Um homem vestido de morcego in
Um homem vestido de morcego invade minha casa.
Naquele momento vivi meu ápice de lucidez e loucura. A dor havia sedado todos os meus sentidos. A própria efemeridade da vida havia se tornado fútil. No ponto em que minha alma estava prestes a acordar para a verdadeira realidade, me dei conta de que não podia. Não ainda...
Capítulo 1
-Jane! A campanhia está tocando, atenda!
Tudo eu... Caminhei resmungando até a porta e, depois de colocar um sorriso “simpático” no rosto, a abri.
Um homem alto e com um nariz enorme estava encostado no batente. O céu parecia que iria desabar de tanta chuva, mas nem uma gota molhava a estranha capa preta que o homem usava. Sem ofensas, mas aquilo o deixava com uma aparência de morcego. Os cabelos negros e oleosos emolduravam o rosto do estranho com uma cortina. Ele parecia surpreso ao me ver parada ali na porta.
-Posso entrar? – Ele não esperou resposta. Me empurrando delicadamente para o lado, ele entrou. – Onde está a Irene?
Mas que homenzinho mais sem educação! Irene nunca me disse para ser educada com estranhos...
-Tem hora marcada? – Ergui uma sobrancelha e cruzei os braços. O homem deu um sorriso de canto que me assustou um pouco e pensou antes de responder.
-Perdoe a minha falta de modos, senhorita. Meu nome é Severo Snape, eu vim em nome da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts para buscar uma das suas crianças...
Ele me pareceu sincero, embora eu nunca tenha ouvido falar da tal escola. Murmurei um “siga-me” e fui caminhando a passos largos até a sala da Irene. Algumas das criancinhas melequentas e hiperativas que moravam ali também corriam pelos corredores e o tal Snape apenas desviava delas.
Chegamos na porta da salinha que Irene usava para receber possíveis pais. Bati na porta de madeira antiga e esperei, o homem parado silenciosamente atrás de mim.
Alguns segundos depois e uma mulher loira, com feições distorcidas e uma expressão de fúria abriu violentamente a porta.
-Mas o que você pensa... – Ela arregalou os olhos ao ver o homem parado atrás de mim. A expressão de fúria passou rapidamente para confusão e depois reconhecimento. – Ah, senhor Snape, perdoe a minha pequena crise é que eu pensei que fossem aqueles pestinhas...
-Não importa. – Snape interrompeu. – Vim aqui para tratar sobre aquele assunto e, se não se importa, eu gostaria que fizéssemos isso o mais rápido possível, pois tenho outros assuntos a tratar.
Irene assentiu, aposto que estava envergonhada e, juntos, o homem e ela entraram na sala, fechando a porte e me deixando pra fora sem receber nem um “obrigado” do homem.
Eu já estava me afastando da porta quando algo chamou minha atenção. Ouvi um barulho forte vindo da sala da monstrenga. Fui até a cozinha, peguei um copo e voltei correndo.
Cheguei a tempo de ouvir:
-Você se lembra de quem a trouxe? – Perguntou Snape.
-Não. Foi deixada na porta durante a noite. – Irene respondeu.
E com uma voz de quem já estava farto da situação:
-Obliviate!
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(N/As: Primeiro capítulo pequeninho (: O segundo já está pronto e bem maior. Esperamos que gostem e não se esqueçam de comentar!)
PS: Qualquer erro encontrado na fic, a culpa foi provavelmente minha (Ju). Por favor, avise nos comentários para que eu possa corrigir.
Comentários (1)
Bom começo! Aguardando o próximo capítulo.
2012-11-02