Profeta Diário
N/A: Desculpem a demora, espero que gostem do capítulo, ameeei escrever ele.. Bom vou parar de enrolar...
- Jason o que... - Rose ia perguntar quando viu o amigo chegando assustado na mesa da Sonserina, mas a puxou antes que ela pudesse terminar a pergunta.
- Leia isso Rose. - Jason disse entregando um pergaminho a ela.
Jason,
Provavelmente você ficará sabendo em breve sobre um ataque que houve a uma vila onde moravam alguns bruxos pelo Profeta Diário. Eu gostaria de lhe dar algumas informações que acho que você já esteja imaginando. A vila foi saqueada e o alvo principal foram crianças com até quatro anos de idade que ficaram órfãos e se tornaram lobisomens, está um verdadeiro caos aqui no hospital, pois estamos tentando achar parentes próximos a essas crianças e controlar as suas transformações. Tome cuidado e não passe essas informações a ninguém.
Jessy Andrew
- O que vamos fazer? - Rose perguntou assustada.
- Não sei, temos que conseguir a lágrima da fênix logo. - disse Jason pensativo indo até a janela.
- Jay, ele é muito pequeno. - disse Rose parando ao lado de Jason.
- Eu sei, mas deve haver um jeito.
- Só não sei qual, não podemos machuca-lo Jay.
- Rose, você sabe que não temos muito tempo não sabe?
- Sim.
- E você sabe que quando chegar a hora teremos que conseguir essa lágrima não?
- O que você quer dizer com isso? - Rose perguntou assustada.
- Ora Rose, você não conseguiu machucar a fênix na floresta e agora como acha que conseguiremos pegar essa lágrima?
- Jason, não vou machuca-lo.
- Rose você precisa.
- JASON! - gritou a menina perdendo a paciência. - Você está ouvindo o que você está falando? Você vai mesmo conseguir machucar um animal como aquele?
- Se for preciso. - Jason disse despreocupado.
- Não acredito. - Rose disse com uma voz triste.
- Rose, entenda de uma vez. As vidas de muitas pessoas estão em risco, você quer mesmo deixar essas pessoas morrerem ou serem transformadas simplesmente porque você tem pena de machucar uma ave? - Jason a encarava com um olhar frio.
- Deve ter outra maneira... - Rose disse enquanto lágrimas começavam a cair em seu rosto. Jason nunca havia falado daquele jeito com ela e essa frieza dele estava começando a assustar.
- Não Rose, já enrolamos de mais. Aquelas crianças perderam os pais, podíamos ter evitado isso, eu devia ter pegado a lágrima há muito tempo atrás.
- Jason, ele só tem dois meses. - Rose falava com a voz fraca.
- Exatamente Rose, estamos enrolando há dois meses, já chega. - Jason terminou e saiu andando pelo corredor em direção á Sala Precisa, onde eles ainda mantinham o animal preso.
- JASON PARA! NÃO VOU DEIXAR QUE FAÇA NENHUM MAL A ELE! - Rose gritou puxando o menino.
- Me solta Rose. - Jason disse irritado.
- Não.
- Rose me solta não quero te machucar.
- Não. - Rose disse e se colocou na frente dele.
- Rose eu NÃO estou brincando SAIA DA MINHA FRENTE AGORA! - os olhos de Jason mostravam uma fúria da qual Rose nunca havia visto naqueles olhos.
- Já disse que NÃO Jason.
- Se você quer que seja assim... - Jason pegou a varinha e gritou. - ESTUPEFAÇA!
- PROTEGO! - Rose gritou bem a tempo de se defender do feitiço lançado por Jason.
- SAIA AGORA! - gritou Jason furioso.
- Me obrigue. - Rose disse ameaçando-o.
- EXPELLIARMUS! - gritou Jason e Rose defendeu usando um feitiço não-verbal. - ALARTE ASCENDARE!
Rose se defendeu mais uma vez usando feitiços não-verbais e a briga entre os dois foi ficando cada vez mais agitada, Jason se irritava com a agilidade de Rose, sem contar em sua vantagem
por usar feitiços não-verbais. Por outro lado Rose também se irritava em ver que seu amigo lhe lançando tantos feitiços em cima de si.
Aos poucos os alunos foram saindo do Salão Principal e iam parando para ver a briga entre os dois primeiristas.
Alvo estava terminando seu almoço quando viu Tiago correndo em sua direção.
- Al, vamos lá pra fora, a Rose está duelando com o Andrew! - Tiago disse rapidamente puxando o braço do irmão para fora do Salão Principal e muitos dos alunos que estavam na mesa perto de Alvo foram para a porta para ver a briga.
- Ela está usando feitiços não-verbais? - perguntou um menino do terceiro ano da lufa-lufa espantado.
Alvo chegou até a frente do monte de gente que já havia se formado em volta dos dois.
- WEASLEY PARA DE QUERER SER SEMPRE CERTINHA E ME DEIXE VIVER MINHA VIDA! - Jason gritou revoltado por não ter conseguido derrota-la ainda. - INARCEROUS!
- VOCÊ NÃO MANDA EM MIM ANDREW! - disse Rose depois de se defender mais uma vez do feitiço. - QUER SABER? CANSEI DE ME DEFENDER.
Rose começou a lançar vários feitiços seguidos em Jason que desviava e se protegia rapidamente, mas Rose lançava seus feitiços cada vez mais rápidos ele sabia que não iria aguentar por muito mais tempo.
- JÁ CHEGA! - Rose disse com muita raiva e da sua varinha saiu uma nuvem roxa que fez com que Jason caísse no chão chorando de dor.
- ROSE WEASLEY NA MINHA SALA AGORA! - disse a diretora McGonagall aparecendo no meio dos alunos. - SAIAM TODOS DAQUI, AS PRIMEIRAS AULAS ESTÃO CANCELADAS, JÁ PARA O SALÃO COMUNAL! QUEM NÃO SAIR FICARÁ EM DETENÇÃO ATÉ O FINAL DO ANO LETIVO!
Os alunos saíram rapidamente do corredor.
- Leve-o para a ala hospitalar senhor Scamander. - a diretora McGonagall disse ao professor de DCAT e se virou para Rose novamente. - Venha.
Rose estava estupefata com o que havia acontecido como ela havia conseguido machucar seu amigo daquele jeito?
- Sente-se senhorita Weasley. - McGonagall falou conjurando uma cadeira para a menina se sentar. - Devo dizer que estou muito impressionada com o fato de a senhorita saber realizar feitiços não-verbais. No entanto estou muito decepcionada com o seu comportamento de hoje, aquele feitiço que usou para atacar o senhor Andrew realmente é muito preocupante, devo-lhe dizer senhorita que chamarei seus pais aqui na escola e quero que se desculpe com o senhor Andrew, pois sei que os senhores estavam se tornando amigos. Eu mandarei lhe entregarem a detenção, pode ir.
Alvo se limitava a ficar de cabeça baixa enquanto os outros conversavam sobre a inesperada briga de Rose e Jason. Se ele não tivesse visto sua prima lançando vários feitiços com rapidez ele com certeza não iria acreditar quando lhe contassem.
- Já volto. - Alvo disse aos seus amigos e foi em direção a Sala Precisa. - Rose?!
Alvo encontrou sua prima chorando ao lado do Skin e ela se assustou com a pergunta dele e deu um pulo para trás ao mesmo tempo em que colocava a varinha em posição de ataque.
- MERLIN! - Rose disse com a mão no peito. - Que susto, pensei que fosse o...
Rose não terminou sua frase, antes disso já havia voltado a chorar e Alvo foi até ela e a abraçou.
- Rose... Me diga o que aconteceu para você brigar com ele daquele jeito.
Rose contou tudo o que havia ocorrido á Alvo enquanto esse ouvia a tudo sem conseguir acreditar.
- Não acredito que o Jason tenha feito isso, provavelmente devia estar sob o efeito da Maldição Império.
- Não Al, eu estava lá quando o vi mudar de humor, ele estava apenas me mostrando seu lado agressivo, que sinceramente eu preferia nunca ter conhecido. - Rose disse triste.
- Eu também queria que ele nunca tivesse feito isso, mas Rose... Que feitiço foi aquele que você usou nele?
- Eu li uma vez em um livro de defesa contra a arte das trevas que encontrei na biblioteca na área restrita... Eu não queria machuca-lo daquela maneira, mas ele havia me deixado muito nervosa.
- O que você estava fazendo na área restrita Rose? Sabe muito bem que lá é proibido.
- Eu sei, mas pedi ao professor Longbottom uma autorização para entrar lá, pois eu disse que estava curiosa em saber mais sobre as plantas altamente perigosas, mas na verdade eu ia lá para ver se algum livro me ajudava a descobrir algo sobre como fazer a poção para o lobisomem.
- Rose Weasley quebrou uma regra! - disse Alvo fingindo-se pasmo, conseguindo arrancar uma risada seca de sua prima. - Rose, não chora está bem, eu sei que você não fez por mal. Só te peço que não leia mais um livro assim apenas porque se interessou pela capa.
- Mas Al, Jason vai para St. Mungus. - Rose disse abaixando a cabeça.
- Como assim? - Al perguntou assustado.
- O feitiço que eu usei, não é um feitiço qualquer. Poucas pessoas, aliás, sabem da existência dele. Os ossos do Jason estão completamente quebrados, mas não mostram marcas. Esse feitiço é raro, foi inventado por Antônio Dolohov, como dizia o livro e a única cura é alguém, antes de 24hras dizer as palavras certas em latim.
- O que? - Alvo perguntou assustado.
- Isso mesmo, caso ninguém consiga fazer o contra feitiço corretamente o único jeito será reconstruir todos os ossos novamente.
- Rose, você sabe fazer esse contra feitiço?- Alvo perguntou preocupado com a ideia de que seu amigo pudesse ir para o St. Mungus.
- Na verdade não, eu não sei falar latim direito, mesmo que soubesse as palavras certas para fazer o contra feitiço eu não saberia pronunciá-las corretamente.
- Rose, você sabe qual foi o livro que você viu sobre esse feitiço?
- Sim, ainda está no meu dormitório, eu... - Rose parou de falar quando Alvo a puxou seu braço e saiu apressado em direção as masmorras.
Rose e Alvo chegaram ao Salão Comunal da Sonserina e todas as conversas pararam e os olhares foram direto para Rose.
- Vai lá e pega o livro. - Alvo disse empurrando a prima para que ela subisse os degraus da escada em direção ao seu dormitório.
Quando Rose chegou agradeceu por estar sozinha no quarto, provavelmente suas companheiras de quarto estavam no Salão Comunal assim como todos. Rose apontou a varinha para a porta e atrancou.
Ela começou a procurar no malão para ver se achava o livro e achou uma poção muito conhecida por ela que tinha uma cor esbranquiçada.
- É isso. - disse Rose pegando seu caldeirão e jogando a poção dentro, ela tinha alguns ingredientes para fazer poções em seu quarto, o que a ajudou muito. Ela ouviu as meninas batendo na porta pedindo para que ela abrisse, mas Rose não respondia, muito menos abria a porta. Estava muito concentrada em fazer aquela poção. - Accio Livro avançado de Defesa Contra a Arte das Trevas.
O livro foi parar na mão de Rose e a menina tomou a poção que deveria lhe fazer entender latim. Rose foleou as páginas e encontrou a página que falava sobre a maldição de Antônio Dolohov. Foleou algumas folhas e encontrou a parte que falava sobre o contra feitiço.
- Mas o que é isso? - Rose disse indignada. - Um enigma para descobri um contra feitiço? Eles só podem estar de brincadeira.
Rose lia e relia as palavras em latim que para ela não faziam sentido algum, poucas palavras eram decifráveis, outras simplesmente se juntavam tirando o sentido do texto.
- Feitiços simples não ajudam no caso dessa maldição, três vezes a proteção correta impedirá o alvo a sofrer maiores danos, um feitiço nunca é criado, sempre transformado, não se esqueça de aquecer o corpo para uma recuperação mais rápida. - Rose terminou de ler e colocou o livro ao seu lado. - Eu nunca vou conseguir fazer isso.
Rose ia descendo as escadas com o livro em mãos repetindo a última parte.
- Feitiços simples não ajudam na maldição, três vezes a proteção correta impedirá o alvo a sofrer maiores danos... - Rose parou um pouco para pensar. - É isso!
Ela correu até o quarto e jogou seu livro dentro do malão novamente.
- Rose, porque demorou tanto? - Alvo perguntou assim que viu a prima descer correndo as escadas do dormitório feminino. - Cadê o livro?
- Eu descobri o contra feitiço! - Rose disse assim que se viu em um corredor livre.
- Ótimo, vamos para a ala hospitalar e você ajuda o Jason. - Alvo disse e começou a puxar o braço da prima antes que ela começasse com desculpas.
Eles chegaram à enfermaria e viram o Sr. e a Sra. Andrew ao redor da cama do filho.
- Eu não consigo. - Rose disse baixo a Alvo assim que abriram a porta.
- Claro que consegue, você é a menina mais esperta que existe Rose. - Alvo disse puxando a mão da menina caminhando até a cama onde Jason estava dormindo com o corpo enfaixado.
- Teremos que leva-lo ao St. Mungus senhora, tentamos de tudo, mas o corpo dele não volta ao normal. - disse a enfermeira baixinha.
- Eu posso tentar? - Rose disse fazendo com que a enfermeira e os pais de Jason a olhassem espantados. Ver Jessy com os olhos cheios de lágrimas a deixou desconsertada, ela sabia o que aquela mulher havia feito para salvar sua vida e a vê-la chorando daquele jeito a deixou ainda pior.
- O que faz aqui senhorita? - McGonagall havia aparecido e logo atrás vinham Hermione e Rony com olhares furiosos.
- Bom eu... - Rose não conseguiu responder e abaixou a cabeça.
- Ela sabe um contra feitiço para curar o Jason. - Alvo respondeu em seu lugar.
- Impossível, os professores já tentaram de tudo, o único jeito é reconstruir os ossos. - disse Pomfrey.
- Deixe-a tentar. - disse Jessy saindo da frente do filho para que a ruiva pudesse tentar o contra feitiço.
- Me desculpe. - Rose disse baixo quando passou por Jessy.
Todos olhavam a menina de onze anos pegar a varinha e começar a murmurar coisas em latim, que aos poucos ia mostrando resultados. A coluna de Jason foi se endireitando e o menino começou a obter uma cor menos pálida. Todos olhavam estupefatos a cena. Até que Rose terminou e disse á madame Pomfrey.
- Cubra-o bem, mesmo que ele comece a soar não tire o cobertor de cima dele até ele acordar.
Pomfrey foi buscar os cobertores assim como Rose havia pedido para que fizesse e Rose viu Jessy sorrir para ela.
- Senhorita Weasley, queira me acompanhar, por favor. - McGonagall disse e saiu pela porta com Rose, Hermione e Rony em direção ao seu escritório novamente. - Senhorita Rose, eu lhe disse que conversaria com seus pais e depois lhe mandaria a data de sua detenção, mas como eles pediram para ver Jason e estamos todos aqui creio que seus pais queiram conversar com você. Aproveitem os dez minutos.
McGonagall disse e saiu pela porta deixando apenas os pais de Rose com ela.
- O QUE ESTAVA PENSANDO? QUE MALDIÇÃO FOI AQUELA? O QUE VOCÊ QUERIA GANHAR ATACANDO O JASON? ELE ERA SEU AMIGO NÃO? - Hermione começou a gritar com a filha.
- Mãe eu não sei, fiquei brava porque ele conseguia se desviar de meus feitiços.
- SÓ PORQUE O MENINO DESVIA DE SEUS FEITIÇOS É MOTIVO PARA LHE QUEBRAR TODOS OS OSSOS? ONDE VOCÊ APRENDEU ESSE FEITIÇO?
- Eu li em um livro...
- LEU EM UM LIVRO? VOCÊ ACHA QUE PODE SAIR POR AI USANDO FEITIÇOS QUE LEU EM LIVROS?!
- ME DESCULPA MÃE, MAS SE NÃO FOSSE POR ESSE LIVRO O JASON PODERIA ESTAR MORTO AGORA!
- SE NÃO FOSSE POR ESSE LIVRO ELE NÃO CORRERIA RISCO DE VIDA!
- Desculpa mãe. Eu já disse, eu li o feitiço e resolvi usá-lo.
- Quero que devolva esse livro onde o pegou.
- Tudo bem.
- Desde quando você sabe fazer feitiços não-verbais? - perguntou Rony quebrando o silencio.
- Desde quase o inicio do ano letivo.
- E quem te ensinou? Foi esse livro também? - perguntou Hermione alfinetando.
- Não foi ESSE livro, foi outro.
- Tudo bem, vamos Ronald. Rose aproveite bem sua detenção por aqui, pois quando chegar em casa ficará de castigo. - Hermione disse irritada indo para a lareira.
- Até mais ruivinha, se cuide e não se meta mais em encrencas ouviu bem? - Rony disse abraçando a ruiva e saindo pela lareira.
Assim que Hermione e Rony saíram, Rose ouviu uma voz ecoar pela sala.
- Senhorita Rose Weasley, estou certo?
- Sim? - Rose disse se virando para falar com um quadro que mostrava um velho barbudo com um pequeno óculos meia-lua de olhos azuis.
- Eu sou o ex-diretor Alvo Dumbledore, creio que já ouviu muito sobre mim, considerando que seu tio me homenageou dando o meu nome ao seu primo.
- Sim senhor.
- Devo lhe dizer que tome cuidado, sei que é muito talentosa e muito inteligente, mas não deixe que seus poderes lhe subam a cabeça minha cara. Ouça meus conselhos.
- Tudo bem senhor.
- E nunca se afaste de seus amigos por motivos fúteis está bem?
- Sim senhor, mais alguma coisa?
- Por enquanto não senhorita Weasley, pode ir. Espero não vê-la de novo aqui pelos mesmos motivos.
- Não verá.
- Assim espero. Até logo.
- Até logo. - Rose saiu e encontrou sua diretora esperando ao lado das gárgulas. - Meus pais já foram diretora McGonagall.
- Está bem. - McGonagall tirou um papel de dentro de suas vestes e entregou a Rose. - Não se atrase.
Rose estava voltando de sua detenção com Flitwick, ele havia lhe pedido para separar muitos formulários e coloca-los em ordem alfabética. Ela andava em um dos corredores quando ouviu alguns passos e se escondeu no meio de duas gárgulas que havia ali.
- Creio que seja melhor se a senhora voltar para casa ainda esta noite. - McGonagall disse calmamente.
- Se me permite senhora McGonagall, eu quero ficar até amanha, dar minha ultima aula e depois partirei. - disse Clarice Rover.
- Tudo bem querida, eu falarei com o professor Slughorn para ver se ele aceita voltar. Boa noite.
- Boa noite.
A notícia da saída inesperada de sua professora de poções havia lhe assustado, Rover era a professora que Rose mais gostava. Ela foi em direção às masmorras e subiu direto para seu quarto, onde duas meninas ainda conversavam animadas, mas Rose nem deu atenção a elas e foi dormir.
Na manhã seguinte a noticia havia se espalhado e Rose continuava a olhar para seu prato vazio na mesa.
- Acho bom você comer. - Mathews falou ao ouvido de Rose.
- Não estou com fome obrigada.
- Rose, eu sei que tudo está acontecendo muito rápido, mas... - Mathews parou de falar ao perceber os olhares dos alunos se virarem para a porta recém-aberta por um corvinal. - Você devia se desculpar com ele.
- E você devia parar de cuidar da minha vida. - Rose disse brava abaixando a cabeça.
- Rose eu sei que não tenho sido um bom amigo, mas eu me preocupo com você.
- Math, obrigada mesmo pela sua preocupação, mas eu estou bem.
- Você está falando serio? A minha amiga Rose Weasley ontem jogou uma maldição em cima de um corvinal que estava virando amigo dela, ganhou detenção para até o final do ano letivo e está dizendo que está bem? Tudo bem, eu acredito. - Mathews se virou para comer e ouviu uma risada de Rose.
- Tá, não estou bem. Melhor assim? - Rose perguntou se virando e cruzando os braços.
- Muito melhor. - Mathews se virou para Rose e a abraçou. - Ruiva, não se preocupe ok? Tudo vai dar certo. Ainda mais se esse seu amigo lindo estiver junto com você.
- Bom saber amigo lindo Math. - Rose disse sarcástica se afastando do abraço.
- Só disse a verdade, se bem que pelo que vi ontem acho que minha ajuda não vai ser tão necessária. Por Merlin Rose, o que foi aquilo, você duela MUITO bem.
- Obrigada. - Rose disse com um sorriso envergonhado.
- Quando começam minhas aulas?
- O que?
- Eu quero aprender a fazer esses feitiços não-verbais também minha bela amiga ruiva.
- O que deu em mim para virar sua amiga mesmo?
- Sabe... A culpa não é sua, normalmente as mulheres não conseguem se controlar com a minha presença.
- Ah... Claro.
No sábado a noticia do ataque à vila se espalhou pelo colégio, Rose pegou a notícia publicada e começou a ler.
VILA ONDE BRUXOS E TROUXAS MORAVAM É ATACADA
Quinta feira, 20 de março a Vila de Poldfoot foi atacada. Resultando no ferimento de bruxos e trouxas, cinco casais de bruxos morreram, fazendo cinco crianças ficarem órfãs. Os bruxos do ministério ainda estão tentando achar parentes das crianças de 1 a 4 anos. A grande pergunta é quem foram os responsáveis pelo ataque a vila?
Os assaltantes não levaram nada, apenas mataram e foram embora. Os bruxos mortos não tinham vestígios do que pode ter lhes causado a morte, os médicos do St. Mungus afirmaram que as mortes foram causas da Maldição Imperdoável, o ministério está atrás de quem pode ter usado essa maldição, mas ainda não encontraram nenhum suspeito.
- É muito triste, essas crianças tão novas perderem os pais. - Sophi disse depois de ler o jornal.
- É mesmo, vamos jogar snape explosivo? - disse Mathews.
- Ainda bem que você tem compaixão e é sensível. - disse Rose irônica.
- Eu entendo, é triste, mas eu não posso ajuda-los então vamos lá para fora esquecer todo esse clima de velório? - Mathews.
- Eu vou, nem lembro mais quando foi à última vez que aproveitei nos jardins. - disse Brian.
- Eu também. - disse Lorcan. - Vou chamar o Lysander também.
- Eu quero ir também, vou chamar a Lucy e a Alice. - disse Sophi se levantando e seguindo com Lorcan para as outras mesas.
- Rose? - perguntaram Alvo e Mathews.
- Eu vou, mas só tenho que passar na biblioteca para...
- Rose! - Alvo exclamou irritado.
- Tá eu vou. E o Malfoy? - ela disse olhando para o loiro que estava sentado um pouco mais afastado .
- Tenho certeza de que ele não quer ir. - Mathews deu de ombros e saiu indo para os jardins da escola. - Não quer chamar o Tiago e o Fred?
- Já que o Scorp não vai acho que eles até podem acabar aceitando ir com a gente. - Alvo disse pensativo. - Vou falar com eles, encontro vocês lá.
- O que aconteceu? - Rose perguntou assim que viraram o corredor.
- Rose... Lembra-se do dia que eu te levei para o quarto e... Bom, você sabe.
- Lembro.
- Desde então eu e o Scorpius não nos falamos direito, ele anda se afastando de mim sabe, mas eu também não ligo, o que ele fez com você me deixou furioso.
- Math, me escute. - Rose disse parando e ficando na frente do amigo. - Você e o Scorpius são amigos desde sempre. Não deixe que a amizade de vocês acabe, por favor.
- Rose, mas você se lembra do que ele fez a você?
- Sim, mas como você disse ele fez isso comigo. Não com você. Me prometa que vai conversar com ele e vocês voltarão a ser amigos.
- Tudo bem. - Mathews disse virando os olhos e Rose o abraçou.
- Não gosto de te ver com essa magoa nos olhos, eu estou bem. - Rose disse ao ouvido de Mathews que apertou ainda mais o abraço.
- Vamos. - Mathews disse segurando Rose no colo.
- ME SOLTA! - Rose disse se debatendo. - EU SEI ANDAR!
- Você deveria parar de se estressar.
- ME SOLTA! ME POE NO CHÃO!
Quando chegaram perto da árvore Mathews finalmente soltou a ruiva.
- Feliz? - Mathews disse sorrindo de lado enquanto a menina ajeitava suas vestes.
- Sim muito. - Rose disse emburrada. - NUNCA MAIS faça isso.
- Não garanto nada.
- Mathews eu... - Rose estava prestes a ameaçado de morte e outras coisas, mas foi interrompida.
- Rose! - disseram Lucy e Alice abraçando a amiga.
- Oi meninas, como vocês estão?
- Bem, tirando o fato de minha priminha ter se esquecido de mim agora que só anda com sonserinos.
- Para de ser dramática Lucy, eu ainda amo você.
- E eu? - Alice disse indignada.
- Também amo você sua boba.
- E eu? - Mathews se meteu na conversa.
- Bom... Você? Eu odeio! - disse Rose brava.
- Ai ruiva, não negue seu amor. É ruim guardar os sentimentos. - Mathews disse fazendo Sophi, Alice e Lucy rirem e a ruiva revirarem os olhos.
- Oi gente. - disse Alvo chegando com Tiago e Fred.
- E ae pirralhada, tudo bem? - disse Tiago.
- Pirralhada? - perguntou Sophi. - Você fala como se você fosse muito mais velho não é?
- Olha aqui sua loira de farmácia...
- Não me chama de loira de farmácia Potter, só porque você tem inveja de alguém não precisa ficar criticando.
- Inveja? De você? - Tiago perguntou rindo. - Olha Sophi...
- É Queeny pra você.
- Que seja! Por que eu teria inveja de uma pirralha como você?
- Só pelo fato de minha família vir de uma linhagem de sangue puros, de as pessoas não ficarem atrás de mim querendo saber sobre os meus pais ou pelo fato de que meus amigos são verdadeiros. Você não tem amigos Potter, vive andando com seus primos e as meninas gostam de ficar com você simplesmente pela fama de sua família, ou você acha mesmo que é pela sua beleza?
- Você está muito errada sua loira...
- CHEGA! - Alvo gritou. - Olha o Lorcan e o Lysander estão chegando, vamos separar os times.
- Já separaram as equipes? - Lorcan perguntou.
- Ainda não. - Alice respondeu.
- Pronto já guardei minhas coisas no quarto. - Brian disse se juntando ao grupo de amigos. - Oi Tiago, oi Fred.
- Oi Brian. - disseram os dois.
- Vamos fazer assim, Alvo, Tiago, Lucy e Mathews e Brian são de uma equipe. - Rose disse e eles foram se separando. - Sophi, Alice, Fred, Lorcan e Lysander são da outra...
- E você? - Lucy perguntou.
- Ei Romeo! - gritou Tiago chamando o companheiro de quarto que passava ali perto. - Quer jogar snap explosivo?
- Pode ser. - Romeo disse se juntando ao grupo de amigos.
- Ótimo, você é do meu time. - Tiago disse.
- De jeito nenhum, seu time está muito forte, o Romeo você é do nosso time. - Sophi disse puxando Fred pela mão.
- Tudo bem, então eu sou da equipe de vocês. - Rose disse impedindo o primo de responder sua amiga.
- Ótimo, vamos começar a jogar logo. - Mathews disse se sentando na grama e pegando as cartas.
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