Conhecendo a Sapa



Capítulo 7 – Conhecendo a Sapa


 


Harry desembarcou do trem com Edwiges na mão. Gina ao seu lado estava com Bichento, enquanto Luna levava Píchi. Roni e Hermione estavam ajudando os primeiranistas a desembarcar e seguir para os barcos.


- Cadê o Hagrid? – perguntou Harry.


- Não sei.  – disse Gina levemente preocupada.


Mas antes que pudesse falar algo, Harry percebeu que havia algo diferente nas carruagens, havia cavalos, o mais próximo que ele pode definir. Eles tinham peles reptilianas, dava para ver os seus ossos, tinham assas de dragão. Parecia uma cruza de esqueleto, dragão e cavalo.


Se as carruagens podiam andar sozinhas, porque agora tinha alguém puxando, a não ser que eles sempre estavam ali.


Ele estava intrigado com isso, que nem viu Rony chegar.


- Onde está Píchi? – perguntou ele.


- Está com a Luna. – disse Harry. – O que são eles?


- Eles quem? – perguntou Rony tentando ver o que Harry poderia estar falando.


- Deixa pra lá. – disse Harry, pensando no que poderia ter o feito enxergar os cavalos.


Eles entraram na carruagem onde já estavam as três meninas e Neville.


- Vocês perceberam que Hagrid não está aqui? – perguntou Rony.


- É meio difícil não ver o Hagrid. – disse Gina.


- Ele deve estar fazendo algum serviço para Dumbledore. – disse Harry. – Ele tem feito muitos desse.


Os outros perceberam que Harry não mencionou a Ordem, por causa de Luna e Neville que não sabiam dela.


- Ninguém da Corvinal gosta dele. – disse Luna. – Acham ele uma piada.


- Ninguém realmente o conhece, para poder falar alguma coisa. – disse Harry.


Luna perdeu seu olhar sonhador.


- Você tem razão. E o mesmo que falar que Harry é o herdeiro de Slytherin.


Todos concordaram.


A viagem foi um pouco silenciosa, cada um em seus pensamentos.


- Por que tem uma carruagem com apenas um passageiro? – perguntou Rony.


- Não seria aquela que foi cercada por um monte de gente? A maioria de meninas? – perguntou Gina.


- Deve ser. – disse Rony. – Faz sentido.


Harry ao entrar no salão procurou por Hagrid, mesmo sabendo que ele não estaria.


Bufou e sentou-se à mesa da Grifinória com os amigos, depois que Luna seguiu para a mesa da Corvinal. Gina se juntou aos seus colegas.


Logo os primeiranistas entraram, mas tinha alguém maior junto.


- Será outro meio gigante? – perguntou Simas.


- Não me pareceu. - disse Dino.


- Pelo que eu o ouvi falar, conversa bem melhor que o Hagrid. – disse Lilá. – E tem um sotaque bem sensual.


- Isso não prova nada. – disse Mione se lembrando de Madame Maxime. – Mas acredito que seja um aluno transferido. Se bem que o último foi a mais de 100 anos, o que não torna a coisa impossível.


- Como você pode ter certeza disso? – perguntou Parvati.


- Ela leu em Hogwarts: uma História. – disseram Harry, Rony e Neville.


Hermione olhou para eles com os olhos semicerrados, mas percebeu que nenhum deles estava zoando com ela, só respondendo a pergunta.


- Mas ele é bonitinho. – disse Lilá com uma risadinha.


- Isso eu não tenho como discordar. – disseMione.


Harry olhou para os meninos e meninas que estavam para ser selecionados para dar uma olhada direito no menino. Ele estava meio escondido atrás dos outros. Quase como se não quisesse ser visto.


Mas Harry não chegou a continuar sua procura, quando percebeu quem estava ao lado de Dumbledore. Gemeu quando notou o que ela estava fazendo ali, já que era a única pessoa diferente na mesa dos professores.


- Queria saber que é a professora de DCAT. – disse Mione seguindo o olhar de Harry.


- Eu sei quem é. – disse Harry, apenas para os amigos. – Ela estava na minha audiência.


- Quem ela é?


- Dolores Umbrigde. Subsecretária Sênior do Ministro.


- O que ela está fazendo aqui? – perguntou Mione.


 Harry só deu de ombros. Mas sua mente se esqueceu do garoto misterioso.


O último primeiranista foi selecionado, Dumbledore se levantou.


- Antes de anunciar o jantar. – disse ele, e várias pessoas reclamaram. – Tenho mais uma pessoa a anunciar. Como tradição, todos os alunos devem passar pelo chapéu. Mas alunos mais velhos podem e conseguem enganar nosso chapéu. Alunos que entram acima do 4º ano não é selecionado para nenhuma casa. Recebendo uma cama em cada uma. Tendo acesso a todos os salões comunais. Suas aulas são sorteadas. Apresento-lhes Sr Tiago, que cursará o quinto ano.


O menino tinha cabelos castanhos escuros com algumas mechas vermelhas. Olhos castanhos esverdeados. Um ar sério e perigoso.


O que mais assustou que foi que muitos não tinham reparado ele ali na frente, mesmo que tivessem visto ele no trem ou em Hogsmeade.


- Obrigado, Professor. – disse ele.


- Pode sentar-se à mesa de sua preferência. – disse Dumbledore.


- Vou me sentar ali, perto daquela ruivinha. – disse ele apontando para Gina.


Muitas garotas olharam para ela com ódio. Alguns curiosos, ninguém tinha visto os dois juntos.


Tiago sentou onde tinha dito.


Harry olhava para os dois com um semblante indecifrável. Mas deixou um brilho de ódio passar quando viu Gina gargalhar.


Mal reparou que a comida tinha aparecido na sua frente.


Hermione teve que jogar um guardanapo nele para ele se recuperar. E apontou para Rony.


Era a primeira vez eu o ruivo não tinha avançado na comida no momento que apareceu.


- A comida vai sumir. – disse Mione.


Isso fez Rony despertar, mas não tirou os olhos do par.


Harry evitou olhar para os dois, mas foi o único. Todos queriam conhecer o menino.


Logo a comida sumiu. E Dumbledore se levantou para fazer seu discurso.


- Bem, agora que estamos todos digerindo outro magnífico banquete, peço uns poucos momentos de sua atenção para os nossos usuais avisos início de ano - disse Dumbledore.


- Alunos do primeiro ano devem saber que a floresta do terreno é terminantemente proibida para alunos. E uns poucos de nossos alunos mais velhos devem estar sabendo agora também - Harry, Rony e Hermione trocaram sorrisos.


- Sr. Filch, o zelador, me pediu, pelo que ele me disse é a quadricentésima sexagésima segunda vez, para lembrá-los que mágica não é permitida nos corredores entre classes, nem um monte de outras coisas, todas podem ser checadas na extensa lista que agora fica fixada na porta do escritório do Sr. Filch. Nós tivemos duas mudanças na equipe de professores esse ano. Estamos muito felizes em dar as boas-vindas de volta à professora Grubbly-Plank, que estará dando aulas de Trato das Criaturas Mágicas; também estamos encantados de apresentar a professora Umbridge, nossa nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas.


Houve uma onda de educados e sem entusiasmo aplausos, durante a qual Harry, Rony e Hermione trocaram olhares com um pouco de pânico; Dumbledore não tinha dito por quanto tempo Grubbly-Plank estaria lecionando. Dumbledore continuou.


- Tentativas para os times de Quadribol das casas serão...


- Hem, Hem. – alguém interrompeu Dumbledore, poucos conseguiram ver que Umbrigde estava chamando a atenção do diretor. –Hem, Hem.


- Dolores, quer dar uma palavra com vocês.


Ninguém nunca soube de alguém que tenha interrompido um discurso de Dumbledore. 


Harry mal assimilou as palavras dela, um agradecimento, boas vindas, e coisas sobre o ministério.


Aos poucos as pessoas foram perdendo o interesse, e fazendo outras coisas. Conversas começaram a surgir aqui e ali. Luna puxou o Pasquim e voltou a ler. Eram poucos os que realmente escutavam. Entre eles, Mione.


De repente, Mione puxou o ar, como se algo estranho tivesse acontecido. Ela começou a ficar vermelha. Harry e Rony acharam que ela estava engasgando. Mas logo sons se risadas abafadas surgiram no salão.


Hermione não se segurou. E deixou a risada sair, mesmo abafada com as mãos.


Os dois garotos olham para onde estava a atenção de Mione, antes disso. E quase caem na gargalhada.


Umbrigde ainda fazia seu discurso, mas tinha algo diferente nela. Sua pele não parecia tão brilhante como antes, mas bem verde, mais precisamente verde sapo.


Ela tinha se transformado em um sapo gigante. Ainda no seu cardigã rosa. Seu chapéu virou uma enorme mosca, como Harry havia imaginado no tribunal.


- Parece que não sou eu o único a achá-la parecida com um sapo. – disse Harry.


O mais impressionante que Umbrigde não percebeu nada, e continuou sua fala, e com um sorriso maior por ver que todos voltaram sua atenção para ela.


Umbrigde encerrou, satisfeita, o discurso.


- Tentativas para os times de Quadribol das casas serão... – disse Dumbledore como se não tivesse nada errado.


- Esclarecedor. – disse Mione, ainda rindo.


- Não vai me dizer que gostou desse troço. – disse Rony espantado.


- Eu esclarecedor, não que eu gostei. – Disse Mione. – Progresso pelo Progresso... Práticas a serem proibidas... Ou seja, o Ministério está intervindo em Hogwarts.


- Isso não é possível. – disse Rony.


- Rony, você viu o ministro no ano passado. – disse Harry. – Ele tentou me incriminar por algo, esperava o que?


- Mas como Dumbledore permite isso? – perguntou o ruivo.


- Ele ainda é subordinado ao ministro. Tem coisas que mesmo ele tem que se submeter. – disse Mione. – Vamos Rony. Temos que levar os calouros.


- Anões. Me sigam. – disse Rony.


- Eles não são anões, Rony. Sinceramente. Calouros me sigam.


Harry percebendo que era melhor se adiantar seguiu com Neville. Mas sem tirar os olhos de Gina, e o rapaz novo, que estavam conversando com Luna.


Mas a sua pressa de chegar antes, esqueceu que seria uns dos primeiros a chegar e não sabia a senha.


- Mimbulus mimbletonia. – disse Neville mostrando a sua planta. – Um dos monitores me disse. Essa eu não esqueço.


- Boa Neville. – disse Harry.


Harry se sentou em uma poltrona, esperando pelos amigos. Que não demoraram muito.


- Eu juro que não éramos tão pequenos assim no nosso primeiro ano. – disse Rony.


- Isso não é motivo pra chamar eles de anões. – reclamou Mione.


- Viram a Gina? – perguntou Rony.


- Ele estava com o garoto novo e a Luna. – disse Harry friamente.


- Não gostei dele. – disse Rony.


- Você não gostou, porque ele foi direto para a Gina. – disse Mione. – temos que o conhecer primeiro. Gina pareceu gostar.


- Eu queria saber qual o seu sobrenome, Dumbledore não disse. – se intrometeu Lilá. – E tão estranho não ter um.


- Ele deve ter seus motivos. – disse Mione. – Não é tão incomum assim, ainda mais se sua família é muito famosa.


- Mas não deixa de ser Lindo. – disse Parvati subindo com a amiga para o dormitório.


- Pelo menos alguém pra dividir as atenções comigo. – disse Harry. – Isso já me faz gostar dele.


Rony ia reclamar, mas o quadro se abriu e Gina entrou.


- Onde você estava?  - perguntou o ruivo para a irmã.


- No salão principal. – disse Gina sem entender. – Nem demorei muito, os gêmeos ainda tavam lá quando sai.


- Cadê o seu amiguinho novo? – disse Rony de novo. - Ele devia vir com um monitor ou com você, que é quem ele conhece.


- Ele foi para Corvinal com a Luna. – disse Gina já sem paciência. – Eles estavam discutindo sobre um animal estranho.


- Ah não. – disse Mione. – outro não.


- Na verdade, ele tava tentando realmente ver se as provas que Luna tem são verdadeiras. Só relatos não são tão confiáveis assim.  – disse Gina, defendendo o novo amigo. – Mas amanhã ele vai tomar café comigo.


A ruiva saiu sem deixar o monitor falar nada.


- Esse menino vai dar trabalho. – disse Rony.


Se sentando.


Os gêmeos chegam perto do grupo.


- Foram vocês? – perguntam eles, Rony e Harry ao mesmo tempo.


- Não, sabem quem foi? – responderam eles.


- Não. Se soubéssemos não estaríamos perguntando.


- Será que vocês poderiam parar com isso.  – disse Mione. – Já ter os gêmeos conversando como se fosse um já é ruim, agora todos falando ao mesmo tempo não dá.


- Ok, Mione. – disseram os quatro, fazendo Mione subir para o seu quarto.


- O que foi isso? – perguntou Rony.


- Esquece. – disse Harry.


 


 


 


 


 


 

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Comentários (2)

  • Carolzynha LF

    Adorei a sapa, mas não gostei dele com a Gina, mas adorei o Harry ter ficado com ciúme, tão fofo.

    2013-01-26
  • Natascha

    ficou ótimo, realmente merecido o q fizeram com a sapa.......

    2013-01-26
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