Cartas



 


Capítulo 5 – Cartas


 


Harry voltou para casa com Arthur, que ainda estava impressionado com o que aconteceu durante a audiência de Harry.


- Sirius vai ficar contente em saber que não terá dementadores atrás dele. – disse o ruivo.


- Qualquer pessoa ficaria feliz se não tivesse essas coisas atrás dele. – respondeu Harry.


- Você tem razão. Não sei como eles ainda usam eles em Azkaban.


- Ficam atrás do falso sentimento de segurança que trazem. Se os criminosos estão sofrendo, estamos bem. Eles só esquecem que são criaturas das trevas que podem se rebelar assim que aparece alguém que pode oferecer mais que criminosos.


- O Ministro está muito acomodado no seu cargo e qualquer mudança pode ameaçar ele.


- Percebi isso meses atrás. – disse Harry. – Pelo menos não sou acusado de matar Cedrico.


Arthur deu um sorriso para ele, antes de aparatarem. Agora não havia problema em usar magia.


Arthur voltou para o ministério, enquanto Harry foi diretamente para a cozinha.


Parecia que estava tendo uma discussão dentro da cozinha. Ele supôs que era Sirius e Molly. Eles andavam tendo discussões desde a primeira noite de Harry ali. Molly não queria nenhuma de suas crianças envolvida nessa guerra. Sirius dizia que eles já estavam envolvidos depois dos acontecimentos em Hogwarts.


Mas não era a ruiva era estava ali, era uma loira um pouco mais velha que Tonks.


- Eu já te disse que não poderia estar presente. – dizia ela. – Sempre são audiências particulares, e Amélia é uma pessoa justa.


- Eu não quero saber. – disse Sirius. – Você está na Ordem pra ser útil, e essa era a oportunidade perfeita.


- Todo o Departamento de Execução das Leis da Magia foi dispensado hoje. Ordens do ministro.


- Deve ser por causa do meu julgamento, que, aliás, foi com o tribunal 10 completo. – disse Harry.


- Harry. – disse o moreno. – Como foi?


- Completo. – disse a mulher.


- Quem é você? – perguntou Harry curioso.


- Vicky Camp. – disse ela. – Tonks me convidou a participara da Ordem.


- Seja bem vinda. – disse Harry. – Não se preocupe com Sirius, ele anda meio pressionado, e explodindo a todo tempo.


- Ei. – disse o animago.


- Todos sabemos disso. – disse Vicky. – Bom, acho que tenho que ir, se o julgamento acabou posso voltar ao trabalho.


- Me conta como foi. – disse Sirius, quando a loira passou pela porta.


- Quando chegamos... – Harry não parou de falar quando alguém pulou sobre ele.


- Calma, Gina.  – disse ele. – Você ainda vai ter que me aturar ainda pelos próximos anos em Hogwarts.


- Eu achei que algo poderia ter dado errado. – disse a ruiva sem largar ele.


Harry pode ver os amigos entrando na cozinha com Molly, Remo e Tonks.


- Na verdade tudo começou errado. – disse ele contando a historia toda.


- Uma indenização? – disse Tonks assobiando. – Vocês vão ganhar uma grana boa. Ainda mais se isso não sair na impressa.


- Fico me perguntando quem esse seu amigo pode ser.  – disse Hermione. – Não seria Dumbledore?


- Não. – Disse Remo com um sorriso estranho no rosto. – Ele gosta de aparecer nestes momentos.


 


As coisas voltaram ao normal depois disso, bem quase. Rony ainda ficava com o olhar perdido quando pensava muito. Harry sabia que era por conta do dinheiro, o amigo não sabia o que fazer com o dele.


Ele pediu para Remo conversar com Rony, e se precisasse podia contar com Mione.


Foi a que Rony relaxou um pouco, mas Harry tinha suspeitas que não era nada relacionado com dinheiro.


Sirius parecia mais leve com a notícia de que não havia mais beijo. Era a primeira vez que imaginava isso. E esperava que não sonhasse com Pontas e Lilian, pois mesmo no sonho o maroto ia implicar com isso.


Harry acordou mais cedo e viu mais uma discussão na cozinha. Isso estava se tornando um hábito.


- Quem ele pensa que é para se meter na minha vida?  - disse Remo completamente alterado.


- Ele não está se metendo na sua vida, Remo. – disse Sirius com um humor típico na voz. – Ele só quer ver você feliz. Só está mostrando a sua opinião sobre isso.


- Eu não preciso disso. – reclamou o lobisomem.


- Precisa sim. Esse papo de você ser velho, pobre, sem emprego, sem vida e ainda ter problemas com pelos já não cola mais.


- Eu vou ter uma conversinha com ele quando ele aparecer por aqui. – disse Remo.


- Achei que já tivesse tido quando ele começou a namorar com... Como ela chama mesmo? Deixa pra lá. Se você não sabe disso até hoje, pode ser um problema.


- Espera ele saber dos últimos acontecimentos desta casa.


Harry não ouviu a resposta de Sirius, pois subiu alguns degraus e desceu fazendo um pouco de barulho, o suficiente para alertar os dois Marotos, mas sem acordar o retrato da Sra Black.


Ele entrou na cozinha e viu Sirius com um olhar safado, e Remo envergonhado guardando uma carta no bolso.


Harry ficou intrigado com quem poderia alterar Remo a esse ponto, mas mesmo assim guardar a carta. Se fosse ele a carta há teria sido rasgada, queimada e as cinzas jogadas longe.


 


Harry estava jogando xadrez com Rony no quarto.


- Não sei porque você ainda joga isso. – disse o ruivo.


- Se você não quer que eu passe um tempo com você é só avisar. E posso não ganhar de você, mas com a experiência posso ganhar de outros.


- Você anda muito com a Mione. – disse Rony. – Ela que tem respostas assim.


- Ela é minha amiga tão quanto você. – disse Harry e viu um brilho no olhar dele.


Poucos minutos depois a porta se abre.


- Meninos, suas cartas de Hogwarts chegaram. – disse Molly passando os envelopes para eles. – Olhem o que vocês precisam que eu compro para vocês. Gui vai pegar o dinheiro no seu cofre, Harry.


- Sem problemas, Molly. – disse ele.


- Só queria saber porque demoraram tanto para enviar as cartas esse ano. – disse a ruiva saindo.


Harry olhou a lista, eram os livros padrões. Mas o título para DCAT era meio estranho.


- Quem será o nosso novo professor de Defesa? – perguntou ele para Rony.


Mas o ruivo não respondeu. Harry olhou para ele e o viu congelado olhando para algo em sua mão.


- Monitor, eu? – disse o ruivo incrédulo.


- E tão difícil acreditar assim? Me diz quem poderia ser?


- Você?


- Quem seria louco em me colocar como monitor?


- Dumbledore?


- A gente poderia parar de falar em perguntas?


- Mas isso não é um erro?


- Qual nome está na carta?


- Rony Weasley. – disse o Rony.


- Bem então não tem erro.


- Eu sou monitor. – disse o ruivo com um sorriso.


Harry sabia que era um desejo do amigo ser monitor. Estava feliz por ele mas...


- Ah não, mamãe vai ficar insuportável. – disse Jorge entrando no quarto.


- Mais um monitor na família, eu pensei que você estava seguindo nossos passos. – disse Fred.


- Vocês sabem que só não foram escolhidos como monitores, por ser apenas um, e eles não poderia escolher um de vocês. – disse Harry. – Sem contar que não faria diferença ambos atuariam como monitores.


- Nem pense nisso. – disse Fred.


- Vai rogar praga em outro. – disse Jorge.


- Vamos ter que corromper a Gininha. – disse Fred de novo.


-Repita isso e eu vou ter dois irmãos a menos. – disse Gina entrando na porta.


- Eu não disse nada. – disse Jorge.


- Como eu posso saber. – disse a ruiva. – Parabéns Rony.


- Tem certeza que é seu? – perguntou Mione. – Esperava que fosse o Harry, junto comigo.


- Claro que sou eu, está escrito na carta. – disse Rony com raiva. – Eu também esperava.


O clima estranho se instalou, mas logo foi quebrado pela entrada de Molly.


- Rony, vou precisar comprar pijamas novos para você. Não sei como você perde roupas tão rápido. Que cor que você quer?


- Pode ser um que combine com o distintivo dele. – disse Fred.


- Que distintivo? – perguntou Molly sem entender.


- O Novo e brilhante distintivo de monitor do Roniquinho. – disse Jorge.


- Oh, mais um monitor na família. – disse Molly abraçando o filho mais novo. – Percy ganhou uma coruja, mas como você tem uma pode ganhar outra coisa.


- Pode ser uma vassoura. – disse Rony. – Não precisa ser a melhor, basta ser nova.


- Elas são um pouco caras, mas podemos dar um jeito. – disse Molly saindo do quarto. – Todos são monitores que alegria.


- Somos filhos do vizinho. – disse Fred.


- Ou a teoria do Harry é correta. – disse Jorge e os dois saíram do quarto.


- Parabéns, Rony. – disse Mione. – Sei que você vai ser um bom monitor.


- Obrigado, Mione. – disse ele sem olhar para ela.


- Harry, pode me emprestar Edwiges?  Monitoria é algo que meus pais podem entender.


- Fique à vontade. – disse Harry.


Mione pegou um petisco e convenceu a coruja a descer do armário.


- Acho que vou falar com a mamãe sobre a nova Cleansweep. Ela não é uma Firebolt, mas também é bem barata.


Ele saiu e Harry ficou para sozinho com Gina.


- Como você está com isso? – perguntou a ruiva.


- Se eu tivesse lembrando que seria esse ano que os monitores eram escolhidos poderia até esperar ser escolhido. – disse ele.


- Muita coisa aconteceu com você para um detalhe desses fazer parte da sua vida. Sei que Mione estava esperando por isso, mas não queria conversar com ninguém para não acharem que ela estava parecendo Percy.


- Eu queria ter sido escolhido. – disse ele. – Não que Rony seja errado. É bom para autoestima dele.


- Você passou por tanta coisa, que esperava mesmo que fosse você. Mas quem escolheria o baderneiro-mor da escola como monitor?


- Você tem razão. Como poderia quebrar regras se tenho que defendê-las?


Gina deu um abraço reconfortador nele antes de sair do quarto.


 


À noite, houve uma comemoração para os novos monitores.


- Eu não fui escolhida monitora. – disse Tonks. – Minha chefe de casa achou que eu era um pouco desastrada para o cargo.


- Um pouco? – perguntou Sirius. – Vamos ser realistas, cara prima.


- E você Black, foi monitor? – perguntou Vicky.


- Graça a Tia Mimi, não. Eu passava muito tempo em detenções com Tiago para ser monitor. Remo foi o escolhido. – disse ele. – E você querida?


- Eu fui. – disse ela. - Uma das melhores que teve na Grifinória, não chegando perto da Evans, mas mesmo assim...


- Eu só posso dizer que falhei no cargo. – disse Remo. – Me colocaram para controlar esses dois, mas não conseguia isso.


- Que isso, Aluado. Sabe que metade dos nossos planos foi frustrada só por um olhar seu.


- O problema foi a outra metade. – disse o lobisomem.


Harry ficou mais tranquilo ao saber que seu pai também não foi um monitor, mas se preocupou se sua mãe ia ficar preocupada por ele não ser.

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Comentários (3)

  • vitoria67

    ola esta parte foi otima eee quem nao ama os marotos , entao nao sae nada do potter...kkkkk.

    2013-03-23
  • Carolzynha LF

    - Eu só posso dizer que falhei no cargo. – disse Remo. – Me colocaram para controlar esses dois, mas não conseguia isso.   - Que isso, Aluado. Sabe que metade dos nossos planos foi frustrada só por um olhar seu.   - O problema foi a outra metade. – disse o lobisomem.Amei essa parte, adoro os marotos, to doida pra ler o resto. 

    2012-12-29
  • Natascha

    ficou ótimo! da onde surgiu essa vicky? pelo jeito ela já conhecia o sirius.

    2012-12-29
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