Cuidando de um desconhecido.



Capítulo 1 – Cuidando de um desconhecido.


 


Gina estava aborrecida. Seus irmãos estavam jogando quadribol, e ela foi proibida por eles. Isso só a deixava com raiva.


Ela já tinha sete anos e poderia muito bem voar em uma vassoura. Esses idiotas já voavam antes disso. Pensou a ruiva sentada encostada em uma árvore.


-“Você é uma menina. E Meninas não jogam quadribol.” – disseram eles. Se eles soubessem...


Desde os cinco anos, Gina arrombava o armário de vassouras e voava. Até que sua mãe descobriu, e ao invés de dar uma bronca, disse para ela pegar sempre uma vassoura diferente, para que os meninos não percebessem.


Ela já tinha seus planos para mostrar para esses machistas que meninas podiam jogar e algumas vezes melhor que os meninos. Ela iria primeiro para Hogwarts, onde entraria para o time da suas casa, que ela torcia para ser a Grifinória. Ganharia a taça e esfregaria na cara dos irmãos. Depois ela seria contratada pelas Harpias de Holyhead. E em algum momento se casaria com Harry Potter.


Eram planos simples feitos por uma menina, mas que tinha tudo para dar certo.


Se pelo menos Gui estivesse ali, ela teria ajuda.


Bom se ela não poderia jogar, ela ficou ali imaginando torturas para seus irmãos. Coisas bobas, mas que na mente de uma menina eram grandes coisas. Como esconder os livros de Percy, bagunçar as coisas dos gêmeos para eles não sabem de quem é o que, ou mudar a cor dos uniformes dos pôsteres que Rony tinha em seu quarto.


Ela não poderia entender como o irmão gostava tanto dos Chudley Cannons, um time que não vencia há tanto tempo. Ela podia jurar que um dia o quarto todo seria laranja.


Ela ainda era mais as Harpias.


Gina estava perdida em seus sonhos com jogos que ela participaria.


Foi quando um barulho de galhos quebrados chamou a sua atenção. Algo se aproximava pelo pomar.


Não era incomum isso. Normalmente um pequeno animal aparecia por ali.


Mas não era um animal, mas um menino. Que Gina acreditou que devia ter a sua idade. Devia ser da cidade.


O menino não a percebeu ali, parecia mais preocupado com algo atrás dela.


Gina se levantou e pode dar uma olhada nele. As roupas dele eram largas e estavam sujas de lama, ramos e sangue. Em uma de suas mãos estava um óculos partido. A outra segurava o peito. Tinha um ferimento na testa, já que ali tinha muito sangue. E cabelos negros bagunçados, o que poderia ser por conta do que causou o estado dele.


Ele parou e se encostou em uma árvore. Estava ofegando, e visivelmente com dor. Por um segundo, ele pareceu descansar, mas pareceu confuso.


- Oi. – disse Gina assustando o menino.


O garoto olhou para trás para ter certeza de algo, e depois para a menina na sua frente. Ele tentou colocar os óculos de novo, mas só consegui uma lente de cada vez.


- Oi. – respondeu ele, como se achasse que era o melhor a fazer.


- Meu nome é Gina.


- Harry. – disse ele. – Onde eu estou? Aqui não se parece com o parque.


- Isso é um pomar. – disse Gina. – O pomar da Toca. A minha casa.


Harry estava confuso, não existia nenhum pomar perto da casa dos tios. Mas a dor fez com que ele parasse de se preocupar com isso. Seu primo e a gangue dele deviam estar ali perto, e poderiam machucar a menina.


- Você está machucado.  – disse ela. – Vamos lá pra casa que eu te ajudo.


- Eu tenho que ir pra casa. – disse o moreno. – Meus tios ficaram... preocupados.


- Onde você mora?


- Rua dos Alfeneiros, Little Whitning.


- Mas estamos em Ottery St. Catchpole. – disse Gina sem entender. Mas logo percebendo que o menino poderia ser um nascido trouxa, que depois de se acidentar tinha parado ali. – Vamos fazer o seguinte. Nós vamos lá pra casa, eu te ajudo e depois vemos como você pode ir pra casa.


Harry pensou um minuto, mas percebeu que era melhor aparecer em casa pelo menos limpo.


- OK.


Gina então o ajudou a andar. Mas teve cuidado, parecia que ele tinha algum machucado no peito.


Não viu nenhum dos meninos para poder ajudar, eles devem ter se afastado um pouco. Decidiu entrar pela porta da frente, que era a mais perto e também mais fácil de seguir para o quarto.


- Gina é você? – perguntou Molly ao ouvir alguém entrar.


- Sim, mamãe. – respondeu ela. – To subindo pro meu quarto.


- Logo o jantar vai estar pronto, seus irmãos devem aparecer a qualquer momento. Então não demore no banho.


- Mas...


- Sem mas menina. Você tem que tomar banho.


- Ta bom. – disse ela.


Sorte que ela dormia no primeiro quarto da casa, assim Harry não teria tantos problemas para subir escadas. Ele parecia pior subindo os degraus.


Harry estava achando a casa um pouco diferente, mas sem seus óculos ele não poderia ver nada. Mas ele podia jurar que a casa era torta.


O quarto que ele entrou tinha muitos bichinhos de pelúcia, mas não era todo rosa como ele esperava de um quarto de menina. Ou pelo menos das meninas que ele conhecia.


Aliás, era a primeira vez que ele entrava em um quarto que não fosse da sua própria casa. Mas pelo que as meninas do colégio conversavam devia ter mais rosa.


Gina tirou a maioria de cima da cama, mas deixou um que Harry identificou como um dragão, mesmo sem os óculos.


- Deita ai, que vou tomar banho rápido e volto pra cuidar dos seus machucados.


Harry se deixou relaxar, logo ele poderia voltar para casa.


Gina não demorou muito no banho, como ela não tinha feito muita coisa, ela não precisava de um banho demorado, nem queria deixar o Harry esperando.


Ela foi diretamente para cozinha pegar algumas poções. Sua mãe tinha um bom estoque delas, com tantas crianças em casa, era normal alguém se machucar.


- Para que isso, Gina? – perguntou Molly.


- Para cuidar dele, uai. – disse Gina como se fosse a coisa mais obvia.


- Me fale se você gastar tudo. – disse a matriarca.


Gina sempre cuidou de qualquer bichinho que ela encontrava ferido perto de casa. Então, sua mãe não achou estranho isso. E também poderia explicar porque ela entrou pela sala. Molly não gostava de bichos feridos na cozinha.


A ruivinha só lamentava que ela não pudesse fazer magia. Isso ia facilitar muito.


Também passou no quarto de Rony e pegou uma muda de roupa. A que Harry estava usando estava toda suja.


- Primeiro você tem que tirar essa roupa. – disse Gina.


Como ele vivia com seis irmãos, ver um menino se trocando era normal para ela. E Harry nunca teve essa vaidade, apesar de não quer querer mostrar para ela seus machucados, o que na situação não seria a melhor coisa a fazer.


As pernas não estavam tão ruins. Tinha uma contusão na canela esquerda, mas ele poderia permanecer de calças.


Gina se concentrou nos hematomas das costas. E do peito. Harry podia cuidar dos braços, que tinha alguns arranhões. Mas suas mãos precisariam de mais cuidados.


- O que aconteceu, Harry?


– Nada. Eu caí. - disse ele.


- A verdade, Harry. – disse ela.


- Meu primo não gosta muito de mim. – disse ele, sem olhar para Gina, mas sabendo que tinha que falar, ou era capaz de algo ruim acontecer com ele. – Ele e seu amigos não gostaram que eu recebi um elogio de uma mulher na rua, e...


- Esses meninos. – disse Gina com as mãos na cintura. – Se eu por as minhas mãos neles.


- Eles estão longe.  – disse Harry, sabendo que os meninos não teriam problema nenhum em bater em uma garota, ainda mais uma que queria o defender.


- Por que não conta pra seus tios?


- Eles vão acreditar no Duda. E terei que... – Harry parou, isso ela não precisava saber.


Desta vez Gina não quis pressionar. Continuou a cuidar das costas dele.


O maior problema era o ferimento grande no lado direito do peito, que era o que Harry segurava. Parecia algo com as costelas e isso ela não sabia cuidar. Mas a pomada que ela estaca passando parecia ajudar muito. Ele até respirava melhor.


Quando todos os ferimentos já estavam tratados. Só faltava o da testa.


Gina pegou um pano para tirar o sangue seco. Foi quando ela viu. A cicatriz.


Aquele não era apenas Harry, era Harry Potter, o menino-que-sobreviveu.


 


 

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Comentários (3)

  • JuPJEWAL

    Gina estava aborrecida. Seus irmãos estavam jogando quadribol, e ela foi proibida por eles. Isso só a deixava com raiva.Uma coisa dessa é muito irritante, sério. -“Você é uma menina. E Meninas não jogam quadribol.” – disseram eles. Se eles soubessem...De novo, muito irritante. Machismo é foda.Ela iria primeiro para Hogwarts, onde entraria para o time da suas casa, que ela torcia para ser a Grifinória. Ganharia a taça e esfregaria na cara dos irmãos. Depois ela seria contratada pelas Harpias de Holyhead. E em algum momento se casaria com Harry Potter.Uia, já tinha até a vida preparada. Dedicada hein?- Meu primo não gosta muito de mim. É, muito, mais um pouquinho. Aquele não era apenas Harry, era Harry Potter, o menino-que-sobreviveu.AGORA, MANTENHA A CALMA E VIGILÂNCIA CONSTANTE! 

    2012-11-12
  • lily jean OLIVER

    olha eu aqui de novo ai mago muito bom mesm o continua pelo amor do chat no msn continua

    2012-11-10
  • lily jean OLIVER

    olha eu aqui de novo ai mago muito bom mesm o continua pelo amor do chat no msn continua

    2012-11-10
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