OS DOIS SNAPES
Saíram pela porta laranja onde havia um bilhete flutuando: “SIGAM ATÉ A PORTA AMARELA”. Correram até lá e antes de entrar leram um novo bilhete: “DEIXEM QUE HERMIONE ESCOLHA”. Entraram na sala dos espelhos, onde cada um via imagens diferentes do outro nos espelhos. Hermione olhou a inscrição: “CADA PORTA É UM ESPELHO, CADA ESPELHO É UMA PORTA. CONHECE A TI MESMA? A ESCOLHA CERTA É AQUILO QUE VOCÊ MAIS TEME”, ela não sabia, mas assim como as imagens, cada um lia uma frase diferente. Hermione procurou lutar contra a sensação de confusão que tentava se apoderar de sua mente. Então, viu bem diante de si a Professora McGonnagal dizendo que ela não era boa o suficiente, que fora reprovada... era o que vira dois anos atrás quando lhe aparecera um bicho papão... pensando bem, não era o que ela mais temia agora... olhou e viu-se entre Harry e Rony, que diziam, você escolheu errado, Hermione! Abriu esta porta correndo, bem a tempo de puxar Rony (que acabara de ser encantado por uma veela que via no espelho) e Harry para dentro.
‒ Lumos!‒ Disseram os três ao mesmo tempo (depois de Harry trazer Rony para a realidade com uns tapas no rosto). As paredes iluminaram-se e Hermione deu um grito ao ver a quantidade de insetos. Rony fez o mesmo quando uma aranha gigantesca passou exatamente por cima do seu pé. Um bilhete luminoso surgiu bem diante deles: “CONTEM DEZ LAJOTAS NO CHÃO E PULEM A DÉCIMA PRIMEIRA. EVITEM A ARMADILHA ONDE SIRIUS CAIU!” Eles contaram e pularam, um novo bilhete apareceu: “SE CHEGARAM ATÉ AQUI, CORRAM!”. Começaram a correr, ouviam atrás deles algo grande se aproximando Uma seta flutuando mostrava lá na frente um nicho à direita, onde os três se jogaram, uma pedra gigantesca passou rolando. Estavam no meio de uma escada em caracol, levava tanto para cima como para baixo. Não havia bilhete algum ali.
‒ Ei!‒ disse Rony ‒ será que aconteceu alguma coisa com o bilhete?
‒ Ou com Sheeba ‒ respondeu Harry ‒ E agora? Vamos nos dividir, Vocês sobem e eu desço.
‒ Nada disso, Harry ‒ Respondeu Hermione‒ Pode haver uma armadilha em cima ou embaixo. Vamos subir juntos, depois a gente desce. Subiram cinco voltas da escada. Já estavam ofegantes quando viram uma porta de madeira, com um pesado cadeado a fechando.
‒ O que será que tem aí? ‒ perguntou Rony ‒ será uma saída?
‒ Tem alguém preso aí dentro... ‒ Hermione bateu à porta ‒ Tem alguém aí?!
‒ Sou eu! ‒ Respondeu uma voz lá de dentro ‒ Snape! Quem está aí fora?
‒ Cho Chang está aí contigo? ‒ Perguntou Harry
‒ Quem? ‒ A voz respondeu. Hermione pegou no braço de Harry, ouvira um barulho. Lá embaixo, alguém começava a subir escada. ‒ Seja lá quem for aí fora, eu estou preso aqui sozinho, e estou sem minha varinha. Ele a pegou.
‒ Ele? Ele quem ‒ os passos continuavam subindo
‒ Um outro, com minha aparência, mas não sou eu! Tentem abrir o cadeado. A chave está aqui ‒ uma chave surgiu embaixo da porta
‒ Não façam isso! Uma voz ecoou lá de baixo ‒ era a inconfundível voz de Snape ‒ ele é um impostor!
‒ E agora, Hermione ‒ sussurrou Rony ‒ qual dos dois é o verdadeiro?
‒ Não sei! Não posso ver os olhos de nenhum dos dois, como é que eu vou dizer?
‒ Quem está aí em cima? repetiu o Snape nº2.
‒ Como é que você conseguiu a chave estando aí dentro? ‒ perguntou Harry
‒ Potter? É você? Tire-me daqui ou eu te suspendo por fazer perguntas inconvenientes!
‒ Só tem um jeito de saber ‒ disse Hermione ‒ Harry, abra. ‒ Os passos do Snape nº 2 continuavam subindo, agora mais depressa. Harry enfiou a chave na fechadura do cadeado, o Snape nº 2 apareceu no no último lance da escada Hermione viu seus olhos e virou-se para Harry:
‒ Não abra!
Tarde demais. Alguém com a exata aparência de Snape escancarou a porta e disse:
‒ Idiotas!
‒ Expelliarmos! ‒ O verdadeiro Snape bradou de onde estava. Eles se desviaram bem a tempo da luz branca que desarmou o falso Snape, que pulou no pescoço de Hermione, agarrando-a.
‒ Eu vou te estrangular, sabidinha nojenta!
‒ Impedimenta! ‒ gritou Rony, a varinha quase encostada no peito do falso Snape, que foi cair do outro lado do quarto, bem onde caíra sua varinha... Pegou a varinha e apontou para Rony:
‒ Avada Kedavra!
‒ Não! Gritou Hermione, abraçando-se a ele. Mas nada aconteceu. O falso Snape correu por uma porta atrás dele e o verdadeiro os alcançou no mesmo momento.
‒ Este aí realmente é um incompetente, para a sorte de vocês. ‒ Ele disse. Harry imediatamente lembrou da aula que tivera sobre o feitiço mortal Avada Kedavra, e como o professor dissera que era preciso muita mágica por trás da varinha para executá-lo. ‒ Eu consegui me esconder deles até agora, mas creio que eles prenderam Sirius e Sheeba. Precisamos ir atrás dele.
‒ Quem são eles, professor?
‒ Um é aquele imprestável do Pettigrew o outro realmente não sei ‒ disse Snape ‒ Só sei que usa muita poção polissuco. Estava com a aparência de uma aluna quando comecei a seguí-lo, agora está com a minha aparência.
Avançaram para a porta por onde o falso Snape saíra, mas neste instante uma voz invisível bem atrás deles disse:
‒ Expelliarmos! ‒ As varinhas de todos voaram em direção da porta oposta. ‒ Estupefaça! ‒ Uma chama roxa cruzou a sala e derrubou a todos, deixando-os inconscientes.
Na porta , Rabicho tirou a capa de invisibilidade. E começou a rir insanamente.
A muitos quilômetros dali, uma bruxa enfermeira deu um grito. A paciente Sibila Trelawney, inconsciente desde que chegara ao hospital, começou a mudar lentamente de aparência. Minutos depois, mudou totalmente . Era agora uma mocinha de seus dezessete anos, cabelos negros e olhos amendoados.
Transformara-se em Cho Chang.
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