A memória de Charlie Berlim
A memória de Charlie Berlim
Dumbledore observava Harry por trás de seus oclinhos meia-lua, o diretor parecia curioso, entretanto, não fez questão de saber o motivo da visita de Harry.
__ Eu já sei de tudo, Senhor.
__ Não mentirei para você, Harry, mas receio ter de omitir algus fatos que não cabem a você saber, por enquanto. - Dumbledore tinha um ar esclarecedor e decidido, o qual Harry não aprovou.
__ Não cabem a mim?! Senhor desculpe-me, mas acho que tenho o dever de saber da minha história..
__ Sua história? Não seria Brianna Black o motivo de sua visita? - os lábios do Professor se contraíram em um riso imperceptível.
__ Não venha me dizer que você não sabe que a menina tem o sangue de Sírius correndo nas veias? - Harry ria com sarcasmo.
__ Suponho que sim... Mas por favor guie-me : Onde você entra nisso?
__ Não sei, talvez porque Sírius era meu padrinho? Meu pai que não tive? - Estava difícil de se controlar em meio a tanta hipocrisia que despregava de Dumbledore.
__ Harry, será que você não vê que são exatamente essas atitudes que vêm te deixando cada vez mais vulnerável? Você não vê que todos à sua volta, são seus amigos? Estão do seu lado?
__ Privando-me frequentemente de meus direitos? Belos amigos. A Verdade, me dê apenas a verdade e não sermões.
O silêncio reinou novamente no ambiente carregado, Dumbledore aparentemente calmo, altivo por de trás da escrivaninha, Harry em pé, as mãos apoiadas na mesa.
__ Nem sempre ouvimos o que queremos, quando dizemos o que pensamos. Cuidado Harry. Queira se sentar por favor? - E novamente apontava para a cadeira onde Harry estava sentado. - Apenas a verdade? - Continuou depois que o garoto se acomodara novamente. Harry fez Que sim. Dumbledore foi até um armário, o qual guardava frascos de vidro que continham uma mistura, nem sólida, nem líquida. Harry sabia o que era aquilo. Eram memórias altamente importantes. O professor escolheu uma memória sem etiqueta, provavelmente, adquirida recentemente, apontou sua varinha para a penseira, que levitou ao encontro dos dois.
__ Esta aqui é a minha mais recente lembrança... Foi roubada praticamente, mas tinha que o fazer, foi necessário .... Ah Sim..- os olhos Azuis mudaram o foco indo do frasco para um Harry extasiado - Aqui se encontra a memória de um velho trouxa, Clarlie Berlim, creio que agora infelizmente não tenha mais vida. Uma pena. Não pude fazer muita coisa para ajudar. Enfim, aproxime-se Harry, e tente compreender essa memória, mas perceba que ela foi alterada, ah sim e creio eu, pelo próprio Voldemort. - E assim que terminou de falar, despejou o conteúdo do frasco na água cristalina da penseira. - Primeiro você, Harry - Convidou o professor.
Harry conhecia aquela sensação, sentiu que estava sendo puxado para frente pelo umbigo, quando de repete seus pés tocaram a grama seca, devido à estiagem que guiava o pequeno vilarejo.
__ Estamos em uma pequena cidade, humm.. se não me engano em algum lugar da Hungria.- Harry nada disse enquanto Dumbledore os guiava ao seu destino. Pararam em frente a uma simples casa, se tivesse quatro cômodos seria muito. - Agora é só esperar. - Pediu o professor.
Passaram-se cinco longos minutos até uma elegante mulher cruzar a rua, parando em frente ao casebre. A mulher parecia aflita, e pela primeira vez, Harry reparou que havia uma pequena menina, agarrada à saia da mulher.
A pequena garota tinha seus dez anos de idade, o longo cabelo negro escorria pelo rosto. De certo modo Harry a reconheu. Sim... era ela. Brianna Black. Mas quem seria aquela mulher?
__ Aquela moça ali, está vendo? - Dumbledore apontava para a mulher, que olhava freneticamente para os lados, temendo que tivesse sido seguida. - Aquela ali é, segundo meus cáuculos, Julianne Riddle.
__ Riddle?! - Harry ficou confuso.
__ Sim, Riddle, Julianne Riddle, mãe de Brianna e a única namorada de Sírius Black. - Esclareceu Dumbledore.
__ Se ela é.... então, a garotinha é ...
__ Brianna?!.. Sim, receio que seja.
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