A Lei
Capítulo 1 – A Lei
A guerra contra Voldemort estava se intensificando. O medo crescia a cada dia. Havia um lugar que ainda podia se dizer livre das consequências terríveis deste confronto. Ou pelo menos era o que achavam seus habitantes até aquele momento.
O sexto ano acabava de terminar sua prova final de transfiguração. Minerva passou a tarde inteira observando principalmente 4 alunos que ela fez questão de separar.
Os Marotos eram a preocupação e o orgulho de qualquer professor.
Mas o problema não era seus alunos ou a prova que estava aplicando, mas a notícia que Dumbledore havia lhe dito antes.
- Tempo esgotado. – disse ela para a turma.
Com um aceno de varinha ela pegou os pergaminhos e colocou sobre a sua mesa.
- Srta Evans, preciso falar com você. – disse a professora.
A turma saiu deixando a ruiva com a professora. Maria Macdonald fez um aceno que a esperaria do lado de fora.
- Professor Dumbledore quer que você o encontre no escritório dele depois do jantar. – disse Minerva quando a porta foi fechada pelo último aluno que saiu. – Ele não quer que ninguém, que não precise, saiba, então se alguém perguntar basta dizer que pedi pra você ficar aqui por conta de uma questão da monitoria.
Lilian estava meio confusa, o que Dumbledore poderia querer com ela. Despediu-se da professora e saiu da sala.
- O que ela queria? – perguntou Maria.
- Falar que Dumbledore quer falar comigo. Mas ninguém pode saber. – disse ela depois de se certificar que ninguém mais poderia ouvir.
- Eu sou ninguém? – perguntou a morena.
- Você entendeu o que eu quis dizer.
- Certo, o assunto é serio mesmo. Depois se ele deixar você me conta tudo.
As duas seguiram para a torre da Grifinória.
Na entrada deram de cara com os Marotos saindo.
- O que a tia Mimi queria com você? -perguntou Sirius, recebendo um tapa na nuca.
- Se ela quisesse que a gente soubesse, Tia Mimi teria dito na sala. – disse supreendentemente Tiago Potter, o garoto que vivia perseguindo Lilian.
- Mas... – disse Sirius.
- Problemas da Monitoria, Black. – disse Lilian. – Você queria participar?
- Sirius Black nunca vai ser um Monitor. – disse ele.
- Então não a amole. – disse Remo Lupin.
- Vamos pro Salão, essa prova me deu fome. – disse Pedro.
Os quatro seguiram para o Salão principal enquanto as meninas para seu quarto.
- Será que eles acreditaram nisso? – perguntou Maria.
- Pettigrew acreditou. – disse Lilian. – Os outros são espertos de mais pra cair nessa. Ainda mais que Remo é monitor também, se realmente fosse algo da monitoria ele teria sido chamado comigo.
Lilian deu graças a Merlin que aquele encontro foi ali onde ninguém estava escutando. Se fosse no salão, geraria muita fofoca. Mas a reação de Tiago que a deixou preocupada. Ele seria a primeira pessoa que perguntaria algo assim. E ele agora mostrou que não tinha curiosidade.
Pensando bem, ela percebeu que já fazia umas duas semanas que o garoto não a incomodava, ele ainda estava por perto, mas nenhum convite.
Não era só os exames, pois no ano anterior, mesmo durante os NOMs ele fazia questão de tentar algo com ela.
Assim que ela chegou ao salão principal, o maroto foi tirado de seus pensamentos. Ela viu Dumbledore com suas típicas vestes roxas. Isso a fez lembrar de algo sério seria discutido logo mais.
- Pare de olhar pra mesa dos professores. – sussurrou Maria. - Alguém pode desconfiar.
- Desculpe.
A ruiva passou o jantar todo dando rápidas olhadas para os professores. A espera que o diretor saísse. Ela usava alguns truques que tinha desenvolvido, em sua maioria para ficar de olho no grupo de baderneiros da sua própria casa.
Mesmo com a atenção devida, ela não viu quando Dumbledore saiu.
- Bom, acho melhor eu ir agora. – disse Lilian para Maria. – Quanto mais cedo for, mas cedo essa bomba explode.
Ela saiu, sem perceber que mais alguém estava ausente.
Parada na frente da gárgula da sala da diretoria, a ruiva tentava se lembrar se a professora McGonagall havia lhe dito a senha. Como não conseguiu, tinha duas alternativas. Tentar todos os doces que ela conhecia, ou usar o feitiço que desbloqueava senhas.
Era um feitiço muito útil que ela mesma criado. Mas infelizmente só funcionava em portas, ou coisas do gênero como portais. Ela tinha testado naquele pergaminho que os Marotos carregavam, mas não funcionou.
Assim como no diário que ela tinha dado para Maria no Natal do quarto ano.
Mas em Hogwarts, ter um feitiço que abre as portas era uma grande ajuda.
Foi assim que ela abriu a gárgula.
- Boa noite, Srta Evans. – disse Dumbledore.
- Boa noite, professor. O senhor queria me ver.
- Sim, devo dizer que as notícias que tenho não são agradáveis. Tentei de tudo para evitar isso acontecesse, mas meus poderes são limitados, mesmo como Presidente da Suprema Corte. Melhor deixar de enrolar e de mostrar isso.
Dumbledore desenrolou um pergaminho e ofereceu a ler.
“Decreto Lei Ministerial #4184-2 (S)
A partir desta, todos os nascidos trouxas e mestiços com sobrenome trouxas menores de 19 anos deverão integrar famílias bruxas.
Essa medida visa diminuir o risco que esses bruxos estão expostos perante a guerra Contra Voldemort, também conhecido como Você-Sabe-Quem e Aquele-que-não-podemos-nomear.
Os maiores de 16 anos deverão se casar com bruxos de família respeitáveis. Assim como os menores desta mesma idade serão adotados.
Bruxos adotados ficam livres da condição de casamento ao atingir a idade necessária, uma vez que já serão considerados de famílias bruxas.
As adoções e casamentos deverão cessar quando Voldemort for derrotado.
Entende-se como famílias respeitáveis, famílias pré-determinadas, que foram analisadas pelo ministério e que concordaram com o acordo, sem recebimento de incentivos, ou benefícios.
(...)”
A lei seguia com detalhes técnicos que Lilian nem tentou ler. Estava chocada com isso. Ela estava sendo obrigada a se casar.
- Eles podem fazer isso? – ela conseguiu perguntar.
- Como disse tentei evitar isso, mas muitos estão com medo de Voldemort. – disse o professor.
- Isso significa que o ministério vai escolher um marido pra mim, entre essas famílias respeitáveis?
- Essa foi uma das poucas coisas que consegui evitar. – disse ele. – Eu me prontifiquei a fazer isso, sabendo que conheço melhor as pessoas. Na verdade, nesta categoria só temos três pessoas. A senhorita, um aluno da Lufa-Lufa e uma aluna da Corvinal. Você é a única que realmente precisei fazer isso. Os outros já possuem um relacionamento que satisfaz os requisitos, provavelmente só anteciparão as coisas. Mesmo que os cônjuges já tenham terminado a escola. Você é quem me preocupa.
- E os alunos adotados? Temos muitos nascidos trouxas na escola.
- A adoção é meramente um acordo. A família recebe a criança por alguns dias, e lhe cede o nome, apenas isso. Elas não serão retiradas de suas famílias, se é isso que a preocupa.
Lilian suspirou.
- E com quem vou ter que me casar?
- Foi uma escolha difícil. Pensei se poderia ser alguém de outra casa, mas o único que a senhora tinha algum entrosamento, pertence a um grupo suspeito.
- Mas eles sabem de minha origem. – disse Lilian.
- O ministério não está preocupado com isso, quer mostrar serviço nesta guerra. Visto que ninguém da Corvinal ou Lufa-Lufa seria bom o bastante para você.
- Então me sobra os Marotos.
- Sim. Pettigrew não é de uma família assim tão influente assim, nem acredito que faria um bom marido. Lupin tem alguns problemas, que estou supondo que você está ciente. E Black, digamos que faz parte de uma família não respeitável.
- Eu terei que me casar com Potter.
- Sim, Evans. – disse Tiago saindo de uma porta que Lilian nunca tinha visto aberta.
Comentários (2)
Chocadaaaa!Amei, ui casar com o Thiago nada mal
2013-02-04NOSSAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA *-* Tipo eu simplesmente amei o capitulo. Que dificil, ela tem que se casar com ele para se proteger e por isso deve nascer - ou já existe talvez - algum sentimento brotando ai *-----------------------------* Suas fanfis são perfeitas, já estou louca pra ver o desenrolar dela. Bem, não tem SM, mas eu achei a ideia muito genial então estou aqui \Objoos *-*
2012-11-24