e ficam surpresos por ela não ter o temperamento dos pais. Assim que chegaram à estação e colocaram tudo nos carrinhos, Gab colocou a prima nas costas e foram correndo em direção à barreira, seguidos de Dan.
- Hey ruiva! – gritou Harry chegando junto com os irmãos e a Sra. Weasley.
- ¡Ola muchachos! – disse Gina rindo e saindo das costas do primo e abraçando Harry e os demais ruivos.
- Porque não respondeu nossas cartas Gin? – perguntou Ron preocupado.
- Tive uns probleminhas para respondê-las, mais li todas ruivo. – disse Gina e eles seguiram para um vagão.
- Mas tudo bem? – perguntou Harry.
- Perfeitamente bem. – disse Dan abraçando a garota.
- Buscamos a Gin pouco depois do aniversário dela e descobrimos que somos “primos”. – disse Gab fazendo aspas ao falar primo.
- Como assim? – perguntou Ron.
- Meus pais são padrinhos da Gin. – disse Gab. – E do Dan também.
- Ou seja, somos uma família. – disse Dan e abriu um sorriso maroto, igual Gab e Gina. – Além de meu pai e a tia Lene terem contado algumas histórias do tempo de escola deles para gente.
- Conta mais. – disseram Harry e Ron abrindo sorrisos idênticos.
Eles passaram o resto da viagem conversando sobre os marotos, até que a cabine foi aberta por uma menina morena, junto a três garotas loiras. Foi fácil reconhecê-las, Mione, Kat, Mandy e Luna.
- Podemos ficar aqui? – perguntou Mione. – Fomos expulsas da nossa cabine.
- Não precisa nem pedir. – disse Harry solidário.
- Que as expulsou? – perguntou Gab sorrindo maroto junto com os demais.
- Uns meninos mais velhos com roupas verdes. – disse Luna distraidamente.
- Sonserinos! – rosnaram os meninos.
- Fiquem aqui com a Gin, já voltamos. – falou Dan saindo com os meninos.
- Hey garotos! – chamou Gina antes de saíram da cabine, ao que viraram para ela. – Não os deixem muito machucados e chamam os gêmeos para ajudá-los.
- Com toda a certeza. – disse Ron sorrindo maroto.
Depois que os meninos saíram, as garotas conversaram e se apresentaram, e Gina ainda teve que acalmá-las falando que os meninos ficariam bem. Alguns minutos depois, eles adentraram a cabine rindo junto com os gêmeos.
- Deu tudo certo. – disse Gab e sussurrou para a prima. – A capa ajudou muito.
Foi ali que firmaram uma amizade com as garotas e logo depois com Neville, que apareceu ali para cumprimentá-los. Os gêmeos não ficaram muito tempo na cabine, estavam com alguns amigos e com o resto do time conversando.
A próxima lembrança foi depois da seleção, eles poderiam ver as gêmeas e Mione na mesa da Grifinória enquanto Luna estava na mesa da Corvinal, com a apresentação do novo professor de Defesa Contra Artes das Trevas, Gilderoy Lockhart.
Gilderoy Lockhart? – perguntou Remo surpreso.
- Ele era alguns anos mais novo que a gente, um completo fracasso. – debochou Narcisa.
Logo em seguida, após alguns meses, Gina começou a ouvir alguns sons que ninguém mais ouvia, enquanto voltava de uma detenção. Ela ouvia algo assim: Sangue... Sinto cheiro de sangue... Necessito de sangue... Liberte-me.
Logo em seguida, após virar em um corredor, Gina avistou uma poça d’água vinda do banheiro da Murta que Geme e, no meio da poça, Madame Nor-ra estava petrificada.
- Céus! – disse Gina antes de correr para a sala da Minerva e levá-la para o local do crime.
Porém, antes de fazer isso, Gina se concentrou e parou o tempo. Com isso, tentava conseguir alguma pista, porém foi um cansaço em vão. Não conseguiu descobrir nada que pudesse ser útil, a não ser a presença de um animal mágico, o que, em Hogwarts, era de se esperar.
Minerva logo chamou o diretor e Argo Filch, que quis culpar Gina. Mas Minerva saiu em defesa da aluna, já que a mesma havia cumprido detenção com ela pouco antes de achar Madame Nor-ra.
Durante o mês, todos ficaram sabendo que um garoto do primeiro ano, que idolatrava Gina e vivia tirando fotos de tudo e todos, teve o mesmo destino da gata, foi petrificado com sua fiel câmera. Gina foi a primeira a descobrir isso, pois havia quebrado o braço no jogo de abertura do Campeonato de Quadribol e Gilderoy, tentando se mostrar, fez um feitiço que saiu errado, já que tirou ossos do braço da ruiva. E novamente, a garota ouviu aquela voz antes de o garoto surgir na ala hospitalar.
O que a surpreendeu foi que, enquanto tentava dormir, recebeu a visita de um elfo doméstico, Dobby, que lhe deu um aviso um tanto quanto misterioso e sem nexo. O elfo lhe disse que alguém perto não estava sozinho, que Ele o estava controlando. Também lhe disse que a Câmara seria aberta novamente, a Câmara do Fundador. Depois que disse isso, deixou Gina sozinha com muita coisa a pensar.
Logo os novos marotos entraram em ação. Conseguiram descobrir que Salazar Slytherin criou, antes de sair da escola, uma câmara secreta e deixou, ali, um monstro adormecido, que acordaria ao chamado do herdeiro. Só faltava descobrir agora quem era o herdeiro, o que era o monstro e onde era a câmara.
As meninas, que já estavam no grupo, igual a Neville, se prontificaram a ajudá-los, contanto que não atrapalhasse seus estudos. Porém, Gab, Dan, Harry e Ron não queriam por Gina no meio desse mistério, esse fora o primeiro ataque de proteção deles.
Por fim, eles chegaram à última memória daquele ano. Mione, Mandy e Kat foram alvos do monstro e, com isso, Gina resolveu agir. Porém, uma notícia deixou todos paralisados. Harold Weasley havia sido levado pelo monstro da Câmara.
Todos os Weasley ficaram chocados demais para agir, Gina pediu para Dan cuidar dos meninos e das garotas para ela e foi com Gab até Gilderoy, que havia ficado responsável por ir atrás de Harry. Mas Gilderoy não iria atrás de Harry porque ele era um bruxo fajuto, seu único feitiço que funcionava era o Obliviate, o feitiço de apagar memórias. Pena que ele não conseguiu apagar a memória dos garotos, já que o feitiço bateu no feitiço escudo de Gina e repercutiu nele, o deixando sem memória. Logo após isso, Gina puxou Gab até o banheiro da Murta, onde, segundo suas pesquisas, ficava a entrada da Câmara.
- O que você vai ver agora Gab, você nunca deverá contar para alguém, me promete? – disse Gina encarando os olhos do primo.
- Prometo Gin. – disse Gab encarando os orbes esmeraldas.
- Promete não me julgar também? – pediu Gina.
- Prometo. – disse o garoto.
Gina, então, respirou fundo e se dirigiu a uma torneira que todos que já haviam entrado nesse banheiro sabiam que não funcionava. Conforme foi abrindo-a, disse Abra-se fazendo um túnel surgir no lugar das pias.
- Que língua estranha era essa? – perguntou Gab encarando o túnel.
- Ofidioglota. - disse Gina olhando para o primo.
- Mas...? – tentou dizer Gab.
- Não sei, nem pergunte. – Gina deu os ombros. – Pronto?
- Vamos. – disse Gab descendo pelo túnel, logo após Gina.
Assim que saíram do túnel, seguiram caminho por entre os corredores cobertos de ossos e logo chegaram próximo a uma pele de uma gigantesca cobra. Sem Gab perceber, Gina causou um desmoronamento, separando ela do primo, para que somente ela seguisse em frente.
- Gina! Você está bem? – perguntou Gab após o desmoronamento.
- Estou sim e você? – perguntou Gina.
- Também, mas não dá para passar. – disse Gab.
- Eu vou indo, enquanto isso vai tentando tirar algumas pedras do caminho. – disse Gina e continuou andando, ignorando os protestos de Gab.
Uma porta surgiu, com várias cobras, fazendo Gina usar novamente sua ofidioglogia. Ao passar pelo portão, visualizou Harry no chão, deitado e imóvel. A ruivinha correu imediatamente para o amigo, colocando a cabeça do mesmo em seus joelhos.
- Vamos Hazza, acorde. – dizia a menina acariciando seu rosto. – Você não pode morrer, vamos acorde!
- Ele não vai acordar. – disse uma voz, fazendo Gina sacar sua varinha imediatamente.
- Quem é você? E porque ele não vai acordar? – disparou Gina se levantando.
- Sou Tom Riddle, um ex-estudante de Hogwarts. – disse a voz surgindo segurando um caderno. –E ele não vai se levantar por causa disso.
- A agenda de Harry? – perguntou Gina segurando o caderno. – O que isso tem a ver?
- Simples, isso não é uma agenda. – começou Tom. – É um diário antigo, meu para ser exato. E nele está escrito como reabrir a Câmara Secreta.
“Coitado, nem sabia o que estava fazendo. Se assustou quando descobriu que poderia ser ele, mas não conseguia nem falar para a melhor amiga, Ginevra Potter, meu mais novo alvo.”
- Por quê? Eu nem te conheço. – disse Gina se levantando brava.
- Ah, mas conhece sim. – disse Tom. – E eu sei tudo sobre você. A menininha que derrotou o Lord das Trevas, Lord Voldemort.
- Isso foi depois de seu tempo Tom. – disse Gina imaginando certas coisas. – Você invadiu a mente dele, não foi?
- Começou a usar a cabeça foi? Então resolva isso... Eu, Tom Servolo Riddle, cansado de utilizar o nome tosco que minha idiota mãe me deu, nome de um trouxa idiota, vou mudar o mundo, mas não serei conhecido por Tom Riddle e sim por...
- Voldemort. – completou Gina. – Um anagrama bastante ridículo “Eis Lord Voldemort”. Mas eu te venci e garanto que você não voltará tão cedo.
- Tolinha, enquanto conversamos a energia vital de seu amiguinho vai vindo para mim, logo eu me tornarei forte. – disse Voldemort. – Mas enquanto isso se divirta com meu bichinho. Venha!
O monstro de Slytherin era nada mais do que um basilisco, o rei das Serpentes, motivo pelo qual Gina podia ouvi-lo. O basilisco era bastante conhecido por matar apenas com um olhar e seu veneno só ter uma rara cura, lágrimas de fênix. Gina rapidamente fechou os olhos e soltou um forte assobio, enquanto se escondia atrás de uma pilastra.
Enquanto Riddle ria, Fawkes sobrevoou Gina e lhe jogou o Chapéu Seletor, para logo em seguida atacar o monstro. Ao colocar o chapéu na cabeça, todos tiveram uma surpresinha.
- Finalmente Herdeira. – disse o Chapéu em sua cabeça. – Estava na hora de acabar com esse monstro que sua família busca há gerações. Seus pais ficariam orgulhosos.
Após isso, Gina sentiu uma coisa bater em sua cabeça e, ao tirar o chapéu, encontrou a bela espada de Gryffindor. Um sorriso mais que maroto se abriu em seu rosto. Agora que estava armada, nada poderia detê-la.
- Fawkes! - chamou e lhe jogou o chapéu. – Fique perto de Harry, as coisas vão ficar feias agora.
Apesar de o basilisco estar ferido, ainda podia matar com o olhar, o que prejudicava Gina, mas a ruivinha já havia estado em piores apertos. Com maestria, a ruiva dominava a espada e desviava da cobra, logo a acertou em cheio, atravessando a espada pela boca aperta do bicho. Mas isso teve uma consequência, uma presa se encontrava perfurada no braço da garota.
- Pode ter conseguido matar meu basilisco, mas morrerá em breve. – disse Tom rindo. – É questão de segundos até o veneno agir.
O que Tom não esperava era que Gina pouco ligaria para isso, a ruiva simplesmente pegou essa presa e furou o diário com ela, fazendo o mesmo “gritar” e “sangrar”, sumindo assim com Tom Riddle. No mesmo instante, enquanto a vida voltava a Harry, Fawkes derrubava algumas lágrimas no braço de Gina, ganhando uma caricia e um sorriso em agradecimento.
- Gina! – disse Harry assim que acordou e a viu. – Eu não sabia... Eu tentei contar, mas...
- Hey! – disse Gina o abraçando. – Vai ficar tudo bem ok? A culpa não foi sua, foi de Tom, ele confessou tudo para mim.
- Mas como? – perguntou Harry.
- Já que vocês não quiseram me pôr nas investigações, eu investiguei por mim mesma. – disse Gina. – Mas explico isso depois, agora temos que ir. Imagino que há essa hora já deram falta minha e de Gab e seus pais já devem estar no colégio, conversando com Dumbledore e Minerva.
Quando se levantaram, Gina fez uma leve careta de dor que quase passou despercebida por Harry. Quase. Pegaram o chapéu, a espada e o diário e, acompanhados de Fawkes, Gina se apoio no amigo e voltaram para onde Gina deixou Gab.
- Hey Gab! – disse Gina vendo o primo tirar mais e mais pedras do caminho.
- Gin! – disse o menino e correu para abraçá-la. – Você conseguiu! Mas seu pé está bem? Como você está Harry? O que aconteceu?
- Calma Gab, respira. – disse Harry rindo. – Uma pergunta de cada vez certo? Eu também quero explicações, mas a Gi falou que é melhor irmos até Dumbledore primeiro.
- Mas como? – perguntou Gab.
Vocês que nasceram no mundo mágico e eu que sei das coisas. – disse Gina rolando os olhos. – Gab, se segura no Harry e Hazza, segura minha mão bem forte ok?
Quando os garotos assentiram e fizeram o que foi pedido, Fawkes deu sua cauda para Gina se segurar e os levou pelo túnel, indo até a sala de Minerva com eles. Bateram na porta e entraram, encontrando Minerva, Dumbledore, o Sr. e a Sra. Weasley, Marlene, Remo, Dan e Ron ali. Ao que parecia estavam perguntando onde Gina e Gab estavam e a família Weasley já sabia que Harry havia sido levado pelo monstro.
Depois de as devidas felicitações pelo aparecimento dos três, Gina começou a explicação. A ruiva falou que quando os ataques começaram, os NM resolveram tentar descobrir as coisas, mas o meninos não quiseram que Gina participasse, eram muito protetores com ela, então ela procurou sozinha as pistas. Primeiro ela desconfiou que fosse algum monstro mortal, visto que as vítimas sofreram ataques indiretos. Depois, ela descobriu que a Câmara era próxima ao banheiro da Murta, visto que quando a Câmara se abriu na primeira vez, Murta foi morta e foi ali. Então, quando Harry foi levado, ela e Gab resolveram ajudar Gilderoy a procurá-lo, lhe entregando suas informações, mas o amarelão do professor nada sabia e quase apagou suas memórias. Então ela disse, mais ou menos, o que aconteceu. Disse que Voldemort usou um diário antigo para possuir Harry e lhe obrigar a fazer as coisas. Também comentou que Tom Servolo Riddle, um antigo aluno modelo, era, na verdade, um anagrama de “Eis Lord Voldemort”. Disse que o monstro era um basilisco, agora já morto, graças à ajuda de Fawkes e do Chapéu Seletor, que lhe emprestou a espada de Gryffindor.
Gab, assim como os espectadores, notaram que ela não falou nada sobre ser Ofidioglota e, com um olhar penetrante, Gab jamais tocaria no assunto. Após Gina concluir sua história, acariciando Fawkes, houve alguns segundos de silêncio, até Marlene e a Sra. Weasley abraçarem os três e brigarem pala irresponsabilidade de Gab e, principalmente, de Gina.
- Não ficaria de braços cruzados enquanto via Harry morrendo, minha família inteira eu conheci graças a Hogwarts e não mediria esforços para ajudar qualquer um que necessitasse. – disse Gina dando os ombros. – Vou me retirar, tenham uma boa noite.
- Você precisa parar de ser tão misteriosa Gina. – disse Gryff assim que a ruiva entrou na sala precisa.
- Ser misteriosa faz parte do meu charminho honey! – disse Gina com um sorriso fraco.
- Ainda preocupada? – perguntou Gryff.
- Muito. – disse Gina deixando os ombros caírem. – Dessa vez ele quase conseguiu, não tenho ideia do que acontecerá se ele voltar.
- Vai ficar tudo bem no final, sabe disso. – disse Gryff. – Certos males veem para o bem Gina, e se assim tiver que ser, será.
- Tudo bem. – disse Gina e começou a cuidar do pé machucado. – Mas não quero pôr a perder tudo que consegui até agora. Eu nunca senti essa sensação antes, nem mesmo com Merlin, Mirian, Josh e Gryffindor. É uma sensação tão gostosa saber que se importa, ao menos que um pouco, com você.
- Eu ainda vou dar uma lição nos seus tios. – rugiu Gryff. – Você não deveria passar por nada que passou Gina. Você é praticamente a personificação do que é certo, lutou muito para chegar aonde chegou.
- Obrigado. – disse Gina docemente. – Vou indo, boa noite Gry.
- Boa noite pequenina. – disse o grifo.
Assim que entrou no salão comunal, a ruivinha encontrou Gab, Dan, Harry e Ron a sua espera. Eles queriam saber o que ela havia omitido e pedir desculpas por ignorá-la. E Harry novamente agradeceu por tê-lo “salvado”. Após pouca conversa, chegaram ao assunto das férias. Gab e Dan iriam passar com seus familiares maternos, Harry e Ron não sabia o que fariam, mas Gina podia se sentia a vontade para visitá-los quando quiser e passar quanto tempo desejar.
- Ainda estou processando que MINHA FILHA ENFRENTOU UM BASILISCO AOS DOZE ANOS! – praticamente berrou Lily.
Harry estava calado, ver o que realmente aconteceu não lhe fez bem. Saber que por sua culpa, sua ruivinha quase morreu era demais. Como se imaginando os pensamentos do moreno, Gryff interviu.
- Ela sabia exatamente o que estava fazendo Harry. – começou Gry, chamando a atenção de todos. – Gina pode não demonstrar, mas sempre se sentiu sozinha e sempre desejou amigos ou uma família. E, quando ela vê que tem isso, ela não hesitaria um segundo em se matar se isso fosse fazer bem aqueles que ela ama.
- Ela... daria... sua... própria... vida... pela... nossa? – gaguejou Gui surpreso.
- Sem nem piscar os olhos. – disse, para a surpresa de muitos, Marie. – E ela já quase fez isso... Se Bernardo não chegasse a tempo...
- Foi a escolha dela Marie. – disse Bernardo. – Sabe como a Rose é impulsiva, brilhante, mais muito impulsiva.
Como era de se esperar, Gina voltou para os Dursley. Mas, dessa vez, a ruivinha se livrou mais cedo dos tios. A irmã de Valter, Guida, viria visitá-lo e ela detestava Gina, sentimento recíproco. Guida, assim como muitos, sempre criticava Gina e falava que a mesma deveria ser mais como Duda. Como a mulher passaria boa parte das férias ali e os Weasley haviam ganhado na loteria bruxa, iriam passar as férias visitando Gui e Carlinhos, Gina foi para o Caldeirão Furado apenas duas semanas após voltar de Hogwarts.
Aquela definitivamente, fora uma das melhores férias de sua vida. Tom, o dono do bar/hospedaria, havia adorado a ida de Gina para lá, assim como boa parte dos comerciantes. A ruivinha era uma garota muito cativante. Havia sido naqueles meses que Gina se apaixonou pela música e aprendeu a tocar. Em uma de seus passeios pelo Beco, a garota encontrou Melody, filha do dono da loja de Instrumentos musicais mágicos. As duas conversavam bastante e a outra garota ensinou Gina a tocar boa parte dos instrumentos que conhecia. Perto de seu aniversário, Gina já havia até mesmo comprado seu violão.
Durante esse tempo, Gina sempre trocava cartas com os amigos que viajavam pelo mundo. Os gêmeos adoravam lhe mandar cartas com planos marotos, já que Gina era expert nisso. Mas uma das horas favoritas de Gina era à noite, quando antes de dormir a ruiva pegava o álbum de fotos que fez com fotos de seus pais e amigos, gostava de ver as expressões felizes nos rostos de todos.
Uma noite, porém, algo lhe chamou atenção. Era uma foto onde Tiago, Sirius, Remo e Pedro estavam embaixo de uma árvore, em Hogwarts. Atrás da mesma, a seguinte legenda: Pontas, Almofadinhas, Aluado e Rabicho. Para sempre seremos marotos. Gina ficava passando a mão pela foto e repetia os apelidos do pai e amigos conforme passava os dedos por eles. Como se uma luz a atingisse, ela se perguntou o porquê dos apelidos. Já tinha uma suspeita de que Remo seria um lobisomem, visto o estado de Dan durante as noites de Lua Cheia, isso explicaria o Aluado.
Segundo Lene, seu pai sempre tentava ajudar o máximo possível os amigos e, pelo que ela sabia lobisomens não faziam mal a animais. Será que seu pai, seu padrinho e seu “tio” seriam tão loucos a ponto de serem animagos? Foi então que o vislumbre de um grande cachorro brincando com ela, Gab e Dan, veio a sua mente. Almofadinhas. Então seu padrinho era um grande cão negro?!
Começou a observar Pedro, ou melhor, Rabicho e logo concluiu: Rabicho lembra rato, portanto, um rato. Passando os dedos pela imagem do pai, ela sussurrava: Pontas... Cabelo Arrepiado... Animal... Então, como se uma luz viesse na mente da pequena, ela disse baixo: Cervo!
- Como ela concluiu isso apenas olhando fotos e observando Dan? – perguntou Remo assombrado.
- Gina não nega que é descendente de Rowena e Helga. – disse Gryff. – Além disso, sempre foi esperta demais para sua idade.
- Impressionante! – disseram os Marotos.
No dia seguinte, enquanto tomava seu café da manhã, Gina recebeu o Profeta Diário, o jornal do mundo bruxo. Na capa, em destaque especial, estava uma matéria falando de uma fuga em Azkaban. E esse fugitivo era ninguém menos que Sirius Black.
- Sirius, você é louco! – sussurrou Gina com um sorrisinho.
Ela nem terminou de comer, saiu do bar para o Beco, até um canto deserto. Ali ela trouxe seu cetro e fez um feitiço de localização complexo, já que não tinha nada do padrinho para usar na busca. Sorriu marota ao ver um cachorro negro bem magro andando pelo Beco. Concluiu a busca, guardou o cetro e foi até o padrinho, parando apenas para comprar algo para comerem.
- Sirius? – sussurrou Gina próxima ao cachorro, quando o mesmo a encarou ela sorriu. – Venha comigo.
Os dois foram para um lugar bem afastado, onde Sirius pode voltar a sua forma humana. Sorrindo, ele a abraçou apertado.
- A última vez que te vi, você era uma bebezinha travessa. – dizia Sirius sorrindo para a afilhada.
- E você era um cachorrão negro. – disse Gina e o maroto a encarou assustado.
- Você se lembra? – perguntou Sirius.
- Como acha que te encontrei? – disse Gina levantando uma sobrancelha. – Sei que você é um cão, tio Aluado tem um probleminha peludo e meu pai é um cervo. Além de o Rabicho ser um traidor.
- Mas como? – perguntou Sirius abobalhado.
- Nem queira saber. – disse Gina lhe entregando comida. – A Lene e o Gab estão visitando a família da Lene, assim como o Remo e o Dan estão com a família materna.
- Quando voltam? – perguntou Sirius comendo feito desesperado.
- Em uma semana. – disse Gina. – Como fugiu? Que eu saiba, dementadores deixam a pessoa louca.
- Eu sabia que era inocente, além do quê, precisava voltar para a Lene e para o Gab. – disse Sirius. – Isso e o fato de dementadores não fazerem tanto efeito em animais me deixou lúcido o suficiente para fugir. Só agora, mas fugi.
- Eles vão ficar felizes. – disse Gina. – Pode ficar no Caldeirão comigo, Lene e Remo têm quartos reservados, assim como os Weasley e as meninas.
- Mas não será estranho você aparecer de repente com um cachorro? – perguntou Sirius, tanto tempo fora da sociedade e perdeu parte de seu espírito maroto.
- Então Tom, minha madrinha me pediu para trazer seu cachorro para cá, sabe como é né? O pobrezinho já passou muito tempo sozinho e ela logo vem para cá. Mas não se preocupe, Almofadinhas sabe se comportar e ficará no quarto. – disse Gina com um sorriso encantador.
- Sabe, começo a ver o genes do Pontas em você. – disse Sirius rindo. – Até eu acreditei agora por um momento.
- Fazer o quê?! E meu charminho. – disse Gina jogando o cabelo e rindo [n/a: Só para os que entendem essa jogadinha Haha].
Próxima memória, voltando para Hogwarts. Em um vagão estavam Harry, Ron, Gab, Dan e Gina. Em uma cabine em frente, os outros NM. Eles conversavam sobre banalidades, os programas das férias e sobre o novo prof.º de DCAT, Remo Lupin. Então, quando todos menos esperavam, o trem parou e as luzes se se apagaram.
- Lumos! – sussurraram Gina e Harry, ascendendo suas varinhas para poderem enxergar uns aos outros.
- Está todo mundo bem? – perguntou Dan indo pra o lado de Kat e Gab foi para o lado de Mandy.
- Estamos sim, mas o que é isso? – perguntou Mione.
- Melhor perguntar para o maquinista. – disse Gina se levantando, na mesma hora em que um vulto negro chegou neles.
O vulto era um dementador, Gina reconheceu. No mesmo instante um vento gelado e uma tristeza abateram todos. Gina, aos poucos foi recordando da morte dos pais e dos dias negros com os tios, em especial o dia que fora violentada. Era como se os bons dias com os amigos em Hogwarts não existissem, nem os momentos descontraídos com Gryff ou com o tio e a madrinha. Em sua mente, estava apenas sua mãe gritando e sendo morta e seu pai, prometendo que tudo ficaria bem. Quando a ruiva estava quase que perdendo os sentidos, ela viu uma luz, fraca, mas viu.
- Vocês estão bem? – perguntou Remo preocupado, encarando Gina.
- Sim, eu acho. – disse Dan enquanto Kat lhe abraçava apertado.
- O que dementadores faziam aqui? – perguntou Gab bravo, Mandy estava muito assustada.
- Procurando Sirius. – disse Remo. – Acham que ele pode voltar para Hogwarts. – disse Remo remexendo nos bolsos. – Tomem, comam um pouco de chocolate, depois de encontro com dementadores é o melhor remédio.
Enquanto Remo distribuía os chocolates, Gina ficou acuada num canto, silenciosa. Desde que se descobrira bruxa, vinha guardando no mais profundo de sua mente, as suas más lembranças, de um jeito que eles quase nunca a perturbavam, mas agora? Demorara um tempo para esquecer-se disso.
Durante todo o resto do dia, Gina ficou silenciosa, sequer falou algo e pouco comeu depois do chocolate. Uma coisa ela tinha certeza, precisava aprender a espantar dementadores. Depois que todos já estavam em seus dormitórios, Gina voltou para o salão comunal, não dormiria tão cedo hoje, isso se dormisse. Mas ela não foi a única a perder o sono.
- Não consegue dormir? – perguntou Harry descendo do dormitório masculino.
- Não. – disse Gina encarando o fogo da lareira.
- É por causa dos dementadores? – perguntou Harry sentando-se ao seu lado.
- Em parte. – disse Gina sem encará-lo. – E você?
- O mesmo. – disse Harry com um suspiro. – Lembrei-me do ano passado.
- Já te disse, não foi sua culpa. – disse Gina docemente. – Tom é um bruxo forte e conhecedor de magias negras, não poderíamos fazer nada.
- Mas eu quase matei pessoas Gi. – disse Harry encarando-a.
- Quase não é matar Hazza. – disse Gina o fazendo deitar em seu colo. – A culpa não foi sua, Tom deseja exatamente isso, que você se sinta culpado.
- Obrigado Gi. – disse Harry depois de um tempo. – Posso lhe fazer uma pergunta?
- Já fez, mas pode fazer outra. – disse Gi arrancando um sorriso do garoto.
- O que você viu quando os dementadores se aproximaram? – perguntou Harry cauteloso. - Se não quiser falar, tudo bem.
- Eu vi algumas cenas que preferia nunca ter vivido. – disse Gina após um tempo, olhando para lugar nenhum. Instantaneamente, Harry segurou sua mão. – Entre essas lembranças, o dia em que meus pais morreram e eu ganhei essa cicatriz.
- Sinto muito. – disse Harry a abraçando apertado.
- Já passou Hazz. – disse Gina o abraçando de volta. – E não há nada a se fazer sobre isso. O melhor é tentarmos dormir um pouco, amanhã temos aulas.
- Certo. Boa noite angelo rosso. – disse Harry dando um beijo em sua testa e subindo.
Sobre aquele ano, não tinha muito que mostrar. Apenas poucas lembranças de Gina brincando com Almofadinhas, Gab e Dan em algumas tardes, a final de Quadribol, onde Gina apanhou o pomo e seu primeiro passeio a Hogsmeade, e quando a ruiva perdera sua fiel Nimbus 2000. Apesar disso tudo, os dementadores ficavam circulando a escola e o vilarejo. Mais uns dos principais fatos foi, sem sombra de dúvidas, o reaparecimento do mapa dos Marotos. O Mapa esteve esse tempo todo com os gêmeos, que ficaram mais do que felizes em entregar para a pequena ruiva, dizendo que ela era merecedora de descobrir seus segredos marotos.
No final do ano, descobriram onde estava Pedro. Assim como os amigos, Pedro também se tornou animago, um rato. E curiosamente, era o mesmo rato que acompanhava a família Weasley há quase treze anos.
Mas quando eles cercaram Pedro, infelizmente era uma noite de Lua Cheia e apenas Sirius, sem a poção que geralmente acalmava Remo, não dava conta do lobisomem, que quase atacou os garotos. Como se isso não bastasse, Sirius ficou muito ferido, Remo fugiu e os dementadores atacaram. Gina apenas conhecia na teoria como afastar dementadores com o patrono, nunca conseguiu fazê-lo, pois não tinha boas lembranças, mas ver o padrinho e seus únicos e melhores amigos caídos, sendo quase beijados, foi uma experiência que ela jamais gostaria de repetir. Com uma determinação nunca antes vista, Gina conseguiu aguentar a pressão dos dementadores e conjurar não um, mas três patronos. Sua fiel fênix, naquela época, junto a uma corsa e um cervo, os patronos de seus pais.
Após todos os mais de cem dementadores terem sido destruídos pela ruiva, ela se dirigiu a Sirius e usando a magia aprendida com Mirian, deu um jeito em seus piores ferimentos e logo o acordou quando viu os professores saindo do castelo. Ajudou o maroto a subir num testrálio e voar para longe de Hogwarts, se estuporando logo em seguida.
- Porque ela se estuporaria? – perguntou Mandy confusa.
- Não há motivos. – concordou Kat, assim como outros.
- Se ela estivesse acordada, poderia ser dada como cúmplice de Sirius. – disse Ron com concordância dos outros aurores.
- Pensamentos rápidos sempre foram características da Gi. – disse Gab dando os ombros, certas coisas da irmã nem mais o surpreendiam.
Quarto ano, um ano cheio de descobertas para muitos, principalmente para Gina. Começou com uma vista de apenas uma semana na casa dos tios, as outras três do primeiro mês de férias passou na Mansão Potter, um lugar que descobriu em um de suas visitas corriqueiras no Gringotes. Todos os bruxos que visitavam o banco ficavam abismados com a ruivinha sendo bem tratada pelos duendes, sendo até mesmo procurada em certos momentos. Grampo, o duende que a levou em seu cofre na primeira vez, acabou se tornando o responsável por seus bens e por suas propriedades. Fora ele que, inclusive, relatara a menina que sua casa em Godric’s Hollow ainda estava protegida, assim como diversas outras em todo o mundo. Numa busca mais acirrada, Grampo encontrou para Gina um lugar seguro e o mais perto centro bruxo de Londres possível, ou seja, a mansão da família. Os elfos que ali viviam, amaram receber e servir mais uma Potter e não se opuseram em explicar para a bruxinha toda a história da família Potter, pelo menos desde o casamento de Selene Potter, as “leis” dos elfos domésticos e como os Potter os tratavam e, principalmente, amaram falar do quanto Tiago era travesso na adolescência, o quão belo era sua amizade com Sirius e Remo, o namoro com Lilian, a convivência com os Srs. Potter e etc..
Perto de seu aniversário, Gina recebeu uma carta a convocando para passar o resto de suas férias na toca, junto com os amigos, e assistir a final da Copa Mundial de Quadribol com os Weasley, Gab e Dan. Não pensou duas vezes antes de aceitar, apenas passou antes em algumas lojas no mundo trouxa comprar roupas para si, estava em faze de crescimento afinal de contas, e no Beco Diagonal, pegar um pouco de dinheiro para o ano e já encomendar seus materiais escolares. Feito tudo isso, seguiu para a Toca pelo Nôitebus Andante.
Nunca havia estado na Toca antes, mas se arrependia amargamente. Era simplesmente maravilhoso. No meio do campo, uma casa toda torta surgia. Para muitos, poderia ser considerado humilde, simples e pobre, mas para Gina? Era um lugar repleto de amor e carinho, cheio de todo aquele calor Weasley que bem conhecia. Ao bater na porta, foi recebida com entusiasmo por Carlinhos, um dos irmãos que não mais estudava em Hogwarts.
- Ruiva, olhos verdes e um sorriso cativante? Só pode ser a famosa Gina. – disse Carlinhos sorrindo e cumprimentando Gina alegremente. – Todos falaram tão bem de você que fiquei curioso de conhecê-la, igual Gui.
- Bom então você deve ser Carlinhos, o irmão que cuida dos dragões. – disse Gina e seus olhos brilharam quando mencionou o animal. – É um prazer conhecê-lo.
- Igualmente Gina. – disse Carlinhos a convidando para entrar.
Por dentro, a casa era uma bagunça total, mas uma bagunça gostosa, organizada. Mal entrou na casa e os gêmeos já vieram lhe cumprimentar e falar sobre as peças que poderiam pregar nas férias. Logo se juntaram a eles Harry, Ron, Gab e Dan , que já estavam instalados na Toca.
Nem foi preciso muito para que Carlinhos já se apaixonasse por Gina e a considera-se uma irmãzinha. Ouvindo a bagunça, Molly foi atraída para a sala, junto com Gui e Percy, onde encontraram os oitos planejando algumas brincadeiras, com versando e rindo.
- Nem deixaram a menina entrar e já a envolveram nas suas brincadeiras? – disse Molly meio brava. – Até você Carlinhos?!
- Não tem problema Sra. Weasley. – disse Gina docemente, levantando-se para cumprimentar os recém- chegados. – Carlinhos estava nos contando sobre os dragões da reserva.
- Bem, se é assim... – disse Molly sorrindo. – Seja bem vinda a Toca Gina.
-Obrigada! – disse a ruivinha. – Mas não vou atrapalhar?
- Que isso querida! – disse Molly. – Mas venha, está muito magrinha. Esse Gui, mas agora a Srta. precisa comer depois vocês conversam.
- Mas eu lanchei antes de vir para cá. – disse Gina para a senhora bondosa, que a deixou ficar com os garotos.
Depois das devidas apresentações, Gina ficou ouvindo Gui e Carlinhos contarem sobre seus trabalhos. Os olhos de Gina brilhavam enquanto ouvia sobre a civilização egípcia e todas as coisas que Gui descobria e quando Carlinhos falava dos dragões, ela tinha vontade de voar. Os garotos não tardaram a perceber sua animação e entenderam que era por causa de ter sido criada por trouxas, além de amar conhecer novas culturas.
Pouco tempo mais tarde, estavam todos reunidos na cozinha, almoçando. Todos perguntavam para a ruiva como foram às férias, coisas do mundo trouxa e etc. e a ruiva tinha o maior prazer de lhes responder, sempre com um sorriso no rosto.
- Eu não acredito que ela não contou que conheceu a mansão Potter. – disse Gab surpreso, eles geralmente contavam tudo uns pros outros, mas Gina sempre escondeu coisas deles, coisas até demais.
- Bom, se ela contasse que foi para a mansão, vocês iria querer saber o porquê dela não querer ficar na casa dos tios, e isso é uma coisa que ela nunca contou. – disse Harry pesaroso, sua ruiva passou por muita coisa.
O resto da tarde, os meninos se divertiram jogando Quadribol até mesmo Percy foi obrigado a jogar. Foi a oportunidade perfeita para Gina estrear sua nova vassoura, presente de Sirius e Lene. Se Gina já era boa com uma Nimbus 2000, ficava ainda melhor com uma Firebolt, a vassoura mais rápida do mundo. Carlinhos e os outros só viam o borrão da ruivinha, nem a sobra do pomo conseguiam ver. Os gêmeos ficaram falando que nesse ano, ninguém teria chances contra eles no Quadribol.
Entre dias divertidos, chegou o dia de partirem para a Copa Mundial de Quadribol. A Sra. Weasley ficaria sozinha em casa e os filhos, junto com os três visitantes, seguiriam com o Sr. Wesley, através de uma chave de Portal. O lugar onde o acampamento ficava era incrivelmente perfeito para Gina, havia pessoas de todo o mundo bruxo por ali, apenas para ver a final do jogo.
Em uma barraca ficariam os três primos, Harry e Ron, na outra ficaria os outros Weasley. Todos se surpreenderam quando a ruivinha apareceu com o almoço pronto para todos, alegando saber cozinhar desde sempre. Naquele momento, perceberam que pouco sabia sobre Gina, mas não entrariam em detalhes.
O jogo foi fantástico, Irlanda X Bulgária. Vitor Krum, o apanhador búlgaro, era fantástico, mas Gina ainda fazia melhor que ele. O jogo acabou com a Irlanda vencedora, mas Krum que havia apanhado o pomo.
Naquela noite, Gina teve um sonho onde se via numa cidadezinha típica de interior, dentro de uma casa abandonada. Ao seu lado, estava uma cobra, a sua frente, Pedro Pettigrew. Quando falou, sua voz saiu grossa e cortante, parecendo de cobra. Conversavam sobre algo importante, algo que ocorreria em breve. Foi então que um senhor velho, trouxa, os viu. Logo, recebeu a tão falada maldição da morte, o Avada Kedavra. Ao acordar assustada, Gina soube imediatamente o que havia acontecido. Teve uma visão do quê Voldemort estava fazendo, graças a sua cicatriz que ardia incontrolavelmente. E tudo piorou quando ouviu os primeiros gritos.
Imediatamente sacou sua varinha e foi ver o que era. Do lado de fora da barraca, encontrou-se com os outros Weasley. Carlinhos, Gui, Percy e o Sr. Weasley logo foram tentar ajudar, afinal estavam sendo atacados, deixando Fred e Jorge para cuidar dos meninos. Gina rapidamente acordou os meninos, guardou as coisas em sua mochila com um floreio da varinha e arrastou os garotos pela multidão. Porém, e algum momento, Gina lançou um feitiço de ilusão, criando uma cópia de si para seguir com os amigos. Seu eu de verdade colocou uma capa e saiu para a luta, sem varinha. Quando as coisas estavam mais controladas, Gina voltou para a companhia dos amigos, desfez a Gina ilusória e lançou um feitiço em si para esconder seus ferimentos.
- Ela já dominava feitiços ilusórios com 14 anos? – perguntou Bernardo para Gryff, com um tom pesaroso.
- Sim. – disse Gryff. – Me arrependo até hoje de tê-la ensinado esses feitiços.
- Por quê? – perguntou Bruno sem entender.
- Porque a Gina não gosta de preocupar ninguém, por isso sempre que se machuca, esconde com feitiços ilusórios e tenta cuidar por si própria. - disse Bernardo encarando o nada. – Só recentemente que ela passou a me procurar quando tem um ferimento mais grave, mas mesmo assim, deixa-os escondidos sempre. Não só ferimentos, mas também cicatrizes, sinais de cansaço e falta de sono e alimento. A Gina que sempre vemos, é praticamente uma ilusão, não existe.
- Por que ela faz isso? – perguntou Marcela horrorizada.
- Por que, para ela, chorar, precisar de ajuda, demonstrar dor, é sinal de fraqueza. – disse Harry baixo. – E para proteger aqueles que lhe são importantes, ela TEM que ser forte. Ela pôs isso na cabeça e agora, eu entendo o porquê disso.
Próxima lembrança, jantar de início de ano. Após toda a seleção e o banquete, veio a apresentação do novo professor de DCAT, Alastor “Olho-Tonto” Moody, um ex-auror, e os avisos corriqueiros de início de ano. Mas, dessa vez, um novo aviso.
– Bem vindos alunos novos e boa volta aos antigos. Aviso novamente que a Floresta Proibida recebe esse nome por ser realmente proibida – disse olhando diretamente para Gina -, além de avisar que a lista de objetos proibidos cresceu esse ano e está disponível na porta da sala do nosso zelador, o Sr. Filch. Também quero avisa-los que esse ano não terá a disputa pela Copa de Quadribol. – parou para ouvir as reclamações dos alunos, principalmente dos jogadores, e para espanto dos professores, Gina Potter não falava ou demonstrava nada, depois de acalma-los continuou – Isso ocorrerá porque esse ano teremos a honra de sediar o retorno do Torneio Tribruxo.
“Bom, peço desculpas para aqueles que já conhecem o torneio, mas tenho que explicar para aqueles que não conhecem. Este torneio reúne as maiores escolas de magia da Europa, Durmstrang, Beauxbautons e Hogwarts. Nele, um campeão de cada escola disputará o titulo participando de três provas onde seus conhecimentos de magia, poderes e vontade de ganhar, serão avaliados por uma banca de juízes, os diretores de cada escola e mais dois membros do ministério. Porém, para maior segurança de todos, só serão permitidos alunos maiores de idade. Os campeões serão escolhidos por um juiz imparcial e que não poderá ser enganado, no dia das Bruxas. Sendo que a comitiva de cada escola chegará à véspera. Além do título de vencedor, haverá uma premiação de mil galeões. Muitas precauções foram tomadas para que nada saia errado. – disse Dumbledore se sentando.”
- O mesmo discurso, só mudou que não houve nenhum auror no meio. – disse Luna dando os ombros. – E não precisa ser nenhuma Gina Potter para descobrir que ela vai participar do Torneio novamente.
- Bom, nisso você tem razão Lu. – disse Harry. – Mas as coisas ocorreram de forma diferente nessa vez.
Na véspera do dia das Bruxas, durante o banquete, onde os alunos da Beauxbautons e Durmstrang foram recebidos, houve outro discurso após a ceia.
– Como todos sabem, um juiz imparcial irá escolher os campeões de cada escola para competir. Este juiz será apresentado agora. – disse o professor fazendo um sinal para Filch que trouxesse uma caixa de madeira ornamentada com inúmeras Runas, dali o diretor retirou um cálice de cristal contendo chamas azuis. – Senhores e senhoras, este é o Cálice de Fogo. Ele ficará em nosso salão de entrada e todos aqueles que quiserem participar poderão colocar seu nome completo e o nome da escola que estudam dentro dele. Devo lembrar que é impossível burlar as leis do Torneio. E amanhã durante o Banquete do Dia das Bruxas serão conhecidos os nomes dos bruxos que representaram suas Escolas. Os Srs. Crouch e Bagman verificaram e examinaram minunciosamente as provas desse torneio. Serão num total de três provas durante o ano todo, elas testaram os três campeões das mais variadas maneiras... Sua perícia em magia, sua coragem perante o desconhecido, poderes de dedução e, logicamente, a capacidade de enfrentar o inimigo.
- Bem, agora fica lógico o motivo de Gina ter ganhado o Torneio. –disse Marie ao que todos a encararam. – Oras, vai me dizer que não reparam que as características necessárias descrevem Gina?
Pensando por esse lado, Gina sempre teve poderes de dedução maior do que a maioria das pessoas, quase nunca se enganava com algo ou alguém. Nem precisavam falar sobre sua magia, era óbvio que era uma grande Bruxa. Não, bruxa não, Maga. E coragem para enfrentar o desconhecido e capacidade para enfrentar o inimigo era o que mais tinha, essa ruivinha.
No dia seguinte, a nomeação dos campeões do Torneio. Assim como nessa vida, na outra os campeões também foram Cedrico Diggory, Fleur Delacour e Vitor Krum. E, quando Bartô Crouch iniciou seu discurso, o Cálice cuspiu o nome de Ginevra Potter. Antes que alguém pudesse ver o que acontecia, foram jogados para outra lembrança, uma que Harry jamais queria presenciar novamente.
Gina andava pelo castelo numa noite, ela exalava poder. Estava muito cansada e extremamente cheia de toda a atenção que lhe direcionavam por ser a quarta campeã. Ninguém acreditava que ela não queria isso, tirando seus melhores amigos. Ela estava sobre grande pressão psicológica. Além do mais, vinha tendo sonhos estranhos, onde se via transformando em vários animais.
Ao chegar à sala precisa, Gina soltou uma grande quantidade de ar e não viu que fora seguida por Harry. Após alguns segundos, antes de Harry entrar na sala, Gina soltou sua magia, que começou a lhe fazer cortes e ferimentos por todo o corpo.
- Mas o que está acontecendo? – perguntou Lene desesperada, era muito sangue saindo da afilhada.
- Você logo irá descobrir mãe. –disse Gab com os olhos negros de apreensão, ele já tinha presenciado um ataque de Gina.
Quando a ruivinha parou de se machucar com a própria magia, sem saber que era observada, caiu no chão, deitando-se no meio de seu próprio sangue. A ruiva se assustou quando viu Harry colocando sua cabeça em seu colo. Ela não tinha lhe visto ou sentido.
- Por quê? – perguntou o moreno num fio de voz, acariciando os cabelos ruivos. – Só quero saber o porquê Gi.
- Nunca aprendi a lidar com emoções Harry e, quando elas ficam descontroladas dentro de mim, minha magia faz isso. – sussurrou Gina, para logo em seguida se sentar em frente ao moreno. – Lidar com dor física, eu sei lidar muito bem, mas com emocional ? Nunca soube. Minha vida com meus tios não foi fácil, eles odeiam tudo que envolve nosso mundo, por consequência, me odeiam. Mas não se preocupe, os cortes fecham facilmente. – dito isso, Gina fechou os olhos e logo os cortes começaram a se fechar. – Já estou acostumada.
- Não faz mais isso Gi. – pediu Harry a abraçando. – Isso dói em mim. Por que nunca contou nada disso?
- Não gosto de preocupar as pessoas. – disse Gina – Prometa-me que não contará a ninguém Hazz, por favor.
- Gi... – disse Harry encarando os orbes verdes.
- Por favor? – pediu Gina.
- Tudo bem, isso é uma coisa sua. – disse Harry. – Mas prometa-me que antes que você faça isso de novo, você irá me chamar? Não quero que você passe por isso sozinha ok? Você tem gente ao seu lado que gosta de você.
Gina não falou nada, apenas lhe abraçou apertado. Mas isso foi o suficiente para Harry. Prometer ela não iria, mas pelo menos tentaria. Isso, por enquanto, é o bastante.
- Ela fazia isso? – perguntou Gryff num fio de voz. – Eu nunca soube.
- Ela AINDA faz isso Gryff. – disse Dan sem encarar ninguém.
- E como ela disse, não gosta de preocupar ninguém. – disse Ron com ódio.
A primeira prova chegou e, com ela, a preensão dos campeões e professores. Gina estava calma, já enfrentara bastante coisa, nada mais lhe assustava nesse tipo de quesito. Após se despedir dos amigos, Gina entrou na tenda e vestiu a roupa que lhe deixaram separada. Um short, uma regata e uma blusa, tudo em vermelho. A regata e a blusa tinha o número quatro em dourado nas costas, o símbolo da Grifinória e de Hogwarts no peito. Enquanto a ruiva fazia um rabo de cavalo, Fleur, Cedrico e Vitor se vestiam. Para Fleur, o mesmo estilo de roupa, apenas mudava a cor, azul claro, e o símbolo da escola e número. Os meninos usavam moletom, calça e blusa, das cores da escola ou casa.
Enquanto Bartô Crouch dava seu discurso, Gina pode perceber que os outros competidores não se assustaram os demonstraram reações ao saber que lidariam com dragões. E ficaram aliviados quando Gina, a primeira, retirou a miniatura de seu dragão, o mais feroz entre os quatro. Quando os quatro foram deixados sozinhos, Gina afirmou que eles sabiam, o que não negaram. O desempenho da ruiva em nada mudou, apenas que agora eles descobriram o porquê do truque. Gina esteve o tempo todo em contato com BlackMoon, a bela dragonesa que enfrentava. Black sabia que no meio de seus ovos havia um que não era dela, por ela, Gina podia retirá-lo dali a vontade, mas a ruiva tinha que fazer algo para ganhar pontos. Foi o que fez, após algumas manobras, entre elas a do fogo, Gina recuperou o ovo.
- Foi por isso que a Black se acalmou quando a Gina se aproximou. – disse Carlinhos exasperado. – Elas estavam em contato o tempo todo.
- Mas isso é possível? – perguntou Fleur confusa.
- Só para magos com grandes poderes. – disse Juliana. – Ela deve ser a única na atualidade a conversar com dragões.
Quando foram transportados para uma nova lembrança, algo estranho aconteceu. Apenas Harry podia ver e ouvir o que estava acontecendo. Por quê? Ninguém sabia, mas deveria ser explicado no decorrer das lembranças.
Gina e Harry dançavam no grande salão, divertindo-se como nunca antes. Mas eles não gostaram muito quando Gina foi tirada dos braços do moreno pelos seus próprios irmãos e por Gab e Dan. Quando enfim conseguiu se livrar deles, Gina saiu com Harry para o gramado, onde conversaram e o moreno se declarou, sendo recompensado com um beijo. Eles haviam começado a namorar .
- O que aconteceu? – perguntou Lily ao conseguir enxergar e ouvir novamente. – Que lembrança que era?
- Nada de muito importante. – disse Harry meio corado. – Apenas o início de nosso namoro na outra vida.
A próxima lembrança os levou para o lugar em que estavam. O mundo Gina. A ruiva entrou no mundo meio desesperada. Ali, adentrou na casa sem responder os chamados de Gryff, indo direto para uma nova aquisição sua, sua estante de livros.
- Achei! – disse após algum tempo.
- Dá para me responder agora? – perguntou Gryff, estava impaciente. – O que tanto procura garota?
- Isso. – disse Gina e começou a ler o livro. – “Há muitos anos atrás, quando um (a) bruxo (a) muito poderoso (a) nascia, lhe era presenteado um dom. O dom do amor eterno. Ele ou ela só se apaixonaria uma única vez na vida, só amaria sua Alma Gêmea. Ao aceitar sua Alma Gêmea, o (a) bruxo (a) estará automaticamente ligado à sua alma, sua vida e sua história. Com o passar do tempo, é capaz de até mesmo dividirem o poder entre si. Ao recusar sua alma, ambos os lado perderam qualquer tipo de lembrança sobre o relacionamento e nunca mais amaram alguém, viveram sem amor. Quando o (a) bruxo (a) poderoso (a) encontra sua alma, é automaticamente preso a ela e sobre hipótese alguma, após a aceitação, conseguirá viver com qualquer outra pessoa, mesmo que não se relacione com o (a) dono (a) da alma. Nenhuma cerimônia de enlace será efetivada sem ser a com a alma, se a pessoa presenteada com uma Alma Gêmea for violada depois de encontra-la, jamais poderá ser tocada por sua alma e perecerá sem amor.”.
- Certo, mas por que você quer saber sobre Almas Gêmeas? – perguntou Gryff confuso.
- Ainda não acabei Gry. – disse Gina mudando de página. – “Para reconhecer uma Alma Gêmea é fácil. Primeiramente, o (a) bruxo (a) que fora presentado (a) JAMAIS conseguirá mentir para sua alma, omitir sim, mentir nunca. Se ambas as partes da alma estiverem em algum tipo de relacionamento amoroso, o (a) bruxo (a) escolhido terá, na primeira noite após o inicio do relacionamento uma visão do sua alma adormecida e, dependendo do grau do poder e do amor, poderá visualizar seus sonhos. A parte presenteada da relação sentirá uma corrente elétrica por seu corpo ao contrariem algum tipo de contado mais íntimo, como beijos ou carícias.”.
- O que foi? – perguntou Gryff preocupado com o rosto assustado da ruiva. – O que aconteceu Gina?
- Não, isso não pode ter acontecido, não pode. – disse Gina desesperada, caindo de joelhos. – Eu não posso ter recebido esse dom.
- Mas que dom menina? - disse Gryff sem entender nada.
- Eu não posso ter uma Alma Gêmea Gry. Não posso fazer alguém passar por tudo que terei que passar. – disse Gina num sussurro. – Pior ainda, não posso fazer isso com ele, mas também não posso recusar. Sei o que é viver sem amor, e ninguém merece isso.
- Do que você está falando criatura? – perguntou Gry desesperado.
- Que eu, Ginevra Lilian Evans Potter, tenho uma Alma Gêmea. – disse Gina encarando o grifo com aqueles orbes esmeraldas cheios de dor e desespero. – Uma Alma Gêmea que atende por Harold Weasley.
- O quê?! – exasperou-se Gryff. – Repete.
- O que você ouviu Gryff. – disse Gina andando de um lado para o outro – A garota que levou dois para admitir amizades e quatro para admitir que estava apaixonada tem uma Alma Gêmea.
- Vocês são...? – perguntou Molly num fio de voz.
- Sim. – disse Harry calmamente. – Sei disso desde a outra vida, Gi me contou. Ela tentou de todas as maneiras se afastar ou impedir que eu sentisse seus poderes, mas não deu muito certo.
Logo chegou o dia da segunda prova. Novamente era visto entre os campeões e os professores a tensão, enquanto Gina estava calma. Depois de tudo que passou, ela sabia que mostrar tensão ou preocupação ou qualquer outro sentimento nessas horas só piorava tudo. Mas ela estava preocupada com outra coisa sem ser com a prova. Murta que Geme, a fantasma do banheiro do segundo andar, havia lhe dito que encontrara nos encanamentos vestígios de Poção Polissuco, uma poção que permitia a transformação de qualquer humano em outro que tivesse alguma parte do corpo, seja fio de cabelo ou uma mão.
A segunda prova consistia em cada campeão mergulhar no Lago Negro e buscar, durante uma hora, algo que lhe fora roubado. O que foi roubado? Simples, a pessoa mais importante para o competidor que estivesse em Hogwarts. A refém de Cedrico era Cho Chang, uma corvinal um ano mais velha que Gina, sua namorada; a de Fleur era sua irmãzinha de dez anos; o de Vitor, seu melhor amigo; e de Gina, Harry. Apesar dos professores e conselho terem ficado divididos entre o namorado ou os primos ou alguns dos amigos, sabiam que Gina iria atrás de qualquer um.
Logo que foi dada a partida, Gina ingeriu uma das plantas que cultivou em seu mundo, um guelricho. Esta planta permite que qualquer pessoa possa respirar debaixo d’água por mais ou menos uma hora, transformando em uma espécie de peixe-homem.
Porém, algo estranho aconteceu. Gina, como boa atleta que sempre foi, com ajuda do guelricho conseguiu chegar aos reféns em menos de dez minutos, mas, ao se aproximar, os quatro começaram a sair do transe em que estavam e a se afogar. Após lançar uma praga para o mestre de poções que fez aquela que eles tomaram, Gina lançou um feitiço que tinha visto em um livro certo dia. O feitiço cabeça-de-bolha.
Os quatro olharam assustados para ela, que nem ligou. Ainda segurando o feitiço, ela se aproximou do namorado e cortou as cordas que lhe prendiam, mas a irmãzinha de Fleur, por ser muito nova, não conseguiria sobreviver apenas com o feitiço de Gina, ela precisava de mais magia. Depois de convencer o namorado, Harry levou Gabrielle até os juízes e explicou o que aconteceu, enquanto isso Gina e os outros dois, já livres das cordas que lhe prendiam, aguardavam os outros campeões.
Quando, depois de quase uma hora, Cedrico e Vitor apareceram, os dois mais seus reféns voltaram à superfície. Gina ficou alguns minutos a mais, pois preciso recuperar o fôlego e, também, por que a rainha dos sereianos queria lhe falar que ela fora muito corajosa ao permanecer e salvar todos.
Após dois meses da segunda prova foi que chegou o dia da última. O desafio era passar por um labirinto mágico e cheio de criaturas e feitiços, até encontrar a Taça do Torneio no centro. O primeiro que a encontrasse, era o vencedor. Eles entrariam no labirinto de acordo com a classificação. Gina, Cedrico, Fleur e Vitor.
Gina andava pelas sebes que eram os corredores do labirinto tranquila. Ela sabia que nessas horas, pânico e pavor eram as últimas coisas que deveria sentir. Através de feitiços simples, como o de Quatro Pontos, ela foi se dirigindo ao centro. Passou por um bicho-papão, alguns feitiços ilusórios, que era sua especialidade, e alguns explosivins. Estava pensando para onde seguir quando ouviu um grito. Era Fleur. Alguém tinha a sabotado. A loira estava presa nas sebes desacordada e preste a levar um Avada Kedavra quando Gina apareceu e assustou quem quer que estivesse a atacando, pois ele logo sumiu. Após soltar Fleur e acordá-la, a ruiva convocou luzes vermelhas no céu, o sinal de socorro para os professores que vistoriavam a prova.
Enquanto voltava para seu caminho, a ruivinha ficava pensando quem poderia ter feito isso com a francesa e por que sumira quando ela chagara. Após alguns minutos, outro grito foi ouvido. Dessa vez, a mesma pessoa que atacara Fleur, enfeitiçava Vitor com o Imperius e o fazia torturar Cedrico com a Crucio. Gina rapidamente estuporou Vitor enquanto o vulto sumia novamente. Após ajudar Cedrico, ela chamou novamente os professores, deixaria que eles tomassem suas decisões enquanto ela continuava a prova.
Por fim, quando viu a taça, foi impedida por uma esfinge, que lançou seu enigma. A ruiva o desvendou logo que a esfinge terminou de proferi-lo. Amava enigmas. Porém, quando finalmente chegou à Taça, a mesma foi circulada por uma luz azul, indicando que era uma chave de portal e Gina foi levada de Hogwarts.
A garota caiu num cemitério. Quando se levantou para pensar em como sair dali, foi desarmada e acorrentada em um túmulo. Das sombras, Rabicho saiu carregando um embrulho. Enquanto os dois se aproximavam, a ruiva tentava se soltar, em vão.
- Não sairá tão cedo. – disse uma voz com sibilar de cobra.
- Jura?! – disse Gina irônica, uma personalidade reservada para Voldemort e seus comensais. – Sentiu saudades de apanhar cara de cobra?
- Insolente! – disse Voldemort, o embrulho no colo de Rabicho. – Veremos se continuará assim quando eu retornar ao meu corpo.
- E como fará isso, oh projeto de réptil? – perguntou Gina revirando os olhos enquanto pensava num plano.
- Você verá. – disse Voldemort. – Rabicho, comece o ritual.
- Sim mestre. – disse Rabicho com ódio nos olhos.
Então Rabicho jogou o que sobrara de Voldemort no caldeirão em frente à Gina, onde uma gigantesca cobra estava enrolada. Após isso, ele começou o ritual, um ritual necromântico.
- Osso do pai, dado sem saber, renove o filho. – disse Rabicho conjurando um osso do tumulo abaixo de Gina, onde se lia Tom Riddle. – Carne do servo, dado de bom grado, reanime seu amo. – disse cortando seu punho com uma adaga. – Sangue do inimigo, tirado a força, ressuscite seu adversário. – então o ex-maroto cortou o antebraço esquerdo de Gina na forma da marca negra, fazendo o sangue cair no caldeirão.
Então, o caldeirão começou a brilhar e dele, saiu uma fumaça. Quando a mesma sumiu, apareceu Lord Voldemort com seu corpo branco, careca e sem nariz, olhos vermelhos como a morte.
- Rabicho, seu braço. – ordenou Voldemort, apertando a marca negra dele.
Logo, o cemitério estava lotado de comensais, pelo menos uns vinte. Voldemort fazia um discurso falando que era imortal, o bruxo mais poderoso de todos os tempos e outras coisas. Também falava que nenhum de seus comensais havia ido atrás dele, mesmo Rabicho, só foi por causa do medo de ser encontrado por Remo e Sirius.
- Sabe duelar Ginevra? Mas é claro que Dumbledore deve tê-la ensinado. – disse Voldemort soltando as cordas que a prendiam.
Antes menos de cair no chão, sua varinha estava em sua mão e um feitiço que os separava dos comensais lançado. Sem dar tempo para Voldemort pensar, a ruiva mandou cinco feitiços seguidos e diferentes nele.
Logo um duelo se iniciou. Faíscas coloridas voavam por todo o lado, em especial a preta da Crucio e as douradas não pronunciadas de Gina. Várias vezes a ruiva foi acertada por feitiços, geralmente o da tortura, mas ela sempre escondia que estava sentindo dor, não iria demonstrar cansaço nem nada que Tom pudesse utilizar contra ela.
Quando a coisa estava começando a ficar feia para o lado dela, Gina jogou Tom longe, junto com os comensais e convocou a Taça, caindo no gramado de Hogwarts depois de quase quatro horas que Fleur e Cedrico foram resgatados do labirinto.
Assim que se sentou, a ruiva foi circulada pelos diretores e professores. Entre eles, Alastor Moody, o principal suspeito de Ginevra. Foi então que, observando cada movimento dele, começou a perceber as pequenas mudanças de aparência. Ele nem parecia perceber, pois se percebesse, ele logo tomaria seu cantil, cheio de poção Polissuco. Foi tudo uma questão de segundos, quando menos perceberam, Gina o estuporou e convocou o cantil, derramando toda a poção com cor estranha no gramado, enquanto todos assistiam atônicos a transformação de Alastor Moody em Bartô Crouch Jr.
- Foi isso que aconteceu? – perguntou um surpreso... Harry?!
- Ao que parece foi. – disse Bruno. – Mas você não sabia?
- Não! – disse Harry ao que todos viraram para ele. - A versão que ela contou e depois mostrou foi totalmente diferente.
- Como?! - perguntou Sirius.
- Deve aparecer depois. – calou Marie.
A memória seguinte era de uma Gina sorridente puxava o namorado em direção à sala precisa, tinha uma coisa a mostrar.
- Hey Gi, o que quer tanto me mostrar? – perguntava Harry confuso.
Mas a ruiva não respondia. Assim que entraram na sala, ela estava igual a um parque, com árvores e bancos. Em cima de um, em especial, tinha um violão.
- Olha, eu sei que não demonstro muito meus sentimentos e tal... Deixe-me terminar. – pediu Gina o calando. – Por isso eu quero mostrar uma coisa para você, coisa quem nem os meninos sabem. Na verdade, vou cantar o que você me faz sentir.
A ruivinha o fez sentar se banco e pegou o violão, com um suspiro começou a tocar uma doce melodia.
“Will you count me in?
I've been awake for a while now
You've got me feeling like a child now
'Cause every time I see your bubbly face
I get the tingles in a silly place
It starts in my toes
And I crinkle my nose
Wherever it goes
I always know
That you make me smile
Please stay for a while now
Just take your time
Wherever you go
The rain is falling on my window pane
But we are hiding in a safer place
Under covers staying dry and warm
You give me feelings that I adore
It start in my toes
Make me crinkle my nose
Wherever it goes
I always know
That you make me smile
Please stay for a while now
Just take your time
Wherever you go
What am I gonna say
When you make me feel this way
I just... Hmm…
And it starts in my toes
Makes me crinkle my nose
Wherever it goes
I always know
That you make me smile
Please stay for a while now
Just take your time
Wherever you go
I've been asleep for a while now
You tucked me in just like a child now
'Cause every time you hold me in your arms
I'm comfortable enough to feel your warmth
It starts in my soul
And I lose all control
When you kiss my nose
The feeling shows
'Cause you make me smile
Baby just take your time now
Holding me tight...
Wherever... wherever...
Wherever you go
Wherever... wherever...
Wherever you go
Wherever you go
Always know
'Cause you make me smile
Even just for a while”
(Bubbly – Colbie Caillat)
Tradução:
Você poderá contar comigo?
Eu estou acordada por um tempo agora
Você me fez sentir como uma criança agora
Porque cada vez que eu vejo seu rosto animado
Eu sinto arrepios num lugar bobo
Começa na ponta dos pés
E me faz enrugar o nariz
Onde ele vai
Eu sempre sei
Que você me faz sorrir
Por favor fique por um tempo agora
Basta levar o seu tempo
Onde quer que vá
A chuva está caindo no vidro da minha janela
Mas nós estamos nos escondendo em um lugar mais seguro
Sob as cobertas permanece seco e quente
Você me dá sentimentos que eu adoro
Começa na ponta dos pés
E me faz enrugar o nariz
Onde ele vai
Eu sempre sei
Que você me faz sorrir
Por favor fique por um tempo agora
Basta levar o seu tempo
Onde quer que vá
O que eu vou dizer
Quando você me faz sentir desse jeito?
Apenas? Hmm...
Começa na ponta dos pés
E me faz enrugar o nariz
Onde ele vai
Eu sempre sei
Que você me faz sorrir
Por favor fique por um tempo agora
Basta levar o seu tempo
Onde quer que vá
Fui dormir por um tempo agora
Você me cobriu como uma criança agora
Porque toda vez que você me segura em seus braços
Sinto-me confortável o suficiente para sentir seu calor
Começa na minha alma
E eu perco todo o controle
Quando você beija o meu nariz
O sentimento mostra
Porque você me faz sorrir
Baby basta levar o seu tempo agora
Me abrace forte...
Onde... onde...
Onde quer que vá
Onde... onde...
Onde quer que vá
Onde quer que vá,
Sempre sei
Porque você me faz sorrir
Mesmo que só por um momento
Olá muchacos! Como vocês estão? Já estão de férias? Bom, desculpa a demora, mas os capítulos estão gigantes como disse, além de que, alguém roubou minha criatividade há alguns dias e ela só deu sinal de vida recentemente. . . Espero que gostem desse capítulo, o outro está em andamento já. . .
lily jean OLIVER: Não sou fã de DW e sabe bem disso amor. . . E nossas conversas SEMPRE são perigosas. . . É, só você percebeu que ela falou o nome da fic. . .
Li, não me inspirei no Rafa, é a convivência mesmo. . . E desde quando o mundo é justo? Se fosse justo eu estaria estudando em Hogwarts lá em Londres, e não aqui no Brasil :(
JuPJEWL: É Ju, a Gi passou por maus bocados e sim, ela está se tornando uma típica brasileira. . . Ah, amor, pode bater mais nos meninos. . .
Se você vai ler rapidinho como diz, porque demorou uma hora para ler um pouco mais de vinte páginas. . ? E esse tem mais de 50 baby. . .
Beijos meus amores e até o próximo ;)
Comentários (2)
Sala Precisa. A ruiva parou em frente da parede vazia e, ao em vez de passar por ela três vezes como todos, ela simplesmente fechou os olhos e acertou um raio dourado, fazendo a sala se abrir. Cuidado com os perigos da Sala Precisa uheuehue – Só uma dica para situações futuras, - disse Gina com um falso sorriso doce. – Nunca, ouviu bem? NUNCA duvide de Ginevra Lilian Evans Potter! Ficou claro ou quer que desenhe? 'SUMEMO GININHA! OOOOWNT, QUE LINDO O MOMENTO HARRY/GINA! Ai, que fofo, tô com vontade de apertar as bochechas! *O* Ah, amor, pode bater mais nos meninos. . .AlwaysSe você vai ler rapidinho como diz, porque demorou uma hora para ler um pouco mais de vinte páginas. . ? Nah, nem foi tanto dessa vez, bitch please!
2012-12-07- Ela... daria... sua... própria... vida... pela... nossa? – gaguejou Gui surpreso.PQ A SUPRESA ELA É GINA POTTER SEMPRE SERÁ ASSIM NÃO VAI MUDAR Harold Weasley havia sido levado pelo monstro da Câmara.me derredi mais que picolé no sol lendo isso ai adorei o troca troca do amor sza seleçao ficou super divassica assim com toda a fic to sem palavras~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Não sou fã de DW e sabe bem disso amor. . .claro que sei mais não por muito tempo viic-song E nossas conversas SEMPRE são perigosas. . . perseiria graça se não fosseN/ljep vc fala isso para genteééééé poié né É, só você percebeu que ela falou o nome da fic. . . sempre só eu que persebo as coisas*empurrada* Li, não me inspirei no Rafa, é a convivência mesmo. . . convivencia muda tudo humor?normalN/lj *prende a risada* é convivencia são muitas perigosas para pessoa E desde quando o mundo é justo?eu sei o vida cruelque causa tando escarcel (tenho parar de ver shek) Se fosse justo eu estaria estudando em Hogwarts lá em Londres, e não aqui no Brasil :(CORUJA DOIDA VEM LOGO EU QUERO MINHA CARTA AGORA RUN *se vira para harry* hazz da um autografo*olha para gina e toma o caderno de harry* SUA DIVA AUTOGRAFA PARA MIN *passa uma foto da gina com um arco e flecha*
2012-12-06